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INDÚSTRIA DO ÁLCOOL
ETANOL, O “OURO” VERDEINDÚSTRIA DO ÁLCOOL
ETANOL, O “OURO” VERDE
ENTREVISTADanny Aronson conta
a experiência da
TRANSPETRO no etanol
ENTREVISTA
Danny Aronson conta
a experiência da
TRANSPETRO no etanol
Ano 4 - Nº 16Jul/Ago 2007
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Sumário
fotos da capa:UNICA e montagemIntacta Design
A revista Corrosão & Proteção é uma publi-cação oficial da ABRACO – Associação Brasileirade Corrosão, fundada em 17 de outubro de 1968,e tem como objetivo congregar toda a comu-nidade técnico-empresarial do setor, difundir oestudo da corrosão e seus métodos de proteção econtrole.
Av. Venezuela, 27 , Cj. 412 Rio de Janeiro - RJ - CEP 20081-310 Fone (21) 2516-1962/Fax (21) 2233-2892www.abraco.org.br
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22
Tratamento de Efluentes - Tecnologia
de Eletrocoagulação – Parte 1
por Alexandre Gani Júnior
28
Fosfatização de Metais Ferrosos –
Parte 8 - Aceleradores
por Zehbour Panossian e
Célia A. L. dos Santos
32
Noções Básicas sobre Processo
de Anodização do Alumínio
e suas Ligas – Parte 4
por Adeval Antônio Meneghesso
Artigos Técnicos
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6Entrevista
Etanol: experiência brasileira para o mundoDanny Aronson
8Matéria de CapaEtanol: o “ouro” verde
14ABRACO Informa
16Notícias do Mercado
17Treinamento & Desenvolvimento
20Artigo Instituição
27Meio Ambiente
34Opinião
O combustível do BrasilPaulo Skaf
Erramos:A imagem da capada edição 15 foi fornecida pelaWEG Tintas
02-C&P16_Sumário/Expediente 8/8/07 5:18 PM Page 1
OUCAS VEZES O BRASIL ESTEVE EM UMA SITUAÇÃO TÃO “CONVIDATIVA” PARA O CRESCI-mento e, enfim, se tornar uma potência global. A economia estabilizada há mais deuma década, os importantes avanços quanto à produtividade e competitividade das
indústrias localizadas no país, a construção de uma economia interna consistente, um graucada vez maior de segurança jurídica e o grau de internacionalização econômica e culturalsão pontos que merecem destaque. Na contramão, estão os altos gastos públicos – sem umretorno condizente de serviços à sociedade, o déficit de infra-estrutura, a escandalosa dispa-ridade de renda e, porque não, um “descolamento” entre o mundo real e a classe política.
Nessa situação, o país caminha – como os brasileiros bem sabem – mas a passos len-tos. Talvez venha do etanol o impulso que falta para que efetivamente se caminhe para umcrescimento vertiginoso. Agora resta saber que tipo de crescimento desejamos para o nosso
país. Se um “vale-tudo” ou se algo planejado, buscando so-luções adequadas para as questões ambiental e social. Denada valerá o crescimento se houver desmatamento e se nãoconseguirmos fazer justiça social – nesse caso representadopor gerar distribuição de renda e empregos dignos e nãosituações de semi-escravidão ou mesmo escravidão comoinúmeros relatados no campo; de nada valerá o crescimen-to, se os alimentos tiverem seus preços majorados de formaexorbitante. A equação é complexa e requer planejamento,visão de futuro e regras claras e transparentes.
O Etanol e a Corrosão – Nesta edição procuramos trazer esse tema para o nossomeio. O álcool combustível, e qualquer outro bioenergético, deve ampliar em muito seucomércio nos próximos anos, o que levará a uma intensa atividade na cadeia produtiva. Operíodo de entressafra – importante para as manutenções das usinas, por exemplo – vemdeixando de existir. Investimento em produtividade e alta demanda vão levar as indústriasa operar na capacidade máxima de produção.
Desta vez o conhecimento está do nosso lado, pelos mais de 30 anos que o Brasil lidacom esse energético. Mas será importante – e decisivo para ser um ator de importância glo-bal do ponto de vista tecnológico, não só de produção da matéria-prima, que mais investi-mentos sejam feitos para ampliar o conhecimento técnico da cadeia produtiva.
A corrosão, como é notório na indústria de petróleo e gás, por exemplo, é um dos pro-blemas mais complexos. Em maior ou menor grau, esse problema também existe no merca-do do etanol. E os relatos de nossos entrevistados ajudam a traçar um breve quadro de comoisso vem sendo tratado pelas empresas. Há um longo caminho a ser percorrido na pesquisasobre as implicações do etanol em tanques e dutos e o processo corrosivo provocado. Ogrande conhecimento dos profissionais brasileiros e a disposição em ocupar um lugar deliderança no mercado internacional serão os pontos de partida para novas pesquisas edesenvolvimento da área.
Os Editores
O Etanol como fio condutor do crescimento
Carta ao leitor
O expertise do Brasil em toda
a cadeia produtiva do etanol
torna o país um dos líderes
globais desse mercado
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03-C&P16_CartaLeitor 8/8/07 2:53 PM Page 1
Entrevista
Danny Aronson
ECONHECIDA POR SUA
liderança mundial na mo-vimentação e manuseio
do etanol, o Sistema PETRO-BRAS/TRANSPETRO vem sepreparando há anos para levar oconhecimento e pioneirismo na-cional nessa área para o exterior.“Vamos exportar etanol com tec-nologia”, afirma Danny Aronson,coordenador comercial de Com-bustíveis Renováveis da TRANS-PETRO. E quem dúvida dissopode medir o interesse no exte-rior pela quantidade de visitas decomitivas técnicas à TRANSPE-TRO, para conhecer a tecnologiado Sistema PETROBRAS emrelação ao etanol. Estiveram noBrasil, nos últimos dois anos, de-legações da Rússia, Venezuela,China, Japão, África do Sul, E-quador, Tailândia, Indonésia, Pe-ru, França, Colômbia, entre ou-tras. A empresa também recebesucessivos convites para apresen-tar sua logística de exportação noexterior.
Dona de vasto conhecimen-to, fruto de mais de três décadasde atuação no Pró-Álcool, a PE-TROBRAS/TRANSPETROtem se notabilizado não só porvender o álcool, mas por ajudarna viabilização de programassemelhantes em países importa-dores. A participação vai desde asupervisão e o monitoramento deinstalações até o fornecimento de
ximidade às áreas produtoras, oque reduz consideravelmente oscustos logísticos envolvidos.Além desta estrutura, que já reali-za exportações regulares, a TRANS-PETRO vem desenvolvendo novosprojetos que visam uma elevaçãoda capacidade de movimentação,bem como o aumento da área deabrangência desta infra-estrutura,acompanhando as novas áreas deexpansão da fronteira agrícola.Neste sentido, tem-se a construçãodo novo duto de Paulínia (SP) atéSenador Canedo (GO), a interli-gação da Refinaria de Paulínia àhidrovia Tietê-Paraná, a criaçãode uma nova saída pelo terminalde São Sebastião, além do aumen-to das capacidades da infra-estru-tura existentes. Já na região nordes-te, a TRANSPETRO realiza expor-tações regulares pelo terminal deMaceió, que responde por 15 % dasexportações nacionais de etanol.
O interesse do exterior é real-mente grande ou a expectativaestá superdimensionada?Todo pais está sempre a procura deuma diversificação de sua matrizenergética, uma vez que a energiamais cara é aquela falta. Por estemotivo, as visitas de delegações téc-nicas, os constantes convites para aparticipação da TRANSPETROem debates internacionais, o inte-resse por implantar programas se-melhantes ao Pró-Álcool indicam
Por Alberto Sarmento Paz
especificações de tanques de ar-mazenamento e testes de labora-tório. “Um exemplo da atuaçãoda TRANSPETRO pode ser en-contrada na exportação para aVenezuela. Em 2005, a PETRO-BRAS exportou cerca de 55milhões de litros de álcool carbu-rante – grande parte pelo navioNara, da TRANSPETRO –, eoutros 400 milhões de litros deálcoois especiais para aquele país.Além de receber o etanol brasi-leiro, os venezuelanos começa-ram a movimentar o produto empolidutos, sob a orientação detécnicos da TRANSPETRO”,conta Aronson, engenheiro me-cânico e mestre em Engenhariade Produção.
Para relatar um pouco maissobre a ação da TRANSPETROnessa área, Aronson atendeu aRevista Corrosão & Proteção.
Como a TRANSPETRO estápreparada para atender umpossível aumento da demandamundial pelo etanol brasileiro?A TRANSPETRO possui hojeuma infra-estrutura logística paraexportação de etanol, que interligadiretamente a refinaria de Pau-línia, em São Paulo, ao terminalda Ilha d’Agua, no Rio de Janeiro,através de um poliduto. A refina-ria de Paulínia foi escolhida paraser um grande centro coletor pararecebimento de etanol por sua pro-
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Etanol: experiência brasileira para o mundo
Dona de vasto conhecimento, a TRANSPETRO se preparou para exportar etanol com
tecnologia relacionada ao transporte e armazenamento do produto
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que o interesse é sim muito grande.E o pioneirismo brasileiro, com umprograma iniciado quando aindanão havia uma preocupação mui-to séria quanto à emissão de gás carbô-nico na atmosfera, é uma experiên-cia única. Em setembro de 2006,por exemplo, a TRANSPETROparticipou de uma convenção so-bre transporte de renováveis naHolanda e todas as atenções esta-vam voltadas à experiência brasi-leira. O mundo quer entender co-mo a TRANSPETRO movimentao etanol e derivados em um únicosistema de polidutos, e como trans-porta etanol em navios de deriva-dos de petróleo.
Quais as peculiaridades notransporte e armazenamentodo etanol / álcool combustívelem relação aos procedimentosjá consolidados para o petró-leo e gás, por exemplo?É preciso lembrar que o etanol já éutilizado no Brasil há mais de 30anos e que os procedimentos adota-dos pela TRANSPETRO relacio-nados à sua movimentação e ar-mazenagem encontram-se consoli-dados e com o mesmo nível de ex-celência, rigor e qualidade encon-trados em qualquer outro combus-tível.Neste aspecto, a tecnologia desen-volvida ao longo deste período pa-ra as movimentações de etanol emsistemas compartilhados para deri-vados de petróleo, possui uma im-portância para a logística brasilei-ra de combustíveis equiparável aoimpacto gerado pelas conquistas deexploração de águas profundas pa-ra a auto-suficiência nacional depetróleo. É correto dizer que a tec-nologia do transporte de etanol estápara a TRANSPETRO como a ex-ploração de petróleo em águas pro-fundas está para a PETROBRAS.Os pontos principais envolvidos emqualquer operação de combustí-veis, são a redução e/ou eliminaçãode água no sistema, a redução dosvolumes de interfaces (mistura de
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A TRANSPETRO inaugurou, em janeiro, o CREDUTO – Centro Espe-cializado no Reparo de Dutos da PETROBRAS, que vai atuar na manutençãodos oleodutos, polidutos e gasodutos, além de ser um local de pesquisa e de desen-volvimento de novas soluções, e promover a capacitação de mão-de-obra. Loca-lizado dentro do Terminal de Guarulhos, o CREDUTO abrange uma área de 400metros quadrados, junto à região com maior concentração dutoviária do SistemaPETROBRAS. Foram investidos cerca de R$ 10 milhões na instalação do cen-tro, que possui infra-estrutura necessária para armazenamento de materiais eequipamentos, oficina, centro de treinamento e laboratórios.
CREDUTO
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produtos que ocorre durante a mo-vimentação dutoviária), otimiza-ção da malha logística e controle eacompanhamento da corrosão, en-tre outros.
