Post on 31-Jul-2020
FISIOLOGIA RENAL
FLUXO SANGUÍNEO RENAL E FILTRAÇÃO GLOMERULAR
FLUXO SANGUÍNEO RENAL
Estreita correlação entre circulação e função tubular renal
Fluxo sanguíneo renal
= 20-25% do débito
cardíaco
~ 1.200 mL/min
Plasma
FLUXO SANGUÍNEO RENAL
RITMO OU TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Volume de plasma filtrado por unidade de tempo
Taxa de fluxo plasmático renal = 625 mL/min
Taxa de filtração glomerular = 125 mL/min
Fração de filtração = 125 mL/min = 0,2 = 20%
625 mL/min
~180 L de plasma são
filtrados por dia
RITMO OU TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Fração de filtração
MECANISMOS RENAIS DE MANIPULAÇÃO DO PLASMA
Vantagens da alta filtração glomerular:
1) Permitir filtração intensa e repetida dos líquidos corporais
1) Remover rapidamente produtos indesejáveis pouco reabsorvidos e que dependem
da filtração para sua eliminação
Primeira etapa para formação da urina
ULTRAFILTRADO DO PLASMA
Processo eminentemente circulatório
Depende:
- da permeabilidade das membranas
filtrantes
- da pressão arterial
- do tônus das arteríolas aferente e
eferente
FILTRAÇÃO GLOMERULAR
1) PERMEABILIDADE SELETIVA
(Características da barreira de filtração glomerular)
Determinam as características do filtrado
FATORES QUE DETERMINAM A FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Endotélio fenestrado
Não permitem passagem de células sanguíneas
CARACTERÍSTICAS DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Membrana basal: colágeno e proteoglicanos
Não permite passagem de proteínas plasmáticas
CARACTERÍSTICAS DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Podócitos e seus
prolongamentos, pedicelos e fendas de filtração
CARACTERÍSTICAS DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
CARACTERÍSTICAS DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
CARACTERÍSTICAS DA BARREIRA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Presença de glicoproteínas com carga
negativa na membrana basal
Efeito sobre pequenos solutos não é
importante
Macromoléculas negativas são
repelidas (proteínas plasmáticas)
BARREIRA ELÉTRICA
2) PRESSÕES EFETIVAS DE FILTRAÇÃO (PEF)
(Diferença entre pressões de Starling no glomérulo e no espaço da cápsula de
Bowman)
Forças propulsoras que determinam fluxo de fluido através dos capilares
FATORES QUE DETERMINAM A FILTRAÇÃO GLOMERULAR
PRESSÕES DE STARLING NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR
1. Pressão hidrostática no capilar glomerular: favorece a filtração e é igual a pressão sanguínea nos capilares
glomerulares
2. Pressão osmótica na cápsula de Bowman: favorece a filtração
3. Pressão hidrostática na cápsula de Bowman: se opõe a filtração
4. Pressão osmótica glomerular: se opõe a filtração
DETERMINANTES DA TFG:
Pressão hidrostática do
capilar (PCG)
Pressão
hidrostática do espaço de
Bowman (PCB) +
Pressão osmótica glomerular
(CG)
UF1 UF2 UF3 UF4 UF5 UF6
Espaço de Bowman
Pressão efetiva de filtração
Luz do capilar
PRESSÕES DE STARLING NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Pressão de
ultrafiltração de
equilíbrio
TFG = kf x [PCG – (PCB + CG)]
PRESSÕES DE STARLING NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Pressão efetiva de
filtração
Permeabilidade hidráulica
X
área de superfície
PRESSÕES DE STARLING NA FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Única pressão que se
modifica ao longo dos
capilares glomerulares é a
CG
Sangue capilar
peritubular apresenta alta
CG
O aumento da fração de
filtração concentra as
proteínas plasmáticas e
eleva a CG
GRADIENTE DE PRESSÃO NOS VASOS RENAIS
Elevações da PCG são o modo primário de regulação da filtração glomerular
A localização dos capilares glomerulares entre duas regiões de elevada resistência permite a
manutenção da PGC elevada
Sítios de maior
resistência vascular
GRADIENTE DE PRESSÃO NOS VASOS RENAIS
Constrição
arteríola
eferente
Constrição
arteríola
aferente
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
FSR = P/R
A PGC depende da pressão arterial e da variação da resistência das arteríolas aferente e eferente
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Diminuição da TFG Aumento da TFG
Constrição da AA Constrição da AE
Dilatação
da AA Dilatação
da AE
A importância fisiológica desses ajustes de calibre das arteríolas é que os rins
podem regular a PGC e, portanto, a TFG
Manutenção do FSR, independe de flutuação na pressão arterial, através da variação da resistência da arteríola
aferente
Mantêm a taxa de filtração glomerular relativamente constante, permitindo controle preciso da excreção renal
AUTO-REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Alcance da
auto-regulação
AUTO-REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
MECANISMOS INTRÍNSECOS AUTO-REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
HIPÓTESE MIOGÊNICA
PA = contração reflexa da arteríola
aferente frente ao estiramento do
músculo liso vascular
? Abertura de canais de cátion com
influxo de Ca2+
↑ Pressão
↑ PA
↑ Constrição
↑ Resistência
Estiramento do
músculo liso
arteriolar
↑ Pressão do
capilar
glomerular
↑ Pressão de
filtração
glomerular
↓ Pressão do
capilar
glomerular
↑ TFG
FEEDBACK TUBULOGLOMERULAR
Alterações do fluxo e da composição do líquido tubular, em função de mudanças da TFG,
desencadeiam secreção de parácrinos, os quais alteram o calibre da arteríola aferente
? Alteração da concentração de Na+ e Cl-
MECANISMOS INTRÍNSECOS AUTO-REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Quando variações da PA ultrapassam os limites do mecanismo de auto-regulação renal, o grau de
constrição das arteríolas pode variar por:
Mecanismos extrínsecos:
1) Hormonais
2) Inervação simpática
Sistema nervoso simpático:
- Constrição de ambas arteríolas, porém preferencialmente da arteríola aferente
Redução do FSR
Redução da TFG
- Aumento da liberação de renina
Sistema renina-angiotensina:
- Constrição de ambas arteríolas, porém preferencialmente da arteríola eferente
Redução do FSR
Elevação da TFG
ADH: - Vasoconstrição
Peptídeo atrial natriurético (ANP): - Vasodilatação
- Inibe a renina e o ADH
MECANISMOS INTRÍNSECOS AUTO-REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
MECANISMOS EXTRÍNSECOS DE REGULAÇÃO DO FLUXO SANGUÍNEO RENAL
E DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
Hemorragia, suor
↓ Volume sanguíneo
↓ Pressão venosa
Ativação barorreceptores
↑ Atividade simpática
↑ Atividade simpática renal
Vasoconstrição das
arteríolas aferente e eferente
↑ Resistência vascular renal
↓ TFG
↓ Fluxo
urinário
↓ Perda de
líquido
↑ RPT
↑ PAM
↓ PAM
↓ Retorno venoso
↓ Débito cardíaco