Estudos do evangelho "Bem aventurados os misericordiosos "resumo"

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Estudos do EvangelhoO Evangelho Segundo o Espiritismo

por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

Leonardo Pereira

Capítulo 10 – bem Aventurados os Misericordiosos

“Instruções dos Espíritos l – ll e lll"

I – Perdão das OfensasII – A Indulgência

III – É Permitido Repreender Os Outros?

19 – Ninguém sendo perfeito, não se segue que ninguém tem o direito de

repreender o próximo?

SÃO LUIS - Paris, 1860

19 – Certamente que não, pois cada um de vós deve trabalhar para o progresso de todos, e

sobretudo dos que estão sob a vossa tutela. Mas isso é também uma razão para o fazerdes com

moderação, com uma intenção útil, e não como geralmente se faz, pelo

prazer de denegrir.

Neste último caso, a censura é uma maldade; no primeiro, é um dever

que a caridade manda cumprir com todas as cautelas possíveis; e ainda assim, a censura que se faz a

outro deve ser endereçada também a nós mesmos, para vermos se não a merecemos.

20 – Será repreensível observar as imperfeições dos outros, quando disso não possa resultar nenhum

benefício para eles, e mesmo que não as divulguemos?

SÃO LUIS - Paris, 1860

20 – Tudo depende da intenção. Certamente que não é proibido ver o mal, quando o mal existe. Seria mesmo inconveniente ver-se por

toda a parte somente o bem: essa ilusão prejudicaria o progresso. O

erro está em fazer essa observação em prejuízo do próximo,

desacreditando-o sem necessidade na opinião pública.

Seria ainda repreensível fazê-la com um sentimento de malevolência, e

de satisfação por encontrar os outros em falta. Mas dá-se

inteiramente o contrário, quanto, lançando um véu sobre o mal, para

ocultá-lo do público,

limitamo-nos a observá-lo para proveito pessoal, ou seja, para estudá-lo e evitar aquilo que censuramos nos outros. Essa

observação, aliás, não é útil ao moralista? Como descreveria ele as

extravagâncias humanas, se não estudasse os seus exemplos?

21 – Há casos em que seja útil descobrir o mal alheio?

SÃO LUIS - Paris, 1860

21 – Esta questão é muito delicada, e precisamos recorrer à

caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só prejudicam a ela mesma, não há jamais utilidade em divulgá-las.

Mas se elas podem prejudicar a outros, é necessário preferir o

interesse do maior número ao de um só. Conforme as circunstâncias,

desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser um dever, pois é melhor que um homem caia, do

que muitos serem enganados e se tornarem suas vítimas.

Em semelhante caso, é necessário balancear as

vantagens e os inconvenientes.

Bom Senso

Indulgente?

O que é isso?16

Característica de ou pessoa que perdoa com facilidade; clemente, tolerante.

16 – Espíritas, queremos hoje vos

falar da indulgência, esse

sentimento tão doce, tão

fraternal, que todo homem deve

ter para com os seus irmãos, mas que tão poucos praticam.

17

JOSÉ - Espírito Protetor, Bordeaux, 1863

Porque não Praticamos ?

18

A indulgência não vê os defeitos alheios, e se os vê, evita comentá-los e

divulgá-los.

O que!

Quem!

Como!

Falta de vontade – Incompreensão dessa necessidade – Medo de Mudar e sofrer

Os outros ou nos mesmos ?

Falta de vontade e de esforço!

nos impede de Sermos indulgentes?

Oculta-os, pelo contrário, evitando que se propaguem, e se a

malevolência os descobre, tem sempre uma desculpa à mão para

os disfarçar, mas uma desculpa plausível, séria, e não daquelas que, fingindo atenuar a falta, a

fazem ressaltar com pérfida astúcia.

A indulgência jamais se preocupa com os maus atos

alheios, a menos que seja para prestar um serviço, mas ainda assim com o cuidado de os atenuar tanto quanto

possível.

Isso acontece quando estamos mais focados em

nossas vidas e nossa melhora pessoal.

Não faz observações chocantes, nem traz

censuras nos lábios, mas apenas conselhos, quase

sempre velados.

Quando criticamos uns aos outros,

como será que nos os vemos?