A TRANSPETRO tem um gran-de trabalho de pesquisa e de-senvolvimento no combate àcorrosão de dutos e embarca-ções quanto ao petróleo e gás.Como é essa preocupação coma corrosão para o etanol e atéoutros biocombustíveis que de-vem estabelecer um portfóliovasto de soluções energéticas?Assim como foi realizado para oetanol, no início do programa doPró-Álcool, a TRANSPETRO irásempre buscar o desenvolvimentodas tecnologias e a capacitações ne-cessárias para o atendimento dasnecessidades logísticas nacionais. Nes-te aspecto, ela inaugurou recente-mente o CREDUTO (veja box) quevisa desenvolver, aprimorar e apli-car as mais modernas técnicas de
A tecnologia de transporte de etanol está para
a TRANSPETRO como a exploração de petróleo
em águas profundas está para a PETROBRAS“
”reparo de dutos, além de partici-par junto ao CTDUT e possuir di-versos grupos de pesquisa atuandono CENPES (Centro de Pesquisada PETROBRAS), para desenvol-vimento de novas tecnologias e fer-ramentas. A mesma preocupação es-tá presente no seu Programa de Mo-dernização da Frota (PROMEF)que incluirá navios para etanol.Quanto ao etanol especificamente,a TRANSPETRO busca mantersua liderança tecnológica por ser aúnica empresa com experiência demais de 30 anos na movimentaçãode etanol por polidutos, uma vezque é fundamental ressaltar que oBrasil é o único país que detém odomínio absoluto desta tecnolo-gia. Em suma, a logística precisaestar acompanhando os novos de-senvolvimentos que estão ocorren-do nas duas pontas que ela interli-ga, tanto na produção como no con-sumo, para que ela possa prestarum serviço de qualidade a preçoscompetitivos. •
Danny Aronson, coordenador comercialde CombustíveisRenováveis daTRANSPETRO
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Etanol, o “ouro” verde
Matéria de Capa
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As expectativas em torno da forte expansão do mercado do etanol abrem portas para investimentos e novos
estudos quanto ao controle da corrosão dos metais que estão em contato com essa fonte energética
As expectativas em torno da forte expansão do mercado do etanol abrem portas para investimentos e novos
estudos quanto ao controle da corrosão dos metais que estão em contato com essa fonte energética
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APLICAÇÃO CADA VEZ
maior do etanol deve im-pulsionar o crescimento de
um novo mercado. Analistasapontam como irreversível a con-versão do etanol em commoditymundial e o Brasil é apontadocomo um dos pilares nessa novaetapa, tanto por sua imbatívelcondição de produção como porseu vasto conhecimento tecnoló-gico. Afinal, o país foi o únicoque realmente apostou num pro-grama energético alternativo aouso da gasolina, com a criação doPró-Álcool, em 1975, e quatroanos depois já havia carros circu-lando com esse combustível. Essemodelo hoje serve de exemplopara os mais de 40 países queadotaram recentemente – ou es-
tão em fase de adotar – a mis-tura de álcool combustí-
vel à gasolina, em percen-tuais que variam de 2% a 10%.Esse movimento amplia a
preocupação com a corrosão pro-piciada pelo álcool com-
bustível (e outrosbiocombustí-
veis). Assim,como o pe-tróleo, gás eoutros energé-ticos, o etanolterá como umdos seus pon-tos de pesqui-sa a corrosãocausada ao lon-go da cadeiap r o d u t i v a .
“Devemos se-
parar essa questão em três etapas, basicamente por possuir característi-cas distintas: a fabricação, o transporte e a distribuição e a queima nos mo-tores automotivos”, informa a área de Abastecimento da PETROBRAS.
Segundo informações da área de Abastecimento, durante o proces-so de fermentação alcoólica, uma significativa quantidade de ácidosorgânicos é gerada e, juntamente com a água dissolvida no álcool, podeprovocar um importante processo de corrosão nos equipamentos dasusinas. Por isso, essas são as empresas sujeitas a maior incidência a essetipo de agressividade. Já o álcool acabado e preparado para a distribui-ção possui teores residuais de água e ácidos orgânicos, notadamente oácido acético, que, embora de forma mais branda, pode reagir comdeterminados materiais metálicos ou poliméricos de válvulas, conexõese internos de bombas não preparadas para o uso com o etanol duran-te o seu transporte.
No automóvel, finalmente, a ação corrosiva dependerá do grau deadequação dos materiais utilizados na sua construção. Sem a utilizaçãode materiais indicados, o processo corrosivo começará já no tanque decombustível e outros processos de corrosão e geração de resíduos decorrosão podem acontecer desde os injetores até o escapamento.
A diferenciação de problemas na cadeia produtiva é apontada tam-bém pelo pesquisador do IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas deSão Paulo, Neusvaldo Lira de Almeida. “Do ponto de vista da indús-tria automobilística o processo está controlado. Mas, o grande aumen-to da demanda deverá impactar os setores de armazenamento e distri-buição e, principalmente, as usinas. Acredito que esses setores deverão,em breve, redesenhar seus procedimentos de manutenção, em funçãode um período de exposição maior das estruturas e equipamentos”,observa Almeida.
Para ele, será necessário desenvolver estudos com novos materiais(revestimento e inibidores) para controlar e monitorar o impacto dacorrosão. “As usinas já vêm fazendo isso. Existem tecnologias de reves-timentos de proteção que estão sendo usadas com sucesso. O proble-ma é que a partir do momento que essa esperada alta da demanda seconcretizar, tudo deverá ser mais ágil e eficiente, para controlar os pro-cessos corrosivos. Evidentemente deverão existir algumas situações ain-da pouco conhecidas que demandarão novos estudos”, avalia Almeida.
Transporte e distribuiçãoA malha dutoviária e os tanques de armazenamento, por ficarem
expostos continuamente e durante muito tempo ao etanol, tambémdevem merecer atenção especial. “A PETROBRAS tem completo do-mínio para os derivados de petróleo e também um histórico respeitávelem álcool combustível. Naturalmente, temos que compreender outrosefeitos que ainda são desconhecidos e eventualmente adequar algunsprocedimentos, mas o Brasil possui centros de pesquisas altamentecapacitados e que estão atentos e trabalhando para trazer soluções nessecampo”, comenta Gutemberg de Souza Pimenta, do CENPES.
A PETROBRAS novamente está saindo na frente e já está procu-rando desenvolver projetos de pesquisa nesse sentido. Pois, como expli-ca Pimenta, as conseqüências da corrosão são sempre as mesmas eresultam invariavelmente em prejuízos financeiros e ambientais.
Segundo informações da área de Abastecimento da PETROBRAS,o ponto inicial para o devido controle e prevenção da corrosão passapela escolha dos materiais. “Por exemplo, no início da década de 1980,quase a totalidade dos veículos possuíam dutos de combustíveis, filtros
O Pró-Álcool, criado em 1975,possibilitou odesenvolvimentode um vasto conhecimento técnico das empresasnacionais
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Pré-tratamentoIndependentemente do processo corrosivo quer seja oriundo do
álcool ou qualquer outro agente, a preparação de superfície para a apli-cação de sistema anticorrosivos é decisivo. Tanto para a pintura quan-to para a metalização. “O tratamento de superfície é fundamental parauma eficiente proteção anticorrosiva e consequentemente ajudando naaderência ideal entre o substrato e o revestimento. Um dos mais efi-cientes sistemas é o que prepara a superfície por meio do jateamentoabrasivo, utilizando-se como abrasivos a escória de cobre, granalha deaço e bauxita, entre outros materiais”, conta Clayton Queiroz Junior,gerente da Tintas Renner.
O diretor do Grupo GP, empresa especializada em tratamento desuperfícies, José Luis Yunes Varela, explica que o pré-tratamento é achave do sucesso para a ancoragem e à resistência à corrosão de siste-mas de pintura e galvânicos. “E deve incluir uma fosfatização prévia etintas específicas ou tintas ricas em zinco, ou uma mistura de dois oumais tipos, ou alternar depósitos metálicos tais como zinco-níquel,com revestimentos orgânicos”, conta Varela. Já na prevenção, o espe-cialista indica a aplicação de níquel químico, que se bem especificadoresiste à corrosão e à abrasão. “Existem problemas que são mais de abra-são que corrosão, outros mais corrosão e outros a soma desses fatores.Assim problemas específicos terão sua própria solução”, revela Varela.
O diretor comercial da Advance Tintas, Salvador Garcia Filho,reforça que a correta preparação requer um sistema de pintura especí-fico para cada setor, desde equipamentos que estejam expostos aambientes moderados até os que operam em altas temperaturas. Nosetor de açúcar e álcool, Garcia Filho destaca algumas tecnologias:epóxi fenólicas e aminas para o interior de tanques, alquídicos e epóxià base de água com baixo VOC e para transporte e armazenamentoepóxi 100% de sólidos.
Soluções em pinturaAntigamente somente o etil silicato inorgânico de zinco atendia a
esta necessidade, hoje empresas como a Renner apresentam produtosmais modernos e eficientes para sua utilização. “Um produto, fabrica-do em cores e principalmente na cor branca, ao contrário do cinzaestanque do etil silicato, facilita a inspeção e manutenção de tanques dearmazenagem de etanol”, explica o gerente. Queiroz Junior tambéminforma sobre o outro produto, desenvolvido para aplicação sobre umi-dade residual e tolerante ao flash rusting.
Para detectar e prevenir as ações corrosivas do álcool nas usinas, notransporte e na armazenagem, Queiroz Junior explica que depois deestabelecidos os procedimentos de inspeções periódicas e através destes,detectam-se os problemas de corrosão. Usam-se os sistemas de pinturaanticorrosivos, que são as melhores ferramentas para se prevenir as açõescorrosivas do álcool, quando bem elaborados e aplicados preventiva-mente.
Na opinião do diretor da WEG Tintas, Reinaldo Richter, um pro-blema comum nas empresas do setor sucro-alcooleiro é o escurecimen-to dos tanques, provocado pela ação de fungos. “Com o escurecimen-to há uma maior absorção de calor, aumentando a evaporação doálcool. Ou seja: além do aspecto desagradável, a usina ainda tem pre-juízo com a perda de seu produto”, revela Richter.
Para solucionar este problema, a WEG desenvolveu uma tintaespecífica. “A pintura com este produto protege o tanque contra a açãodos fungos comuns ao ambiente. Assim, os tanques sempre estão com
e carburadores projetados para ouso de gasolina que, comparati-vamente ao álcool, é praticamen-te inerte aos materiais construtivosde então. Com o advento do eta-nol, as ligas à base de zinco, larga-mente utilizadas na fabricação decarburadores, mostraram-se ina-dequadas, assim como uma gamade polímeros tais como a borra-cha natural, poliuretano, PVC eacrilatos”, informa.
Após a correta seleção de ma-teriais construtivos, a melhor for-ma de controle é o cumprimentoàs especificações impostas ao ál-cool e ao seu teor de água. Exis-tem técnicas bem consolidadasde controle de corrosividade emeletrólitos moderados baseadosna sua condutividade. Assim co-mo o Brasil foi pioneiro na utili-zação automotiva, adquirindogrande competência no ramo, tam-bém desenvolveu uma vasta linhade pesquisa em corrosão, na qualmuitas universidades e centros depesquisa contribuíram para o es-tabelecimento do conhecimentoatual. Pode-se dizer que o Brasilainda possui a liderança na fabri-cação e utilização do álcool auto-motivo assim como o controle desua corrosividade, e diversas uni-versidades, como a UFRJ, UNI-CAMP e USP, e centros de pes-quisa, como o INT e IPT, alémda própria PETROBRAS quepossui inúmeros profissionaisenvolvidos com o assunto porintermédio do CENPES, pos-suem papel de destaque interna-cional.
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Toda a cadeiaprodutiva doetanol deveinvestir emnovos estudospara ampliar osconhecimentosdos processoscorrosivos
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pintura original e não há perda de álcool por evaporação”, explicaRichter.
O diretor comercial da Advance Tintas, Salvador Garcia Filho, ava-lia que o principal problema ocasionado pela corrosão proveniente doálcool é o ambiente atmosférico das usinas. “A grande maioria das des-tilarias estão no meio rural, o que induz à idéia de fraca corrosividadeatmosférica. Mas isso não é verdade, pois a cana não se desenvolve emregiões áridas com baixo índice pluviométrico. E se houver poluiçãoambiental, a taxa de corrosão será maior ainda”, comenta Garcia Filho.Ele explica que os equipamentos que mais corroem são aqueles queentram em contato com o caldo no início e no final do processo.
Garcia Filho informa que a Advance oferece ao mercado uma linhade produtos à base de poliuretano, silicone, acrílico, alquídicos, epoxiese etil silicato de zinco para a pintura de vários equipamentos que fazemparte das usinas. Para a definição de qual produto usar, deve-se avaliaras condições dos equipamentos e ao que estará exposto, como: ambien-tes abrigados ou não, sujeitos a respingos ou imersão permanente,enterrada, exposição a ação de gases, etc. “As usinas estão em fase deconstante adaptações, principalmente quanto à proteção corrosiva. Atépouco tempo, era possível fazer grandes manutenções na entressafra,mas agora com o aumento da demanda a preparação da superfície vaiexigir maior qualificação e conhecimento”, acredita.
A International Paint, por sua vez, atende o mercado de tintas erevestimentos para as indústrias de açúcar e álcool, bem como termi-nais de armazenamento e distribuição, dutos e navios de transporte.Destacam-se no revestimento interno, para contato com etanol semcontaminá-lo, um revestimento epóxi versátil que pode armazenar dequerosene de aviação a água potável. Outro revestimento heavy duty,livre de solventes que oferece proteção em uma rápida e única demão.E, finalmente, a empresa apresenta um produto que se caracteriza pelatecnologia de revestimento inorgânico associado com alto teor de zincooferecendo uma “galvanização a frio” em única demão.
Meio AmbienteNa opinião de José Luis Yanes Varela, as medidas eficientes para evi-
tar transtornos ao meio ambiente são as que fazem uso de processosgalvânicos. “Isso é justificado pela utilização de produtos não agressivosde fácil neutralização e tintas com solvente à base de água, desoxidaçãoe limpeza das superfícies com gelo, entre outros. Além disso, todo tra-tamento eficiente reflete em sua vida útil, que em casos como de peças
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: WEG
Vista detanques de
álcool dausina
GIASA
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em automóveis movidos à álcool podem resistir mais de10 anos”, explica o profissional do Grupo GP.
