Estudos latino americanos em comunicação`1

Post on 30-Jun-2015

5.685 views 1 download

Transcript of Estudos latino americanos em comunicação`1

Universidade Federal do Piauí

Disciplina: Teoria da Comunicação II

Docente: Jennyffer Mesquita

A Communication Research nos Estados Unidos foi motivada pelo impacto social dos MCM

A Escola de Frankfurt teve o nazismo como fenômeno inspirador de seus estudos sobre a Indústria Cultural

A Teoria da Dependência foi o ponto de partida para os Estudos Latino-americanos em comunicação.

Multiculturalismo; Momentos políticos conturbados; Crises econômicas; Agitações no meio social; Cultura local sendo atentada em crimes

contra a liberdade de expressão e o fortalecimento de uma identidade.;

Modernização X subdesenvolvimento

Para pesquisar o fenômeno da dependência dos países da América Latina em relação às principais potências do planeta, principalmente os Estados Unidos, e de que maneira essa exploração se refletia nos meios de comunicação massiva, surgiram os estudos latino-americanos em comunicação.

Formação de uma consciência comunicacional eminentemente latina e na contestação de modelos que aderiram a formatos já existentes.

A sociedade latino-americana era vista como uma sociedade de silêncio e de submissão em relação aos assuntos abordados na mídia(Teoria da Dependência)

Teve como legítimo representante o professor boliviano Luís Ramiro Beltrán

Essa teoria propunha avaliar as produções da indústria cultural, como filmes, jornais, revistas especializadas, impostos por uma economia dominante, no caso os Estados Unidos, e seus efeitos sobre o povo das economias da América Latina. Deste modo, seus esforços se concentraram menos nos meios de comunicação e mais no que denominou de “culturologia”.

A problemática da Indústria Cultural no pensamento latino-americano refere-se ao estudo da natureza e dos efeitos da dependência.

Centro Internacional de Estudios Superiores de Periodismo para América Latina(Sede em Quito);

Oferecia cursos para aperfeiçoamento de profissionais da área de comunicação da região além de pesquisas e seminários nas áreas de modernização, rádio e teleeducação e liderança de opinião.

O CIESPAL tinha como incumbência principal propor um novo modelo de comunicação, um modelo que se enquadrasse nas necessidades de um continente tão complexo e com características peculiares como a América Latina. Sendo criados nos anos 30, os cursos de jornalismo e propaganda necessitavam de um instituto que determinasse e delimitasse o que seria lecionado aos alunos. O CIESPAL se encarregou de orientar o conteúdo a ser transmitido na universidade.

Em 1973, em um seminário na Costa Rica, o CIESPAL foi avaliado e redirecionado, introduzindo a partir de então em seus cursos a preocupação pela comunicação popular, pela pesquisa participante, substituindo os professores estrangeiros por argentinos, chilenos e brasileiros com a intenção de propiciar uma compreensão mais afinada com a realidade da região.

Criado em 1959 na Venezuela; Origina em 1973 a ININCO(Instituto de

Investigaciones de la Comunicación) que tem como nome mais importante Antonio Pasquali e que dava guarida à preocupação pela introdução acrítica de novas tecnologias.

Centro de Estudos da Realidade Nacional;

Criado em 1970 no Chile foi coordenado por Armand Mattelart;

Pesquisas sobre o domínio das multinacionais na comunicação latino-americana, desde uma perspectiva marxista, introduzindo conceitos como ideologia, relações de poder, conflitos de classe.

Se desfez em 1973 após o golpe militar chileno.

Instituto Latino Americano de Estudios Transnacionales – México (1976-1985)

O núcleo era formado por exilados chilenos, argentinos e peruanos e o conselho assessor contava com experts como Beltran, Capriles, Hamelink, Mattelard e Pasquali.

Foi a principal instituição latino-americana difusora de propostas alternativas para a democratização dos meios de comunicação no continente.

Comunicación y Cultura, de 1973 e ligada ao CEREN foi a revista pioneira dedicada exclusivamente à pesquisa em comunicação;

Lenguajes, de 1974 e ligada a Associação Argetina de Semiótica ;

Chasqui, publicada por Ciespal e que acompanhou toda a trajetória do centro;

Cuadernos del ILET;

Diálogos de la comunicación , revista da FELAFACS(Federación Latinoamericana de Facultades de Comunicación Social);

Comunicación y Sociedad, da Universidade de Guadalajara no México;

Culturas Contemporáneas , do Programa Cultural da Universidade de Colima no México.

Pensamento Comunicacional Latino-Americano, da Universidade Metodista de São Bernardo desde 1999.

1)Armand Mattelart e seu grupo no Chile;

2) Antonio Pasquali(Venezuela);

3) Luis Ramiro Betrán(Colômbia);

4) Eliseo Verón(Argentina);

5) Paulo Freire(Brasil);

Está incluído entre os pesquisadores da comunicação pelo livro Comunicação e Extensão, escrito em 1968, no Chile. Esse livro orientou muitas interpretações na área mesmo sem tratar da comunicação massiva, visto que está contida nele a crítica principal aos meios de comunicação de massa, em que os media são vistos apenas como instrumentos de transmissão, enquanto os destinatários são tratados como meros receptores passivos sem possiblidades de relações dialógicas. O livro Pedagogia do Oprimido ratifica Paulo Freire entre os que buscavam compreender os processos midiáticos latino-americanos pela história não-oficial.

1 – estudo da estrutura de poder dos meios de comunicação – transnacional e nacional – e as estratégias de dominação dos países capitalistas;

2 – estudo sobre as formações discursivas e as mensagens da cultura de massas desde suas estruturas de significação;

“Para Ler o Pato Donald”, de Ariel Dorfman e Armand Mattelart, foi escrito num período em que o governo de Salvador Allende se debatia para sobreviver às pressões do imperialismo norte-americano.

A idéia de Dorfman e Mattelart era justamente denunciar a ideologia imperialista que dominava as aparentemente inocentes histórias infantis de Disney.

PRÓXIMA AULA:ESTUDO DO LIVRO “PARA LER O PATO

DONALD”TERCEIRA GERAÇÃO DOS ESTUDOS LATINO-

AMERICANOS EM COMUNICAÇÃO.ESTUDOS CULTURAIS NA AMÉRICA LATINA:

CANCLINI E MARTÍN BARBERO

HOHLFELDT, Antonio, MARTINO, Luiz C. e FRANÇA, Vera Veiga (orgs) Teorias da Comunicação: conceitos, escolas e tendências. Rio de Janeiro: Vozes, 2001.

MARQUES DE MELO, José - Teoria da Comunicação: Paradigmas Latino-Americanos, Petrópolis, Vozes, 1998

MATTELART, Armand e Michele. Histórias das teorias da comunicação. São Paulo: Loyola, 1999, 220 p. 

POLISTCHUCK, Ilana e TRINTA, Aluízio Ramos.Teorias da Comunicação: o pensamento e a prática daComunicação Social. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 179p