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GERENCIAMENTO DE RISCOS: UMA
METODOLOGIA REDESENHADA PARA
A BUSCA DE MAIOR EFICIÊNCIA E
EFICÁCIA NO TRANSPORTE DE
CARGA DE CIGARROS NO RIO
GRANDE DO SUL
Diordio José Librelotto
(UNISC)
Simone Pradella
(UNISC)
Resumo O trabalho em questão aborda um tema que aos poucos vai ganhando
espaço nas empresas brasileiras, frente à necessidade de gerenciar os
constantes riscos que norteiam os seus processos - Gerenciamento de
riscos. A ênfase aqui é sobre os inúmmeros riscos que as empresas
enfrentam diariamente no transporte e entrega dos seus produtos para
o consumidor final. Realmente existe um grande esforço de gestão, e
também de emprego de investimentos por parte das empresas para que
não tenham seus veículos depredados e seus funcionários agredidos
física e psicologicamente frente aos constantes assaltos sofridos. Desta
forma, procurou-se identificar os fatores de riscos que levam ao roubo
no transporte de cigarro no Estado do Rio Grande do Sul, obedecendo
aos requisitos da ISO 31000:2009 que define os princípios e diretrizes
e ISO/IEC 31010:2012 e traz as técnicas para o processo de avaliação
de riscos, juntamente com o Método Brasiliano de gerenciamento de
riscos corporativos. Quais seriam os riscos? Ou melhor, como fazemos
para minimizá-los e evitarmos perda? A pesquisa além de identificar
os riscos, listá-los, classificá-los, procedeu com uma análise
minuciosa, avaliando a causa raiz de cada risco e desenvolvendo
alternativas para mitigar os riscos de forma mais eficiente e eficaz do
que eram feitos atualmente. A metodologia utilizada neste processo foi
à pesquisa-ação que demandou a interação dos profissionais que
atuam no gerenciamento de risco da segurança do transporte de
cargas da empresa “XYZ”, aplicando ao final o plano de ação e metas,
desenvolvido para minimizar as perdas sofridas em algumas rotas de
entrega de produtos na região do Vale dos Sinos, Estado do Rio
Grande do Sul. O resultado pretendido foi melhorado e conseguiu-se
20, 21 e 22 de junho de 2013
ISSN 1984-9354
IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013
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reduzir-se o volume de ocorrências de roubos, comparando os meses
de Janeiro e Fevereiro dos anos de 2009 a 2013.
Palavras-chaves: Gerenciamento de risco; Segurança no transporte de
cargas; Melhoria contínua do processo; Aplicação de norma técnica
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1 INTRODUÇÃO
O roubo de cargas - que está acentuado no Brasil e com indicativos de que piorará nos
próximos anos. O Brasil lidera ao lado de México e África os piores índices de roubo a
veículo transportando carga a nível mundial. Já no cenário regional, a situação assusta e
também aclama por atenção, uma vez que estão crescendo significativamente o número de
ocorrências e valores das mercadorias roubadas, chegando ao cúmulo dos criminosos primeiro
fecharem os negócios com os receptadores de cargas e após saírem para roubar os produtos
encomendados, conforme informado pelo Dr. Joel Wagner, Delegado titular da Policia Civil
gaúcha em entrevista a uma rádio da cidade de Porto Alegre (RS), (Dez, 2012).
A necessidade de mudança contínua para a obtenção de novos resultados norteou a
produção deste trabalho que busca os princípios e diretrizes da norma ISO 31000:2009 e as
técnicas para o processo de avaliação de riscos citados pela ISO/IEC 31010:2012, juntamente
com o Método Brasiliano de gerenciamento de riscos corporativos, visando auxiliar na criação
do modo de gerir os riscos de forma mais eficiente e eficaz na redução do roubo de carga no
Estado do Rio Grande do Sul. Segundo Brasiliano (2009, p. 09),
[...] Os riscos permeiam todos os níveis das atividades do negócio e, se não forem
gerenciados adequadamente, poderão resultar em perdas financeiras, deterioração da
imagem e reputação ou desencadear de uma crise [...].
Desta forma, a norma trouxe conceitos como: o que é risco; como identificar os fatores
de riscos; como estimar a probabilidade e as consequências dos riscos, como avaliar e tratar
os riscos, minimizando os seus efeitos, a fim de melhorar a capacidade de gerar valor para a
organização.