Para Varela, com a alta demanda pelo álcool, todos osproblemas que a corrosão hoje traz, serão potencializadosse não houver um correto tratamento deste assunto. Avida útil de um tratamento eficiente pode variar de 5 a 20anos, se realmente forem observadas todas as variáveisque vão desde o tratamento da superfície, a escolha dosistema anticorrosivo adequado (tintas), e sua corretaaplicação. Esse processo deverá ser monitorado rigida-mente por inspetores devidamente treinados e credencia-dos, desde o início do processo de pintura. Também sefaz necessário um correto programa de manutenções preventivas e cor-retivas. O custo-benefício e a longevidade dos sistemas de alto desem-penho merecem uma atenção especial, pois os ganhos são comprova-damente significativos e alguns deles não são sequer mensuráveis, taiscomo derramamentos, desastres ecológicos e outros.
Tratamento de superfíciesOutra empresa com atuação no tratamento de superfícies para esse
segmento é a Henkel. “No caso específico do etanol, oferecemos solu-ções para a manutenção de equipamentos, programas de manutençãopreventiva, assim como a dos equipamentos utilizados em grande esca-la neste segmento. As soluções exercem um fator decisivo na minimi-zação da necessidade de reparos constantes, hoje muito comuns devi-
do aos desgastes químicos e físi-cos que as peças sofrem”, contaGuilherme Andrade, gerente deEngenharia para Adesivos Loctiteda Henkel.
Andrade destaca ainda quepara a segurança de profissionaisque trabalham em usinas, a Hen-kel oferece uma resina epóxi mo-no-componente de longa duraçãopara aplicação em pisos escorre-gadios, onde exista fluxo intensode pessoas e veículos leves. •
Com a altademanda peloálcool, todos oseventuais problemas decorrosão serãopotencializados
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Treinamento & Desenvolvimento
Treinamentos vivenciais &Treinamentos de alto impacto
A EDIÇÃO ANTERIOR, DI-ferenciei o conceito de cur-so e treinamento. No en-
tanto, falta ainda uma abordagemsobre as diferenças entre os treina-mentos de caráter vivencial dos dealto impacto. Ambos têm foco vol-tado para mudança de atitude ecomportamento através do exer-cício da prática e não apenas do re-passe de informação teórica. Emtese, eles afetam aspectos psicoló-gicos e/ou neurológicos do indiví-duo e não apenas questões inte-lectuais.
Os treinamentos vivenciais sãobastante utilizados e caracterizam-se por sessões práticas nas quais seoportunizam experiências de cu-nho emocional aos envolvidos,tendo como essência o convite auma reflexão intelectual posteriora sensação.
Os treinamentos de alto im-pacto são uma variante modernados treinamentos meramente vi-venciais, nos quais o que se ofere-ce são sessões práticas com dinâ-micas impactantes que acessamnão somente os níveis psicológicosdo indivíduo, mas também e pre-ponderantemente os níveis neu-rológicos das sinapses cerebrais.
Normalmente são experiênciasque reprogramam os comporta-mentos a partir de dinâmicas quemanipulam o limite dos envolvi-dos com relação a sensações pri-márias como medo, alegria, triste-za e raiva. Além de derivações des-tas tais como: sofrimento por an-tecipação, trabalho sob pressão,insegurança, ansiedade, teimosia,discordâncias endêmicas, resistên-cia às mudanças etc.
Os treinamentos vivenciais,normalmente, não trabalham assinapses nervosas de cunho cere-
bral, mas a relação psicossomática dos envolvidos. Já os de alto impac-to estão voltados para o acesso aos engramas mentais (conceito diané-tico) que nada mais são do que arquivos mentais gravados ao longo davida de cada indivíduo. Metaforicamente, poderíamos conceituar En-grama comparando nosso cérebro a um computador: para gravar umdeterminado arquivo, um computador precisa de um nome e umapasta para terminar a operação. O nosso cérebro consegue gravar umarquivo sem que ele tenha um nome e nem tampouco uma pasta dearmazenamento. Estes arquivos, sem título e sem pasta, chamam-seEngramas e são gravados em algum lugar de nosso cérebro, gerando,portanto, uma sinapse nervosa que controla nossas sensações ao invésde nós a controlarmos.
O objetivo maior dos treinamentos de alto impacto, para resumirsinteticamente, é acessar estes Engramas e, a partir disto, dar nome euma pasta a eles, garantindo assim que nós o controlaremos e não ocontrário, ou ainda o deletando definitivamente do cérebro, desfazen-do a sinapse nervosa. Confundir um treinamento vivencial com umtreinamento de alto impacto é um erro grave, pois sequer poderiam sercomparados uma vez que conseguem resultados bastante distintosentre si, além de utilizarem de recursos diferentes.
Os treinamentos Vivenciais oportunizam sensações por meio deexperiências que podem ser desenvolvidas por dinâmicas de grupo,normalmente de baixo impacto, e/ou aumento de adrenalina com prá-tica de esportes radicais. Trabalham-se diversos conceitos, mas estãolimitados ao nível psicológico dos participantes e a criação de senso desuperação de desafio através da confiança mútua entre uma equipe,requisito fundamental no mundo corporativo.
Os treinamentos de Alto Impacto são cada vez mais uma realidadeno mundo corporativo, pois oferecem resultados como mudança deatitude e de valores a curto prazo. No entanto, exige uma entrega dosparticipantes num nível muito acima dos treinamentos vivenciais.
Um treinamento vivencial pode até ser observado pelo participan-te. Porém, um treinamento de alto impacto é quase impossível de serobservado, pois a retirada do envolvido de sua zona de conforto - umarealidade em todos os treinamentos desta natureza - o faz Viver as expe-riências ou realmente desistir da mesma. As desistências, que aconte-cem bastante neste tipo de treinamento (nossa experiência é de 1 a 3%)são interpretadas como Fuga da realidade, uma vez que todas as dinâ-micas refletem legitimamente circunstâncias comuns do mundo corpo-rativo normal.
No mercado existem vários treinamentos vivenciais e vários treina-mentos de alto impacto. O que você, leitor, precisa saber fazer é distin-guir entre ambos, pois oferecem resultados muito diferentes. •
Ambos são calcados na mudança de atitude por meio de exercícios práticos e passam
conceitos por meio de sensações. Não obstante, os resultados são distintos
Adm. M.Sc. Prof. Orlando Pavani JúniorConsultor Titulado CMC pelo IBCO/ICMCI - CRA 57.398Diretor Executivo da Gauss Consultores Associados Ltda.www.gaussconsulting.com.br - www.olhodetigre.com.br - fone: (11) 4220.4950
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Por Prof.Orlando Pavani
Júnior
07-C&P16_Treinam&Desenv. 8/8/07 4:09 PM Page 1
PubliEditorial Anion MacDermid
ALIANÇAMETALÚRGICAS.A.completa 80 anos de exis-tência e hoje possui uma
linha de produtos com mais de900 itens destinados aos mais di-versos segmentos da construçãocivil. Localizada em São Paulo,com cerca de 800 colaboradores erepresentantes, no Brasil e no ex-terior, a Aliança é reconhecida co-mo um dos maiores fabricantesde fechaduras, ferragens, rodíziose reguladores para gás, com umaprodução de mais de dois mi-lhões de peças por mês. A empre-sa obteve, em fevereiro de 2001, ese mantém como a única do setorcom a certificação em Sistema deGestão da Qualidade ISO 9001,referente à produção de regulado-res para gás, mercado no qual élíder com a produção de 600 milunidades mensais. No ano de2006, a empresa registrou fatura-mento de R$ 130 milhões e, em2007, espera faturar R$ 145milhões.
Para o gerente de vendas, ex-portação e marketing, CláudioLutzkat, o sucesso da empresa sedeve à tradição, à ética, à buscaconstante pela melhoria das con-dições de trabalho para os colabo-radores e à responsabilidade so-
cial. “No último ano a empresainvestiu cerca de R$ 5 milhões,sendo que R$ 3,5 milhões foramdestinados para a automação dametalúrgica. Uma grande vanta-gem é que a automação permiteque as peças produzidas saiamcom uma qualidade muito supe-rior e com um padrão permanen-te, o que fortalece nossa produti-vidade e amplia a nossa competi-tividade no mercado”, explicaLutzkat.
Para o superintendente daempresa, Waldir Benichio, alémde todos os pontos positivos cita-dos por Cláudio Lutzkat, outrobenefício é a diminuição expressi-va da insalubridade que o novoprocesso oferece para os colabora-dores e para a sociedade. “Semprenos preocupamos com a questãoambiental, e com a utilização donovo processo industrial reduzire-mos drasticamente o impactoambiental da nossa produção. Te-mos também dentro de nossa em-presa uma gestão de tratamentode efluentes que passou a operarcom a utilização de apenas umtanque dos quatro que antes esta-vam em operação. Isso representaum avanço tecnológico fantásti-co”, revela Benichio.
Segundo o gerente industrial,Vagner Brajão Junior, no processode tratamento superficial daAliança, que hoje abrange zinca-gem e passivação, cobreamento,niquelação, latonamento e cro-mação, os produtos são submeti-dos a diversos processos quími-cos, onde se utilizam águas inter-mediárias destinadas às lavagensentre as etapas, nas quais recebemos arrastes de produtos químicos.Estas águas (denominadas deefluentes) são transferidas para oatual sistema de tratamento deefluentes, onde se utiliza o proces-so “físico-químico”. Estando sepa-rados os efluentes pela sua carac-terização química (ácidos, bases,complexos, tipos de metais), estessão submetidos às etapas ineren-tes ao processo, finalizado com adecantação e posterior prensagemdo lodo galvânico, obtendo-seassim a total descontaminaçãodestas águas. Segundo Brajão Ju-nior hoje, com a atual reengenha-ria se utiliza 50% da capacidadeinstalada da Estação de Trata-mento de Efluentes.
O supervisor de produção daempresa, Rafael Alfredo Rodri-gues, explica que após todas estasetapas, as águas residuais atendemplenamente todas as normas vi-gentes estabelecidas pela Cetesb.“A Aliança, desde então vem con-tribuindo com a despoluição doRio Tietê, zelando pela proteçãoambiental e melhoria da qualida-de de vida, obedecendo às exigên-cias cada vez maiores dos órgãosambientais”, comenta Rodrigues.
Airi Zanini, diretor-geral daAnion MacDermid, parceira daempresa na área de galvanização,reforça que os processos utiliza-dos pela Aliança Metalúrgica,além de contribuírem para a pre-
WaldirBenichio e
CláudioLutzkat, da
AliançaMetalúgica
Aliança Metalúrgica - 80 anos desucesso com muita responsabilidade
social e parcerias bem-sucedidas
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servação ambiental, geram altaprodutividade com qualidade,por meio de processos estáveis ede fácil controle. “Os processosque contribuem à preservação am-biental são, por exemplo, o Cro-mo Trivalente Decorativo (pro-cesso Envirochrome 100), pro-cessos de Zinco Alcalino, semcianeto e sem complexantes(processo Envirozin Prima), pas-sivações trivalentes (processo Tri-pass). São processos de tecnolo-gia de ponta e que promovemperfeita adaptação à linha daAliança”, explica.
Parceria com a AnionMacDermid
Em um mercado competiti-vo, a busca de liderança exigetecnologia, especialidades, dife-renciais na área química, agilida-de na prestação de serviços e pro-fissionais de alto nível técnico,buscando sempre melhores re-sultados na qualidade dos pro-cessos e produtos. Baseado nessapremissa, a Aliança buscou nomercado nacional fornecedoresde alto grau de conhecimentotécnico e que se alinhavam comos objetivos estratégicos da em-presa. Na área de galvanização, aAliança iniciou seu contato coma Anion MacDermid em 1999,para o fornecimento de umpequeno lote de produtos. Osresultados positivos incentiva-ram a Aliança a ampliar a parce-ria entre as empresas, com maiornúmero de itens fornecidos.
“Com o investimento da
Metalúrgica Aliança em umequipamento automático, quecontou com o acompanhamentodo departamento Técnico daAnion MacDermid, estreitamoso relacionamento comercial eestratégico entre as empresas. E,em 2007, houve o fechamentode contrato para o fornecimentode todos os processos para estanova linha de produtos. Comexceção dos vernizes, somos for-necedores de todas as linhas deacabamentos (desengraxantes,cobre alcalino, níquel semi-bri-lhante, níquel brilhante, níquelacetinado, cromo trivalente de-corativo, desplacantes etc). Umaparceria que muito nos orgulha,pois é resultado direto da exce-lência de nossa atuação junto àAliança”, revela Zanini, diretor-geral da Anion MacDermid.
Além dos produtos, a empre-sa presta serviço de acompanha-mento da qualidade da produçãoe dos índices de rejeição para quesejam baixíssimos. São realizados
Airi Zanini,diretor-geralda AnionMacDermid
À esq., linhagalvânica
automática noformato “U”,
com 30 metrosde extensão,
uma das maioresdo Brasil.
Acima, Estaçãode Tratamentode Efluentes da
Aliança
também treinamentos com todoo setor galvânico da Aliança,incluindo cursos técnicos de quí-mica e de meio ambiente/ segu-rança, que são ministrados nasdependências da própria Aliança,com atualização a cada seis meses.
