Figuras e vícios de linguagem

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Figuras e vícios de linguagem

Turma 2º ano “A”

Figuras de linguagem

Recursos que tornam a mensagem mais expressiva que o escritor pode aplicar no texto para conseguir um efeito determinado na interpretação do leitor.

Antítese

É a figura de linguagem que consiste no emprego de palavras que se opõem quanto ao sentido.

Exemplo 1: Os jardins têm vida e morte.

Exemplo 2: “O sonho de um céu e de um mar E de uma vida perigosa Trocando o amargo pelo mel E as cinzas pelas rosas Te faz bem tanto quanto mal Faz odiar tanto quanto querer.” (Charly Garcia)

Ironia

É a figura de linguagem que consiste em afirmar o contrário do que se quer dizer, ou seja, afirmação de alguma coisa que se quer negar.

Gradação

Disposição de elementos de forma crescente ou decrescente.

Exemplo 1: "Um coração chegando de desejos Latejando,batendo,restrugindo..." (Vicente de Carvalho)

(Progressão crescente)

Exemplo 2: "Ó não guardes, que a madura idade te converta essa flor, essa beleza, em terra, em cinzas, em pó, em sombra, em nada." (Gregório de Matos)

(Progressão decrescente)

Apóstrofe

Apóstrofe é uma figura de linguagem caracterizada pela evocação de determinadas entidades, consoante o objetivo do discurso, que pode ser poético, sagrado ou profano, resumidamente é a colocação de um vocativo numa oração. Muito usado em discursos políticos, porque aproxima o emissor ao receptor.

Exemplo 1: "Povo de Sucupira!!!“

Exemplo 2: "Pai Nosso, que estais no céu"

Vícios de Linguagem

Vícios de linguagem são palavras ou construções que desvirtuam ou dificultam a manifestação do pensamento, seja pelo desconhecimento das normas cultas, seja pelo descuido do emissor.

Ambiguidade

A duplicidade de sentido, seja de uma palavra ou de uma expressão. Ocorre nos seguintes casos:

Má colocação do adjunto adnominal

Exemplo: Crianças que recebem leite materno frequentemente são mais sadias.

As crianças são mais sadias porque recebem leite frequentemente ou são frequentemente mais sadias porque recebem leite?

Eliminando a ambiguidade: Crianças que recebem frequentemente leite materno são mais sadias. Crianças que recebem leite materno são frequentemente mais sadias.

Ambiguidade

Uso Incorreto do Pronome Relativo

Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes que estava sobre a cama.

O que estava sobre a cama: o estojo vazio ou a aliança de diamantes?

Eliminando a ambiguidade: Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes a qual estava sobre a cama. Gabriela pegou o estojo vazio da aliança de diamantes o qual estava sobre a cama.

Observação: Neste exemplo, pelo fato de os substantivos estojo e aliança pertencerem a gêneros diferentes, resolveu-se o problema substituindo os substantivos por o qual/a qual. Se pertencessem ao mesmo gênero, haveria necessidade de uma reestruturação diferente.

Ambiguidade

Má Colocação de Pronomes, Termos, Orações ou Frases

Aquela velha senhora encontrou o garotinho em seu quarto.

O garotinho estava no quarto dele ou da senhora?

Eliminando a ambiguidade: Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dela. Aquela velha senhora encontrou o garotinho no quarto dele.

Exemplo: Sentado na varanda, o menino avistou um mendigo.

Quem estava sentado na varanda: o menino ou o mendigo?

Eliminando a ambiguidade: O menino avistou um mendigo que estava sentado na varanda. O menino que estava sentado na varanda avistou o mendigo.

Cacofonia

Cacofonia, cacófato ou cacófaton, é o nome que se dá a sons desagradáveis ao ouvido formados muitas vezes pela combinação de palavras, que ao serem pronunciadas podem dar um sentido pejorativo, obsceno ou mesmo engraçado, como: por cada, boca dela, vou-me já, ela tinha, como as concebo e essa fada.

A cacofonia pode constituir-se em um dos chamados vícios de linguagem, e devem ser evitados, tanto na linguagem coloquial quanto na escrita.