Post on 17-Apr-2015
Fases da industrialização
1ª Revol. Industrial (1750 – 1870)
2ª Revol. Industrial (1870 – II GM)
3ª Revol. Industrial (pós II GM)
Tipos de indústrias
Tipo de indústria Características Gerais Exemplos
Indústrias de bens de produção/base/capital
Transforma matérias-primas brutas (minério e recursos de origem fóssil e vegetal) em matérias-primas processadas, base para outros ramos industriais.
• Químicas: pesticidas, fertilizantes, fibras artificiais, cimento, etc...
• Refinarias: querosene, gasolina, óleo diesel e lubrificantes.
• Siderúrgicas: ferro-gusa, coque, aço.• De papel e celulose.
Indústrias de bens intermediários
Produz máquinas e equipamentos que serão utilizados em outros segmentos da indústria e em diversos setores da economia.
• Mecânica: motores automotivos, máquinas industriais, tratores, colheitadeiras e semeadeiras mecânicas.
• Autopeças: pneus, rodas bancos automotivos.
Indústrias de bens de consumo
Fabrica bens que são consumidos pela população em geral. Está dividida em: indústrias de bens de consumo duráveis e não-duráveis.
Bens de consumo duráveis
• Eletrodomésticos: geladeiras, televisores, condicionadores de ar, aparelhos de som.
• Automobilística: carros e motocicletas.• Moveleira: móveis comerciais e residenciais.
Bens de consumo não-duráveis
• Têxtil: vestuário, tecidos, toalhas.• Alimentícia: doces, laticínios e bebidas.• Cosméticos: cremes dentais, sabonetes e
xampus.
Fatores locacionais:
Indústrias de bens de consumo duráveis e não-duráveis: proximidade de mercado consumidor e mão-de-obra.
Fatores locacionais:
Indústrias de bens de capital / bens de produção / de base: proximidade dos recursos minerais e energéticos e de infra-estruturas em transportes.
Modelos produtivos
Taylorismo
- Separação do trabalho por tarefas e níveis
hierárquicos.
- Racionalização da produção.
- Controle do tempo.
- Estabelecimentos de níveis mínimos (cotas) de
produtividade.
Fordismo
- Produção em série (em grandes quantidades)
para consumo em massa.
- Extrema especialização do trabalho (atividades
ultra-repetitivas) / linha de montagem.
- Rígida padronização da produção / pouca
variedade de modelos.
Pós-fordismo / toyotismo - (3ª R. Ind.)
- Estratégias de produção (produção de acordo com a
demanda – redução do estoque).
- Consumo em escala planetária, obedecendo as
especificidades de cada mercado.
- Desenvolvimento de novas tecnologias.
- Flexibilização dos contratos de trabalhos.
- Células de produção no lugar da linha de montagem.
- Grande variedade de produtos com marcas e modelos
diferentes.
(Fuvest-SP) As novas formas de organização da produção industrial foram chamadas por alguns autores de pós-fordismo, para diferenciá-las da produção fordista.
a) Apresente dois aspectos do processo industrial fordista e dois do pós-fordista.
b) Caracterize o espaço industrial no fordismo e no pós-
fordismo.
a) A era fordista se caracterizava pela existência da linha de montagem, fabricação em série de produtos padronizados (produção em escala) e as tarefas dos trabalhadores eram repetitivas, como mostra o filme Tempos Modernos, de Charles Chaplin; os sindicatos eram fortes e organizados. Na era pós-fordista, também chamada de produção flexível, o trabalho é organizado em equipes encarregadas das tarefas diárias e do controle de qualidade, os Círculos de Controle de Qualidade (CCQ), os estoques são reduzidos, fabrica-se uma série bem diversificada de produtos, há crescente terceirização da produção e enfraquecimento da organização dos trabalhadores.
b) A produção fordista se caracterizava pela existência de grandes fábricas, enormes almoxarifados exigindo processos de controle complexos; as fábricas estavam concentradas nos países desenvolvidos. O pós-fordismo se caracteriza pela desconcentração espacial das indústrias no mundo, entregas diárias de peças (just-in-time), controle simplificado, maior dinamismo.
