Fundamentos Psicanalíticos com Crianças (crs) e Adolescentes (ads)

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Fundamentos Psicanalíticos com Crianças

(crs) e Adolescentes

(ads)

PalavraAção

SonhosSexualidade

PaisTransgeracionalidad

eCampo psíquico

Bebês

AutismoDéficits cognitivos

Transtornos emocionais

TDAHDificuldade de Aprendizagem

BorderlineAdicções

Transtornos Alimentares

Muitos psicanalistas não

reconhecem ou têm resistência em

considerar crs e ads como potenciais

pacientes, da mesma forma que

os adultos.

Formação Clínica

(nunca se constituiu

como regular) e História/Cult

ura

Anna FreudMelanie Klein

WinnicottAberastury

Mahler

Psicanalistas, com mentes privilegiadas, que tiveram nas crs e

ads suas principais fontes de observação

e investigação, contribuindo para a

evolução da Psicanálise nesses

100 anos.

Educadores, Analistas,

Pediatras e outros profissionais foram

e, muitas vezes, continuam sendo

considerados “subespecialistas” pelos colegas de classe. Inclusive, acredita-se terem menos preparo e

são menos remunerados.

O analista de crs e ads

precisa ter condições

“geográficas e ortopédicas”

“geográficas”: espaço de

atendimento“plus” na

sala

“ortopédicas”:

condicionamento físico para

os jogos do atendimento

+ maleabilidade somato-psíquica

“condições mentais

suficientemente boas”

Dra. Hug Hellmuth

(1921) utilizou brinquedos na

análise de crianças

Melanie Klein deu sentido e

aplicabilidade à técnica

O brincar:- transpõe a barreira

da linguagem- expressa

simbolicamente desejos, fantasias e

experiências

Jogos e Brinquedos

Técnica

Lúdica

Um brinquedo pode ter múltiplos

significados, a depender da

situação analítica na qual

se produziu.

Brinquedo=

Sonhos

dispensam palavras

Brinquedo

Sonhos

Construção a partir da ação (sofisticada, representativa)

Construção a partir de imagens visuais

Winnicott (1971) chama a atenção:além do conteúdo da brincadeira, a criança e como ela brinca são fundamentais para a análise

O “brincar” aplica-se

também para a análise de

adultos: permite a comunicação, a

verdade, o humor, o afeto.

O brincar permite as atuações (actings):

o que quer dizer a menininha que

brinca de boneca ou o menino que

empunha a espada?

Desde o período fetal, o aparelho psíquico passa a

funcionar seguindo:

Percepção

Sensação

AçãoEsse aparelho desenvolve-se conforme as condições genéticas e ambientais

Assim, conseguimos chegar a ponto de

operar com números, construir cidades,

escrever, ler, compor sinfonias, jogas

xadrez, emocionarmos, etc.

“A criança comunica-se brincando, ela

diz, fazendo.”

A ação é parte do discurso.

Simbolização pelo corpo e pela palavra.

Expressão

Campo linguístico e Campo visual

Filme:Temple Grandin

(autismo, expressão pelo desenho)

Análise de Crs e Ads:

Observação X Compreensão

Dramatização X RelatoDemonstração X

NarraçãoOlhar X Escuta

Actings X Associação Livre

Cuidado com diagnósticos e

prognósticos nas avaliações de crs e

ads

Cada ser é único, com peculiaridades e potencialidades

Jogo com Carretel (Freud)

ir e vir – revela: ausência e presença,

encontro e desamparo, o antes e o depois (tempo), o aqui e o lá (espaço),

representando as relações objetais e

transicionais

“Pular para dentro do paciente” e não trazê-lo

para dentro do nosso método

corre-se o risco do fracasso da Psicanálise e o

sobreposicionamento de outras abordagens

é como tirar um prematuro da incubadora antes do

momento ideal

Os brinquedos precisam ser

usados, quebrados,

sujados para a produção de

conhecimento.