Assim, juntamente com a metodologia de pesquisa-ação que foi utilizada, foram
identificados, classificados e avaliados os riscos da operação de transporte de cigarro no
Estado do Rio Grande do Sul da empresa “XYZ”, sendo gerado ao final da pesquisa um plano
de ação e metas para aplicação direta nas rotas de entrega de produtos do Vale dos Sinos
(RS). O plano final trouxe de forma clara e objetiva ações que deveriam de ser tomadas em
tempos específicos para que fossem minimizados os riscos do processo, lembrando de que
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este não é estanque e que deve ser atualizado sempre que houver mudanças na organização,
nas formas de trabalho e até mesmo no cenário de riscos.
Por fim, os resultados obtidos foram melhorados e, conseguiu-se reduzir o volume de
ocorrências de roubos, comparando os meses de Janeiro e Fevereiro dos anos de 2009 a 2013.
Cabe salientar de que este período é um recorte para uma análise comparativa dos dados.
2 METODOLOGIA
O método utilizado para esta pesquisa de estudo foi à pesquisa-ação, visto de que o tema
ainda é muito recente quanto a sua aplicabilidade no meio corporativo, o que demandou
interação e participação da equipe de profissionais que atuam diretamente com gerenciamento
de riscos na segurança do transporte de cargas da empresa “XYZ”. A pesquisa-ação pode ser
considerada um estudo de caso, com a diferença que o pesquisador deixa de ser um simples
observador e passa a ser:
[...] um participante na implantação de um sistema embora simultaneamente queira
avaliar uma certa técnica de intervenção [...]. O pesquisador não é um observador
independente, mas torna-se um participante, e o processo de mudança torna-se seu
objetivo de pesquisa. Portanto o pesquisador tem dois objetivos: agir para solucionar
um problema e contribuir para um conjunto de conceitos para desenvolvimento do
sistema.” (BENBASAT, GOLDSTEIN e MEAD citado por MACKE, 1999).
Na pesquisa-ação, descreve-se a situação-problema “com base em verbalizações dos
diferentes autores em suas linguagens próprias” (THIOLLENT, 1997, p.34) – e de
intervenção – os conhecimentos derivados das inferências são inseridos na elaboração de
estratégias ou ações. Esta pesquisa visa aclarar e diagnosticar uma situação prática ou de um
problema prático que se quer melhorar ou resolver, formulando estratégias de ação,
desenvolvendo e avaliando estas estratégias, assim ampliando a compreensão desta nova
situação criada e procedendo com os novos passos até termos uma nova situação prática
aplicada.
Desta forma, na 1º fase (exploratória), foi realizada uma reunião e efetuado um
brainstorming com a equipe que atua na área de segurança, visando identificar e listar o
máximo de riscos pertinentes à operação de entrega de produtos que será analisada.
Juntamente com esta equipe, foi efetuado o levantamento dos riscos e classificação,
identificando também a sua motricidade, através da matriz SWOT. Nesta fase, também foi
realizado uma pesquisa bibliográfica sobre os conceitos, diretrizes e metodologia da ISO
31000:2009.
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Assim, na 2º fase (pesquisa aprofundada), foi desenvolvida uma matriz de risco, visando
à análise e avaliação crítica dos riscos, onde foram inseridos todos os possíveis riscos que
serão analisados e que norteiam o transporte de carga de cigarros.
A partir dos dados extraídos, na 3º fase (ação), foi confeccionado um plano de ação e
metas que terá seus resultados acompanhados por indicadores de desempenho. A metodologia
aplicada foi baseada nos conceitos ditados da ISO 31000:2009 – Gerenciamento de Riscos –
Princípios e diretrizes e norma ISO/IEC 31010:2012 – Gerenciamento de Risco – Técnicas
para o processo de avaliação de riscos, juntamente com o Método Brasiliano de
gerenciamento de riscos corporativos. As normas citadas são atualmente o que há no país de
mais moderno sobre o assunto de gestão de risco.
