Fertilidade e manejo do uso do solo de cerrado

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Fertilidade e manejo do solo do cerrado

Prof. Msc. Marília Gomes

Introdução

Fertilidade do solo: ciência que estuda a capacidade dos solos em suprir nutrientes às plantas

Manejo do solo: fazer práticas corretivas e adubação afim de manter a fertilidade

Solo de cerrado: solos ácidos, devido ação do intemperismo

Conhecer o solo tem importância pra nós?

Solo

Parte mais superficial e fina da crosta terrestre Complexo composto de mineral, material

orgânico e gases Fundamental para a vida dos seres vivos Resulta da ação de agentes externos + húmus

•chuva, vento e umidade•matéria orgânica (restos de animais e plantas)

Formação do soloDecomposição

da rocha (intemperismo)

Originam os componentes

minerais

Físico(desagregação)

Químico(decomposição

)

Minerais

Matéria

orgânica

HÚMUS

Fertilidade do solo

Componentes do solo

Areia: alteração de rochas que contém quartzo, os grãos deixam grandes espaços vazios (poros), facilitando a circulação de água e ar

Argila: alteração do feldspato e outros minerais que compõem certas rochas. Grãos menores que se ligam uns aos outros, dificultando a circulação de água e ar

Húmus: decomposição de matéria orgânica, contém sais minerais

MO4%

Ar25%

Água25%

Minerais46%

Composição

MOArÁguaMinerais

50% DE SÓLIDOS

50% DE POROS

Partículas do solo menores que 1 µm (milésimo de milímetro – micron), responsáveis pela atividade química

Bastante heterogêneo

Misturado aos componentes de areia, argila e/ou húmus

50% DE POROS

50% DE SÓLIDOS

COLÓIDE

Tipos de solos Os componentes sólidos estão presentes em

quantidades variáveis em quase todos os tipos de solo, determinando os diferentes tipos de solo

1. Solo  arenoso: • Contém aproximadamente 70% de areia• Muito poroso e permeável• Pobre em sais minerais• Dificulta o desenvolvimento vegetal

2. Solo  argiloso: • Cerca de 30% de argila• Pouco permeável• Contém diferente

nutrientes• Argila é conhecida como

barro

3. Solo humífero: • Cerca de 10% de húmus• Arejado, fofo e permeável• Fértil para a vida vegetal• Terra  roxa

Situações dos solos Solo fértil: bom para a agricultura

Solo estéril: não é bom para a agricultura

Solo permeável: deixa a água atravessar, apresenta espaços que podem ser ocupados por ar ou água

Ex. solo arenoso e humífero

Solo impermeável: não deixa a água atravessar, não apresenta espaços vazios

Ex. solo argiloso

Estado coloidal

Principais propriedades:•Área superficial específica•Cargas elétricas•Adsorção de íons

50% DE POROS

50% DE SÓLIDOS

COLÓIDE

Área superficial específica (AES)

Medida da área da superfície das partículas por unidade de peso (m²g-¹)

Partículas coloidais apresentam alta superfície específica

Aumenta proporcionalmente com a diminuição do diâmetro

Quanto maior é, maior a reatividade das partículas no solo

Dependente – textura, tipo de minerais de argila e teor de MO

Cargas elétricas no solo

As partículas coloidais apresentam cargas quando colocadas em meio líquido polar

Podem ser:• Negativas• Positivas

Classificação das cargas negativas:• Cargas permanentes• Cargas dependentes do pH

Característica:• Adsorvem cátions

Classificação das cargas positivas:• Cargas dependentes do pH (aumentam a medida que diminui o pH)

Características:•Originam nas superfícies dos óxidos de Fe e Al• Estão presentes em menor quantidade• Adsorvem ânions (maioria são nutrientes)

Importância das cargas elétricas:• O solo funciona como um reservatório de nutrientes• As cargas elétricas são responsáveis pela estocagem • Libera-os para a solução em pequenas quantidades• Possibilitando a absorção pelas plantas• Sustentando o crescimento e desenvolvimento

Ponto de carga: balanço das cargas elétricas pode ser negativo, positivo ou nulo

Quando o balanço é nulo temos o PCZ ou "ponto de carga zero“ - a argila flocula-se