As especificidades individuais, os mitos

familiares, a estruturação do casal paterno, a

formação dos desejos definem como a cr/ad se apropriarão do

AMBIENTE.

ATIVIDADE do Bebê“seio-mundo”

criatividade, espontaneidade e

saúdeA atividade dos pais influencia e seduz o filho para a vida

FUNÇÃO MATERNA

A mãe concebe o filho em sua

subjetividade, mesmo antes da concepção real.

FUNÇÃO MATERNA

Após o nascimento, o bebê não se

separa da mãe, sendo

mãe- bebê- mundo um só corpo.

FUNÇÃO MATERNA

Quando nasce, o primeiro espelho da criança é o rosto da mãe, estabelecendo

a formação/percepção da própria imagem.

Mãe suficientemente boa

A mãe precisa suportar regredir, identificando-se com o bebê em sua

imaturidade, permitindo a

estruturação psíquica por meio das vias oral

e visual.

Mãe Ausente

Rejeição, depressão, perdas, trabalho –

situações que afastam emocionalmente a mãe

do bebê e traz consequências para a estruturação psíquica.

Contudo, o bebê apresenta coragem para enfrentar o mundo e sobreviver.

Mãe Imprevisível

o filho não sabe o que esperar:

indiferença ou entusiasmo

sorriso ou palmada

“enlouquece”

Lembrar e esquecer são capacidades

fundamentais para suportarmos e superarmos as separações, as ausências, as

perdas

Conteúdo histórico acontecido

Ex: autistaembora em uma

“concha”, qualquer mudança de um

detalhe no ambiente é percebida e se

caracteriza por perda de segurança e

rompimento, gerando ansiedade.

FREUDacesso ao conteúdo

reprimido, que causa sofrimento (sintomas), e que transposto, leva

à cura.

O jogo permite a construção desse

campo.

Qualquer paciente é analisável (é um

campo surpreendente).

Talvez a técnica, a abordagem ou o

analista não consigam acessá-

lo.

Saúde X Doençacapacidade de criar uma nova

organização adequada, de acordo com as

peculiaridades e necessidades do

indivíduo.

TRANSGERACIONALIDADE

mitos, desejos, erros, segredos,

não ditos, silenciados, velados, que

marcam a história e que adoecem

TRANSGERACIONALIDADE

relação inconsciente com

o objeto e a história

transmitida

TRANSGERACIONALIDADE

o importante não é o segredo, mas

como as gerações o acomodam

TRANSGERACIONALIDADE

Não é fácil perceber. É construído,

deduzido, extraído das entranhas. O analista precisa

fazer parte e construir os significados.

TRANSGERACIONALIDADE

Por isso, os pais são

fundamentais na análise de crs e

ads.

TRANSGERACIONALIDADE

Explica que as doenças

emocionais não são frutos

autogerados pelas fantasias e pela

imaginação.

TRANSGERACIONALIDADE

Influências e consequências da

realidade histórica da família, da

conduta e do discurso dos pais

TRANSGERACIONALIDADE

Ex: Caso MárioPiada da Gravata

Todo diagnóstico,

prognóstico e todo processo

analítico é provisório e

parcial.

Analista

“medo” dos paisvisão do analista como incapaz em

sua função e métodos

Pais

fragilidades, culpas, recriminações (filho)

rivalidade, ciúmes (analista –

transferência, mudança de papéis)

Analista e

Pais

Aliados, para efeitos

terapêuticos

Os pais precisam reconhecer que a

“doença” do filho tem

mecanismos projetivos que

perpassam toda a família

A cr ou o ad precisam ter

capacidade de “desidentificare

m-se” dos destinos das construções familiares.

“Ele é parecido em tudo com o tio...”

“ Na nossa família, os primogênitos são um

sucesso...”

“Demos a ele o nome do irmãozinho que

havia falecido um ano antes...”

A cr e o ad dizem a seu modo.

Precisamos nos aproximar, olhar,

ouvir e compreender.