A partir do somatório dos resultados obtidos com as demais fases, na fase (avaliação)
foi realizada uma reunião explicativa com a equipe que efetua o gerenciamento de riscos de
segurança da empresa “XYZ”. Nesta oportunidade foi debatido o tema de aplicação do plano
confeccionado para contenção dos riscos de roubo de carga de cigarro no estado do Rio
Grande do Sul nas rotas de entrega de produtos das cidades do Vale dos Sinos, a qual é
composta pelos municípios: Novo Hamburgo, São Leopoldo, Estância Velha, São Sebastião
do Caí, Portão, Dois Irmãos, Sapiranga, Campo Bom, Montenegro e Taquari. O resultado
obtido, através dos indicadores de desempenho foi à redução do volume de ocorrências de
roubos nas cidades à epígrafe, comparando os meses de Janeiro e Fevereiro dos anos 2009 a
2013.
A pesquisa foi desenvolvida em uma empresa do ramo privado, denominada empresa
“XYZ”, localizada no interior da região Sul do Brasil.
3 ROUBO DE CARGAS
Quando se olha a questão do risco para transporte de cargas no Brasil, os números
assustam. Estima-se segundo dados da Fenatec (Federação Interestadual das Empresas de
Transporte de Carga) (Dez, 2012) e da NTC & Logística (Associação do Transporte de Carga
e Logística) (Out, 2012) que o roubo de cargas cresce em torno de 7% (sete por cento) ao ano
no Brasil e resulta prejuízos aproximados de 1(um) bilhão de reais ao país, sendo muitas
destas ações são praticadas por quadrilhas especializadas, muito bem preparadas, amparada
por alta tecnologia e que dominam bem os sistemas a qual utilizam para as práticas de ações
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criminosas, fazendo com que desapareçam cargas valiosas à luz do dia em diversas estradas e
rodovias do país.
O Brasil é um dos países que lidera o ranking mundial de roubo de cargas, ao lado de
México, África do Sul, Estados Unidos, Rússia, Índia e Reino Unido. A figura da consultoria
FreightWatch Internacional (2012, p.1), mostra em preto os países que possuem o risco mais
acentuado no transporte de carga. Este relatório tem como fundamento principal alertar
profissionais da área da segurança que atuam na indústria, sobre os índices, riscos e
preocupações globais que envolvem o transporte de cargas.
Figura 1 – Global Cargo Theft Risk
Fonte: FreightWatch Internacional, 2012.
Diante disso, ainda é importante desenvolver novas tecnologias e ações de gestão que
inibam o roubo de carga. Neste contexto, as denominadas “Gerenciadoras de Risco”, sob a
ótica de gestão de risco, têm trazido ao mercado de modo intensivo e sistemático, novas
tecnologias e metodologias a respeito do assunto.
Atualmente o Rio Grande do Sul, responde por 6% (seis por cento) dos roubos
ocorridos no país, conforme dados do Sindicato das empresas de Transporte de Cargas e
Logística do RGS (SETCERGS) (Nov, 2012), o que representou no ano de 2012,
aproximadamente 100 (cem) milhões de reais em perdas. Segundo levantamento realizado
pela Polícia Civil gaúcha, sobre os últimos três anos no Estado, a média anual é de 260
(duzentos e sessenta) ocorrências de roubo de carga o que representa um roubo à carga a cada
33 (trinta e três) horas no Estado do Rio Grande do Sul (Entrevista Dr. Joel Wagner, titular da
delegacia da Policia Civil – DEIC à rádio Gaúcha, 2012). Entre os produtos mais procurados
para o roubo estão: tabaco, alimentos, eletrodomésticos, eletrônicos e produtos de informática.
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3.1 Formas de combate ao roubo de cargas
Diante de um cenário alarmante em relação ao roubo de cargas, as empresas
transportadoras de cargas veem-se na obrigação de reduzir as ações dos infratores e,
consequentemente, diminuir os seus custos no faturamento. Segundo pesquisadores, o
combate ao roubo de cargas precisa passar por dois caminhos: O primeiro é institucional, que
compete ao Governo Federal e Estadual, com o envolvimento e fortalecimento da autoridade
policial competente, atrelado a uma legislação atuante e eficaz. O segundo fator, é a
prevenção realizada pelas transportadoras e indústrias. Muitas são as inovações tecnológicas
para o combate ao roubo de carga. Estas tem um campo de atuação bastante amplo no setor de
transportes, seja na utilização de tecnologias como o rastreamento que auxiliam na
roteirização da frota de veículos que aumentam a eficiência do processo, orientando o
motorista durante as entregas de produtos, seja com ações e metodologias próprias, visando
gerenciar os riscos do processo de transporte de produtos altamente visados para roubo,
devido ao alto valor agregado das mercadorias e facilidade de revenda, pois normalmente são
bens de consumo que despertam interesse na maioria das pessoas.