Toda tecnologia nova a serimplantada dentro de uma em-presa tradicional e com produtosde ponta, como a Aliança, deveser apresentada de forma clara ecorreta, mostrando sempre osprincipais pontos de vantagenspara a empresa e principalmentepara os seus clientes e usuários. Adiretoria da Aliança, com umavisão ampla de mercado e de fu-turo, abraçou a idéia e hoje contacom mais qualidade, produtivi-dade e menos impacto ambientalna linha de produção. São empre-sas como a Aliança, alinhadas comas novas necessidades de mercado,que se sobrepõem no mercado.Não por acaso, a empresa com-pleta agora 80 anos como umadas líderes no mercado. •
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Artigo Instituição
PRUMO - Projeto Unidades Móveis de Atendimento Tecnológico
A BUSCA DA COMPETITIVI-dade industrial, para man-ter e conquistar mercados
e atender às exigências do consu-midor, destacam-se a necessidadede aprimoramento dos processose a melhoria da qualidade dosprodutos. Essas metas podem serperseguidas com o auxílio de re-cursos tecnológicos, nem sempredisponíveis às micro e pequenasempresas.
Para superar este obstáculo,começou a operar em 1999 oProjeto PRUMO, uma ação pró-ativa do Instituto de PesquisasTecnológicas do Estado de SãoPaulo -IPT, incorporando o con-ceito de unidade móvel para dis-ponibilizar tecnologia para as mi-cro e pequenas empresas.
As unidades móveis são veí-culos utilitários dotados de equi-pamentos laboratoriais que vãoaté as empresas para identificar osprincipais problemas técnicos erealizar ensaios e análises de ma-téria-prima e produtos, sob acondução de profissionais doIPT. Durante o atendimento, oprocesso produtivo das empresasé analisado, na busca de aperfei-çoamento, tendo como orienta-ção os resultados dos ensaios eanálises efetuados. A visita das
unidades móveis é acompanhada pelo pessoal da empresa.O PRUMO já vem funcionando com sucesso nas áreas de Plásticos
e Borrachas, Tratamento de Superfícies, Couros e Calçados, Madeirase Móveis, Cerâmica e está prevista a inauguração do setor deConfecções para o segundo semestre de 2007.
Segundo estatísticas, a quase totalidade dos donos de empresasatendidas pelo PRUMO no ano passado (94%) se diz satisfeita, aponto de recorrer ao projeto novamente. Um total de 52% das empre-sas teve aumento no número de clientes. O levantamento tambémmostra que 44% das empresas conseguiram aumentar o faturamento.
De acordo com Vicente Mazzarella, coordenador geral de projetosespeciais no IPT, em muitos casos, a solução para os problemas é muitomais simples do que os empresários imaginam, e a saída está em umprocesso mais barato.
Mais especificamente em relação ao setor de Tratamento de Su-perfícies (PRUMO/TS), desde 2002, uma unidade móvel vem atuan-do por meio de atendimentos tecnológicos em diversas regiões doEstado de São Paulo. Tais atendimentos complementam a assessoriaprestada pelos fornecedores das empresas de galvanoplastia e contri-buem, assim, para a melhoria do produto final, visando tornar a em-presa mais competitiva no mercado nacional e internacional. Dentre osbenefícios obtidos por meio das ações do PRUMO, destacam-se:• o aumento de produtividade• a redução de custos e do índice de reprocessamento de peças• a eliminação de devoluções• a adequação às especificações técnicas• a conquista de clientes mais exigentes etc.
Os atendimentos, voltados primordialmente às micro e pequenasempresas, também podem abranger as médias e grandes empresas.
Atualmente, os atendimentos às micro e pequenas empresas con-tam principalmente com o auxílio do Serviço Brasileiro de Apoio àsMicro e Pequenas Empresas do Estado de São Paulo (Sebrae-SP), pormeio do Edital 01/06, que pode ser visualizado na íntegra no sitewww.sebraesp.com.br, e devem seguir os seguintes critérios, na moda-
Por Cleiton dosSantos Mattos,Vicente N. G.Mazzarella,Regina Nagamine,ZehbourPanossian eRafael Guerreiro
Um passo importante para a modernização tecnológica das empresas
20 C & P • Julho/Agosto • 2007
Visão interna e a Unidade
Móvel. Apoio ao
desenvolvimentotecnológico das
micros e pequenasempresas
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lidade de atendimento mais solicitada denominada “AtendimentoTecnológico in loco”:- o primeiro atendimento tecnológico, realizado em 40 h, com a
equipe permanecendo até dois dias no local, não tem custo àempresa, pois, dos R$ 3.000,00 (três mil reais) totais, R$ 2.400,00(dois mil e quatrocentos reais) são pagos pelo Sebrae-SP e R$600,00 (seiscentos reais) pela Secretaria de Desenvolvimento doEstado de São Paulo (SD-SP).
- é possível realizar um segundo atendimento, num prazo de um ano,com as mesmas características do primeiro; no entanto, é necessá-rio que a empresa arque com a contrapartida de R$ 600,00 (seis-centos reais), que, neste caso, deixam de ser pagos pela SD-SP.
- havendo necessidade de atendimentos subseqüentes, dentro doprazo de um ano, estes deverão ser negociados com o IPT, porém,após este prazo, usufruem o auxílio do Sebrae-SP novamente.
É possível também realizar atendimentos mais curtos ou aprofun-dados, de acordo com a necessidade. A modalidade “Suporte Tecno-lógico” é um atendimento para dúvidas técnicas, pequenos ensaios etc.e o Sebrae paga até R$ 375,00 (trezentos e setenta e cinco reais), para5 horas, sem haver custo para a empresa. Já a modalidade “Aper-feiçoamento Tecnológico” é um atendimento mais detalhado e o custoé variável, segundo orçamento, no qual o Sebrae acorre com subsídiomáximo de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), sendo sempre 20% cobra-do como contrapartida da empresa.
Para as médias e grandes empresas, os atendimentos têm custos deacordo com a solicitação e devem seguir os critérios mencionados naTabela abaixo.
CARACTERÍSTICAS DOS ATENDIMENTOS A SEREM REALIZADOS PELO IPT PARA AS MÉDIAS E GRANDES EMPRESAS
Empresa Valor Total SD EmpresaMédia Mínimo R$ 3.300,00 R$ 2.400,00 A diferençaGrande Mínimo R$ 3.300,00 - 100%
O IPT garante sigilo absoluto dos resultados dos trabalhos executados.
O PRUMO/TS poderá oferecer atendimento tecnológico a cercade 90% das empresas do setor. Desta forma, as que possuem os seguin-tes processos e/ou banhos são comumente atendidas:
C & P • Julho/Agosto • 2007 21
O laboratório móvel possuidiversos equipamentos, como,por exemplo, medidores de espes-sura por fluorescência de raios X,por método coulométrico e mag-nético, esteriomicroscópio, dispo-sitivos para execução de ensaioscom Célula de Hull e extensa lite-ratura sobre os resultados, medi-dores de condutividade, de pH ede temperatura, balanças semi-analíticas, ultra-som, vidrariaspara execução de análises tritimé-tricas, entre outros, além de con-tar com os equipamentos doslaboratórios do IPT.
O PRUMO/TS é o resultadode uma parceria entre o IPT, o Se-brae-SP, a Fundação de Amparo àPesquisa do Estado de São Paulo(Fapesp) e a Financiadora deEstudos e Projetos (Finep). •
Para solicitar um atendimento ou para obter mais informações sobre o PRUMO,basta entrar em contato:
PRUMO/TSTelefones: (11) 3767-4807 / (11) 3767-4313 / (11) 3767-4318Fax: (11) 3767-4079e-mail: prumots@ipt.br Site: www.ipt.br/areas/cmq/prumo/
PRUMOTelefones: 0800.557790 (em São Paulo) /(11) 3767-4282e-mail: prumo@ipt.br Site: http://www.ipt.br/atividades/politicasPublicas/prumo/
IPTSAC: (11) 3767-4456 / (11) 3767-4126Fax: (11) 3767-4002e-mail: sac@ipt.br e Site: www.ipt.brEndereço: Av. Prof. Almeida Prado, 532 –Cidade Universitária – São Paulo – SP
Cleiton dos Santos MattosQuímico, é coordenador e executor dos atendi-mentos tecnológicos às empresas do setor deTratamento de Superfície por meio do Projetode Unidades Móveis (PRUMO) do Centro deMetrologia em Química do Instituto de Pesqui-sas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A – IPT.
• cobre ácido;• cobre alcalino;• níquel strike;• níquel Watts;• cromo decorativo brilhante;• cromo duro;• zinco alcalino à base
de cianeto;• zinco ácido;• cromatização;• latão;• estanho alcalino;
• estanho ácido;• ouro flash
(pré-ouro ou cores);• ouro folheação alcalina.• ouro ácido;• pré-prata;• prata;• ródio;• banhos de ligas metálicas;• pintura líquida;• pintura eletrostática;
etc.
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22 C & P • Julho/Agosto • 2007
Artigo Técnico
Tratamento de Efluentes - Tecnologiade Eletrocoagulação - Parte 1
completo em seus efluentes.Num contexto geral, valem oslimites que dispõe a Resolução20 do Conselho Nacional doMeio Ambiente - CONAMAainda mais restritivos;
• Muitas vezes o efluente aquo-so industrial pode conter va-liosos produtos que podemser recuperados, gerando eco-nomias, além da própria água,talvez a mais valiosa em fun-ção do preço e da escassez ca-da vez maiores;
• O resíduo proveniente do tra-tamento desses efluentes, quan-do dispostos em aterros, con-tinuam sendo de responsabili-dade da empresa poluidora;
• O surgimento de novas e com-binadas tecnologias está alte-rando positivamente a desti-nação final deste resíduo, aprévia caracterização, segundoas normas da Companhia deTecnologia de SaneamentoAmbiental - CETESB 10.004e P4-230, permite que estesresíduos sejam destinados aaterros sanitários municipais,para co-disposição com os re-síduos urbanos, a utilização co-mo adubo orgânico para agri-cultura e reflorestamento, oucomo produto auxiliar no con-dicionamento e manejo do so-lo, ou ainda como agregadoleve na construção civil sãooutras possibilidades de dis-posição final;
• Os novos tempos exigem umatecnologia mais eficaz no tra-tamento destes efluentes;
• Esta tecnologia e sua implan-tação fazem parte da buscacontínua da melhoria paracertificação pela ISO 14001, etambém fecham o ciclo carac-
ECNICAMENTE, ASSIM CO-mo na prática, está com-provado que os processos
eletroquímicos podem, de formadireta, destruir os compostos or-gânicos gerados por diferentesprocessos domésticos ou indus-triais. Qualquer que seja o tipo,os processos podem eliminarmetais e compostos inorgânicosde águas residuais e atuar nostrês estados da matéria, sólido,líquido e gasoso.
Fundamentos e Apresentaçãodo método de Tratamento de Efluentes porEletrocoagulação• Os processos industriais exi-
gem freqüentemente grandesvolumes de água e geram gran-des quantidades de efluentes;
• O efluente aquoso industrialcontém algumas combinaçõestóxicas que são cada vez maiscomplexas e que devem ser re-movidas para enquadrar o e-fluente aos padrões que exi-gem cada vez mais teores bai-xíssimos antes da disposiçãofinal;
• No caso do Estado de São Pau-lo, o artigo 19 A do decreto8468 é que determina os pa-drões para o lançamento narede pública e exige um pré-tratamento para a redução dacarga inorgânica, uma vez quea carga orgânica será tratadapela Companhia de Sanea-mento Básico do Estado deSão Paulo - SABESP;
• Se a empresa não estiver aten-dida pela captação da rede pú-blica, terá que se enquadrarno artigo 18 do mesmo decreto,mais exigente e deve, portan-to, fazer um tratamento mais
terístico do desenvolvimentosustentável, com o uso respon-sável dos recursos naturais semprejuízo ao meio ambiente.
• Em função da legislação vi-gente de controle da poluição,tanto a nível estadual quantoa nível federal, o processo detratamento para efluentes poreletrocoagulação torna-se a es-colha mais adequada, poispermite atingir todos os parâ-metros impostos pela lei numsó processo, permitindo que aágua após o tratamento sejaparcialmente reaproveitada eo lodo gerado seja facilmentedisposto, além de todas as van-tagens indicadas na literatura,colocada à disposição do lei-tor a seguir:
O fundamento da eletrocoa-gulação consiste no fato de quea precipitação ocorre ao mesmotempo em que se processa a de-sestabilização de colóides; en-quanto que a coagulação quími-ca ocorre em duas etapas, a pri-meira na formação de lodo devi-do à união dos colóides que vãoformando uma massa de tama-nho considerável, e a segunda nadecantação deste lodo medianteadição de coagulantes como sul-fato de alumínio ou cloreto férri-co, entre outros.
Na eletrocoagulação, a massade colóides é formada pelo conta-to direto entre os colóides. Este con-tato ocorre principalmente pelamovimentação do líquido ocasio-nada pela diferença de potencialelétrico aplicado, que provoca aformação de íons de carga opostaà dos colóides e pela liberação dehidrogênio, oxigênio e cátions queatuam como coagulante.
