Post on 03-Jan-2016
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EVOLUÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
DA
VENTILAÇÃO MECÂNICA
Marco Antônio Soares ReisHospital Universitário São José /BHHospital Madre Teresa / BH
Epidemia de Poliomielite 1953 – Rancho Los Amigos
Epidemia de Poliomielite 1952 em Copenhagen
BJORN IBSEN
Epidemia de Poliomielite 1952 em Copenhagen
Ventiladores a Pressão Positiva - Engstrom 1954
Ventiladores a Pressão Positiva - Bird Mark 7 (1951)
Bennet MA1 Monaghan 225
Ventiladores Microprocessados
EVOLUÇÃO DA VENTILAÇÃO MECÂNICA
Objetivo de corrigir hipoxemia atelectasia
Mecânica respiratóriaFisiopatologiaNovos modos de ventilaçãoPEEP
Ventilação protetoraVentilação não invasiva
Antes 1970 1970 a 90 90 até hoje
Estudo 1998 20 países 361 UTIs 5.183 pacientes JAMA 2002
Estudo 2004 26 países 349 UTIs 4.968 pacientes AJRCCM 2008
Estudo 2010 37 países 494 UTIs 8.152 pacientes AJRCCM 2013
EVOLUÇÃO DA VENTILAÇÃO MECÂNICA Análise de 3 Estudos (1998, 2004, 2010)
Estudo multicêntrico, prospectivo, coorte observacional Duração de 1 mês
Idade ≥ 18 anos Ventilação mecânica invasiva ≥ 12 horas Ventilação mecânica não invasiva ≥ 1 hora
Critérios de inclusão
Coleta de dados demográficos, modos e parâmetros ventilatórios, trocas gasosas, manuseio clínico, complicações, mortalidade
Third International Study of Mechanical Ventilation - 2010
Evolution of Mortality over Time in Patients Receiving Mechanical Ventilation
Andres Esteban, MD, PhD; Fernando Frutos-Vivar, MD; Alfonso Muriel, MSc; Niall D. Ferguson, MD; OscarPeñuelas, MD; Victor Abraira, PhD; Konstantinos Raymondos, MD; Fernando Rios, MD; Nicolas Nin, MD; Carlos Apezteguía, MD, Damian Violi, MD; Pablo Desmery, MD; Arnaud W. Thille, MD; Laurent Brochard, MD; Asisclo J. Villagomez, MD; Javier Hurtado, MD; Marco González, MD; Andrew Davies, MD; Jasmin Board, MD; Bin Du, MD; Salvatore M. Maggiore, MD;PhD; Paolo Pelosi, MD; Luis Soto, MD; Vinko Tomicic, MD; Gabriel D’Empaire, MD; Dimitros Matamis, MD; Fekri Abroug, MD; Rui P.Moreno, MD, PhD; Marco Antonio Soares, MD; Yaseen Arabi, MD; Freddy Sandi, MD; Manuel Jibaja, MD; Pravin Amin, MD; Younsuck Koh, MD; Michael A. Kuiper, MD; Nahit Cakar, MD; Hans-Henrik Bülow, MD; Amine Ali Zeggwagh, MD; Edward Nicolayenko, MD; Antonio Anzueto, MD.
Am J Respir Crit Care Med 2013;188:220–230
Third International Study of Mechanical Ventilation - 2010
37 países 494 UTIs 8.152 pacientes
v
Comparação das Características Demográficas dos 3 Estudos
Estudo 1998 2004 2010 (p)
No UTIs 361 349 494
No pacientes 5183 4968 8151
Idade (anos) 59 (17) 59 (17) 61 (17) <0,001
Sexo feminino (%) 39 40 38 0,23
Peso (kg) 72 (17) 76 (20) 75 (20) <0,001
IMC (kg/m2) nd 27 (7) 27 (6,5) 0,122
SAPS II (admissão) 44 (17) 42 (18) 45 (18) <0,001
Pacientes em VM(%) 33 25 35 <0,001
AJRCCM 2013;188:220–230
Principais Indicações de Ventilação Mecânica
Estudo 1998 2004 2010 (p)
Pós-operatório 1080 (21) 1053 (21) 1750 (21) 0,68
Doenças neurológicas 864 (17) 938 (19) 1574 (19) <0,001
Pneumonia 721 (14) 528 (11) 819 (10) <0,001
Sepse 458 (9) 449 (9) 726 (9) 0,93
DPOC n(%) 522 (10) 267 (5) 524 (6) <0,001
ICC 539 (10) 285 (6) 617 (8) <0,001
SARA 231 (5) 148 (3) 281 (3) <0,001
Asma n(%) 79 (2) 63 (1) 98 (1) 0,26
AJRCCM 2013;188:220–230
Principais Indicações de Ventilação Mecânica
Estudo 1998 2004 2010 (p)
Pós-operatório 1080 (21) 1053 (21) 1750 (21) 0,68
Doenças neurológicas 864 (17) 938 (19) 1574 (19) <0,001
