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INSTITUTO POLITÉCNICO DE VIANA DO CASTELO
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
Curso de Turismo
3º Ano
Gestão de Destinos Turísticos
“Guimarães - Capital Europeia da Cultura 2012”
Discentes:
Ana Escusa, nº 5959
Anabela Teixeira, nº 6227
Alberto Magalhães, nº 6280
Carla Sofia Ribeiro, nº 5967
Carlos Domingues, nº 6161
Lara Loureiro, nº 6225
Ano lectivo: 2009-2010
Docente
Dr. Francisco Sampaio
Viana do Castelo, 20 de Janeiro de 2010
Resumo A Capital Europeia da Cultura em 2012, realizar-se-á na cidade portuguesa de
Guimarães, que face aos seus atributos históricos e culturais, provou tratar-se de um
destino de excelência para a realização de tão importante evento cultural
internacional, que após nove anos, regressa a Portugal (Porto 2001).
Para receber este evento, Guimarães dispõe de uma oferta diversificada de
alojamento e restauração de qualidade. Dada a sua proximidade de grandes centros
urbanos como Braga, Porto, Vila Real e mesmo a Galiza trata-se de um importante
centro de atracção a públicos oriundos destas áreas, beneficiando dos bons acessos
rodoviários e ferroviários e da proximidade do Aeroporto Sá Carneiro (Porto).
A caracterização do evento, da cidade, dos seus espaços mais emblemáticos e a
análise SWOT ao evento e à cidade que o acolhe são alguns dos principais
aspectos a reter neste trabalho. Embora não exista ainda um plano de actividades
de animação definitivo por parte da entidade organizadora da CEC Guimarães 2012,
a Organização tem já previsto um variado leque de actividades que aborda as
diferentes áreas culturais e tem disponível, através do sítio internet deste evento, um
espaço para propostas de animação. Com base neste desafio somos também a
sugerir algumas, como forma de contribuir para o referido evento em Animação
proposta para Guimarães.
Índice
1. Introdução: ........................................................................................................... 1
2. Metodologia: ......................................................................................................... 1
3. Breve resenha histórica de Guimarães: ............................................................... 2
4. Check-up Turístico de Guimarães: ....................................................................... 3
4.1. Alojamento: .......................................................................................................... 3
4.2 Restauração: ........................................................................................................ 4
4.3. Transportes: ......................................................................................................... 5
4.5. Visitantes em Guimarães: .................................................................................... 6
4.6. Sazonalidade: ...................................................................................................... 8
5. Análise SWOT: ..................................................................................................... 9
5.1. Principais conclusões: ........................................................................................ 12
6. Capital Europeia da Cultura: .............................................................................. 15
6.1. Missão e infra-estruturas da Capital Europeia da Cultura de Guimarães: .......... 18
6.2. Impactos: ............................................................................................................ 20
7. Animação Turística desenvolvida em Guimarães: ............................................. 23
8. Animação Proposta para Guimarães: ................................................................ 24
9. Conclusão: ......................................................................................................... 27
10. Referências Bibliográficas: ................................................................................. 28
1
1. Introdução:
Este trabalho surge no seguimento da disciplina de Gestão de Destinos
Turísticos.
Tem como título “Guimarães e a Capital Europeia da Cultura 2012”. Tal como
o título sugere, neste trabalho pretende-se dar a conhecer um pouco acerca da
cidade de Guimarães e, sobretudo, acerca do evento que se irá realizar em 2012 –
Guimarães Capital Europeia da Cultura. A escolha desta cidade para este grandioso
evento deve-se ao facto de Guimarães ser uma cidade cosmopolita, moderna,
servida por bons acessos rodoviários e ferroviários, mas rica em património cultural
conhecida como uma cidade com valiosos antecedentes históricos, sendo
reconhecida como a “cidade berço” por aqui ter nascido o fundador de Portugal
como nação, D. Afonso Henriques, o Primeiro Rei, sabendo conjugar tradição com
inovação. Prevê-se que a Capital Europeia da Cultura 2012 traga ao Norte de
Portugal, e especialmente a Guimarães, um enorme número de visitantes/turistas, o
que significa que será muito positivo a todos os níveis para o nosso país e,
essencialmente, para Guimarães!
2. Metodologia:
Para a elaboração da parte teórica, os métodos a que se recorreu foram
fontes secundárias. As técnicas utilizadas foram sítios na internet, a utilização de
livros editados, panfletos obtidos no posto do Turismo de Guimarães e ainda a
adenda à candidatura de Guimarães á Capital Europeia da Cultura cedida pela Drª.