Neste viés, ganha força as metodologias que trazem a capacidade de gerenciar os riscos
de forma integrada e sistemática procurando minimizar os riscos de cada operação
implementando novos conceitos e formas de planejamento, operacionalização, medição e
monitoramento de resultados, juntamente a profissionais qualificados.
4 GERENCIAMENTO DE RISCOS
A palavra risco pode, geralmente, ser vista na literatura sob vários aspectos. Segundo o
autor (DUVOCA, 2004, 01),
[...] risco poder ser definido como sendo qualquer evento que pode adversamente ter
influência sob a performance das organizações e impedir esta de alcançar seus
objetivos [...]
Deve ressaltar ainda de que risco, além de oportunidade, representa incerteza e
ambiguidade. No entanto Bernstein (1997) atribui a origem da palavra risco ao italiano antigo
“riscare” que significa ousar. Sendo assim o autor é categórico em afirmar de que os riscos
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não provem do destino e sim de uma opção, ou seja, não há risco quando não existe ousadia.
Raz, Shenhar e Dvir (2002, p.101), possuem uma definição semelhante de risco, ou seja:
[...] os riscos são eventos indesejados, que podem causar atrasos, gastos excessivos,
resultados insatisfatórios, perigos ambientais, perigos de segurança e até mesmo o
fracasso total [...].
Desta forma, é necessário gerir os riscos para que não tenhamos surpresas indesejadas
no processo, evitando consequentemente prejuízos às organizações.
Neste contexto, podemos traduzir a gerência de riscos como sendo um processo de
planejamento, organização, direção e controle dos recursos humanos e materiais, no sentido
de minimizar os efeitos que os riscos trazem. Desta forma, este processo de gerenciar o risco
existente ou aceitável para Brasiliano “possibilita ao administrador tratar com eficácia as
incertezas, bem como os riscos e as oportunidades a elas associadas, a fim de melhorar a
capacidade de gerar valor” (2009, p.11).
O processo de gerir os riscos, não mais é do que – o como fazer? Desta forma, este
processo trás consigo a capacidade de aumentar a probabilidade do gerenciador em atingir
diferentes resultados dos que já estavam sendo obtidos, aumentando a sua gestão e
comprometendo seus membros com os resultados gerados, além de despertar para a
identificação e solução de novos riscos que venham a surgir ou que forem diagnosticados nos
processos. Assim, aprimoram-se continuamente os métodos de identificação das ameaças,
aumentando a confiabilidade no processo e a confiança das partes envolvidas. Todo este
processo a partir de nov’2009 está amparado pela norma ISO 31:000:2009 que não possui
finalidade de certificação, mas sim de definições e conceitos de gestão de riscos.
Para tanto, o processo de gestão de risco, descrito na norma, apresenta-se traduzido para
um viés corporativo que utiliza como fundamento básico os conceitos do ciclo de qualidade
PDCA (plan, do, check, action). Percebemos na Figura 2 de que o processo é retro alimentado
e que um componente influencia o outro, sendo que qualquer ação não efetuada no momento
oportuno influenciará as demais. Como exemplo: caso os riscos que permeiam o processo não
sejam contemplados no momento da identificação do risco, não serão analisados nas demais
etapas do processo, assim ficando evidente de que esta é uma etapa estratégia do processo e
que qualquer falha resultará no comprometimento do resultado.