Quando o PCZ é distante de zero, a argila se dispersa

Óxidos de ferro e alumínio contribuem para aumentar o PCZ

A matéria orgânica para diminuir

Adsorção e troca de íons

Adsorção: química de ligação/atração entre a carga de um coloide e o íon da solução do solo - resulta a retenção do elemento nutriente

Dessorção: contrário a adsorção

Fenômenos de trocas:• Capacidade de troca catiônica (CTC)• Capacidade de troca aniônica (CTA)

Tipos de energias de ligações entre coloide e íon: • Eletrostática• Covalente

Fatores que afetam a ligação:• Valência• Raio de hidratação• Concentração do íon na

solução• Seletividade do coloide

CTA CTC

Princípios que caracterizam a CTC:• A troca é reversível• E obedece as leis de equivalência química• Rápida

Fatores que afetam a CTC dos solos:• Quantidade e tipo de mineral de argila (1:1 2:1)• Área superficial específica (ASE)• Presença de óxidos e hidróxidos de Fe e Al• Teor de matéria orgânica (MO)• pH da solução do solo (cargas dependentes do pH)

Biomassa microbiana

Definida como a parte viva da matéria orgânica do solo

Inclui bactérias, actinomicetos, fungos, protozoários, algas e macrofauna

Excluem-se raízes de plantas e animais do solo maiores do que 5,10 µm

Corresponde em média, de 2% a 5% do C orgânico do solo e de 1% a 5% do N total do solo

Responsável: • Grande parte da manutenção

da produtividade dos ecossistemas agrícolas e florestais

• Decomposição e mineralização dos resíduos vegetais do solo

• Utilização desses resíduos como fonte de nutrientes e energia para a formação e o desenvolvimento de suas células

• Síntese de substâncias orgânicas no solo

Reação do solo

Disponibilidade dos elementos essenciais às plantas Problemas de toxicidade de Al e Mn Baixos teores de cátions de caráter básico - Ca e Mg Desenvolvimento de microrganismos no solo Necessidade de calagem

Os solos apresentam reações: ácida, neutra ou alcalina

Acidez do solo

Situemos, conceito ácido-base – definição de Bronsted-Lowry (1923):• Ácido: espécie química que doa prótons• Base: substância que recebe prótons da água originando um íon hidroxila

A fonte de acidez do solo depende da presença de grupos ácidos com diferentes capacidades de ceder prótons

HA + H20 A- + (H30+)

ÁCIDO

B + H2O BH+ + OH-

BASE

Acidez é capacidade de uma substância liberar H+ na solução do solo

Expresso em pH Quanto MENOR o valor de pH, MAIOR a atividade do

íon H+ e MAIOR é o caráter ácido da substância

Faixa de acidez e alcalinidade encontradas na maioria dos solos agrícolas (Lopes, 1989)

ALCALINIDADENEUTRALID

ADE

ACIDEZ

Origem da acidez do solo:• Chuva ácida•Material de origem• Remoção de bases: erosão, lixiviação e cultivos•Grupos ácidos da MO do solo• Argilominerais silicatados e não silicatados•Decomposição da MO• Fertilizantes minerais• Absorção de nutrientes pelas plantas

Tipos de acidez:1.Ativa: • Medida da atividade dos íons H+ na solução do

solo• Influenciada pelo manejo – irrigação, calagem,

adubação• Dependente da época de amostragem• Determinada por métodos potenciométricos com

eletrodo específicoÁgua KCl 1mol L-¹ CaC2 1mol L-¹

2. Acidez potencial:• Íons adsorvidos aos coloides do solo (íons H+ não dissociados)• Representada por H + Al• Extração com sal tamponado - pH 7,0 • Soma da acidez trocável e da acidez não trocável

Trocável: íons Al³+ adsorvidos às cargas argilominerais e MO

Não trocável: íons H+ adsorvidos covalentemente às cargas

facilmente deslocados para a solução do solo

Poder tampão:• Resistência que os solos apresentam a mudanças de pH• Também pode ser definido como a quantidade de base necessária para elevar em uma unidade o pH do solo• É maior nos solos mais argilosos e com maiores teores de matéria orgânica

Efeitos nocivos da acidez do solo:• Alta atividade do Al na solução do solo• Deficiência de Ca, Mg e P