Ana Bragança, técnicas bastante importantes para a obtenção de informação
complementar.
Desta forma, o trabalho encontra-se dividido em seis partes distintas: na
primeira parte, é apresentada uma breve resenha histórica da cidade de Guimarães;
em segundo lugar, está presente o check-up turístico de Guimarães, incluindo o
alojamento, restauração, os transportes, os visitantes e a sazonalidade; em terceiro
lugar, é referida uma análise SWOT e as suas conclusões; em quarto lugar, está
presente um texto em que abordará o que irá ser a Capital Europeia da Cultura e os
2
seus impactos; em quinto lugar é mencionada a animação turística existente na
cidade de Guimarães; e, finalmente, são referidas propostas para animação em
Guimarães.
3. Breve resenha histórica de Guimarães:
Quando se fala da cidade de Guimarães associa-se logo à fundação da
nacionalidade e identidade portuguesa. Diz-se que esta cidade é considerada o
Berço da Nação, onde se pode comprovar com a expressão “Aqui nasceu Portugal”,
que se encontra visível na parede de um edifico do centro histórico de Guimarães. É
conhecida, também, como Cidade Berço, devido ao facto de aí ter sido estabelecido
o centro administrativo do Condado Portucalense por D. Henrique e por seu filho D.
Afonso Henriques, que se viria a tornar o primeiro rei de Portugal em 1143.
A Batalha de São Mamede foi, também, um marco importante nesta cidade,
pois foi travada uma batalha na periferia da cidade que deu a independência a
Portugal, daí dizer-se “Aqui nasceu Portugal”.
Esta cidade nortenha tem raízes no longínquo século X, altura da Idade
Média. “Foi nesta altura que a Condessa Mumadona Dias, viúva de Hermenegildo
Mendes mandou construir um mosteiro, que se tornou num pólo de atracção e deu
origem à fixação de um grupo populacional. Paralelamente e para defesa do
aglomerado, Mumadona construiu um castelo a pouca distância, na colina, criando
assim um segundo ponto de fixação. A ligar os dois núcleos formou-se a Rua de
Santa Maria.
Posteriormente o Mosteiro transformou-se em Colegiada e adquiriu grande
importância devido aos privilégios e doações que reis e nobres lhe foram
concedendo.
(...)
A vila foi-se expandindo e organizando, sendo então rodeada por uma
muralha defensiva. Entretanto as ordens mendicantes instalam-se em Guimarães e
ajudam a moldar a fisionomia da cidade.
Posteriormente, os dois pólos fundem-se num único e após o século XV a
cidade intramuros já pouco mudará. Haverá ainda a construção de algumas igrejas,
conventos e palácios, a formação do Largo da Misericórdia (actual Largo João
3
Franco) em finais do século XVII e inícios do XVIII, mas a sua estrutura não sofrerá
grande transformação. Será a partir de finais do século XIX, com as novas ideias
urbanísticas de higiene e simetria, que a vila, elevada a cidade em 1853 pela Rainha
D. Maria II, irá sofrer a sua maior mudança. Será autorizado e fomentado o derrube
das muralhas, serão construídos os Largos do Carmo (hoje Largo de Martins
Sarmento) e Condessa do Juncal, haverá a abertura de ruas e grandes avenidas e
posteriormente a parquização da Colina da Fundação e a abertura da Alameda.
No entanto, quase tudo foi feito de um modo controlado, permitindo assim a
conservação do seu magnífico Centro Histórico.”1 O Centro Histórico de Guimarães
é desde Dezembro de 2001 Património Mundial da UNESCO.
