Formação do Povo de Israel: época dos Pais e das Mães Organização da Tribos: época dos...

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Formação do Povo de Israel: época dos Pais e das Mães

Organização da Tribos: época dos Juízes e Juízas

Monarquia Reino do Norte e a Profecia

Reino do Sul e a Profecia Dominação Babilônica: período de exílio

Comunidade Judaica sob o Império Persa: Retorno e reconstrução – Judaísmo

Comunidade Judaica sob o Império grego e Resistências

Período de autonomia – os Hasmoneus e o retorno da monarquia

Império Romano

Período anterior a 1250 a.C.; conhecido como o período dos Patriarcas

(Abraão, Isaac e Jacó); a terra de Canaã estava organizada em

vários reinos chamados de cidades-estado;

As cidades-estado, o rei tinha poder absoluto. Os camponeses, por sua vez, tinham que pagar altos tributos para a manutenção do exército e da corte;

Os cultos, os templos, enfim, os deuses, estavam ligados ao poder do rei, visando a sua legitimação;

A localização geográfica de Canaã era considerada um corredor comercial entre as potências da época, principalmente, Egito e Mesopotâmia.

Durante muito tempo, os reis de Canaã ficaram sob o domínio do Egito, obrigando o povo a pagar um duplo tributo.

Alguns grupos que participaram da formação do Povo de Israel:

Camponeses de Canaã empobrecidos, endividados e escravizados;

Pastores semi-nômades de Canaã;

Trabalhadores forçados vindos do Egito;

Pastores semi-nômades vindos do Sinai em Madiã.

Essa experiência compreende um período que vai do ano 1250 até 1040 a.C.;

Esses grupos viviam afastados das cidades-estado;

foram se organizando, construindo uma forma diferente de viver e conquistando mais espaço em Canaã;

A organização tribal foi um processo lento e que tudo aconteceu a partir da articulação dos grupos oprimidos que lutavam por libertação;

Foram aproximadamente 200 anos de uma vivência solidária, com uma sólida organização social, política e econômica.

Nesse período já podemos falar de um POVO: as tribos de Israel organizada em famílias, clãs e tribos;

ganhava destaque a partilha, a solidariedade, a igualdade.

Não havia rei, nem templo, nem exército permanente;

Toda essa trajetória era celebrada nas famílias, nos clãs e nas tribos;

A experiência religiosa das tribos, síntese das experiências de todos os grupos, tornou-se o eixo fundamental da nova sociedade;

A memória oral desse período foi registrada mais tarde em forma de salmos, narrativas, leis, etc. Foi um período que deixou saudade e sempre foi retomado pelo Povo de Israel.

A importante experiência das tribos foi sendo substituída pela existência de reis em Israel;

As principais mudanças foram: Centralização do poder nas mãos dor rei; Organização de toda uma burocracia estatal; Transformação do exército de defesa para

um exército de conquista; Altos impostos cobrados dos camponeses;

Trabalhos forçados – corvéia – para construção de obras públicas;

Construção de um Templo e centralização do culto em Jerusalém;

Criação de uma dinastia sacerdotal, submetida ao rei;

Desarticulação da vida das famílias e dos clãs.

A monarquia em Canaã foi constituida em 2 reinos:

- Reino do Norte ou Reino de Israel; - Reino do Sul ou Reino de Judá.

Buscaram uma nova identidade política e religiosa diferente da do Reino do Sul;

Dois elementos serviram como limites aos reis de Israel. Por um lado, o exército, por outro, o movimento profético;

O movimento profético de Elias (1 Rs 19,16) e Eliseu (2Rs 9, 1-13) lutou contra os desmandos da dinastia de Amri, apoiando o golpe dado por Jeú no último rei daquela dinastia.

Em Israel se manteve viva a tradição da função pública dos profetas de YHWH, tal como já fizera o profeta Samuel, vindo em defesa do projeto tribal e resistindo contra a instauração da monarquia sobre as tribos.

Esses limites impostos aos reis de Israel tiveram conseqüências positivas na organização do Estado do Norte:

Os reis não puderam organizar uma burocracia como havia em Judá;

O poder dos reis sobre os santuários também era limitado;

O rei não possuía legitimação religiosa como em Judá;

Os tributos sobre as tribos serviam principalmente para a manutenção do exército;

Não se têm notícias sobre trabalho forçado para a construção de obras públicas em Israel;

Antes da dinastia de Amri não foram construídos nem palácios para os reis, nem templos.

O Reino de Judá se constituiu da seguinte forma:

uma só capital;

um só templo, centralizado na capital, com um sacerdote da linhagem de Sadoc e fiel à dinastia davídica;

fraco movimento profético nos dois primeiros séculos;

forte vínculo dos camponeses livres, o “povo da terra”, e do exército com a centralização administrativa e cúltica;

exército formado pelas tropas de elite, compostas especialmente de soldados mercenários;

superabundância de administradores em Jerusalém.