Figura 2 - Processos de Gestão de Risco
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Fonte: Norma ISO/IEC 31010:2012
4.1 Norma ISO 31000:2009 e ISO/IEC 31010:2012
A partir de 30/dez/2009 passou a ser válida a norma ISO 31000:2009 que aborda os
princípios e diretrizes da gestão de riscos. A norma, que não possui finalidade de certificação
surgiu com a necessidade de definir padrões conceituais integrando diversas metodologias e
terminologias para os processos de gestão de risco que de forma geral podem ser aplicados em
quaisquer organizações ou departamentos, sendo adaptável a qualquer área de atuação. O
próprio texto da norma aponta as possibilidades da gestão de riscos, sendo elas:
Aumentar a probabilidade de atingir os objetivos; Encorajar uma gestão proativa;
estar atento para a necessidade de identificar e tratar os riscos através de toda
organização; Melhorar a identificação de oportunidades e ameaças; Atender às
normas internacionais e requisitos e regulamentos pertinentes; Melhorar o reporte
das informações financeiras; Melhorar a governança corporativa; Melhorar a
confiança das partes interessadas; Estabelecer uma base confiável para a tomada de
decisão e o planejamento; Melhorar os controles; Alocar e utilizar eficazmente os
recursos para o tratamento de riscos; Melhorar a eficácia e eficiência operacional;
melhorar o desempenho em saúde e segurança, bem como proteção ao meio
ambiente; Melhorar a prevenção de perdas e a gestão de incidentes; minimizar
perdas; melhorar a aprendizagem organizacional; aumentar a resiliência da
organização. (BRASILIANO, p. 20-21).
Desta forma, com a aplicação do gerenciamento de risco de forma integrada e
sistemática a organização pode trazer maiores diferenciais competitivos ao processo,
utilizando os conceitos da norma. Sob a ótica deste tema, também em 04/05/2012 entrou em
vigor a norma ISO/IEC 31010:2012 que aborda de forma genérica, técnicas para o processo
de avaliação de riscos, utilizando também as diretrizes da norma anterior citada, cujo
fundamento principal esta ligado ao fornecimento de informações baseadas em evidências e
análises para que sejam tomadas algumas decisões sobre como tratar riscos específicos
identificados. A norma traz alguns benefícios, sendo eles:
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[...] Entender o risco e seu potencial impacto sobre os objetivos; Fornecer
informações aos seus tomadores de decisão; Contribuir para o entendimento dos
riscos a fim de auxiliar na seleção das opções de tratamento; Identificar os principais
fatores que contribuem para os riscos e os elos fracos em sistemas e organizações;
Comparar riscos em sistemas, tecnologias ou abordagens alternativas; Comunicar
riscos e incertezas; Auxiliar no estabelecimento de prioridades; Selecionar diferentes
formas de tratamento de riscos; Atender aos requisitos regulatórios; Fornecer
informações que ajudarão a avaliar a conveniência da aceitação de riscos quando
comparados com critérios pré-definidos; Avaliar os riscos para o descarte ao final da
vida útil [...] (PROJETO 63:000.01-002 (ISO/IEC 31010, Set’2011, p. 3-4)
Diante disso, para que seja feito um processo de gestão mais completo, além da escolha
do método a ser utilizado para identificação e tratamento do risco para cada caso específico,
há a necessidade de se avaliar os contextos interno e externos que são relevantes para o
negócio da organização bem como ter conhecimento sobre os riscos a serem avaliados.
Assim, cabe destacar de que a norma ISO 31010:2012 não trouxe uma fórmula única a
qual simplesmente aplicamos para a avaliação dos riscos e sim orientações conceituais de
vários processos possíveis de aplicação, conforme seus graus de detalhamento e profundidade,
a exemplo das ferramentas e técnicas que podem ser utilizadas: Brainstorming, entrevistas
estruturas, Delphi, análise preliminar de perigos (APP), analise de perigos e pontos críticos de
controle (APPCC), técnica estruturada “e se”, entre outras.
Diante disso, para que possa ter iniciado o processo de avaliação dos riscos,
necessitou-se primeiramente proceder com a identificação dos riscos. Assim, utilizou-se o
método de brainstorming através de uma reunião com a equipe que atua na área de segurança
da empresa “XYZ”, cujo objetivo foi criar uma lista abrangente de riscos que norteiam o
processo, mesmo que remotamente e que de qualquer forma possam criar, aumentar, reduzir,
atrasar ou evitar à operação de entrega de produtos sob o olhar da segurança.