Sintomas de toxicidade do Al³+, observados no sistema radicular:• Raízes caracteristicamente curtas e grossas• Inibição do crescimento e coloração escura• Predisposição da planta injuriada a infecções por fungos• Inibição da divisão celular - inibição do alongamento celular

Matéria orgânica do solo

Porção viva: raízes + fauna Porção não viva: organismos vegetais e animais

em decomposição + produtos da decomposição

Critério microbiológico: MO = húmus Critério químico: MO = matéria não decomposto

+ material em transformação + húmus

Heterogênea - organismos vivos + substâncias mais estáveis como o húmus

Solos argilosos: MOS responsável por 30%-40% da CTC, altamente intemperizados no cerrado, chegando a 90% da CTC

Solos arenosos: MOS responsável por 50%-60% da CTC

Favorece adsorção de moléculas orgânicas – hidrofóbicas

Principal fator considerado na adsorção de herbicidas no soloHerbicida + MOS = ligação mais estável Herbicida + componentes minerais = ligação menos estável

Existe alta correlação entre o teor de argila e o conteúdo de MOS

Funcionalidade das recomendações baseadas no teor de argila do solo

Nutrientes no solo

Macronutrientes Nitrogênio no solo (N)• Exigido em grandes quantidades pelos vegetais

• Encontram-se em concentrações que variam de 1 a 5 dag/kg da matéria seca

• Observado em maiores concentrações nos tecidos da família Leguminoseae

• O N apresenta interações com P, S e K

• Na maioria das culturas, sua absorção ocorre preferencialmente na forma de NO3- (nitrato)

• Uma vez absorvido, é reduzido e incorporado em compostos orgânicos

• A absorção de NO3- estimula a absorção de cátions

• A absorção de NH4+ (amônia) pode restringir a absorção de cátions

• O N é constituinte de aminoácidos, nucleotídeos, coenzimas, clorofila, alcaloides, e outros

• Ausente: afeta a síntese proteica, com consequências no crescimento da planta

• Em excesso: apresentam folhas verde escura, muito suculentas, tornando-as mais susceptíveis às doenças e ataques de insetos ou déficits hídricos

• O amarelamento ou clorose das folhas mais velhas, como sintoma de deficiência de N, decorre da inibição da síntese de clorofila

Fósforo no solo (P)• Fundamental como componente energético

• A concentração nos tecidos vegetais varia de 0,10 a 1,0 dag/kg da matéria seca

• A faixa de suficiência para a maioria das culturas variar de 0,12 a 0,30 dag/kg

• Ao ligar-se ao C, forma complexos polifosfatados como adenosina trifosfato (ATP) e adenosina difosfato (ADP)

• Da solução do solo, é absorvido nas formas aniônicas

• Forte ligação covalente com o O, mantida mesmo após sua incorporação aos tecidos vegetais

• Atua em outras funções vitais

• Participa de reações de esterificação com açúcares e outros compostos envolvidos na fotossíntese e na respiração

• Componente dos ácidos ribonucleicos (DNA e RNA), formando fosfolipídios nas membranas

• Sua maior concentração pode ser observada nas sementes e frutos

• O P pode apresentar interações com N, S e micronutrientes como: Cu, Fe, Mn e Zn

• Carência de fosfato: distúrbios severos no metabolismo e desenvolvimento das plantas, menor perfilhamento em gramíneas, redução no número de frutos e sementes.

• Em folhas mais velhas: clorose, ou redução no brilho e um tom verde-azulado

• Os sintomas de excesso aparecem, principalmente, na forma de deficiência de micronutrientes, como Fe e Zn

Soja Folha de batata

Potássio no solo (K)• A concentração de K nos tecidos vegetais pode

apresentar grande variabilidade em função da espécie e manejo cultural

• Valores mais comumente encontrados situam-se na faixa de 1,0 a 3,5 dag/kg

• Papel pouco comum com o desempenhado pelo N, P e S

• A estrutura química não conduz à formação de ligações covalentes e, portanto, não forma complexos estáveis

• Assim como o P, e contrariamente ao que ocorre com o N e com o S, durante sua assimilação não sofre alteração em seu estado redox, permanecendo na forma iônica em que foi absorvido