Quando criticais, que dedução se deve tirar das vossas palavras? A de que

vós, que censurais, não praticastes o que condenais,

e valeis mais do que o culpado.

Oh, homens! Quando passareis a julgar os vossos

próprios corações, os vossos próprios pensamentos e os vossos próprios atos, sem

vos ocupardes do que fazem os vossos irmãos?

Quando fitareis os vossos olhos severos somente sobre vós

mesmos?

Com o mesmo rigor!

Pensai naquele que julga em última instância, que vê os secretos

pensamentos de cada coração, e que, em consequência, desculpa

frequentemente as faltas que condenais, ou condena as que

desculpais, porque conhece o móvel de todas as ações. Pensai que vós, que

clamais tão alto: “anátema!” talvez tenhais cometido faltas mais graves.

Sede, pois, severos convosco e indulgentes para com os outros. Pensai naquele que julga em última instância,

que vê os secretos pensamentos de cada coração, e que, em conseqüência, desculpa freqüentemente as faltas que

condenais, ou condena as que desculpais, porque conhece o móvel

de todas as ações. Pensai que vós, que clamais tão alto: “anátema!” talvez

tenhais cometido faltas mais graves.

O que se ganha sendo Indulgente?

31

Sede indulgentes meus amigos, porque a indulgência atrai, acalma, corrige, enquanto o rigor desalenta,

afasta e irrita.

JOÃOBispo de Bordeaux, 1862

I – Perdão das OfensasSIMEÃO

Bordeaux, 1862

14 – Quantas vezes perdoarei ao meu irmão?

Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes

sete.

Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada ofensa, tantas

vezes quantas ela vos for feita;

ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que

nos torna invulneráveis às agressões, aos maus tratos e às

injúrias, serás doce e humilde de coração, não medindo jamais a

mansuetude; e farás, enfim, para os outros, o que desejas que o Pai

celeste faça por ti.

Não tem Ele de te perdoar sempre, e acaso conta o número de vezes

que o seu perdão vem apagar as tuas faltas?

Espíritas, não vos olvideis de que, tanto em palavras como em atos, o perdão das injúrias nunca deve reduzir-se a uma expressão

vazia. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato: esquecei o mal que vos tenham feito, e pensai

apenas numa coisa: no bem que possais fazer.

Tem Espírita que não é de fato?

E nem de ato!

Aquele que entrou nesse caminho não deve afastar-se dele, nem mesmo em pensamento, pois sois responsáveis

pelos vossos pensamentos, que Deus conhece.

Nesse Caminho?

Sim, nesse caminho!O caminho do amor!

O pensamento é a nossa capacidade criativa em ação. Em qualquer tempo, é muito importante não nos esquecermos

disso.A ideia forma a condição; a condição

produz o efeito; o efeito cria o destino.

André Luiz por Chico Xavier

A sua vida será sempre o que você esteja mentalizando constantemente.

Em razão disso, qualquer mudança real em seus caminhos, virá unicamente da

mudança de seus pensamentos.Imagine a sua existência como deseja deva ser e, trabalhando nessa linha de ideias, observará que o tempo lhe trará

as realizações esperadas.

Aquele que entrou nesse caminho não deve afastar-se dele, nem mesmo em pensamento, pois sois responsáveis

pelos vossos pensamentos, que Deus conhece. Fazei, pois, que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento

de rancor.

Deus sabe o que existe no fundo do coração de cada um. Feliz aquele que

pode dizer cada noite, ao dormir: Nada tenho contra o meu próximo.

Através dos princípios mentais que nos regem, de tudo aquilo que dermos de

nós aos outros receberemos dos outros

centuplicadamente.

PAULOApóstolo, Lyon, 1861

15 – Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo; perdoar aos

amigos é dar prova de amizade; perdoar as ofensas é mostrar que se

melhora. Perdoai, pois, meus amigos, para que Deus vos perdoe.

Porque, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se guardardes até mesmo uma ligeira ofensa, como quereis que

Deus esqueça que todos os dias tendes grande necessidade de

indulgência?

Quem sabe se, mergulhando em vós mesmos, não descobrireis que fostes o

agressor? Quem sabe se, nessa luta que começa por um simples aborrecimento e

acaba pela desavença, não fostes vós a dar o primeiro golpe? Se não vos escapou uma

palavra ferina? Se usaste de toda a moderação necessária?

