Post on 22-Apr-2015
Formação de Professores:
legislação e reflexões
Seminário REUNI/UFVViçosa, novembro/2008
Formação de Professores:
legislação e reflexõesPaulo M. V. B. Barone
Departamento de Física, Universidade Federal de Juiz de Fora
Câmara de Educação Superior, Conselho Nacional de Educação
(barone@fisica.ufjf.br)
Formação de Professores
contexto da Educação Superior O amparo legal das inovações e integrações:flexibilidade regulamentar e as novas demandas, modalidades, e perfis profissionais docentes para o século XXI
Formação de Professores
reflexões e o papel do CNE Sistema Nacional: CAPES papel das Universidades Públicas
Formação de Professores
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental
demais anos do Ensino Fundamental e Ensino Médio
Formação “Especial” Pedagógica
Formação de Bacharéis
Universidades fortemente ligada à formação de pesquisadores
Formação de Licenciados
Instituições universitárias e isoladas desarticulada da cadeia da pesquisa numericamente insuficiente tratada como subproduto inferiorizada na hierarquia
Contribuição do CNE crítica da qualidade da Formação: identidade, projetos pedagógicos próprios, distância da realidade da Escola, desarticulação entre formação no campo de atuação e formação pedagógica Pareceres CNE/CP 9/2001 e 27/2001; Resolução CNE/CP 1/2002
Contribuição do CNE
prescrições sobre a carga horária mínima e suas frações Pareceres CNE/CP 21/2001 e 28/2001; Resolução CNE/CP 2/2002
O Professor que queremos: competências
formação teórica ampla e consistente, visão contextualizada dos conteúdos programáticos da sua área de atuação formação ampla e consistente sobre educação e princípios pertinentes à profissão docente domínio das tecnologias de informação e comunicação
(Pró-Licenciatura, SEED/MEC, <http://portalmec.gov.br/seb/arquivos/pdf/proli_an3.pdf>)
O Professor que queremos: competências
frequente comunicação com pares e com Instituições de Ensino e Pesquisa, inclusive seus professores e pesquisadores capacidade e segurança para deixar a condição de reprodutor de conhecimento para tornar-se formulador, especialmente de propostas pedagógicas e materiais educacionais compreensão dos processos de aprendizagem
(Pró-Licenciatura, SEED/MEC, <http://portalmec.gov.br/seb/arquivos/pdf/proli_an3.pdf>)
Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental
Curso de Pedagogia ou Curso Normal Superior? Contribuição do CNE: Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia (Pareceres CNE/CP 5/2005 e 3/2006; Resolução CNE/CP 1/2006
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia
formação privilegiada para a docência nos anos iniciais do Ensino Fundamental (e também na Educação Infantil) funções de gestão na Educação Básica são intrinsecamente ligadas às funções da docência
Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia
afirmação da unicidade das atividades ligadas à docência nestas etapas de ensino e aos diversos papéis desempenhados em relação à Educação de um modo geral, como o planejamento, a coordenação e a avaliação dos processos educativos que se estendem por toda a Educação Básica, tudo centrado na figura do Pedagogo
Formação “Especial” Pedagógica
LDB Contribuição do CNE: Parecer CNE/CP 4/1997 e Resolução CNE/CP 2/1997 escassez de docentes com formação ideal bacharéis: certificado para lecionar docência na Educação Profissional (Técnica ou Tecnológica), exceto Educação
Lacunas persistentes
Pedagogia: falta de ênfase para o desenvolvimento de competências fundamentais para a docência (compreensão da estrutura básica das operações matemáticas, do mundo natural ou dos processos de aquisição da linguagem pelas crianças) debate contrapõe teses gerais defendidas por diferentes pólos de opinião dentro do campo da Educação
Lacunas persistentes
Pareceres e Resoluções: linguagem cifrada, de difícil compreensão para todos os setores das IES; carga horária produz projetos pedagógicos artificialmente fragmentados disputas sobre o controle da formação de professores desinteresse dos pesquisadores
Lacunas persistentes
interpretações das Diretrizes Curriculares: singularidade do processo formativo disputas sobre o controle da formação de professores cursos organizados na forma de habilitações polivalentes dificuldades em relação a inovações pedagógicas
Mudanças curriculares
• o que fazer?• o que não
fazer!
O que não fazer!
• o tabuleiro de xadrez
• a soma dos apêndices
O que não fazer!
• as fórmulas mágicas
• a acomodação das ansiedades
O que fazer?
• visão crítica do objeto: o projeto
de formação• visão crítica dos
contornos
Contornos
• Quem são os estudantes?
• Como é o mundo?• Como será no
futuro?
Contornos
• Como é a região?• Como é a Instituição?
• Como serão no futuro?
Contornos• Como é Escola?
• Quais são as demandas da Escola?
• Como serão no futuro?
Trajeto a seguir
• contexto• diálogos
• convergências• tendências
Contexto
Brasil, 2000: pessoas de 23 anos ou mais de idade que concluíram curso superior (graduação, mestrado ou
doutorado)
• Graduação: 5.526.214• Mestrado ou Doutorado: 304.501
• Total: 5.830.715
Contexto
• Direito, Administração, Pedagogia, Ciências Contábeis e
atuariais: 40%• Engenharias, Computação,
Matemática: 12,5%• Medicina, Odontologia,
Psicologia, Enfermagem: 11,5%
Contexto internacional
0 10 20 30 40 50
BrasilPortugal
ItáliaPolôniaÁustria
HungriaMéxico
GréciaIrlanda
Média PaísesFrança
EspanhaHolanda
AlemanhaCoreaSuiça
Reino UnidoDinamarca
BégicaAustralia
Nova ZelândiaSuécia
FinlândiaJapão
Estados UnidosCanada
% de pessoas entre 25 e 64 anos com educação superior completa (Brasil e Países da OCDE, 2000)
Contexto internacional
Lisboa, 2001:meta de 80% de
pessoas com educação pós-
média na Europa
Docentes com Formação Específica em Exercício na Educação Básica e Demanda (EM e 5ª. a 8ª.)
Docentes com Formação Específica em Exercício na Educação Básica e Demanda (EM e 5ª. a 8ª.)
+353.747
Sudeste – Oferta e Demanda Hipotética de DocentesSudeste – Oferta e Demanda Hipotética de Docentes
=61%
Docentes com Formação Específica em Exercício na Educação Básica e Demanda Hipotética por Disciplina
Docentes com Formação Específica em Exercício na Educação Básica e Demanda Hipotética por Disciplina
Matemática - Licenciados nos últimos 25 anosMatemática - Licenciados nos últimos 25 anos
Física - Licenciados nos últimos 5 anosFísica - Licenciados nos últimos 5 anos
Física - Licenciados nos últimos 25 anosFísica - Licenciados nos últimos 25 anos
Química - Licenciados nos últimos 5 anosQuímica - Licenciados nos últimos 5 anos
Contexto
O conhecimento é a principal força da
economia e o principal eixo de estruturação da
sociedade
Diálogos: parceiros relevantes
• formuladores de políticas• poder público local e
regional: gestores da Educação Básica
• docentes da Educação Básica
Diálogos: parceiros relevantes
• agenda do país: passivo e futuro
• área de C, T & I• setor produtivo
• terceiro setor, outros segmentos da sociedade
Diálogos: parceiros relevantes
• academia: convergências
internas, projetos de formação institucionais
e orgânicos
O que fazer?
levantar e avaliar criteriosamente as proposições inovadoras dialogar com todos os setores da academia conquistar a adesão da massa de pesquisadores analisar as possibilidades normativas da formação considerar experiências e novas tendências