Dentre outras vantagens, destaca-se a diminuição dos custos, em geral, superior
pelo menos a 25% quando comparado com as tecnologias tradicionais
Por Alexandre
Gani Júnior
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meio de um sistema catodo-ano-do imerso na água a tratar. Emconseqüência no transcurso doprocesso eletrolítico, as espéciescatiônicas produzidas no anodoentram na solução, reagindo comas demais espécies formando óxi-dos metálicos e precipitando osrespectivos hidróxidos. A dife-rença com a coagulação químicaestá na origem do coagulante,considerando que, na eletrocoa-gulação, o cátion provém da dis-solução do anodo metálico, sejaferro, alumínio ou magnésio.
Reações:
Anodo: Fe0(s) → Fe+3
(aq) + 3e-
Anodo: O2 → 4H+ + O2(g) + 4e-
Catodo: 2H2O + 2e- → H2(g) + 2OH-
Global: Fe0(s) + 3H2O(aq) → Fe(OH)3 + 3/2H2(g)
Aspectos técnicos de operação do processo
As condições de operação deum sistema de eletrocoagulaçãosão altamente dependentes dascondições químicas, pH, tama-nho das partículas na água a tra-tar e especialmente de sua con-dutividade. Em geral, os trata-mentos das águas residuais re-querem aplicações baixas de vol-tagem (<50 volts) com ampera-gem variável, de acordo com as
É importante mencionar quea eletrólise à qual a água está sub-metida é favorecida pela presençade sais em solução, e que estão pre-sentes em todas as águas residuaise industriais. Devido a isto se pro-duz um desprendimento de hi-drogênio e oxigênio gasoso noseletrodos. Estes gases, ao ascen-der à superfície, provocam trêsfenômenos:• Separação rápida de colóides
dos eletrodos, evitando que osmesmos fiquem sujos reduzin-do a necessidade de limpeza;
• Arraste de colóides desestabili-zados para a superfície for-mando uma nata, possibilitan-do a extração por flotação (op-ção de extração);
• Devido às borbulhas de gás,são produzidas correntes ascen-dentes e descendentes na solu-ção. Esta agitação “espontânea”evita a agitação “mecânica”(não necessita agitação externa).Por outro lado, os cátions me-
tálicos formados pela dissoluçãodo eletrodo geram hidróxidosque agregados aos colóides atua-rão como coagulantes e facilita-rão a sedimentação
Comprovação prática dosaspectos técnicos de operação
São realizados testes regula-res em unidade piloto de eletro-coagulação, na qual foram testa-das as amostras de efluentes,comprovando na prática a efi-ciência, simplicidade, confiabili-dade e a grande economia que oprocesso proporciona, possibili-tando total segurança no dimen-sionamento e nos resultadosfinais de cada processo.
Alcances técnicos do processo
O processo de eletrocoagula-ção pode ser definido como sen-do a desestabilização das espéciesquímicas presentes em uma solu-ção (suspensas ou dissolvidas),produto da aplicação de uma di-ferença de potencial elétrico por
características químicas da água.• Consumo de energia: O
consumo de energia varia en-tre 0.1 até 1.0 kWh/m3 (de-pendendo do tipo de água atratar);
• Desgaste de eletrodos: Odesgaste de material está dire-tamente relacionado com acorrente aplicada ao sistema(amperagem) e o tempo deresidência hidráulica do e-fluente na célula de eletrocoa-gulação. Estima-se, no máxi-mo, a troca dos eletrodos emuma ou duas vezes por ano;
• Condições de operação: Osistema de eletrocoagulaçãofunciona de forma automáti-ca, mediante controles eletrô-nicos que regulam a correntee a voltagem, de acordo comas mudanças na qualidade daágua a tratar, detectadas pelavariação na sua resistividade;
• Produção de lodos: A pro-dução ou geração de lodos estádiretamente relacionada como nível de contaminação doefluente e das espécies catiô-nicas (ferro) que se dissolvemna água conforme a correnteaplicada aos eletrodos. Em to-dos os casos a geração de lodoé menor do que a de um sis-tema químico ou biológico
Estação deTratamento deEfluentes comcapacidadepara 5000litros/hora
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2. Resultados constantes doefluente tratado, mesmo emcasos de descargas e concen-trações diferentes na entrada,graças ao sistema de auto-regulagem.
3. Uso de produtos químicos sópara regular o pH e o trata-mento físico, em quantidadesextremamente reduzidas quan-do necessário. Em alguns ca-sos não há necessidade de usode nenhum reagente.- Floculante;- Coagulante;- Ácido/Base.
4. Redução, em média, de 40%da produção de lodo em com-paração com os sistemas tra-dicionais.
5. Redução do DQO e DBO (De-manda Química e Bioquími-ca de Oxigênio, respectiva-mente).
6. Eliminação direta do cromohexavalente sem instalaçõesespeciais, ou reatores que ne-cessitem do uso de bissulfitode sódio.
7. Redução do fosfato a < 1ppmP (fósforo) uma vez que
Fe(PO4) (fosfato de ferro) eAl(PO4) (fosfato de alumínio)são menos solúveis queCa3(PO)2 (fosfato de cálcio)
8. Oxidação de:Nitrito → NitratoSulfito → Sulfato
9. Os custos de funcionamentosão em média 60% mais favo-ráveis em comparação com osistema tradicional, pois seufuncionamento é contínuo.
10. Simplicidade na instalação enas operações subseqüentes.Reduzida área de instalação.
11. Possibilidade de reciclar umaparte da água tratada.
12. Manutenção reduzida.13. Redução considerável dos
custos por metro cúbico deágua tratada.
Vantagens comparativas doprocesso da Eletrocoagulaçãoe os convencionais.
Eletrocoagulação V/S
Tratamento Químico• São unidades compactas, fá-
ceis de operar, com um me-nor consumo de energia e
CUSTOS DE OPERAÇÃO *
Detalhe Relação Valor/m3 Valor Tratado Referencial
Energia 0.600-0.800 kWh/m3 US$ 0.025-0.035 US$ 0.04/kWhGasto eletrodo Fé 0.00003-0.00005 t/m3 US$ 0.015-0.021 US$ 430.00/TonNaOH 50% (soda) 0.00030-0.00050 t/m3 US$ 0.060-0.084 US$ 200.00/TonH2SO4 98% 0.00060-0.00080 t/m3 US$ 0.030-0.042 US$ 50.00/Ton(ácido sulfúrico)
PORCENTAGEM DE REMOÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS
Parâmetros % de Remoção Parâmetros % de RemoçãoMolibdênio 83-87 Arsênio 95-98Alumínio >99 Bário >99Cálcio 96-99 Cádmio >98Cobalto 60-65 Cromo >99Estanho >99 Chumbo >99Cobre >99 Ferro >99Magnésio 98-99 Manganês 83-85Níquel >99 Selênio >99Vanádio >95-98 Zinco >99Sólidos Suspensos >95 Tensioativos >90
24 C & P • Julho/Agosto • 2007
convencional. Obtém-se umlodo mais compacto (tendoferro ou alumínio) sendo seuvolume final muito menor doque nos processos convencio-nais e com um nível de umi-dade entre 97 a 99%.
Eficiência do Processo O sistema de tratamento por
eletrocoagulação oferece excelen-tes resultados em qualquer tipo deefluente onde se encontram pre-sentes substâncias coloidais, subs-tâncias em suspensão, onde hou-ver a presença de metais pesados,inclusive em soluções contendoeventuais metais complexados.
Aplica-se perfeitamente, tam-bém, em líquidos contendo fos-fatos e fluoretos.
Em todos os casos, o sistemade Eletrocoagulação apresenta avantagem de eliminar as substân-cias menos biodegradáveis, lo-grando maior simplicidade numeventual tratamento biológicoposterior.
Além disso, o processo eletro-químico produz alguns coagu-lantes de importância fundamen-tal, sem utilizar qualquer sal,desta maneira possibilitando re-ciclar uma considerável parte daságuas tratadas.
Diferente dos sistemas tradi-cionais, com a eletrocoagulaçãoobtém-se uma salinidade total daságuas tratadas, quase inalterada,ou menor do que os valores deentrada.
Vantagens do processo As vantagens do sistema po-
dem-se resumir nos seguintespontos:1. Resultados de diminuição de cus-
tos, em geral, superior pelo me-nos a 25% quando comparadocom as tecnologias tradicionais,diminuição dos metais aindaem solução, redução por flota-ção dos sólidos em suspensão:- Hidrocarbonetos;- Substâncias coloidais;- Óleo.
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C & P • Julho/Agosto • 2007 25
produção de lodo, de que ossistemas de tratamento quí-micos convencionais;
• As células de eletrocoagula-ção se constróem em PP ouPlástico Reforçado com Fibrade Vidro - PRFV, e são insta-ladas diretamente sobre opiso. Portanto, não necessi-tam de obras civis maiores,como ocorre com os sistemasquímicos e biológicos.
• Os consumos de energia elé-trica por m3 de água tratada,entre 0,1 e 1,0kWh/m3, sãomenores do que os sistemasde tratamento convencional;
• Os custos de operação sãoentre 50% a 60% mais bai-xos que os sistemas químicos;
• São unidades 100% automá-ticas, quando necessário,com tempo de resposta de 10até 60 segundos, em seu nívelde eficiência;
• Adaptáveis a diferentes tiposde efluentes.
Eletrocoagulação V/S
Tratamento Biológico• O sistema de eletrocoagula-
ção aplicado em águas resi-duais proporcionará umaeconomia de 50% a 60% naárea ocupada pela instalaçãoquando comparado com osistema biológico conven-cional;
• Os tempos de resistência daeletrocoagulação são de 10até 60 segundos, em compa-ração com os sistemas bioló-gicos que precisam entre 12 e24 horas;
• São unidades compactas, fá-cil de operar, com um consu-mo de energia e produção delodo (mais compacto) inferi-or aos sistemas biológicosconvencionais;
• As células de eletrocoagula-ção se constróem em PP ePRFV (Plástico Reforçadocom Fibra de Vidro) e são ins-taladas sobre o piso. Portan-to, não necessitam de obras
civis maiores, como os siste-mas químicos e biológicos;
• Os investimentos são 50% masbaixos que os sistemas biológicos;
• Os consumo de energia elétricapor m3 de água tratada (entre
Comparativos PráticosQuadros comparativos práti-
cos das vantagens entre um siste-ma de Eletrocoagulação e a Coa-gulação química típica, tendo co-mo referência empresas euro-péias, norteamericas e sul-ameri-canas.
0,1 e 1 kWh/h), são menores doque os sistemas de tratamentoconvencionais;
• Não utilizam produtos quí-micos;
• São 100% automáticas.
CUSTOS DE OPERAÇÃO *
Detalhe Relação Valor/m3 Valor Tratado Referencial
Energia 0.4000-0.600 kWh/m3 US$ 0.018-0.025 US$ 0.04/kWhGasto eletrodo Fé 0.00002-0.00003 t/m3 US$ 0.010-0.015 US$ 430.00/TonNaOH 50% 0.00020-0.00030 t/m3 US$ 0.045-0.060 US$ 200.00/TonH2SO4 98% 0.00040-0.00060 t/m3 US$ 0.025-0.030 US$ 50.00/Ton
PORCENTAGEM DE REMOÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS
Parâmetros % de remoção Parâmetros % de remoçãoDBO >90 DQO >90Óleos e graxas >95 Nitrogênio Total >95Fósforo Total >70 Sólidos suspensos >95Coliformes Fecais >99 Hidrocarbonetos >95
Análise Comparativa Aplicada à Industria Alimentícia, Têxtil, Pesqueira, Madeireira, Agroindústria, entre outras.*
CUSTOS DE OPERAÇÃO
Detalhe Relação Valor/m3 Valor Tratado Referencial
Energia 0.600-0.800 kWh/m3 US$ 0.025-0.035 US$ 0.04/kWhGasto eletrodo Fé 0.00003-0.00005 t/m3 US$ 0.015-0.021 US$ 430.00/TonNaOH 50% 0.00030-0.00050 t/m3 US$ 0.060-0.084 US$ 200.00/TonH2SO4 98% 0.00040-0.00080 t/m3 US$ 0.030-0.042 US$ 50.00/Ton
PORCENTAGEM DE REMOÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS
Parâmetros % de Remoção Parâmetros % de RemoçãoDBO >90 DQO >90Óleos e graxas >95 Nitrogênio Total >80Fósforo Total >70 Sólidos suspensos >95Coliformes Fecais >99 Hidrocarbonetos >95
* Referência ECOFIELD.
CUSTOS DE OPERAÇÃO (VAZÃO 1.200 L/h)
Elemento Entrada (ppm) Saídas (ppm)
Níquel 8,8 < 3Zinco 28,0 < 3Sólidos Totais Suspensos (TSS) 657,0 < 350Óleos e graxas 27,0 < 15Fosfato 158,8 < 10
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ano, conside-rando-se 16horas/dia detrabalho por 26dias por mêsem 12 meses.( a p r o x i m a -d a m e n t e6.000.000 delitros/ano confor-me demonstra o quadro ao lado). Este valor não inclui embalagem,transporte e disposição final dolodo.
Os valores ao lado são conse-qüência de um sistema com a exi-gência somente de reduzir o Ní-quel de 25ppm na entrada para <2,38ppm na saída e o cromo com210ppm na entrada e < 1,71ppmna saída.
No valor de economia porano acima indicado não inclui oscustos de embalagem, transportee disposição final do lodo. •
A segunda parte desse artigoapresentará o uso do processo:- com água potável;- no tratamento de esgoto doméstico;- no tratamento de efluentes contendo
cromo hexavalente e/ou trivalentecomplexado por eletrocoagulação;
- comparativo do tratamento do cromo.