Quando mergulhamos em nós mesmos

descobrimos que o orgulho no leva a trazer tudo que acontece para o lado pessoal, onde tudo e todos querem

ser melhores e maiores que eu.Pobre ideia que nos afirma por ela

mesma o quanto somos Todos pequenos demais.

Sem dúvida o vosso adversário está errado ao se mostrar tão suscetível, mas essa é ainda

uma razão para serdes indulgentes, e para não merecer

ele a vossa reprovação.

Foi ele(a) que começou, eu estava no meu canto, entrou no meu espaço, pisou no meu calo!Ai né, você sabe! Ninguém mexe

comigo! Eu desço do salto!

Admitamos que fosseis realmente o ofendido, em certa

circunstância. Quem sabe se não envenenastes o caso com represálias, fazendo degenerar numa disputa grave aquilo que

facilmente poderia cair no esquecimento?

Se dependeu de vós impedir as consequências, e não o fizestes,

sois realmente culpado. Admitamos ainda que nada tendes a reprovar na vossa

conduta, e, nesse caso, maior o vosso mérito, se vos mostrardes

clemente.

Mas há duas maneiras bem diferentes

de perdoar: há o perdão dos lábios e o

perdão do coração.

Muitos dizem do adversário: “Eu o perdoo”, enquanto que, interiormente, experimentam um secreto prazer pelo mal que lhe acontece, dizendo-se a si

mesmo que foi bem merecido.

Quantos dizem: “Perdoo”, e acrescentam: “mas jamais me reconciliarei; não quero

vê-lo pelo resto da vida”!

que lança um véu sobre o passado. É o único que vos será levado em conta, pois Deus não se contenta com as aparências: sonda o fundo

dos corações e os mais secretos pensamentos, e não se satisfaz com

palavras e simples fingimentos. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é próprio das grandes almas; o rancor é sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Não esqueçais que o verdadeiro perdão

É esse o perdão segundo o Evangelho?

Não. O verdadeiro perdão, o perdão cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado.

É o único que vos será levado em conta, pois Deus não se

contenta com as aparências: sonda o fundo dos corações e os

mais secretos pensamentos, e não se satisfaz com palavras e

simples fingimentos.

O esquecimento completo e absoluto das ofensas é próprio das grandes almas; o rancor é

sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito

mais que pelas palavras.

Convite ao Perdão"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas também vosso Pai celeste

vos perdoará." (Mateus: capítulo 6º, versículo 14 e 15.)

Por mais rude haja sido a agressão, perdoa.

Mesmo que a injustiça prossiga amargando as tuas elevadas

aspirações, perdoa.

Não obstante, o amigo momentaneamente enganado se haja transformado em teu algoz, perdoa.

Apesar dos teus esforços no bem nada conseguires, permitindo a sementeira da

calúnia a multiplicar dificuldades e espinhos pela senda, perdoa.

Em qualquer circunstância perdoa aqueles

Não obstante, o amigo momentaneamente enganado se haja transformado em teu algoz, perdoa.

Apesar dos teus esforços no bem nada conseguires, permitindo a sementeira da

calúnia a multiplicar dificuldades e espinhos pela senda, perdoa.

Em qualquer circunstância perdoa aqueles que te ofendam, esquecendo as ofensas

com que te agridam.

O ofensor é alguém a um passo do desequilíbrio.

Aquele que se compraz na perseguição, ignora o grau de enfermidade que o

vítima.

ignora o grau de enfermidade que o vítima.

O perseguidor permanece enleado nas teias do desvario e em breve será vítima

de si mesmo.

Indubitavelmente a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que

possui para dar.

Muitas vezes serás convidado ao revide, conclamado à reação engendrada pela ira,

ignora o grau de enfermidade que o vítima.

O perseguidor permanece enleado nas teias do desvario e em breve será vítima

de si mesmo.

Indubitavelmente a felicidade pertence sempre àquele que pode oferecer, que

possui para dar.

Muitas vezes serás convidado ao revide, conclamado à reação engendrada pela ira,

Uma linda noite e uma Feliz Semana!