• Seu principal papel é de ativador enzimático, com participações no metabolismo proteico, fotossíntese, transporte de assimilados e potencial hídrico celular

• Principal componente osmótico das células guardas, a transferência de K regula a abertura e fechamento dos estômatos

• Junto com Ca e Mg participa da importante função de manutenção do equilíbrio iônico com os ânions

• Como ativador de inúmeras enzimas, sua deficiência conduz a profundas alterações no metabolismo

• Compostos nitrogenados solúveis acumulam-se, indicando a redução na síntese proteica

• Deficiência: plantas tendem a apresentar diminuição da dominância apical, internódios mais curtos e clorose seguida de necrose das margens e pontas de folhas mais velhas

Enxofre no solo (S)• Absorvido do solo sob a forma aniônica de sulfato

(SO4²-) e, posteriormente, reduzido e incorporado a compostos orgânicos

• Encontrado em concentrações que variam de 0,1 a 0,4 dag/kg, não sendo incomum apresentar-se em valores superiores ao P

• Como o N, sua estrutura química permite a formação de ligações covalentes estáveis, principalmente com o C e com outros átomos de S

A ligação estável com o C nos aminoácidos cisteína (-C-SH), metionina (-C-S-CH3) e cistina (-C-S-S-C) que formam as proteínas, compõem a maior parte do S contido nas plantas

Quando o fornecimento de sulfato é grande, sua absorção pode ser mais rápida que sua redução e assimilação em compostos orgânicos

O S pode apresentar interações com o N, P, B e Mo

Plantas deficientes em S tornam-se cloróticas devido a redução da biossíntese de proteínas que formam complexos com a clorofila nos cloroplastos

• Deficiência: leva a baixo nível de carboidratos e ao acúmulo das frações nitrogenadas solúveis como o nitrato

• Observa-se, além da redução da fotossíntese (devido ao baixo nível de carboidratos), a impossibilidade dos substratos nitrogenados serem utilizados na síntese de proteínas

• A sintomatologia da deficiência normalmente é inicialmente manifestada em tecidos mais jovens

Cálcio do solo (Ca) • Encontrado nos tecidos vegetais em concentração que

pode variar entre 0,5 a 3 dag/kg da matéria seca

• Forma ligações intermoleculares nas paredes celulares e membranas, contribuindo, assim, para a estabilidade estrutural e o movimento intercelular de vários metabólitos

• Atua como catalisador de várias enzimas

• Níveis adequados de Ca ajudam a planta a evitar estresse decorrente da presença de metais pesados e, ou, salinidade

• A substituição do Ca por metais pesados causa desequilíbrio estrutural e alterar a rigidez estrutural da parede celular

• Apresenta interações com Mg e K a ponto de um excesso do nutriente promover deficiências nos últimos

• O Ca não movimenta via floema, sua redistribuição entre os órgãos da planta praticamente não ocorre, podendo existir, simultaneamente, carência do elemento nas partes mais novas e excesso nas partes mais velhas

• A deficiência de Ca mostra-se inicialmente nos tecidos mais jovens

Magnésio do solo (Mg) • A concentração de Mg nos tecidos dos vegetais pode

variar de 0,15 a 1,0 dag/kg da matéria seca

• Mais da metade do Mg contido nas folhas pode estar formando clorofila, já que esta possui um átomo central de Mg

• Ativador das enzimas relacionadas com o metabolismo energético, além de servir de ligação entre as estruturas de pirofosfato do ATP e ADP

• Apresenta interações com Ca e K

• Deficiência: afeta parte do metabolismo das plantas, sendo a clorose internerval das folhas velhas o sintoma inicial, seguido da redução da fotossíntese decorrente da menor síntese de clorofila

• Em casos extremos de deficiência, são observadas necroses inclusive nas folhas novas

Micronutrientes no solo

A quantidade e a disponibilidade de micronutrientes para as plantas depende da mineralogia das rochas que dão origem aos solos

Íntima correlação entre o teor de argila e o conteúdo de micronutrientes

Solos com baixos teores de argila, ácidos e com baixo teor de matéria orgânica são potencialmente deficientes em micronutrientes