Pneumonia 721 (14) 528 (11) 819 (10) <0,001
Sepse 458 (9) 449 (9) 726 (9) 0,93
DPOC n(%) 522 (10) 267 (5) 524 (6) <0,001
ICC 539 (10) 285 (6) 617 (8) <0,001
SARA 231 (5) 148 (3) 281 (3) <0,001
Asma n(%) 79 (2) 63 (1) 98 (1) 0,26
AJRCCM 2013;188:220–230
Modos de Ventilação Mecânica - 1998
No p
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Dias de ventilação mecânica
Pro
porç
ão d
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Modos de Ventilação Mecânica - 2004
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Dias de ventilação mecânica
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Modos de Ventilação Mecânica - 2010
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Dias de ventilação mecânica
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o
Uso da Ventilação Mecânica não Invasiva
Estudo 1998 2004 2010 (p)
No pacientes em VNI na admissão no CTI (%)
265 (5) 479 (10) 1169 (14) <0,001
No dias de VNI (variação) 3 (2-6) 2 (2-4) 2 (1-3) <0,001
Necessidade intubação % 32 40 29 <0,001
AJRCCM 2013;188:220–230
Impacto dos Estudos Randomizados de Ventilação Protetora
Volume Corrente e PEEP
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
1998 2004 2010
volume corrente
PEEP
AJRCCM 2013;188:220–230
p<0,001
Impacto dos Estudos Randomizados de Ventilação Protetora
Volume Corrente na SARA
AJRCCM 2013;188:220–230
p<0,001
Impacto dos Estudos Randomizados de Ventilação Protetora
PEEP na SARA
AJRCCM 2013;188:220–230p<0,001
Uso de Posição Prona na SARA
AJRCCM 2013;188:220–230
p=0,07
Complicações da Ventilação Mecânica
Estudo 1998 2004 2010 (p)
Pneumonia PAV n(%) 438 (8,5) 265 (5) 359 (4) <0,001
Sepse n(%) 457 (9) 400 (8) 1473 (18) <0,001
Falência cardíaca n(%) 1145 (22) 1193 (24) 3145 (39) <0,001
Falência renal n(%) 971 (19) 948 (19) 1775 (22) <0,001
Falência hepática n(%) 326 (6) 691 (14) 555 (7) <0,001
Barotrauma n(%) 154 (3) 157 (3) 140 (2) <0,001
AJRCCM 2013;188:220–230
Desmame da Ventilação Mecânica
Estudo 1998 2004 2010 (p)
Teste ventilação espontânea(%) 73 64 70 <0,001
Extubação programada (%) 78,5 90 81 <0,001
Duração do desmame (dias) 3 (2-5) 3 (2-4) 3 (2-5) <0,001
Reintubação (%) 12 10 12 <0,001
AJRCCM 2013;188:220–230
Teste de Ventilação Espontânea
Estudo 1998 2004 2010 (p)
Tubo T (%) 51 45 40 <0,001
CPAP (%) 16 30 28 <0,001
Pressão suporte < 8 cmH2O (%) 32 23 32 <0,001
AJRCCM 2013;188:220–230
Modos de Redução Gradual do Suporte Ventilatório
Estudo 1998 2004 2010 (p)
SIMV (%) 12 4 2 <0,001
SIMV-PSV (%) 37 24 5 <0,001
Pressão suporte < 8 cmH2O (%) 48 68 90,5 <0,001
AJRCCM 2013;188:220–230
Traqueostomia
Estudo 1998 2004 2010 (p)
Traqueostomia n(%) 546 (11) 664 (15) 993 (14) <0,001
Percutânea n(%) nd 362 (54,5) 526 (53) 0,53
Tempo da TQT dias 12 (7-17) 9 (6-14) 11 (6-16) 0,73
AJRCCM 2013;188:220–230
EVOLUÇÃO DA MORTALIDADE
1998 2004 2010
5183 4968 8151
31% 31% 28% p<0.001
33% 32% 30% p<0.001
40% 37% 35% p<0.001
Ano
Pacientes
Mortalidade CTI
Mortalidade 28 dias
Mortalidade hospital
AJRCCM 2013;188:220–230
Conclusões
A observação do uso da VM nos últimos 12 anos mostrou: - maior uso do modo ACV na 1ª semana - maior uso de modos pressóricos (PSV, PCV) após 1ª semana - redução do uso da SIMV e SIMV+PSV - aumento do uso da VNI - redução da mortalidade
A redução da mortalidade pode ter ocorrido por: - desmame adequado - redução da taxa de pneumonia associada a ventilação mecânica - uso de protocolos de sepse e sedação - uso de ventilação protetora