Foi um período de profunda crise, principalmente para o grupo de exilados.

Com o Exílio, o povo de Israel, especialmente, a elite, viu desmoronar todos os seus pontos de apoio: o templo, o altar dos sacrifícios, os sacerdotes, o trono real, a cidade de Jerusalém.

Com esse desmoronamento, todas a as crenças ficaram abaladas.

Em Judá também ficaram muitas pessoas. Grande parte desses remanescentes eram agricultores, que viviam nas aldeias ao redor das cidades. Estes agricultores também sofreram muito ao ver em ruínas a cidade, o templo e as suas convicções (Lm 5).

Com o passar do tempo, esses camponeses foram se reorganizando, assumindo o trabalho na terra, sem uma opressão local. Pagavam tributos para a Babilônia, mas tinham certa liberdade para o trabalho.

Durante o Exílio, as comunidades judaicas exiladas na Babilônia e as de Judá, fazem uma releitura de sua História, repensam sua teologia, seu culto e sua divindade. Foi um período fértil em que surgem novos escritos do 1º Testamento.

Na Babilônia: Ezequiel, 2º. Isaías (Is 40-55), Releituras do Pentateuco;

Em Judá: Lamentações, Jeremias, Abdias, alguns Salmos;

O domínio babilônico durou até 539 aC., quando a Pérsia tomou o poder sob o comando de Ciro.

Os persas conquistaram a Babilônia e todas as regiões dominadas por ela.

O decreto de Ciro (Esd 6,1 -5), permitindo a volta dos exilados, autorizava apenas a reconstrução do Templo.

Nesse processo de reconstrução, os conflitos foram inevitáveis. As prioridades eram diferentes para os grupos que estavam na terra e os que voltaram do exílio.

Podemos então falar de diferentes projetos de reconstrução:

Projeto das Elites de Jerusalém: Nasceu entre as elites que voltaram do Exílio;

Projeto do Povo da Terra - Sonhado entre os pobres da terra e alguns exilados;

No ano 333 a.C., o rei da Macedônia, Alexandre Magno, venceu os persas. Durante o seu reinado, nada foi alterado na Província da Judéia.

Depois de sua morte (323 a.C.) o império foi dividido entre seus generais. O general Ptolomeu Lágida conseguiu garantir seu domínio sobre o Egito e a Palestina (321-198 a.C.). A partir de 198 a.C., a Palestina cai sob o domínio dos Selêucidas da Antioquia.

Manteve-se a política de helenização continuou a mesma.

Contra esse sistema, sempre surgiram revoltas em Israel, como a dos Macabeus (167-164 a.C.).

A partir de 167 a.C., o domínio dos Selêucidas sobre a Palestina já não era algo pacífico e consolidado. Tiveram que enfrentar 25 anos de resistência liderada pela família do levita Matatias. Em 142 a.C., os Seleucidas foram definitivamente expulsos de Jerusalém.

A família de Matatias também é conhecida por hasmoneus. Segundo uma tradição, um suposto antepassado de Matatias se chamava Hasmon. Sempre que nos referimos aos hasmoneus, estamos falando da dinastia que os descendentes dos macabeus instituíram depois que se libertaram dos Selêucidas em 142 a.C.

Contra esse sistema, sempre surgiram revoltas em Israel, como a dos Macabeus (167-164 a.C.).

A partir de 167 a.C., o domínio dos Selêucidas sobre a Palestina já não era algo pacífico e consolidado. Tiveram que enfrentar 25 anos de resistência liderada pela família do levita Matatias. Em 142 a.C., os Seleucidas foram definitivamente expulsos de Jerusalém.

No entanto, a dinastia dos hasmoneus (142-63 a.C.), que segue o período revolucionário nos macabeus, se transformou num reinado opressor igual à dominação dos Selêucidas. Para o povo, na verdade, a nova etapa da história de Israel não trouxe liberdade. Continuou trazendo sofrimento e morte.

Os romanos então iniciam sua política de dominação: dividem a região (agora batizada de Palestina – terra dos Filisteus), a dividem em várias partes e distribuem entre seus líderes fiéis a Roma, estabelecem um prefeito para Judá e Samaria, nomeiam Herodes Magno com Rei dos Judeus.

Os romanos então iniciam sua política de dominação: dividem a região (agora batizada de Palestina – terra dos Filisteus), a dividem em várias partes e distribuem entre seus líderes fiéis a Roma, estabelecem um prefeito para Judá e Samaria, nomeiam Herodes Magno com Rei dos Judeus;

Fazem um recenseamento na Palestina, estabelecem a 6ª. Legião Romana para controlar a região e sufocar possíveis rebeliões e revoltas, colocam cobradores e coletorias e impostos (os publicanos).