O agrupamento dos micronutrientes em cátions (Fe++, Mn++, Zn++ e Cu++) e ânions (BO3 , Cl- , Mo4- ) facilitam o entendimento do seu comportamento em relação aos coloides do solo, bem como da sua disponibilidade

A matéria orgânica imobiliza os micronutrientes na forma de compostos orgânicos, que se por um lado protegem os nutrientes, por outro, reduz a sua disponibilidade para as plantas, devido a formação de quelatos

Condições ácidas: a concentração de alguns micronutrientes solúveis pode se tornar extremamente tóxica para as plantas

Em solos básicos: a disponibilidade de cátions micronutrientes é máxima

Métodos de avaliação da fertilidade do solo Sintomas visuais de deficiências Experimentos de campo Pesquisas em casa de vegetação Análises microbiológicas Análises de tecido Análises químicas do solo

Legislação vigente para fertilizantes e corretivo Decreto nº 4.954/04: Aprova o Regulamento da Lei nº 6.894,de 16

de dezembro de 1980 com as alterações do Decreto n° 8059 de 23 de outubro de 2013, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes ou biofertilizantes, destinados à agricultura, e dá outras providências. 

Lei nº 6.894/80: Dispõe sobre a inspeção e a fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, remineralizadores e substratos para plantas, destinados à agricultura, e dá outras providências. 

Lei nº 12.890/13: Altera a Lei n° 6894/1980 e inclui os remineralizadores e os substratos como insumos destinados à agricultura. 

Lei nº 6.934/81: Altera a Lei nº 6.894, de 16 de dezembro de 1980, que dispõe sobre a inspeção e fiscalização da produção e do comércio de fertilizantes, corretivos, inoculantes, estimulantes ou biofertilizantes, destinados à agricultura, e dá outras providências. 

Decreto Lei n° 1.899/81: Institui taxas relativas a atividades agropecuárias de competência do Ministério da agricultura, e dá outras providências. 

Lei nº 8.522/92: Extingue taxas, emolumentos, contribuições, parcela da União das Custas e Emolumentos da Justiça do Distrito Federal, e dá outras providências. 

Decreto nº 99.427/90: Desregulamenta o processo de renovação de registro ou licença para produção e comercialização de produtos e insumos agropecuários. 

Portaria nº 031/82: Aprovar os métodos analíticos, em anexo, que passam a constituir métodos padrões, oficiais, para análise de corretivos, fertilizantes e inoculantes sujeitos a inspeção e fiscalização previstas na legislação acima referida.

Portaria SEFIS nº 002/84: Aprova e oficializa o "Manual de Serviço da Inspeção e Fiscalização da Produção e do Comércio de Fertilizantes, Corretivos, Inoculantes, Estimulantes ou Biofertilizantes". 

Portaria nº 003/84: Concede a tolerância de 10% da garantia mínima do fertilizante Termofosfato Magnesiano Grosso em peneira ABNT nº 20. 

Portaria nº 415/86: Obriga a publicação de atos administrativos, de efeitos externos, decorrentes das atividades de inspeção, fiscalização e controle dos diversos insumos agropecuários. 

Portaria nº 121/95: Regulamenta a emissão de documentos relacionados com a fiscalização de Corretivos, Fertilizantes, Inoculantes, Estimulantes ou Biofertilizantes através de computador, aprovando modelos oficiais de documentos e formulários.

Instrução Normativa n° 053/13: Revoga a IN nº 10/2004 e a IN n° 20/2009 dispondo sobre registros, cadastros, embalagem, rotulagem entre outros.

Instrução Normativa nº 038/09: Altera a Instrução Normativa nº 1, de 16 de janeiro de 2007.

Instrução Normativa nº 001/07 Anexo: Estabelece os critérios para credenciamento, reconhecimento, extensão de escopo e monitoramento de laboratórios no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, de forma a integrarem a Rede Nacional de Laboratórios Agropecuários do Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária, constantes do Anexo à presente Instrução Normativa.

Instrução Normativa nº 028/07 Anexo: Aprova os Métodos Analíticos Oficiais para Fertilizantes Minerais, Orgânicos, Organo-Minerais e Corretivos.