Considerando a vazão de1.200L/h as características de en-trada do efluente e as exigênciasde saídas acima detalhadas. Cál-culos indicam uma economianos custos de operação entre aeletrocoagulação e a coagulaçãoquímica de US$ 46.440.00 por
REMOÇÃO (PORCENTAGEM COMPARATIVA)
Elemento Eletroco- Coagulação Sedimen-agulação Química tação
TSS 95 - 99 80 - 90 50 - 70BOD 50 - 98 50 - 80 25 - 40Bactérias 95 - 99,999 80 - 90 25 - 75
TSS= Sólidos totais dissolvidos BOD= Demanda Biológica de oxigênio
Custo Coagulação Eletrocoagulação(US$) QuímicaPor litros 0,008 0,00026Por 1000 litros 8,00 0,26Por ano (6.000.000 litros) 48.000,00 1.560,00Economia por ano 46.440,00
CUSTOS DE OPERAÇÃO (VAZÃO 22.000L/h)
Custo Coagulação Eletrocoagulação(US$) QuímicaPor cada 1.000 litros 3,75 0,45Por ano (110.000.000 litros) 412.500,00 49.500,00Economia por ano 363.000,00
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Meio Ambiente
Contribuir ou Competir?A escolha é de cada um
os melhores, a se prepararem pa-ra a “luta” que enfrentarão maisadiante, no mercado de trabalho.Fora das escolas, a maioria dasbrincadeiras, enseja competição.Duvidam? Observem então amaioria dos jogos de vídeo gamede nossos filhos. Até mesmo noEscotismo, movimento quetanto prezo e admiro, pode-senotar certa dose de “motivação”à competição.
Assim, e por descuido nosso,diariamente, acabamos por sairao trabalho com a intenção dematar mais um leão, de voltarvitorioso da guerra que é nossarotina, de vencer a concorrência,etc. Acabamos por esquecer, queé inerente a competição, tanto a
vitória de um – e apenas um, co-mo a derrota de vários. Deixamosentão, de contemplar a real possi-bilidade de colaboração e contri-buição, em detrimento da com-petição. E creiam, além de possí-vel, é vantajoso viver e trabalharnum ambiente de colaboração econtribuição.
Não sugiro que mudem deemprego ou procurem outro lo-cal com o ambiente a que me re-firo. Sugiro é que nós mesmos,mudemos nossos ambientes detrabalho. Para isto, é preciso pro-mover uma mudança pessoal demodelo de pensamento e, passar
OMEMORAMOS EM 1º DE
maio, o Dia do Trabalho.Como de costume nesta
data, muito se fala sobre conquis-tas sindicais, do papel políticodos trabalhadores, das inúmerasnecessidades e demandas aindanão supridas, etc.
Quero, porém, abordar outroassunto: o “como” vimos traba-lhando.
Num outro texto que escrevipara esta mesma revista, há maisde um ano, disse: “Não só as empre-sas, mas nós mesmos, somos impeli-dos a uma competição desigual edesumana. É um constante “correratrás” de algo que quase nunca al-cançamos e que nos faz atolar numcírculo vicioso difícil de se livrar. Me-
tas de produção cada vez mais al-tas, preços de venda cada vez maisbaixos, exigências de qualidade quebeiram o preciosismo, dinheiro -objeto em extinção. Stress, correria,individualismo – o salve-se quempuder.” E, percebo que ainda esta-mos presos e atolados neste círcu-lo vicioso, pior, muito pouco fize-mos para dele nos livrar.
De forma geral, somos desdeo mais tenro tempo, impelidos aviver em competição com nossossemelhantes. Nos bancos escola-res, vejo, por exemplo, meus fi-lhos sendo incentivados “a se es-forçarem e se dedicarem” a serem
Somos compelidos à competição e normalmente não há questionamentos.
É hora de recuperarmos o sentido de Solidariedade
Por José AdolfoGazabin Simões
C & P • Julho/Agosto • 2007 27
José Adolfo Gazabin SimõesDiretor do SINDISUPER e Centralsuper,Diretor da Galrei Galvanoplastia Industrialzegazaba@uol.com.br fax: (11) 4075-1888
“Vive esses sonhos, vive-os bem, dedica-lhes altares!
Não é a perfeição, mas já é um caminho. Que consigamos, tu, eu e
alguns outros, renovar ou não o mundo é coisa que em breve se verá.
Mas, dentro de nós mesmos, temos que renová-lo a cada dia;
de outro modo, nada conseguiremos”
Hermann Hesse – “Demian”
mais o oferecer que esperar rece-ber. Vários são os livros de auto-ajuda – muitos best-sellers, queabordam este tema fundamental:o quanto estamos servindo aque-les que trabalham (ou convivem)conosco.
E, servir, tem a ver com soli-dariedade. Mais, o termo “So-lidariedade” enseja a lembrançade uma “via de mão dupla” . Im-plica numa relação de troca entreduas ou mais pessoas. Da defini-ção do “Aurélio” , temos “...2. La-ço ou vínculo recíproco de pes-soas ou coisas independentes.” Emais, “...4. Sentido moral quevincula o indivíduo à vida, aosinteresses e às responsabilidadesdum grupo social, duma nação,ou da própria humanidade. 5.Relação de responsabilidade en-tre pessoas unidas por interessescomuns, de maneira que cada ele-mento do grupo se sinta na obri-gação moral de apoiar o(s) ou-tro(s)...”
Então, meus amigos, tam-bém em nossos ambientes de tra-balho, nos empenhemos em ser-vir, estando atentos a, mais quecompetir, contribuir. Afinal, nos-sa moral, nossos bons costumes,enfim, a fraternidade que devaexistir entre os Homens, nosconduz ao pensamento de aju-dar, instruir e corrigir tantosquantos forem os que precisem eos que possamos abraçar. Afinal,podemos ser “Construtores So-ciais” e é esse, entre outros, o pa-pel que nos cabe. •
11-C&P_Adolfo-M.Ambiente 8/8/07 4:18 PM Page 1
28 C & P • Julho/Agosto • 2007
Artigo Técnico
Fosfatização de Metais FerrososParte 8 - Aceleradores
ocorre nestes locais. O favo-recimento das reações catódi-cas determina um aumentoda velocidade do processo defosfatização;
• área dos microanodos: as ve-locidades das reações mencio-nadas dependem, também, daárea total dos microanodos.Aumentando (ou diminuin-do) as áreas e/ou o númerodos microanodos haverá umfavorecimento (ou inibição)da reação que ocorre nesteslocais. O favorecimento dasreações anódicas determinauma diminuição da velocida-de do processo de fosfatiza-ção;
• despolarização das reações ca-tódicas: a despolarização dasreações catódicas determina oaumento da sua velocidade e,em conseqüência, um au-mento da velocidade do pro-cesso de fosfatização;
• polarização das reações anó-dicas: a polarização das rea-ções anódicas determina a di-minuição da sua velocidade,e, em conseqüência, um au-mento da velocidade do pro-cesso de fosfatização.As substâncias químicas oxi-
dantes despolarizam a reação deredução do cátion hidrogênioe/ou bloqueiam as áreas anódicaso que determina a aceleração doprocesso de fosfatização.
Metais mais nobres do que oaço, por exemplo cobre, deposi-tam-se por deslocamento galvâ-nico sobre o aço, agindo comomicrocatodos efetivos.
Cabe aqui citar, o efeito dosaceleradores sobre as característi-cas das camadas fosfatizadas.Existe uma diferença marcante
dos efeitos dos aceleradores sobreos banhos de fosfatização à basede fosfatos de metais alcalinos oude amônio e à base de fosfato demetais pesados, a saber (FREE-MAN, 1988, p. 26):• nos banhos à base de fosfato
de metais alcalinos ou deamônio, os aceleradores, alémde aumentarem a velocidadede formação da camada fos-fatizada, determinam um au-mento da espessura da cama-da (que é formada com cris-tais tão finos que muitas ve-zes é considerada amorfa).No caso de processos aplica-dos por aspersão, a presençade aceleradores não é um re-quisito de suma importânciapois o oxigênio do ar, dissol-vido no banho, já funcionacomo um acelerador efetivo;
• nos banhos à base de fosfatosde metais pesados, os acelera-dores, além de aumentarem avelocidade de formação dacamada fosfatizada, determi-nam um aumento considerá-vel do número de sítios denucleação de cristais, o quetem como conseqüência a di-minuição do tamanho doscristais de fosfato e a dimi-nuição da espessura da cama-da de fosfato.
A título de ilustração, apre-senta-se a Figura 1 em que se vê:• a diminuição da massa de fos-
fato quando se adiciona ace-lerador nos banhos à base defosfato diácidos metálicos e,
• o aumento da massa de fosfa-to quando se adiciona acele-rador nos banhos à base defosfato diácidos de metaisalcalinos ou de amônio.
A função dos aceleradores nos banhos de fosfatização
Por Célia A. L.
dos Santos
Por Zehbour
Panossian
→
S REAÇÕES RESPONSÁVEIS
pela formação das cama-das de fosfatos podem ser
aceleradas quimicamente (adiçãode oxidantes ou de sais metálicosde metais mais nobres do que oferro), mecanicamente ou ele-troliticamente (BIESTEK &WEBER, 1976).
Manchu (1955) estudou a ma-neira com que os diferentes acele-radores agem nos banhos de fosfa-tização e elaborou um mecanis-mo para explicar este fenômeno,a saber:• a fosfatização é processo ele-
troquímico e, portanto, as rea-ções de oxirredução na super-fície do metal ocorrem em inú-meros microanodos (reação deoxidação) e em inúmeros mi-crocatodos (reação de redução);
• nos microanodos, ocorre aseguinte reação:
Fe ➠ Fe2+ + 2e
• nos microcatodos, ocorrem asseguintes reações:
2H+ + 2e ➠ H2
3Me(H2PO4)2 ➠ Me3(PO4)2 + 4H3PO4
Segundo Machu, todo fatorque aumenta a velocidade dasreações que ocorrem nos micro-catodos e inibe a reação nos mi-croanodos determina a acelera-ção do processo de fosfatização.Assim, têm-se:• área dos microcatodos: as ve-
locidades das reações mencio-nadas dependem da área totaldos microcatodos. Aumentan-do (ou diminuindo) as árease/ou o número dos microcato-dos haverá um favorecimento(ou inibição) da reação que
12-C&P16_ZehbourCelia 8/8/07 4:20 PM Page 1
to de zinco) está no tipo de ace-lerador utilizado e, em menor grau,no tipo de aditivos, como refina-dores de grão (FREEMAN, 1971).
Os aceleradores tipo oxidan-tes quando adicionados aos ba-nhos de fosfatização à base defosfatos diácidos metálicos inter-ferem na cinética das reações res-ponsáveis para formação da ca-mada fosfatizada determinandoum aumento da velocidade daformação da camada fosfatizada.Com o uso de aceleradores, foipossível reduzir significativa-mente o tempo de fosfatização edesenvolver processos a baixastemperaturas (20ºC a 25ºC).
Além de aumentarem a velo-cidade dos processos de fosfatiza-ção, os aceleradores reduzem otamanho dos cristais de fosfato eevitam a formação de gás hidro-gênio. Foi visto que, durante afosfatização a partir de um ba-nho contendo ácido fosfórico eum fosfato metálico diácido,ocorre a formação de gás hidro-gênio. Este gás fica aderido àsuperfície a ser fosfatizada impe-dindo o contato direto e unifor-me do banho com o metal. Osaceleradores despolarizam a rea-ção catódica do hidrogênio (H+ + e → H) e inibem a reaçãode formação de gás hidrogênio(H + H → H2) (GABE, 1993).Esta inibição ocorre devido aofato dos aceleradores reagiremcom o hidrogênio nascente e
Para se ter uma idéia dos tiposdiferentes de aceleradores queexistem, cabe citar que para osbanhos à base de fosfato de me-tais alcalinos, cerca de 200 a 250tipos de substâncias já foram uti-lizadas como aceleradores (SCIS-LOWSKI, 1990).
Os aceleradores mais utiliza-dos são os seguintes:• nitrato de sódio (com ou sem
nitrito de sódio);• clorato de sódio;• água oxigenada;• sais metálicos (cobre, níquel).
Na década de 90, um esforçomuito grande foi despendidocom o objetivo de substituir ace-lerados prejudiciais ao homem eao meio ambiente. Os nitritosque formam gases tóxicos estãosendo substituídos por hidroxila-minas e água oxigenada. Os íonsde níquel têm sido substituídospor íons de cobre (GEHME-CKER & KAUL, 1994).
Aceleradores químicos dotipo oxidante
A aceleração química do tipooxidante é a maneira mais utiliza-da na prática. A grande maioriados banhos comercializados usaeste tipo de aceleradores, sendoque nos banhos mais modernossão utilizados mistura de acelera-dores. Dentro dessa classe de ace-leradores, têm-se os nitratos, osnitritos, os cloratos, os boratos,os peróxidos e os compostos or-gânicos nitrogenados. Eles po-dem ser utilizados isoladamenteou combinados, a saber (RAUS-CH, 1990):• nitrato + nitrito;• nitrato + clorato;• clorato + nitrito;• nitrito + peróxidos;• nitrato + clorato + nitrito.