Após estarem os riscos identificados à análise de riscos vai fornecer uma melhor
compreensão. Sendo assim, este processo envolve a apreciação das causas e das fontes de
risco, suas consequências positivas e negativas, e a probabilidade de que essas consequências
possam ocorrer. Nessa etapa a organização deverá analisar todos os riscos identificados,
verificando quais são as consequências e probabilidade dos riscos, pois isso será insumo para
a etapa posterior.
Cumprida mais esta etapa, é o momento de avaliarmos os riscos já catalogados e
identificados. Este é o momento de dizer, por exemplo, se um risco deve ou não ser tratado e
com qual prioridade, estabelecendo o seu grau de complexidade. Portanto é necessário que
sejam feitas algumas perguntas como: Quais riscos precisam de avaliados? Qual a prioridade
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para implementação do tratamento? A avaliação de riscos envolve comparar o nível de risco
encontrado durante o processo de análise com os critérios de risco estabelecidos quando o
contexto foi considerado. Com base nesta comparação, a necessidade de tratamento pode ser
considerada. Para isso, foi utilizado neste processo a matriz SWOT (Strenghts, weaknesses,
opportunities, threats) e também a diagrama de causas e efeitos (Diagrama de Ishikawa)
Diante disso, depois de cumprida as demais etapas do processo, percebe-se a
necessidade de tratamento do risco que neste caso ocorreu através da elaboração de um plano
de ação específico. No plano foram descritas as metas identificadas no inicio do trabalho,
juntamente com as ações e contramedidas necessárias para que o problema seja resolvido.
Ao longo do processo de gestão de riscos a melhoria contínua deverá acontecer. Assim,
caso haja necessidade, ao longo da utilização da metodologia os critérios de riscos poderão ser
alterados, novas ocorrências poderão incrementar as listas de riscos e oportunidades poderão
ser criadas e consideradas. O contexto interno e externo podem sofrer alterações e a
organização aprender com seus sucessos e falhas. Desta forma, aplicou-se ao final do trabalho
como forma de medir os resultados almejados, alguns indicadores de desempenho para
servirem como itens de controle e verificação das metas propostas.
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Nesta seção serão apresentados os resultados práticos obtidos com a identificação,
avaliação, classificação e tratativas dos riscos do processo de transporte de cargas da empresa
“XYZ”, desenvolvido para minimizar as perdas sofridas em algumas rotas de entrega de
produtos na região do Vale dos Sinos, Estado do Rio Grande do Sul.
As ferramentas de gestão utilizadas são as sugeridas pela norma ISO 31000:2009 e
ISO/IEC 31010:2012 e estão suportadas pelas seguintes fases: reunião de brainstorming com
a equipe de profissionais que atuam no gerenciamento de risco da segurança do transporte de
cargas da empresa “XYZ”; confecção de diagrama de causa e efeitos de cada risco
identificado no processo de brainstorming, cujo somatório atingir pontuação acima de 20
(vinte) pontos; desenvolvimento de uma matriz SWOT, apresentando a classificação de
magnitude e importância conforme a classificação de cada item relacionado ao processo;
criação de uma matriz de risco que definirá as formas de identificação e priorização dos riscos
catalogados no processo, apontando classificação do risco em probabilidade e consequência;
classificação dos riscos conforme parâmetros já definidos na matriz de risco criada para este
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processo. Sendo que ao final será apresentado o plano de ação de metas com identificação de
prioridades e itens de medição/controle.
Diante disso foram discutidas diversas ações que causam impacto para a geração de
resultados, apontando-se para as mais relevantes que serão descobertas, classificadas e
tratadas para que o resultado seja mais eficiente e eficaz, traduzindo-se em ganhos concretos
ao processo.
5.1 Resultados do brainstorming
Inicialmente foi realizada uma reunião com a equipe de 05 (cinco) profissionais que atuam
diretamente com gerenciamento de riscos na segurança do transporte de cargas da empresa
“XYZ”, cujo objetivo era a participação de todos para explicar a metodologia a ser utilizada
no projeto. Após, realizou-se um brainstorming, conforme Tabela 1, visando identificar os
riscos do processo de segurança na entrega de produtos no Vale dos Sinos – RGS.
Tabela 1 - Processos de Brainstorming
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Fonte: Autor, 2013
O brainstorming foi classificado em seis fatores de ação a qual originaram-se mais seis
subitens de cada fator. Procurou-se ser claro e objetivo na identificação de fatores que
ocasionam ou contribuem para os riscos do processo de entrega de produtos no Vale dos
Sinos – RGS.