Instrução Normativa nº 028/04: Prorroga, até 30 de abril de 2005, o prazo previsto na alínea “a” do inciso II do art. 38 da Instrução Normativa nº 10, de 6 de maio de 2004, para solicitação da adequação dos registros de produtos concedidos antes da publicação do Decreto nº 4.954, de 14 de janeiro de 2004.

Instrução Normativa nº 025/09 Anexo I - Anexo II - Anexo III - Anexo IV - Anexo V - Anexo VI: Aprova as Normas sobre as especificações e as garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes orgânicos simples, mistos, compostos, organominerais e biofertilizantes destinados à agricultura.

Instrução Normativa nº 010/08 Anexo: Altera a relação dos microrganismos autorizados para produção de inoculantes no Brasil, constante do Anexo II, da Instrução Normativa SARC nº 05, de 6 de agosto de 2004, que passa a ser aquela descrita no Anexo da presente Instrução Normativa.

Instrução Normativa nº 034/08: Revoga a Instrução Normativa nº 1, de 28 de maio de 1993.

Instrução Normativa nº 005/07 Anexo I - Anexo II - Anexo III - Anexo IV - Anexo V - Anexo VI: Aprova as definições e normas sobre especificações e garantias, as tolerâncias, o registro, a embalagem e a rotulagem dos fertilizantes minerais destinados à agricultura, conforme anexos e esta Instrução Normativa.

Instrução Normativa nº 035/06 Anexo: Fica aprovada as normas sobre especificações e garantias, tolerâncias, registro, embalagem e rotulagem dos corretivos de acidez, de alcalinidade e de sodicidade e dos condicionadores de solo, destinados à agricultura, na forma do Anexo a esta Instrução Normativa. 

Instrução Normativa nº 027/06 Anexo I - Anexo II - Anexo III - Anexo IV - Anexo V: Dispõe sobre fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes, para serem produzidos, importados ou comercializados, deverão atender aos limites estabelecidos nos Anexos I, II, III, IV e V desta Instrução Normativa no que se refere às concentrações máximas admitidas para agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e ervas daninhas.

Instrução Normativa nº 005/04 Anexo I - Anexo II: Aprova as Definições e normas sobre especificações, garantias, registro, embalagem e rotulagem dos inoculantes destinados à agricultura, bem como a relação dos micronutrientes autorizados para produção de inoculantes no Brasil.

Instrução Normativa nº 014/04 Anexo: Aprova as Definições e Normas sobre as Especificações e as Garantias, as Tolerâncias, o Registro, a Embalagem e a Rotulagem dos Substratos para Plantas, constantes do anexo desta instrução normativa.

Instrução de Serviço SNAD/001 (de 30 de março de 1992): Descentraliza o registro de estabelecimentos e produtos. 

Instrução de Serviço SNAD/003 (de 16 de abril de 1992): Dá instruções complementares para cadastramento de estabelecimentos e produtos. 

Instrução de Serviço SNAD/004 (de 25 de junho de 1992): Detalha instruções complementares para descentralização de registro de estabelecimentos e produtos.

Adubos verdes

Plantas utilizadas para melhoria das condições físicas, químicas e biológicas do solo

Prática agrícola que aumenta a capacidade produtiva do solo

Técnica comprovada que recupera os solos degradados pelo cultivo, melhora os solos naturalmente pobres e conserva aqueles que já são produtivos

Consiste no cultivo de plantas em rotação/sucessão/consorciação com as culturas comerciais, que melhoram significativamente os atributos químicos, físicos e biológico

Plantas denominadas “Adubos Verdes” tem características recicladoras,  recuperadoras, protetoras, melhoradoras e condicionadoras do solo

Englobam diversas espécies vegetais - preferência por leguminosas - capacidade de fixar nitrogênio

 Rotação de culturas:• Controla nematoides fitoparasitos com espécies não

hospedeiras/antagônicas;• Reduz a incidência de pragas e doenças nas

culturas

Fixação biológica de nitrogênio:

• As leguminosas fornecem nitrogênio fixado diretamente da atmosfera, reduzindo a necessidade de adubos nitrogenados;

• O nitrogênio da leguminosa ajuda na fixação de carbono no solo e aumenta o teor de matéria orgânica

 Cobertura do solo:• Cobre o solo com grande

quantidade de massa verde em curto espaço de tempo, o que resulta em fitomassa para cobertura morta;

• Protege o solo contra os agentes da erosão e radiação solar;

• Diminui a amplitude da variação térmica diuturna do solo;

• Protege as mudas-plantas contra o vento e radiação solar;

• Reduz a infestação de ervas daninhas.