Os mais utilizados comercial-mente são os cloratos e os nitra-tos. A principal diferença entre osbanhos proprietários de um de-terminado tipo de processo defosfatização (por exemplo, fosfa-
impedirem a formação do gáshidrogênio. Assim, na presençade aceleradores, a superfície ficadesbloqueada e como conse-qüência tem-se um aumento davelocidade de formação da cama-da fosfatizada. Além disso, tem-se diminuição de incorporaçãode hidrogênio pelo substrato,devido à diminuição do tempode permanência do hidrogênionascente na superfície metálica.
Alguns aceleradores tipo oxi-dantes (os nitritos, os cloratos, osboratos e os peróxidos) desempe-nham mais uma função impor-tante: oxidam certos íons reduto-res presentes no banho, como osíons ferrosos provenientes doataque do substrato que nãoforam utilizados para a formaçãoda camada fosfatizada, passando-os a íons férricos. Como já cita-do, os íons férricos formam ofosfato férrico, muito insolúvel,que constitui a lama, subprodutonatural dos processos de fosfati-zação. Em banhos contendo estetipo de aceleradores, o teor deíons ferrosos no banho é manti-do baixo independente da áreafosfatizada. A reação responsávelpara esta oxidação é a seguinte(BIESTEK & WEBER, 1976):
2Fe + 2Fe(H2PO4)2 + 4O 4FePO4 + 4H2O
Os aceleradores capazes deoxidar os íons ferrosos para férri-
Fig 1 - Efeito da adição de acelerador na massa de fosfato (FREEMAN, 1988, p.27): (a) embanhos à base de fosfato de zinco: causa diminuição da massa de fosfato. (b) em banhos à basede fosfatos de metais alcalinos ou de amônio: causa aumento da massa de fosfato
(a) (b)
Mas
sa d
e fo
sfat
o (g
/m2 )
Mas
sa d
e fo
sfat
o (g
/m2 )
Tempo (s) Tempo (s)0 10 20 30 40 505 10 15 20 25
Acelerado com nitrato
Acelerado com cloratoNão-acelerado
Não-acelerado
C & P • Julho/Agosto • 2007 29
Este oxigênio é proveniente do oxidante↓
1
12-C&P16_ZehbourCelia 8/8/07 4:20 PM Page 2
1min e 15min).Na sua ausência,o tempo para aformação da ca-mada fosfatiza-da seria de al-gumas horas(processos pri-me i r amenteu t i l i z a d o s )(BIESTEK &W E B E R ,1976);• devido àcompos i ç ão
constante das camadas fosfa-tizadas formadas em banhoscontendo aceleradores, a re-sistência à corrosão (por exem-plo, após oleado) permaneceinalterada com o tempo deoperação do banho. Nos ba-nhos sem aceleradores, ascamadas fosfatizadas tornam-se inadequadas para uso apósa fosfatização de uma área0,8m2 por litro de banho;
• os banhos contendo acelera-dores são mais diluídos dosque aqueles que não contêmaceleradores. Isto representaeconomia no processo, vistoque as perdas por arraste dosprodutos químicos são me-nores (BIESTEK & WE-BER, 1976).Os aceleradores tipo oxidantes
são denominados também sim-plesmente de oxidantes. A ma-nutenção da concentração dosaceleradores nos banhos de fosfa-tização é de vital importância(NARAYANAN, 1996). Quan-to maior o teor de aceleradores,melhores camadas são obtidas,no entanto, na presença de exces-so de acelerados, o metal a serfosfatizado pode passivar-se, oque inibe o crescimento da ca-mada fosfatizada.
Os aceleradores, às vezes, sãoclassificados em internos e exter-nos. Os internos são aqueles quejá vêm incorporados nos produ-tos fosfatizantes (como nitratos ecloratos) e os externos são forne-
cidos separados dos produtosfosfatizantes, devendo os mes-mos serem adicionados aos ba-nhos (como nitritos e peróxidos).
Os aceleradores nitrito/nitra-to e clorato serão abordados napróxima edição. •
Referências BibliográficasBIESTEK, T.; WEBER, J. 1976. Electro-
lytic and chemical conversion coatings.1st ed. Wydawnictwa: Porteceilles.432p.
FREEMAN, D. B. 1988. Phospatingand metal pre-treatment. 1st ed. NewYork : Industrial Press, 229p.
GABE, D. R. 1993. Principles of metalssurface treatment and protection. 3.ed. Braunton: Merlin Books. 211p.
GENMECKER, H.; KAUL, L. 1994.Praktical experiences with nickel andnitrite free low zinc phosphating. In:ENCONTRO BRASILEIRO DETRATAMENTO DE SUPERFÍ-CIE, 7. São Paulo, 1994, Anais...São Paulo : ABTS, 1994. p. 245-255
MANCHU, Willi. 1955. La fosfatizza-zione dei metalli - fondamenti scien-tifici e tecnica applicata. Milano:Editore Urlico
NARAYANAN, Sankara. 1996. Influen-ce of various factors on phosphatabi-lity - an overview. Metal finishing.v.94, n.6, p.86-90, June
RAUSCH, Werner, 1990. The phospha-ting of metals. 1st.ed. Great Britain :Redwood Press, 416p.
SCISLOWSKI, Stan. 1990. PhosphatingPart I - formulation of phosphatingchemicals and how they work. Me-tal Finishing. v.88, n.12, p.39-40, Dec.
Contato com as autoras:zep@ipt.br / clsantos@ipt.brfax: (11) 3767-4036
Zehbour PanossianInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Ciências (Fisico-Química)pela USP. Responsável pelo LCP.Célia A. L. dos SantosInstituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo– IPT. Laboratório de Corrosão e Proteção –LCP. Doutora em Química (Fisico-Química)pela USP. Pesquisadora do LCP.
30 C & P • Julho/Agosto • 2007
cos não podem, obviamente, serutilizados em banhos à base defosfato diácido ferroso. Neste ca-so, geralmente, os banhos são não-acelerados ou acelerados com íonsmetálicos (FREEMAN, 1988,p.19). Os aceleradores oxidantesfortes também podem trazer pro-blemas aos banhos a base de fos-fato de manganês, neste caso, ouso deste tipo de aceleradores é res-trito (FREEMAN, 1988, p.19).
O teor de zinco dos banhoscontendo aceleradores tambémse mantém constante, após umaqueda inicial. Ao contrário, nosbanhos sem aceleradores, nosquais o teor de zinco decrescecontinuamente (ver Figura 2).
Além dos fatos mencionados,os banhos contendo aceleradoresapresentam as seguintes vantagens:• as camadas fosfatizadas pro-
duzidas em banhos contendoaceleradores conservam acomposição independente daárea de aço fosfatizada (BIES-TEK & WEBER, 1976);
• o volume de lama produzidopelos banhos contendo acele-radoress é consideravelmentemenor do que o dos banhosque não contêm aceleradores(BIESTEK & WEBER, 1976);
• a lama contém praticamentesó fosfato férrico (BIESTEK& WEBER, 1976);
• a presença dos aceleradorespermite que as camadas fosfa-tizadas se formem em poucosminutos (normalmente entre
Fig 2 - Variação do teor de zinco com a área do aço fos-fatizado (BIESTEK & WEBER, 1976, p.136): (1)banho acelerado com nitrato (2) banho não-acelerado
Teor deZn (%)
80
60
40
20
0
Área fosfatizada (m2/L)
0 0,8 1,6 2,4 2,8 3,6
1
2
2
12-C&P16_ZehbourCelia 8/8/07 4:20 PM Page 3
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Um dos eventos mais importantes da América Latina e Europa, o INTERCORR
reunirá renomados especialistas em corrosão, a comunidade acadêmica e o setor industrial,
para difundir os mais recentes conhecimentos em corrosão e proteção e experiências que
contribuam para a solução de problemas de corrosão que afetam o setor produtivo.
Previsão da presença de cerca de 500 congressistas entre pesquisadores de Universidades e Institutos de Pesquisas,
supervisores, engenheiros e técnicos ligados às atividades relacionadas com corrosão em todos os setores industriais.
A ABRACO realizará, de 12 a 16 de maio de 2008 em Recife, PE, o INTERCORR 2008, que sediará o
28º Congresso Brasileiro de Corrosão e o 2nd International Corrosion Meeting.
CRONOGRAMA DO EVENTO
• data para envio das sinopses dos trabalhos:... até 10/09/2007• aprovação das sinopses: ................................ até 01/10/2007• recebimento dos trabalhos completos:........... até 01/02/ 2008• aprovação dos trabalhos completos: .............. até 18/02/2008
ABRACO Informa
IPT realizaram o curso de qualificação de inspetor de pin-tura industrial nível I. O curso reuniu 31 participantes eaconteceu entre os dias 16 a 28 de julho, na sede do insti-tuto. O evento faz parte do convênio de cooperação tecno-lógica firmado entre as duas entidades, e teve como finali-dade proporcionar conhecimentos teóricos e práticos paradesempenhar a função e ainda possibilitar a qualificaçãojunto à PETROBRAS, de acordo com os requisitos danorma 2004-B.
Na opinião do pesquisador do IPT, Neusvaldo Lira deAlmeida e do engenheiro da Sherwin Williams e professordo instituto, Celso Gnecco, o curso é fundamental paraatender aos profissionais que buscam ampliar sua qualifica-ção. Quem compartilha da mesma opinião é a únicamulher que participou do curso, Gisele Nobile de Oliveira.“Minha experiência era mais na área de documentação e,com o curso, ampliei meus horizontes. A troca de experiên-cia, principalmente com profissionais que atuam direta-mente nesse segmento, foi muito relevante. Vale ainda cha-mar a atenção para a qualificação dos professores que minis-tram esse curso. Acredito que o curso atingiu todas asminhas expectativas e espero participar de outros”.
A Associação Brasileiro de Corrosão– ABRACO e o Instituto de PesquisaTecnológicas do Estado de São Paulo –
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ICZ elege seu Novo Conselho Diretor
Neste dia 17 de julho de 2007, os associados do Instituto de Metais NãoFerrosos – ICZ elegeram por unanimidade seu novo Conselho Diretor paraa Gestão 2007 – 2009 e o Conselho Consultivo. “O ICZ atende a cadeiaprodutiva como um todo, desde o minerador até o usuário final, e essagama excepcional dá a oportunidade de inúmeras realizações que só terãosucesso com a participação maciça dos associados, para os quais o ICZ exis-te”, afirma Cilon Lage, que assume a presidência da entidade.
A entidade anunciou o 1º Congresso Latino-Americano de Galvaniza-ção – Latingalva, em São Paulo.
Da esq. para a dir.: Marcelo Martins,Cilon Lage, Douglas Dallemule, RaulSfreddo e Francisco Martins
Conselho Diretor- Presidente: José Cilon Costa Lage Filho
(Votorantim Metais Zinco)- Vice-Presidente: Francisco Jesus
Martins (Votorantim Metais Níquel)- Diretor Secretário Institucional:
Raul Luiz Sfreddo (Lisy Galvanização)- Diretor Tesoureiro: Marcelo Martins
(Votorantim Metais Zinco) e- Gerente Executivo: Douglas Dallemule.
O Conselho Consultivo- Nicolas Triantafillidis (Glencore)- Paulo Garcia (Tamarana Metais) e - Ulysses Nunes (Mangels).
COTEQ – tecnologia em Salvador
A COTEQ - Conferência Interna-cional sobre Tecnologia de Equipamentos- é um dos eventos mais renomados para aindústria nacional. E tem como principalobjetivo promover a troca de conhecimen-tos e idéias, além de somar experiências eampliar negócios com a troca de informa-ções entre especialistas, engenheiros técni-cos e pesquisadores ligados aos Ensaios
Não Destrutivos (END), Inspeção, Integridade de Equipamentos, Análisede Falhas, Corrosão & Pintura, Análise Experimental de Tensões eComportamento Mecânico de Materiais.
Nesta nova edição, realizada entre os dias 12 e 15 de junho, em Salvador,o evento contou com mais de 600 congressistas e organizou oito eventos:XXV Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção, 27ºCongresso Brasileiro de Corrosão, 30º Seminário de Inspeção de Equi-pamentos, IEV – Conferência Internacional sobre Avaliação de Integridadee Extensão de Vida de Equipamentos Industriais, 5ª Exposição Inter-nacional de Tecnologia de Equipamentos para Corrosão e Pintura, END eInspeção de Equipamentos, XIV Concurso de Fotografia de Corrosão eDegração de Materiais, X SAET – Simpósio de Análise Experimental deTensões e SIBRAT – Simpósio Bras. de Tubulações e Vasos de Pressão.
O evento contou com a organização da ABENDE, ABRACO e IBP. Asentidades ABCM, PROMAI, PUC/RJ e Universidade Federal de SantaCatarina foram co-promotoras. A ABRACO esteve presente com um es-tande institucional, e distribuiu a Revista Corrosão & Proteção aos presentes.
06-C&P16_ABRACOInforma 8/8/07 5:13 PM Page 2
Notícias do Mercado
O Gurupá, anco-rado no estaleiro Tan-danor, em Buenos Ai-res, na Argentina, pas-sou por uma reformatotal para voltar a ope-rar. Dentre as melho-rias, destaque para as
rigorosas especificações de espessura da camada enúmero de demãos da tinta.