Os itens dos fatores identificados foram classificados em três pontuações: 1 (um) para
itens de baixa importância, 3 (três) para itens de média importância e 5 (cinco) para itens de
alta importância. Após a classificação de todos os itens, foi multiplicada a quantidade de
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votos recebidos para cada fator vezes o grau de pontuação, o que resultou ao final em uma
nota para cada item dos fatores. Desta forma os itens estão classificados conforme a
importância entendida pela equipe.
5.2 Resultados da matriz SWOT
A técnica da matriz SWOT foi desenvolvida por Albert Humphrey na década de setenta.
A sigla, definida por uma terminologia em inglês, acrónimo que define as forças (Strengths),
Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats) do processo,
também por objetivo efetuar uma síntese das análises internas e externas que impactam aos
riscos do processo, sendo que auxilia na questão de identificar as estratégias para que sejam
resolvidos os problemas que afetam o processo. Desta forma, a matriz SWOT, Figura 3, foi
utilizada para conhecimento da motricidade dos fatores de risco ou seja, quais são os fatores
que podem potencializar perigos ao processo.
Figura 3 – Matriz SWOT
Fonte: Autor, 2013
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Assim, utilizou-se como critério na matriz SWOT, itens de magnitude e importância,
sendo que para a magnitude atribui-se a pontuação de +3 (três) positivo, para magnitude alta
positiva à -3 (três) negativo para magnitude alta negativa. Para a importância, atribui-se
valores como 1 (um), sendo de pouca importância, 2 (dois), sendo de média importância e 3
(três), sendo de máxima importância. Após classificação fica evidente na matriz, Figura 3,
quais são as variáveis que receberam maior importância, tanto positivas quanto negativas.
Desta matriz também podemos obter informações de quais variáveis são controláveis, pois
estão representadas no ambiente interno e quais são incontroláveis, pois dependem de ações
externas a qual não obtemos a gestão.
A vantagem da utilização da matriz SWOT é que conseguimos visualizar todo o
processo e o que está impactando para o seu desenvolvimento.
5.3 Matriz de risco e resultados da classificação do risco
A matriz de risco é uma ferramenta que deve ser utilizada para classificação de cada
tipo de risco do processo, sendo seu principal objetivo determinar os elementos críticos para o
negócio que poderão ser afetados por falhas ou erros no processo. Na matriz apresentada na
Figura 4, foi utilizada a classificação de probabilidade de acontecimento dos eventos versus a
consequência resultante para o processo, caso o mesmo viesse a ocorrer. Assim utilizou-se a
matriz representada nesta figura
Figura 04 – Matriz de Risco
IX CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 20, 21 e 22 de junho de 2013
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Fonte: Autor, 2013
Para o enquadramento do risco, conforme sua pontuação (probabilidade vezes
consequência) utilizou-se como parâmetro a seguinte classificação: risco menor ou igual a 4
(quatro) o risco é controlável, para risco maior do que 4 (quatro) e igual e menor do que 8
(oito) deverão ser criados formas de monitoramento ou melhorar a gestão sobre o risco
identificado para que sejam evitados danos futuros ao processo. Já para risco maior do que 8
(oito) e igual e menor do que 12 (doze), a ação deverá ser média e de curto prazo, pois caso
contrário o risco poderá se transformar logo em um risco com probabilidade certa de
acontecer e consequências impactantes para o processo. Na última classificação, sendo o risco
maior do que 12 (doze) e igual e menor do que 25 (vinte e cinco) explana de que este item
requer uma ação mediata de tratativa, pois a probabilidade de ocorrência é quase certa e sua
consequência pode ser catastrófica para o processo.
Sendo assim, é necessário de que seja também classificado o risco, com os conceitos de
probabilidade e consequência para que estatisticamente possamos definir qual é o grau de
probabilidade do risco acontecer e se este acontecer qual é o consequência que o mesmo trará
para o processo. Assim informou-se a probabilidade de cada item e multiplicou-se pela
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consequência informada, resultando em uma numeração que foi confrontada com a tabela de
risco confeccionada. O resultado de cada item requer uma tratativa de ação, conforme
apontado no anexo A.