Descompactação, aeração, estruturação e reciclagem de nutrientes:

• Sistema radicular agressivo que descompacta, estrutura e areja o solo;

• Recicla os nutrientes lixiviados e perdidos em profundidade;

• Libera o fósforo fixado.

Produção de fitomassa:• Aumenta a matéria orgânica e, consequentemente,

a capacidade de armazenamento de água no solo;• Reduz os teores de alumínio trocável;• Contribui para o sequestro de carbono;• Intensifica a atividade biológica do solo;• É matéria prima para compostagem.

Resultados:1.Ganho• Aumenta a produtividade e melhora a qualidade do

produto da atividade agropecuária.2.Economia • Reduz os custos do consumo de adubo nitrogenado,

do controle de ervas daninhas e de nematoides.3.Sustentabilidade• Recupera e mantém a estabilidade e a durabilidade

da capacidade produtiva do solo.

Conceito de poluição

Resultado de qualquer tipo de ação ou obra humana capaz de provocar danos ao meio ambiente

É a introdução na natureza, de substâncias nocivas à saúde humana, de animais, plantas e ao próprio meio ambiente, que altera de forma significativa o equilíbrio dos ecossistemas

O termo poluição deriva do latim “poluere”, que significa “sujar”

Degradação do solo, das águas e do ar, o que compromete a capacidade das próximas gerações de suprir as próprias necessidades

SonoraAtmosféricaAquáticaTerrestre

Impacto ambiental da atividade agrícola e agroindustrial

Para que possamos buscar solução aos problemas do mundo moderno, precisamos conhecer ao menos os maiores impactos causados pela agricultura: atividade de maior impacto no meio-ambiente

Listemos aqui alguns dos principais problemas causados pela agricultura:

Desmatamento: derrubada de matas originais, inevitável devido ao crescimento populacional e o modelo de desenvolvimento adotado por nossa sociedade, vem sendo a causa de grandes impactos ambientais

Erosão: perda de solo causada pelo uso incorreto associado ás chuvas e ventos. Retira todas as camadas superiores do solo, chegando as rochas, tornando não-agricultável. A terra que escorre com as chuvas, soterra rios e lagos, comprometendo sua vazão e qualidade

Perda de biodiversidade: espécies formadas durante muitos milhares de anos estão desaparecendo com o desmatamento causado pela crescente necessidade de terras para uso na agricultura

Esgotamento da água doce: muito se enganam os que pensam que o consumo doméstico gera os maiores gastos de água. Mais de 60% da água doce é utilizada na irrigação de campos agrícolas, esgotando fontes de água doce

Poluição de águas: o uso descontrolado de adubos e defensivos agrícolas vem causando sérios problemas de contaminação de águas por resíduos e materiais deixados no solo, podendo levar a processos de eutrofização e contaminação de águas potáveis

Destruição de mananciais: o avanço da agricultura sobre as matas nativas causa destruição das nascentes, por soterramento, impermeabilização, entre outros fatores

Poluição atmosférica: por mais que a produção de material vegetal capture carbono da atmosfera, o carbono liberado por atividades relacionadas supera a quantidade capturada. Esse carbono é liberado pela queima de diesel dos tratores, produção de fertilizantes e defensivos agrícolas, além da decomposição de restos de cultura agrícola

Desertificação: uso inadequado do solo, liderado pela produção de gado e agricultura, vem desgastando os solos de forma espantosa, tornando-os quase totalmente inférteis. Processo irreversível

Caracterização e tratamento de resíduos agrícolas

Produtos diretos ou indiretos de processos agroindustriais

De responsabilidade do gestor produtor Exemplos de resíduos:• Pneus• Óleos• Embalagens• Plásticos • Alimentos

Práticas proibidas:• Abandar no solo ou na água• Enterrar • Queima

Métodos de tratamento:• Compostagem• Incineração• Reciclagem • Biodigestores

Obrigada!

Marília Gomes Ismarmariliaambiental@yahoo.com.br