4. Check-up Turístico de Guimarães:
4.1. Alojamento:
A capacidade turística é um aspecto importante a avaliar para determinar a
situação do turismo, pois é necessário que haja alojamento para os turistas/
visitantes na cidade de Guimarães, sendo assim, o alojamento em Guimarães pode
ser: “Pousada de Sta. Marinha; Pousada da Oliveira (Charme); Hotel de
Guimarães****; Hotel Residencial Toural****; Hotel Residencial Villa Guimarães****;
Hotel da Falperra****; Hotel Residencial Fundador ***; Hotel das Taipas; Hotel Ibis
Guimarães ***; Albergaria Residencial Palmeiras; Pensão Residencial das Trinas
(2ª); Pensão Residencial S. Mamede (2ª); Pensão Residencial Vila Marita (2ª),
Pensão Residencial do Paço (3ª); Pensão Residencial Mestre de Avis (3ª);
Residência D. João IV; Pousada da Juventude de Guimarães; Casa de Sezim (TH);
Paço de S. Cipriano (TH); Casa dos Pombais (TH; Quinta das Corujeiras (TR);
Quinta de Cima de Eiriz (TR); Quinta da Moreira de Baixo (Casa de Campo; Moradia
Turística “Solar de Aldão””.2
1 S.a.; (acedido em Outubro de 2009); Introdução Histórica [On-Line] disponível em:
http://www.guimaraesturismo.com/files/3/documentos/20090331170703391993.pdf
2 S.a.; (acedido em Outubro de 2009); Alojamento – Capacidade hoteleira de Guimarães; [on-line]; disponível
em: http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx
4
Para uma análise mais completa do fenómeno da procura, é fundamental
conhecer números relativos às taxas de ocupação na hotelaria.
Ilustração 1: Média anual ocupação-quarto
Fonte: http://www.guimaraesturismo.com/files/3/documentos/20090520110609316811.pdf
Pode-se verificar que a ocupação hoteleira não acompanhou a evolução
positiva do número de visitantes. O ano de 2008 registou uma diminuição de
aumento de 2.8 pontos percentuais relativamente ao ano anterior, contudo, estes
valores de 2008 não comprometem uma tendência geral de subida dos últimos anos.
Os turistas/visitantes “permanecem uma noite (…) duas noites (…) mais de 3
noites. Assim, verifica-se que o concelho tem alguma capacidade de reter e
acomodar turistas, por períodos de curta/média duração”.3
4.2 Restauração:
Portugal é desde há muito referenciado pelo carácter hospitaleiro das suas
gentes, pelo seu Património e pelos atributos climáticos que oferece a todos quantos
os visitam. Mas, aquilo que verdadeiramente confere ao nosso país é a qualidade e
diversidade da gastronomia.
De acordo com a carta gastronómica, em Guimarães, pode-se evidenciar
como principais restaurantes e principais receitas: “Adega dos Cavaquinhos (Rojões
com ossinhos, Feijão de Chispe e Tripas); Batista (Massa à Lavrador com filetes de
polvo, Formigos e Vitela Assada); Carreira (Arroz de feijão com bacalhau frito, Aletria
e Feijão vermelho com Chispe); Casa de Sezim (Bacalhau à Ti João Paulo, Lombo
de porco com laranja e Espargos com Filetes de Pescada à Casa de Sezim); Clube
3 S.a.; (acedido em Outubro de 2009); Boletim informativo; [on-line]; disponível em:
http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx
5
industrial de Pevidém (Cabrito na Brasa, Bacalhau à Clube e Pescada à Marinheiro);
Dan José (Bacalhau com broa, Polvo à antiga e Ensopado de cabrito); Doce parque
(Cabrito assado à lavrador, Rolo d´Avô e Arroz de Polvo (filetes)); D. Mafalda
(Pousada Sta. Marinha) (Pato assado com enchidos, Toucinho do Céu e Sopa rica
com tosta de pasta de rojões); El Rei D. Afonso (Bacalhau à Mistério, Pudim de
Ovos e Polvo à lagareiro); Fentelas (Galo de cabidela, Arroz de feijão com
pataniscas e Bacalhau recheado); Florencio (Arroz de coelho de cabidela, Sopa de
nabos e Bucho Recheado); Nora do Zé da curva (Bacalhau à D. Carlos, Pudim
caseiro e Massa à Lavrador); Pousada Sra. Oliveira (Lagarada de Polvo, Coelho à
Fundador com espumante tinto e Cabrito frito com migas verdes); Quinta de
Castelães (Bacalhau à antiga, Cabrito mamão à Castelães e Tacãozinho de Boi
barrosão na brasa) ”.4
Gastronomia e Vinhos é uma forma de realizar turismo para os amantes
destas duas modalidades: “Viagens organizadas à volta da variedade e qualidade do
património gastronómico e enológico de um destino. A principal motivação deste tipo
de viagens é a vivência de experiências relacionadas com o conhecimento dos
processos de produção e da degustação dos diversos produtos de gastronomia e do
vinho”.5
4.3. Transportes:
Guimarães é, administrativamente, um concelho composto por 69 freguesias.
(…) As vias de acesso mais directas, para quem pretende deslocar-se a Guimarães,
são as vias rodoviárias e ferroviária.
