Festa católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome...

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NOSSA SENHORA DO Ó!

Festa católica de origem claramente espanhola, a festa de hoje é conhecida na liturgia com o nome de "Expectação do parto de Nossa Senhora", e entre o povo com o título de "Nossa

Senhora do Ó". Os dois nomes têm o mesmo significado e objetivo: os anelos santos da Mãe de Deus por ver o seu Filho nascido.

Anelos de milhares e milhares de gerações que suspiraram pela vinda do Salvador do mundo, desde Adão e Eva, e que se recolhem e concentram no Coração de Maria, como no mais puro e

limpo dos espelhos. A Expectação (expectativa) do parto não é simplesmente a ansiedade, natural na mãe jovem que espera o seu primogênito;

É o desejo inspirado e sobrenatural da "bendita entre as mulheres", que foi escolhida para Mãe Virgem do Redentor dos homens, para Corredentora da humanidade. Ao esperar o seu Filho, Nossa Senhora ultrapassa os ímpetos afetivos de uma mãe comum e eleva-se ao plano

universal da Economia Divina da Salvação do mundo.

A festa de Nossa Senhora do Ó foi instituída no século VI pelo décimo Concílio de Toledo, ilustre na História da Igreja pela dolorosa, humilde, edificante e pública confissão de Potâmio,

Bispo bracarense, pela leitura do testamento de São Martinho de Dume e pela presença simultânea de três santos de origem espanhola: Santo Eugênio III de Toledo, São Frutuoso de

Braga e o então abade agaliense Santo Ildefonso.

 Primeiro comemorava-se hoje a Anunciação de Nossa Senhora e Encarnação do Verbo. Santo Ildefonso estabeleceu-a definitivamente e deu-lhe o título de "Expectação do parto". Assim ficou sendo na Hispânica e passou a muitas Igrejas da França, etc. Ainda hoje é celebrada na

Arquidiocese de Braga.

É idéia grande e inspirada: a Mãe de Deus, posta à frente da imensa caravana da humanidade, peregrina pelo deserto da vida, que levanta os braços suplicantes e abre o coração

enternecido, para pedir ao céu que lhe envie o Justo, o Redentor.

Desde 17 de dezembro até ao dia que antecede a véspera de Natal, antes e depois da recitação do Magnificat na oração das Vésperas, são cantadas sete antífonas, uma por dia.

Todas começam por uma invocação a Jesus, que no entanto nunca é chamado pelo nome, e todas incluem o apelo « Ó Vinde». Estas antífonas, que remontam às cercanias do ano 600,

são inspiradas pelos textos do Antigo Testamento que anunciam o Messias.

17 de dezembroÓ Sabedoria

que saístes da boca do altíssimoatingindo de uma a outra extremidade

e tudo dispondo com força e suavidade.Vinde ensinar-nos o caminho da prudência

18 de DezembroÓ Adonai,

guia da casa de Israel,que aparecestes a Moisés na chama do fogo

no meio da sarça ardente e lhe deste a lei no Sinai.Vinde resgatar-nos pelo poder do Vosso braço.

19 de dezembroÓ Raiz de Jessé

erguida como estandarte dos povos,em cuja presença os reis se calarão

e a quem as nações invocarão,Vinde libertar-nos; não tardeis jamais.

20 de dezembroÓ Chave de Davi, o cetro da casa de Israel

que abris e ninguém fecha;fechais e ninguém abre:

Vinde e libertai da prisão o cativoassentado nas trevas e à sombra da morte.

21 de dezembroÓ Oriente

esplendor da luz eterna e sol da justiça.Vinde e iluminai os que estão sentados

nas trevas e à sombra da morte.

22 de dezembroÓ Rei das nações

e objeto de seus desejos, pedra angularque reunis em vós judeus e gentios:

Vinde e salvai o homem que do limo formastes

23 de dezembroÓ Emanuel,

nosso rei e legislador,esperança e salvador das nações,

Vinde salvarnos, Senhor nosso Deus.

TEXTO – INTERNET MÚSICA – MAGNIFICAT IRMÃS BENEDITINAS

IMAGENS - GOOGLE FORMATAÇÃO – ALTAIR CASTRO

Dezembro/2011