FILOSOFIA - Patristica, Escolastica, Renascimento

Post on 03-Jan-2016

266 views 14 download

Transcript of FILOSOFIA - Patristica, Escolastica, Renascimento

FILOSOFIA

Inicia-se com São Paulo e São João e termina no século VIII, quando se inicia a Escolástica. Foi obra dos “pais” (ou padres) fundadores da igreja após a morte dos apóstolos. Seu objetivo era conciliar a nova religião – o Cristianismo – com o pensamento filosófico dos gregos e romanos. É ligada à tarefa de evangelização e à defesa da religião cristã dos ataques que recebiam dos pagãos. Privilegia a filosofia de Platão, com seu dualismo entre o mundo espiritual e o mundo material.

Filosofia Patrística

Em 313 o Imperador romano Constantino concede liberdade de culto para os cristãos. Em 325, no Concílio de Niceia, ocorre a elevação de Cristo a Deus → a partir daí o cristianismo rompe definitivamente com o judaísmo e o paganismo. Em 380 o cristianismo é oficializado como religião oficial do império romano.

Expansão do cristianismo

Novas ideias introduzidas pela filosofia patrística:– Ideia de criação do mundo a partir do

nada;– Pecado original;– Deus como trindade una;– Encarnação e morte de Deus (Jesus);– Juízo final– Procurava explicar como o mal pode

existir no mundo.

Filosofia Patrística

Para impor as ideias cristãs, os padres da Igreja as transformaram em verdades reveladas por Deus que, por serem decretos divinos, seriam verdades inquestionáveis, ou seja, dogmas. Surge a distinção entre verdades reveladas (ou da fé, sobrenaturais) e verdades da razão (ou humanas, naturais).

Filosofia Patrística

O grande tema da filosofia patrística é o da possibilidade ou impossibilidade de conciliar a razão com a fé. Formaram-se três correntes:– Os que julgavam fé e razão

inconciliáveis, sendo a fé superior à razão;– Os que julgavam fé e razão

conciliáveis, mas subordinavam razão à fé;– Os que julgavam razão e fé

inconciliáveis mas acreditavam que cada uma teria seu próprio campo de conhecimento, a razão referindo-se à vida dos homens e a fé à salvação e vida eterna.

Filosofia Patrística

Propõe uma teoria do conhecimento onde supõe que há algo de prévio em cada pessoal que torna possível o entendimento por meio da linguagem. Acredita que existe um ponto de partida para o processo de conhecer, que é a verdade que existe no interior de cada pessoa, uma vez que cada um possui uma centelha divina dentro de si. Por isso o conhecimento não poderia derivar completamente da experiência concreta. É olhando para dentro de si que o homem descobre a verdade.

Filosofia Patrística: Santo Agostinho

Criador da concepção de história baseada no tempo linear (gregos → visão cíclica da história). Acreditava que a história humana era marcada por um processo contínuo de alianças e rupturas entre Deus e os homens, até o dia do Juízo final e da redenção. A Igreja guarda na Terra as chaves da cidade de Deus → supremacia do poder espiritual sobre a vida terrena durante a Idade Média.

Filosofia Patrística: Santo Agostinho

Do século VIII ao século XIV. Queda do Império Romano do Ocidente: 476. Período marcado pela dominação da Igreja sobre a Europa, onde coroava os reis, organizava Cruzadas para a Terra Santa e criava as primeiras escolas e universidades (século XII). Por ter sido ensinado nas escolas esse pensamento filosófico é chamado de escolástica. Baseava-se na disputa de ideias filosóficas que deveriam ser defendidas ou refutadas com base em argumentos tirados da bíblia, de Aristóteles, Platão ou os patrísticos.

Filosofia escolástica

Conserva a discussão sobre os mesmos problemas que a patrística, acrescentando outros:– Diferença e separação entre o

infinito (Deus) e o finito (homem, mundo);– Diferença entre razão e fé, onde a

primeira está subordinada à segunda;– Diferença e separação entre corpo

(matéria) e alma (espírito);– O universo seria baseado numa

hierarquia de seres, onde os superiores governam e dominam os inferiores.

Filosofia escolástica

Negava que só se pode conhecer Deus pela fé, sem passar pelo mundo sensível. Defendia que podemos conhecer a Deus por seus efeitos e suas criações no mundo, já que o criador deixa marcas em tudo que cria. Revaloriza o mundo natural como objeto de conhecimento, baseando-se em Aristóteles. Deus é um ser, que existe como fundamento da existência de outros seres, pois está em sua essência.

Filosofia escolástica: S. Tomás de Aquino

Século XIV: Guilherme de Ockham “Navalha de Ockham”: se existirem várias explicações para um fenômeno, a mais simples e baseada em menos premissas é a melhor. Princípio lógico fundamental para o pensamento científico moderno. Defendia que o pensamento religioso não era ciência. Opunha-se a Aristóteles ao defender que termos e conceitos são suficientes para dar conta dos problemas, não havendo a necessidade de existir “entidades universais”.

Declínio da escolástica

Período que vai aproximadamente entre os séculos XIV e XVII que marca a transição entre Idade Média e Idade Moderna. Ocorre a descoberta de obras desconhecidas de Platão e Aristóteles. Marcado por intensos conflitos filosóficos, religiosos, científicos, políticos e econômicos. Grandes navegações: século XIV Reforma protestante: século XVI Revolução científica: século XVII A visão teocêntrica predominante na Idade Média dá lugar a uma visão de mundo humanista ou antropocêntrica.

Renascimento

Teocentrismo: Deus é a verdade primeira, o princípio, meio e fim para explicar a realidade. Antropocentrismo: “O homem é a medida de todas as coisas (Protágoras, 480 a 410 a.C.). Centrado e empenhado na valorização da espécie humana, suas criações e ideias. Exercício livre da razão. O raciocínio é transformador da realidade. Valorização da estética do corpo humano. Livre-arbítrio como fonte do pensamento religioso e moral. O verdadeiro caminho deveria ser criado pelo homem inteligente e livre.

Renascimento

Martinho Lutero (1483-1546) defende que todos os indivíduos podem ter acesso à verdade contida na Bíblia, desde que estivessem tomados pela experiência da fé e fizessem uso da sua consciência individual (subjetividade) → para isso traduz a Bíblia do latim para o alemão. Na Igreja católica a educação era somente para quem era relacionado com a Igreja; no protestantismo a alfabetização é condição básica para que os fieis pratiquem a vida religiosa.

Renascimento / Reforma religiosa