Utilizando a actual rede de auto-estradas, de Guimarães chega-se ao Porto
em aproximadamente 30 minutos (A7 e A3), a Braga em 15 minutos (A11), a Vigo
em 90 minutos (A7 e A3) e a Lisboa em 180 minutos (A3, A7 e A1).
Existem várias empresas rodoviárias que efectuam ligações, directas e/ou
não directas, entre qualquer ponto de Portugal e Guimarães.
4 Sampaio, Francisco (org.); (2007); Carta Gastronómica de Guimarães; Guimarães; Confraria dos Gastrónomos
do Minho.
5 Turismo de Portugal; (acedido em Outubro de 2009); City Breaks; [on-line]; disponível em:
http://www.turismodeportugal.pt/Portugu%C3%AAs/Proturismo/ProdutoseDestinosTuristicos/ProdutosTuristicos/
CityBreaks/Anexos/CITY%20BREAKS.pdf
6
A ligação ferroviária faz-se através da linha electrificada, a partir da qual são
estabelecidas várias ligações directas e/ou não directas entre vários destinos, e que
permite que a deslocação entre Guimarães/Porto, e vice-versa, demore
aproximadamente 60 minutos.
O aeroporto mais próximo de Guimarães é o aeroporto Francisco Sá
Carneiro, no Porto, que dista cerca de 50 km de Guimarães”.6
Em Guimarães também existe um teleférico, permite a ligação do centro da
cidade até à Penha, sendo este, único na região Norte: “Único na região norte, este
Teleférico proporciona uma viagem de 1.700m., vencendo uma altitude de 400m. em
apenas alguns minutos. Bem no centro de Guimarães, com óptimos acessos e
parque de estacionamento para ligeiros e autocarros, o Teleférico transforma uma
visita a Guimarães num momento inesquecível”.7
4.5. Visitantes em Guimarães:
“O norte de Portugal deverá ser uma das regiões de maior crescimento
turístico no país, através de um processo de desenvolvimento sustentável baseado
na qualificação, na excelência e na competitividade e inovação da sua oferta
turística, transformando o turismo como um factor de desenvolvimento e
diversificação da economia regional”.8
A cidade de Guimarães é um destino turístico com projecção nacional e
internacional pelas razões de se considerada “cidade berço”; ter estatuto de
Património Cultural da Humanidade e em 2012 irá ser Capital europeia da Cultura.
6 S.a.; (acedido em Dezembro de 2009); Como chegar a Guimarães; [on-line]; disponível em:
http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx
7 S.a.; (acedido em Dezembro de 2009); Teleférico de Guimarães; [on-line]; disponível em:
http://www.guimaraesturismo.com/PageGen.aspx 8 Aavv; (2008); Plano de acção para o Desenvolvimento Turístico do Norte de Portugal; Edição: Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do norte e Ministério do ambiente, do ordenamento do território e do
desenvolvimento regional
7
Ilustração2: Totais e Variações de turistas por nacionalidades
Fonte: http://www.guimaraesturismo.com/files/3/documentos/20090520110609316811.pdf
Numa análise aos valores do total de visitantes, por países de origem
constata-se que Portugal, Espanha e França ocupam, desde 2004, os primeiros
lugares de nacionalidades que integram os registos dos Posto de Turismo. Espanha,
com 30% do total, afirma-se como o principal mercado emissor, uma tendência dos
últimos anos, mantendo o primeiro lugar, seguido de Portugueses e Franceses, com
19% e 16%, respectivamente, do total. Estas três nacionalidades representaram em
2008, 65% do total de visitantes aos Postos de Turismo. Merece destaque a 4º
posição do mercado brasileiro que tem tido um crescimento contínuo nos últimos
anos cabendo-lhe já 6% do total dos visitantes aos Postos de Turismo.
“Guimarães (…) mantém as suas tradições, as suas raízes e identidade como
ninguém (…). É este aspecto que a torna diferente da maior parte das outras
cidades, dos outros centros históricos (…) Guimarães reconhece que a classificação
da UNESCO como Património Mundial dá-lhe projecção e notoriedade na área de
turismo, de lazer, gourmet, Touring cultural e paisagístico, MICE (Reuniões,
Incentivos, Congressos e Eventos) (…). Guimarães vai ser Capital Europeia da
cultura 2012 e já se sente o pulsar da cidade com vista ao aproveitamento integral
desta efeméride”.9
9Sampaio, Francisco; Gil, Francisco J.; (2007); Rotas pelas cidades do Eixo Atlântico e seus arredores; 1ª
edição; s.l.; Editora: Nigratrea.