A embarcação recebeu tintas da marca WEG,especialmente desenvolvidas para aplicações emambientes condensados e com alta umidade. Parapintar os 124 metros de comprimento do navioforam necessários 5,5 mil litros de tintas da linhaWET SURFACE. Além dessa área, também rece-beram nova pintura o costado do navio (com2.124 metros quadrados), o fundo vertical (com2.480 metros quadrados) e o fundo chato daembarcação (com 540 metros quadrados). Essafoi a maior embarcação já pintada pela WEG.
Seminário Técnico
Em junho a Internatio-nal Paint realizou em trêscidades diferentes, quatroedições do Seminário Téc-nico Marítimo. As reuniõesaconteceram em Manaus,Itajaí e duas edições no Riode Janeiro. Os semináriosforam liderados por CraigHenderson, que versou so-bre as novas tecnologias daInternational Paint: Inters-leek 900 (tinta à base de fluorpolímero para desprendimento deincrustações), Interplate Zero (shop primer de zinco à base deágua resistente ao calor), Intershield 300 (primer epoxi puroalumínio universal resistente à abrasão), Interfine 979 (tinta àbase de polisiloxano com ultra alta retenção de cor e brilho), alémda nova legislação da IMO para tanques de lastro.
O seminário reuniu cerca de 140 de profissionais da áreanaval e estão planejadas duas novas edições para acontecer aindaeste ano na Argentina e no Chile.
Navio tanque da PETROBRASpassa por modernização
Marcus Torres (Ger. de Vendas), CraigHenderson (Dir. de Marketing eControle Técnico - Américas), DouglasLeslie (Dir. Presidente - Mercosul),Horácio Santos (CIMSA - Argenti-na), Juarez Machado (Ger. de Ven-das - Offshore) e Rosileia Manto-vani (Ger. de Marketing - Marítimo)
06-C&P16_ABRACOInforma 8/8/07 5:14 PM Page 3
32 C & P • Julho/Agosto • 2007
Artigo Técnico
Noções Básicas sobre Processo de Anodização do Alumínio
e suas Ligas - Parte 4
Por Adeval
Antônio
Meneghesso
Colaborador:
João Inácio
Gracciolli
(Surface
Finishing - CBA)
6ª Etapa – ColoraçãoEletrolítica da Camada deAnodização
SISTEMA DE COLORAÇÃO
eletrolítica é muito usadono momento e consiste na
obtenção de uma camada anódi-ca de óxido produzida pelos mé-todos convencionais com ácidosulfúrico, com um subseqüentetratamento eletrolítico em umasolução ácida (ou levemente áci-da) de um sal de metal, normal-mente através do uso de correntealternada.
Informações TeóricasAs cores eletrolíticas po-
dem ser divididas em doisprincipais grupos:a) aquelas formadas durante
o crescimento normal dacamada anódica de óxido,cujos processos são denomi-nados de “autocoloração” ou“cor integral”,
b) aquelas produzidas por umsegundo estágio eletrolítico,no qual partículas metálicasprecipitadas no fundo dosporos do óxido, usualmentepor meio de corrente alterna-da, produzem cores cuja in-
tensidade depende do tempoe da tensão aplicada.
Anodização com Cor IntegralQuando se utilizam ligas e/ou
soluções ácidas especiais, é possí-vel obter camadas de óxido colo-ridas, cuja intensidade depende,também, de sua espessura. Atu-almente, este tipo de tratamentofoi praticamente abandonado,devido, especialmente, ao custooperacional elevado e/ou as difi-culdades na reprodução da cor.
Os exemplos mais conhecidosde processos de anodização comcor integral são os processosKalcolor, Duranodic. As tabelas1 e 2 indicam as características deprocessamento, enquanto as ta-belas 3 e 4 mostram as cores quepodem ser obtidas. Um outroprocesso, o Ematal é pouco utili-
zado devido às dificuldades ope-racionais e ao custo. O revesti-mento obtido por este processo,Ematal, possui uma aparênciaacinzentada, semelhante à porce-lana, de onde deriva o seu nome.
Posteriormente foram intro-duzidas certas modificações, in-cluindo aditivos de ácido crômi-co de sais de níquel. A dificulda-de mais séria é a tensão elevadaaplicada, que origina custos ope-racionais elevados.
Além dos processos já men-cionados e de suas mo-
dificações, existemdois outros que, comoefeito secundário, for-necem camadas colo-ridas.
O primeiro utilizaácido oxálico, enquan-to o segundo é baseadoem ácido crômico.
O processo de ácido oxálico,muito bem conhecido desde osprimórdios da anodização, caiu,posteriormente, em desuso, porser mais dispendioso do que ostratamentos convencionais comácido sulfúrico. As cores que po-dem ser obtidas são tonalidadesque vão desde o champanhe até
Efeitos decorativos sobre a superfície do alumínio podem ser realizados
pela eletrodeposição de ions metálicos no interior dos poros
TAB. 1 - PARÂMETROS DE OPERAÇÃODO PROCESSO KALCOLOR
Item Limite indicado
Ácido Sulfossalicílico 70 - 150 g/lÁcido Sulfúrico 3 - 40 g/l
Temperatura 22ºCDensidade Corrente 2 - 3 A/dm2
Voltagem 25 - 70 VTempo 20 - 45 min
TAB. 2 - CORES OBTIDAS PELO PROCESSO KALCOLOR
Liga Cor Amp/dm2 Volts max Tempo Total(min)5.005* âmbar/cinza 2,6 50 30 5.005* cinza esc/marron 2,6 60 453.003* cinza 2.6 50 203.003* cinza/cinza escuro 2.6 65 405.083* preta 2.6 65 405.357* marrom 2.6 60 45
6.063-T5** âmbar 2.6 60 45* Chapas ** Extrudados
13-C&P16_Artigo_Aderval 8/8/07 4:29 PM Page 1
TAB.5 - OUTROS PROCESSOS ELETROLÍTICOS INDUSTRIAIS
Processo Propriedade Metal utilizado p/ coloração
Sallox Italtecno – Itália estanhoAlmecolor Henkel – Alemanha níquel, cobalto
Colinal 2000 Alusuisse – Suíça níquel + cobalto ou estanho Colorox Gartner – Alemanha estanho
Eletrocolor L.Pfanhauser – Alemanha níquel + estanho ou cobaltoEndacolor Endasa – Espanha níquel, estanhoEurocolor Pechiney – França estanho + níquel ou níquel
Korundalor Korundalwerk – Alemanha estanhoMetacolor Metacherie – Alemanha estanhoMetoxal V.A.W. – Alemanha estanhoOxicolor Riedel – Alemanha estanho+ níquel ou estanho
Prodecolor Prodec – Brasil estanho, cádmio, cobreRocolor Rodrigues – Espanha estanho, níquel
Summaldic Sumitomo – Japão níquel ( c.c.)Trucolor Reynolds – EUA estanhoUnicol N.K.K. – japão níquel
C & P • Julho/Agosto • 2007 33
o amarelo e o castanho, já quedependem da liga e da espessurada película de óxido anódico.
A anodização com ácido crô-mico ainda está bastante disse-minada para determinadas apli-cações e resulta em tom seme-lhante à porcelana, com uma corcinza - pérola.
Para obtenção de resultadossignificativos são necessárias ligasou anodizações especiais, porexemplo:• Ligas com 5% de silício ano-
dizadas em meio sulfúrico a20 V, produzirão películasacinzentadas;
• Os banhos especiais são, nor-malmente, à base de ácidosaromáticos sulfonados ouácidos orgânicos, taiscomo: ácido ma-leico, succínio,oxálico, etc., con-tendo ou não, adi-ção de 5 a 20 g/l deácido sulfúrico. Estesbanhos, dependendodas ligas, produzirãocores variadas, taiscomo: amarela, ouro,bronze, preta, verde, etc.
A tabela 5 mostra outrosprocessos eletrolíticos indus-triais. •
Eng. Adeval Antônio MeneghessoDiretor superintendente da Italtecno do Brasil – Contato com o autor: adeval.meneghesso@italtecno.com.brFax.: (11) 3825-7022
TAB. 4 - CORES OBTIDAS PELO PROCESSO KALCOLOR
Liga Cor Constituintes (%)1.100 ouro opaco Impurezas normais
5.052-H34 amarelo claro 2,6 Mg – 0,25 Cr6.061-T6 preta 0.6 Si – 0.3 Cu – 0.25 Cr – 1 Mg6.063-T5 bronze 0.4 Si – 0.7 Mg7.075-T6 preta 5.6 Zn -2.5 Mg – 1.6 Cu – 0.3 Cr
8.013 bronze dourado 0.35 Cr
TAB. 3 - PARÂMETROS DE OPERA-ÇÃO DO PROCESSO KALCOLOR
Item Limite Indicado
Ácido Sulfossalicílico 30 - 70 g/lou SulfoftálicoÁcido Sulfúrico 3 - 40 g/l
Temperatura 16 - 32ºCDensidade Corrente 1,3 - 4 A/dm2
As imagens ilustram algumas
tonalidades de cores resultantes
dos processos
13-C&P16_Artigo_Aderval 8/8/07 4:29 PM Page 2
Opinião
VISITA DO PRESIDENTE
dos Estados Unidos, Geor-ge W. Bush, ao Brasil te-
ve duas motivações. A primeira,oficiosa e latente, de caráter polí-tico; e a segunda, oficial, de cu-nho econômico, com foco noetanol. A despeito das distintasnaturezas, ambas têm interfacescom o cenário contemporâneoda América do Sul. Consideran-do sua grandeza, o porte de suaeconomia e seus 190 milhões dehabitantes, a nossa nação, dentreas emergentes, é um exemplopara o mundo. Um modelo dedemocracia capaz de frustrar atentativa de Chávez de construirliderança duradoura na região,baseada num discurso retóricopopulista, estatizante e de irres-ponsabilidade fiscal. Bush veioao País também para dizer aomundo que reconhece a consoli-dação de nossa democracia.
Passando à vertente econô-mica, há um aspecto congruentecom a temática política: a Vene-zuela tem petróleo; o Brasil temetanol; e os norte-americanos,pressionados perante às cobran-ças internas e externas relativas àsua política ambiental, quereminvestir em combustíveis maislimpos, renováveis e — por quenão? — mais baratos. O sinôni-mo exato para esses três atribu-tos é “etanol”. E o Brasil, segun-do maior produtor mundial, ape-nas há pouco tempo ultrapassa-do pelos Estados Unidos, é o res-ponsável, junto com Tio Sam,
Paulo Skaf
O combustível do BrasilPor inúmeras razões, o etanol deve ser entendido como importante
diferencial competitivo nas negociações bilaterais
Paulo Skaf Presidente da Federação das Indústriasdo Estado de São Paulo (Fiesp).
por 70% do mercado mundial.Nessa questão, um fator é crucial: dentre todas as nações com
agricultura estruturada, incluindo os próprios Estados Unidos, anossa é a que tem a maior disponibilidade de terras ainda a serem cul-tivadas: nada mais, nada menos do que 100 milhões de hectares.Além disto, os investimentos, já em curso, expandirão a capacidadeprodutiva brasileira, dos atuais 18 bilhões de litros por ano para 25bilhões, já em 2010.
O Brasil deve aproveitar a conjuntura favorável para desencadearnova etapa em sua política comercial. É fundamental que o Paíspossa, sem radicalismos, buscar soluções para os empecilhos protecio-nistas do primeiro mundo, como sobretaxas para produtos indus-triais, matérias-primas e semimanufaturados, os subsídios agrícolas ea própria sobretaxa de US$ 0,54 por galão (R$ 0,30 por litro) quenosso álcool paga para entrar no mercado norte-americano. Apesardo novo travamento da Rodada Doha, gerando um certo desconfor-to na diplomacia econômica bilateral com os norte-americanos, háboa oportunidade de o Brasil avançar na conquista de diferenciaiscompetitivos.
Enfim, o presidente dos Estados Unidos abriu boas perspectivasde avanço também nas relações bilaterais com o nosso país. Devemosagarrar a oportunidade, pois os norte-americanos e seu PIB equiva-lente a um terço do mundial têm grande significado comercial. Sãonosso principal partner desde o início do Século XX. No entanto, osprodutos brasileiros representam menos de 1,5% do total de suasimportações. Fica evidente o imenso potencial para ampliar nossasexportações.
Por isso, o etanol deve ser entendido pelos responsáveis por nossapolítica comercial externa como importante diferencial competitivonas negociações bilaterais. Talvez, seja o trunfo de que precisamospara ampliar e expandir nossa política comercial e melhorar as con-dições de acesso dos produtos brasileiros aos principais mercadoscompradores do Planeta. Devemos aproveitar essa oportunidade queo curso da história coloca à porta de nossa nação. Contudo, precisa-mos fazer isto com sabedoria, produzindo e fornecendo etanol parao mundo, sim, mas com equilíbrio e bom senso, preservando a diver-sidade do agronegócio e a força da indústria. •
34 C & P • Julho/Agosto • 2007
14-C&P_16_Opinião 8/8/07 4:30 PM Page 1
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