5.4 Tratamento dos riscos do processo - Plano de ação e metas
No plano de ação e metas, estabeleceu-se ações baseadas na classificação dos riscos, ou
seja, definiu-se ações baseadas nos riscos classificados como tratativas de ação mediata ou
mais urgentes de serem resolvidos para que não causassem um descrédito no processo e
pudesse promover o resultado esperado. Aproveitou-se para também definir metas para a
equipe de profissionais que atuou na aplicação deste plano de ação, correlacionadas
evidentemente com as ações propostas para o processo. As metas serão medidas através de
indicadores de desempenho informados na parte inferior do plano. Ao centro do plano de ação
definiu-se ainda quais são as prioridades de solução para cada item da meta, utilizando o
conceito: ação pode afetar a meta (símbolo Y), quer dizer que a não realização da ação no
prazo ajustado poderá ter algum reflexo quanto ao não cumprimento da meta definida; ação
afeta a meta (símbolo O), ou seja, que a ação afeta a meta definida caso não seja realizada nos
na data aprazada e ação afeta diretamente a meta (símbolo X), sendo que se não for concluída
a meta com certeza não será atingida. Com base nos conceitos informados e no modelo de
plano de ação de FALCONI (2004), apresenta-se a Figura 4, que é plano de ação e metas a ser
seguido para este processo.
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Figura 05 – Plano de ação e metas
Fonte: Autor,2013
Com base na aplicação integral do plano de ação e metas as ações propostas foram
atingidas e conseguiu-se reduzir o volume de ocorrências de roubo na região do Vale dos
Sinos, comparando os meses de Janeiro e Fevereiro 2013 ao demais períodos apresentados,
conforme representado pela Figura 6.
Figura 6 – Gráfico de medição de resultados
Fonte: Autor, 2013
A partir da aplicação desta metodologia, aumentou-se satisfatoriamente a possibilidade
de produzir resultados, sendo que através de dos conceitos traduzidos da norma ISO,
conseguiu-se aplicar a gestão e desenvolver critérios para a identificação, classificação e
tratativa do risco.
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O diferencial da aplicação desta metodologia, nas questões de risco, para a tratativa
convencional é ditada pelos resultados que se pretende atingir, pois, com aplicação das tabelas
de gestão é possível identificar a causa raiz e tratá-la ou pelo menos identificar quais são os
riscos críticos de cada processo. Sabendo dos seus riscos com antecedência, a empresa poderá
estar ciente e assumir os seus impactos ou transferi-los. Assim a aplicação desta metodologia
só traz ganho ao processo, pois identifica os gargalos e detalha as suas fases, visando-se
traduzir-se em iniciativas que ao final representam o resultado.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As constantes dificuldades enfrentadas com os riscos da segurança do processo de
entrega de produtos na região do Vale dos Sinos – RGS, fez com que o mercado de segurança
se profissionalizasse cada vez mais e buscasse novas alternativas de combate aos constantes
roubos de produtos ocorridos, pois estes penalizam constantemente as empresas que decidem
expor e vender seus produtos nesta região.
Com base no problema apresentado, o volume de roubo de cargas na região do Vale dos
Sinos – RGS e seguindo os conceitos da norma geral ISO, conseguiu-se diminuir o volume de
roubos na região estudada. Desta forma, ressalta-se a importância do uso do gerenciamento de
riscos em processos críticos, onde é possível minimizar os riscos de perdas e frustrações,
evitando-se custo e tempo desnecessário para as organizações e proporcionando um melhor
desempenho nas suas atividades, aumentando a gestão e comprometimento dos membros com
o resultado a ser gerado.
No plano de ação desenvolvido, conseguiu-se ter uma visão clara e objetiva de todo o
processo, o que permitiu desenvolver com propriedade as ações para o cumprimento das
metas, sendo assim o êxito do projeto foi alcançado e, conseguindo-se trazer mais eficiência e
eficácia operacional e estratégia ao processo de entrega de produtos na região do Vale dos
Sinos - RGS.
7 REFERÊNCIAS
ABNT ISO GUIA 73:2009, Gestão de riscos – Vocabulário.
ABNT/CCE 63:000.01-001, Gestão de riscos – Ago, 2009.
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Anexo A – Tabela de classificação do risco
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