8
4.6. Sazonalidade: Guimarães sofre do efeito da sazonalidade, um dos maiores dilemas do
turismo mundial e para o qual a generalidade dos responsáveis pelo turismo tenta
encontrar soluções. Observando o gráfico facilmente se constata que o turismo na
cidade sofre de sazonalidade, com picos de procura nos meses de Verão,
principalmente Agosto, e quebras nos meses de Inverno. Se repararmos no gráfico,
observa-se que, no total do período em análise, os meses de Junho, Julho, Agosto e
Setembro, os tradicionais meses de verão, são sistematicamente os que registam
maior número de visitantes. Segundo Cachada: “São muitos os visitantes que, nos
meses de verão e sobretudo durante as Festas Gualterianas, chegam a Guimarães
vindos de todas as partes (…) o visitante que se embrenha no interior da cidade
muralhada tem logo uma primeira impressão de surpresa ao descobrir em cada
esquina, rua ou praça, elementos construtivos de rara beleza arquitectónica.”10
10
Cachada, Armindo; (1992); Guimarães - Roteiro Turístico; Guimarães; Editora: Zona de Turismo de
Guimarães.
Ilustração 3: Sazonalidade de Visitantes aos Postos de Turismo
Fonte: http://www.guimaraesturismo.com/files/3/documentos/20090520110609316811.pdf
Fonte: http://www.guimaraesturismo.com/files/3/documentos/20090520110609316811.pdf
9
“Como todos sabemos, Guimarães é, hoje Património Cultural da
Humanidade, porque foi capaz de se reconstruir como uma urbe exemplar, que
soube manter o carácter urbano a par de um museu vivo, rico de história e de
património, sem fragilizar equilíbrios entre pessoas e tradições e soube promover o
desenvolvimento sem apagar as marcas da história”.11
5. Análise SWOT: A Análise SWOT é uma ferramenta de gestão fundamental para o diagnóstico
estratégico. O termo SWOT é composto pelas iniciais das palavras Strenghts
(Pontos Fortes), Weaknesses (Pontos Fracos), Opportunities (Oportunidades) e
Threats (Ameaças).
Segundo o Plano de Desenvolvimento Turístico do Norte de Portugal e, de
acordo, com o trabalho e pesquisa efectuados, pode-se considerar alguns Pontos
Fortes; Pontos Fracos; Oportunidades e Ameaças.
Após determinarmos estes elementos será possível delinear estratégias para
potenciar o destino Guimarães.
Pontos Fortes:
S1 - “Vasto e rico Património Histórico – Cultural e arqueológico;
S2 - Cultura Popular;
S3 - Cidade com oferta de estâncias termais;
S4 - Boas acessibilidades Norte/Sul;
S5 - Proximidade com aeroporto Francisco Sá Carneiro;
S6 - Região segura”.12
S7 - Ligação de Guimarães à história de Portugal: “cidade-berço”
S8 - Centro histórico classificado como Património Mundial pela UNESCO
S9 - Aumento da oferta a nível de alojamento
11
Sampaio, Francisco (org.); (2005); XVI Congresso de Gastronomia do Minho – IV Congresso Luso-Galaico;
Viana do Castelo; Confraria dos Gastrónomos do Minho.
12 Aavv; (2008); Plano de acção para o Desenvolvimento Turístico do Norte de Portugal; Edição: Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do norte e Ministério do ambiente, do ordenamento do território e do
desenvolvimento regional.
10
S10 - Existência de infra-estruturas culturais, desportivas e de congressos
com interesse turístico
S11 - Estádio do Vitória de Guimarães, Multiusos de Guimarães, Centro
Cultural de Vila Flor, Teleférico da Penha, entre outros equipamentos
S12 - Existência de diversificado património cultural e natural em todo o
concelho: Citânia de Briteiros, Monte da Penha, solares, igrejas, etc.
S13 - Boas acessibilidades: ligação às Auto-Estradas A7 e A11
S14 - Hospitalidade
Pontos Fracos:
W1 - “Incapacidade de fixação de visitantes;
W2 - Déficit de imagem e de notoriedade nos mercados internacionais;
W3 - Algumas fragilidades ao nível das acessibilidades intra-regionais, da
sinalização turística e do ordenamento paisagístico;
W4 - Fragilidades ao nível da animação turística e da promoção de eventos;
W5 - Actividade de incoming/receptiva ainda pouco desenvolvida”.13
W6 - Os horários de equipamentos e recursos turísticos são pouco flexíveis;
W7 - Fraca capacidade de fixação dos turistas na cidade;
W8 - Diminuição das dormidas provenientes do segmento de turismo de
negócios;
W9 - Fluxos de visitação circunscritos ao percurso Paço dos Duques +
Castelo + Centro histórico;
W10 - Pouca utilização turística de recursos com relevante interesse - Museu
Alberto Sampaio, Museu Arqueológico Sociedade Martins Sarmento,
Teleférico, Monte da Penha, Citânia de Briteiros, entre outros;
W11 – Sazonalidade.