O papel das transnacionais
As transnacionais se espalharam pelo mundo mais
intensamente após a II G.M. São as principais
responsáveis pela integração econômica global e pela
revolução técnico-científica e, tiveram importante papel
na contenção do socialismo.
Industrialização dos EUA
Principais regiões industriais da Europa
JapãoAs reformas socioeconômicas e a aproximação com o Ocidente (abertura econômica) no governo Meiji deram início à industrialização japonesa. A recuperação da economia japonesa após a II Guerra Mundial aliada à robotização, à política de redução de custos, a busca por novos mercados e a desvalorização do iene contribuíram para o seu milagre econômico na segunda metade do século XX.
Industrialização dos Tigres Asiáticos (fatores condicionantes): mão-de-obra barata e disciplinada, incentivos fiscais, creditícios e comerciais oferecidos pelo governo, regimes políticos autoritários, com exceção de Hong Kong, investimentos japoneses, produção voltada para o mercado externo (plataforma de exportação) e contexto da Guerra Fria.
1ª etapa: Coréia do Sul, Hong Kong, Taiwan e Cingapura.
2ª etapa: Malásia, Indonésia, Tailândia e Filipinas.
China
O panorama econômico recente da China começou a
formar-se com as reformas iniciadas por Deng Xiaoping
na década de 1970 com a política das Quatro Grandes
(indústria, agricultura, ciência e tecnologia e forças
armadas) e a criação das ZEEs, abertas a investidores
estrangeiros.
Fatores condicionantes: Mão-de-obra barata,
abundante e disciplinada, legislação trabalhista rigorosa,
regime político autoritário, disponibilidade abundante de
energia e matérias-primas e legislação ambiental flexível.
Industrialização Brasileira
Industrialização no Brasil Império: pouco dinamismo em função da(o):
• Permanência de relações escravistas;• Pequeno mercado interno;• Estado alheio à industrialização;• Força de trabalho e infra-estruturas pouco
desenvolvidas.
Final do séc. XIX até 1930: surgimento de vários ramos
industriais que exigiam pouco investimento de capitais e
tecnologias e destinavam a atender as necessidades
imediatas da população (indústrias leves).
Década de 1930 até os anos de1950: forte participação
do Estado no economia por meio da criação das indústrias
de base (siderúrgicas, metalúrgicas) e da ampliação da infra-
estrutura energética (keynesianismo). Durante o governo Jk,
período conhecido como desenvolvimentista, o crescimento
industrial foi calcado na forte participação do capital
estrangeiro (internacionalização da economia).
Motivos:
As consequências da 1ª Guerra Mundial; A crise do café ocasionada pela crise mundial de
1929; As disponibilidades de capitais e infra-estruturas
criadas pelo ciclo do café; Aumento da oferta da mão-de-obra e do mercado
consumidor com o êxodo rural e a chegada dos imigrantes;
Plano de metas do governo JK; etc...
OBS: O capital externo que entrou no Brasil antes de
1930 era reduzido e foi aplicado em infra-estruturas de
energia e transportes e, depois, principalmente após a
2ª Guerra Mundial, o capital externo passou a entrar na
forma de indústrias de bens de consumo duráveis
(eletrodomésticos, automobilística) e indústrias químico-
farmacêutico e sídero-metalúrgico.
Governos militares: deram continuidade à política
desenvolvimentista que culminou com o “milagre
econômico”. Isso foi possível graças a uma série de
incentivos para aumentar a exportação, o consumo
interno, principalmente da classe média e alta, a
repressão política e a oferta de dólares no mercado
internacional.
Anos 80 – a década perdida: a má distribuição da
renda e a inflação elevada que impedia o aumento do
consumo interno, o baixo nível de instrução da
população brasileira e o elevado endividamento externo
aliada ao contexto mundial vigente (gastos com a guerra
fria e com o Estado de bem-estar social nos países
desenvolvidos, a crise do petróleo nos anos 70 e o
esgotamento do modelo keynesianista) contribuíram
para por fim ao milagre econômico brasileiro.
