Post on 03-Jul-2015
description
Genealogia: do grego génos,
“origem”, “nascimento”,
“descendencia” e logos
“estudo”, “razão”. Em
Nietzsche genealogia significa
o questionamento da origem
dos valores.
Conceito:
A Genealogia é um método de
decifração que coloca em relevo os
diferentes processos de instituição de
um texto. Portanto, visa a resgatar o
conhecimento primeiro e que foi
transformado em verdade
metafísica,estável e intemporal.
Através do procedimento genealógico
descobre-se que o único critério que se
impõe é a vida, afinal tal interpretação
questiona os valores para saber o que
nos fortalece vitalmente e o que nos
enfraquece.
Nietzsche diz: “ O conhecimento resulta
de uma luta, de um compromisso entre
instintos”.
Segundo Nietzsche, o conceito de
honestidade é uma abstração, porque
não sabemos da sua qualidade
essencial mas sim, de inúmeras ações
individualizadas.
As metáforas utilizadas por Nietsche
assumem um caráter cognitivo, o
conceito por sua vez nada mais é do
que o resíduo delas.
Essa genealogia é uma crítica ao
elemento de afirmação pelo qual se
move o pensamento de Nietzsche.
Apresenta um inicio diferenciado, que
vai além de afirmar a perda de um
referencial, Deus, mas que chega até a
afirmação de uma diferença que se
origina nas forças ativas e reativas.
O que é a verdade,
portanto?
As verdades são ilusões das quais se
esqueceu o que são, pois as metáforas
se tornaram gastas e sem força
sensível.
E conhecimento?
Esse, não passa de uma interpretação,
de atribuição de sentidos sem jamais
ser uma explicação da realidade.
A filosofia por sua vez interpreta “ a
escrita de camadas sobrepostas das
expressões e gestos humanos”.
Logo...
Nietzsche nos abre os olhos da razão e
dos sentimentos para algo mais chão,
mais próximo da realidade humana.
Resgatar as origens da moral do
homem é resgatar a ele próprio,
colocando-o em sua dignidade de
igualdade.
Exemplificação: A história de Abraão
Relatada no livro Gênesis, Kierkegaard em temor e tremor pergunta-se o que teria levado Abraão a transgredir sua virtude de pai, ele o faz não para salvar um povo ou apaziguar a ira dos deuses, mas porque Deus lhe exigiu essa prova de fé. Apesar do absurdo e do seu conflito entre o dever com o filho e o dever para Deus, Abraão transcende a ética sendo detido por um anjo em seu momento final.