Guerra civil na síria

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CONFLITOS MUNDIAIS ATUAISGuerra Civil na Síria

•Período: 15 de março de 2011 até a atualidade•Local: Síria•Situação: Conflito em andamento, Crise humanitária, Cidades parcial e completamente destruídas.•Causas: Ditadura, Governo corrupto, Desemprego, Conflito sectário.

•Objetivos: Renúncia de Bashar al-Assad, Mudança de regime, Expansão dos direitos civis, Fim do estado de emergência.

A Guerra Civil Síria é um conflito interno em andamento na Síria, que começou como uma série de grandes protestos populares em 26 de janeiro de 2011 e progrediu para revolta armada em 15 de março de 2011, influenciados por outros protestos simultâneos na região.

As manifestações populares por mudanças no governo foram descritas como "sem precedentes“.

Enquanto a oposição alega estar lutando para destituir o presidente Bashar al-Assad do poder para posteriormente instalar uma nova liderança mais democrática no país, o governo sírio diz estar apenas combatendo "terroristas armados que visam desestabilizar o país"

Um manifestante anti-Assad grafitando

na parede de um prédio a frase "Derrubem al-

Assad", em maio de 2011.

Foram iniciados como uma mobilização social e midiática, exigindo maior liberdade de imprensa, direitos humanos e uma nova legislação.

Hafez al-Assad esteve no poder por trinta anos, e seu filho, Bashar al-Assad, tem mantido o poder com mão firme nos últimos dez anos.

O presidente Bashar al-Assad afirmou que seu país está imune a todos os tipos de protestos em massa como os que ocorreram no Cairo, Egito

Os protestos em 18 e 19 de março foram os maiores que ocorreram na Síria em décadas, tendo as autoridades sírias respondido com violência contra os manifestantes.

Em resposta aos protestos, o governo sírio enviou suas tropas para as cidades revoltosas com o objetivo de encerrar a rebelião.

O resultado da repressão e dos enfrentamentos com os protestantes acabou sendo de centenas de mortes, a grande maioria de civis.

Guerrilheiros do Exército Livre da

Síria se deslocando em um caminhão no

interior do país.

Muitos militares se recusaram em obedecer às ordens de suprimir as revoltas e manifestações, e alguns sofreram represálias do governo por isso.

No fim de 2011, soldados desertores e civis armados da oposição formaram o chamado Exército Livre Sírio para iniciar uma luta convencional contra o Estado.

Em 23 de agosto de 2011, a oposição finalmente se uniu em uma única organização representativa formando o chamado Conselho Nacional Sírio

A luta armada então se intensificou, assim como as incursões das tropas do governo em áreas controladas por opositores.

Em 15 de julho de 2012, com grandes combates irrompendo por todo o país, a Cruz Vermelha internacional decidiu classificar o conflito como guerra civil abrindo caminho à aplicação do Direito Humanitário Internacional ao abrigo das convenções de Genebra e à investigação de crimes de guerra.

Segundo a ONU, e outras organizações internacionais, crimes de guerra e contra a humanidade vem sendo perpetrados pelo país por ambos os lados de forma desenfreada.

Desde o início da guerra, as forças leais ao governo foram os principais alvos das denúncias, sendo condenadas internacionalmente por incontáveis massacres de civis.

Como vários outros países do oriente médio, a Síria sofria com retrações econômicas e altos índices de desemprego que chegava a 25% da população.

A situação socio-econômica, como a deterioração do padrão de vida e índices de desemprego altos entre jovens incitaram o descontentamento popular.

Os primeiros grupos de oposição na Síria foram formados em 2005, em protestos contra o regime de Assad. Em 2011, com a implantação de protestos anti-governamentais na Síria, começaram a consolidação de grupos numerosos de oposição.

Os protestos anti-governo se intensificaram em fevereiro de 2011, forçando as autoridades sírias a enviar tropas do Exército e outras forças de segurança para as ruas do país. Água e eletricidade se tornaram escassas nas cidades sitiadas como Daraa, onde as forças do governo supostamente confiscavam os suprimentos da população.

ProtestoPortando cartazes e bandeiras nacionais, o povo protesta contra o governo

Tentativas de cessar-fogo e novos embates

Em 10 de fevereiro de 2012 foi reportado um ataque contra o prédio da inteligência militar síria em Alepo, sendo que 28 pessoas morreram no atentado e outras 235 ficaram feridas.

prédio pegando fogo como resultado dos combates entre

forças pró e contrárias ao

regime.

No dia 25 de outubro, o governo sírio, a pedido da ONU, propôs um fim nas operações militares entre os dias 26 e 29, devido ao festival muçulmano do Eid al-Adha. Alguns grupos rebeldes, contudo, anunciaram que não respeitariam a proposta. Durante as fetividades, combates irromperam por toda a Síria, e as Nações Unidas denunciaram que ambos os lados estavam violando o cessar-fogo proposto.

Em 3 de março de 2013, mais de 200 pessoas (incluindo pelo menos 120 soldados e policiais das forças de segurança do governo) foram mortos em combates no complexo de Khan al-Assal, fazendo deste um dos dias mais sangrentos da guerra.

No dia 15 de março, quando a revolta armada na Síria fez dois anos, milhares de pessoas foram as ruas do país gritando slogans de apoio a oposição e pedindo a renúncia do presidente Bashar al-Assad.

Protestantes pedindo a

renúncia do presidente

Bashar al-Assad.

Entre janeiro e março de 2013, uma série de atentados à bomba, muitos atrubuidos a organização Jabhat al-Nusra, aconteceram por todo o território sírio.

Em 21 de março, em mais um desses ataques, cerca de 41 pessoas foram mortas numa explosão em uma mesquita sunita na capital Damasco.