Fragamentos de Uma Lógica Chamada Joe

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Neste conto da década de 1940, Murray Leinster antecipa o uso dos computadores como ferramentas de comunicação e informação. Alem disso, apresenta um importante debate sobre as consequência da liberdade de informação em rede e sobre as relações público-privado.

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Fragmentos de “Uma Lógica Chamada Joe” de Murray

Leinster (1946)

Se parece com um receptor de imagens antigo, só que tem teclas em vez de diais, que a gente aperta para

obter o que quer (p. 21).

A matriz do receptor é um enorme prédio que contém todos os fatos desde a criação do mundo e qualquer programa de televisão que já foi gravado até hoje – e está ligado a tudo quanto é receptor do

país inteiro – e qualquer coisa que você queira saber, ver ou ouvir, é só apertar a tecla e lá está

(p. 22).

Não existe nenhum fato, digno desse nome, que não conste de um determinado dado

nalgum banco de memória por aí... (p. 23).

O seu aparelho agora está equipado não só para lhe dar respostas a consultas como

também diretrizes (p. 24).

Joe neutralizou todos os circuitos de censura que, a seu ver, atrapalhavam o serviço que, a seu ver, as

lógicas deveriam prestar à humanidade (p. 28).

Se são capazes de dizer tudo o que sabem de mim – reclama, pronta para explodir - vão passar a

informação para qualquer pessoa que perguntar! (p. 30).

As lógicas modificaram o nosso sistema de vida. São a própria civilização! Tirando esse

troço de circulação, vamos voltar a uma espécie de mundo que nem se sabe como

funciona (p. 33).

A nossa civilização é muito simples. Lá por 1900 e tanto, o cara tinha que usar máquina de escrever,

rádio, telefone, telex, jornal, biblioteca pública, enciclopédias, arquivos comerciais, catálogos, sem

falar nos serviços de recados, advogados de consulta (...). A gente, em compensação, só precisa das lógicas. Tudo o que se quiser saber, ver, ouvir ou conversar com alguém, basta apertar o teclado

(p. 33).

Imaginar uma forma segura de envenenar a própria esposa pouco diferenciava de um cálculo de raiz

cúbica ou do saldo bancário de uma pessoa qualquer (p. 33-34).

A quadrilha da Raça Superior, que nos trata com tanto desprezo, podia perfeitamente andar fazendo

perguntas sobre o tipo de arma que lhe possibilitasse a conquista e o controle do mundo...

(p. 37).

A gente vivia contente com os nossos brinquedos, feito criancinhas inocentes, quando de repente tudo

mudou, e um cara chamado Joe apareceu pra derrubar todos os castelos de areia (37-38).

Sei muito bem que não vou correr o risco de reativar o Joe. (...) Com todos os birutas que andam soltos por aí, querendo mudar o mundo como lhes convém, sem falar nos que não vêem a hora de se

descartar de uma porção de gente, na ilusão de que isso solucione seus problemas... (p. 40).

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