Década de 1990:
Plano real;
Neoliberalismo;
Desconcentração industrial;
Terceira revolução industrial brasileira (?).
Em suma: a industrialização brasileira baseou-se
no tripé econômico e caracterizou-se por ser tardia,
invertida e dependente de capitais e tecnologias.
Desconcentração industrial.
Até a década de 1990, o Estado colaborava com a
desconcentração industrial por meio das
Superintendências (SUDAM, SUDENE, SUDESUL e
SUDECO). Com a extinção dessas Superintendências, a
desconcentração industrial passa a ser estimulada pela
“guerra fiscal” que é travada entre os Estados da
federação e os municípios.
Região Nordeste: A industrialização da Região
Nordeste foi muito dependente da ação do Estado
(através da SUDENE). Na sua maioria eram empresas
sediadas no Centro-Sul. Muitas dessas empresas que
pra lá se dirigiram possuíam certo nível tecnológico,
portanto eram poupadora de mão-de-obra e seus
produtos eram voltados para mercados extra-regionais.
Isso pouco dinamizava a economia regional.
Região Sul: A industrialização teve forte apoio da mão-
de-obra imigrante. Capitais e a iniciativa privada eram
direcionadas para as indústrias de bens de consumo
não-duráveis. Assim, a indústria sulista se desenvolveu
de forma integrada à economia regional, utilizando-se
das matérias-primas fornecidas pela agropecuária e
pelos recursos naturais. Recentemente a região Sul vem
recebendo ramos industriais mais modernos.
AS NOVAS REGIÕES INDUSTRIAIS
Vale do Paraíba corresponde a um
corredor de passagem entre São Paulo e
Rio de Janeiro. No caso da indústria bélica
de São José dos Campos seu
desenvolvimento foi favorecido pela
presença de institutos de pesquisa na
região, como o ITA, INPE e CTA.
Cubatão – indústrias químicas,
petroquímicas e metalúrgicas. Esta cidade
situa-se entre a grande São Paulo e o
porto de Santos, no sistema Anchieta-
Imigrantes.
Problemas ambientais graves
Campinas / São Carlos – caracterizada como um
tecnopólo, ou seja, é uma sede de indústrias de alta
tecnologia, destacando-se as de telecomunicações e de
novos materiais, como polímeros e cerâmicas. Os
elementos que mais favorecem este tipo de
industrialização são: a presença de centros de pesquisa
e mão-de-obra qualificada, proximidade da grande São
Paulo e malha de transporte densa e moderna
(Bandeirantes e Anhangüera).
Região Sul: a industrialização dessa região se deu,
principalmente, por investimentos de empresas brasileiras no
setor de bens de consumo não-duráveis. Destacam-se: as
indústrias alimentícias, têxteis, de couros e de louças. Suas
principais regiões industriais são: Vale do Itajaí (SC) nas
cidades de Blumenau e Joinville onde se localizam indústrias
têxteis; Serras Gaúchas, principalmente em Bento Gonçalves
e Caxias do Sul, local de indústrias vinícolas; Novo
Hamburgo e São Leopoldo, próximas a Porto Alegre, tem
forte indústria de couro e calçados.
Zona Franca de Manaus: é uma área de livre importação de quase todos os produtos estrangeiros, isto é, é uma região isenta de tarifas alfandegárias. Assim, a importação de máquinas, matérias-primas e componentes é facilitada para o desenvolvimento industrial da região. A maior parte das indústrias é de capital transnacional, em fábricas que produzem, principalmente, bens de consumo duráveis, como eletroeletrônicos e mecânicos. Os mercados consumidores são extra-regionais, dentro e fora do país. Os problemas de crescimento desordenado da cidade de Manaus constituem o elemento negativo desta tentativa de instalação de um parque industrial no meio
da selva amazônica.
IMPACTOS AMBIENTAIS CAUSADOS PELA INDÚSTRIA
Contaminação dos recursos hídricos; Poluição do ar: chuva ácida, efeito estufa, inversão
térmica, ilhas de calor, buraco na camada de ozônio; Lixo; Poluição sonora e visual.