13
Aavv; (2008); Plano de acção para o Desenvolvimento Turístico do Norte de Portugal; Edição: Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do norte e Ministério do ambiente, do ordenamento do território e do
desenvolvimento regional.
11
Oportunidades:
O1 - Prevê-se um crescimento sustentado para a indústria turística nos
próximos 20 anos;
O2- Emergência de novos padrões de consumo e motivações, privilegiando
destinos que ofereçam experiências diversificadas e com elevado grau de
autenticidade;
O3 - Acréscimo de competitividade do negócio turístico na região;
O4 - Rotas e circuitos turísticos;
O5 - Possibilidade de maior articulação dos investimentos turísticos públicos/
privados;
O6 - Próximo período de programação de fundos estruturais e de coesão;
O7 - Aeroporto Francisco Sá Carneiro em expansão e surgimento de novas
companhias aéreas.”14
O8- Aproveitamento da visibilidade de Guimarães enquanto palco de eventos
(Capital da Cultura 2012, diversos congressos, eventos desportivos, etc.);
O9 - Efeito positivo nos fluxos turísticos nas cidades “Património Mundial”,
nomeadamente Guimarães;
O10 - Aumento dos fluxos turísticos resultantes das operações “Low-Cost”
O11- Melhoria das acessibilidades rodoviárias;
O12 - Dinamização de novos produtos (ex. Congressos);
Ameaças:
T1 - “Dificuldade de afirmação e desenvolvimento de Portugal, enquanto
mercado europeu;
T2-Perda de competitividade relativamente a destinos/regiões concorrenciais;
T3 - Persistência dos principais problemas de encravamento;
T4 - Perda de oportunidade de investimento para outras regiões”.15
14
Aavv; (2008); Plano de acção para o Desenvolvimento Turístico do Norte de Portugal; Edição: Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do norte e Ministério do ambiente, do ordenamento do território e do
desenvolvimento regional.
12
T5 - Crise do sector industrial do Vale do Ave - aumento do desemprego,
agravamento das condições socioeconómicas das populações;
T6 - Forte concorrência da capacidade hoteleira do Porto e Braga;
T7 - Concentração de facilidades no Porto (aeroporto, hotéis, infra-estruturas,
…), o que pode prejudicar a vinda de turistas/visitantes para Guimarães;
T8 - Declínio do comércio tradicional da Cidade de Berço.
5.1. Principais conclusões: Encontrados que estão os pontos fortes e fracos, as oportunidades e as
ameaças, vamos agora cruzar estas informações para chegar a algumas conclusões
e definir estratégias de desenvolvimento de Guimarães.
15
Aavv; (2008); Plano de acção para o Desenvolvimento Turístico do Norte de Portugal; Edição: Comissão de
Coordenação e Desenvolvimento Regional do norte e Ministério do ambiente, do ordenamento do território e do
desenvolvimento regional.
Oportunidades Ameaças
Pontos
Fortes
S1/S10/S11/S12 – O4/09
S2/S3 – O2
S4/S5/S13 – O6/O7/O10/O11
S8 – O8
S9/S10 – O12
S1/S7/S8 – T1
S10/S11/S12 – T7
S9 – T6
Pontos
Fracos
W3/W4 – O5/O6
W9/W10 – O4
W5/W6/W7/W8 – O1/O8/O9/O12
W6 – O9
W11 – O8; O9
W2 – T1/T2/T4/T6/T7
W1/W8 – T6/T7
13
Quanto aos pontos fortes, a existência de um enorme e rico património
cultural, podem ser utilizados para criar roteiros turísticos que façam com que os
turistas/visitantes possam visita-los. Também a cultura popular e as estâncias
termais são pontos fortes que caracterizam Guimarães, e cada vez mais, há a
emergência de novos padrões de consumo e motivações, privilegiando destinos que
ofereçam experiências diversificadas e com elevado grau de autenticidade. O Berço
da Nação é, também, uma cidade popular, onde se realizam imensas festas e
romarias. O facto de existir nas Caldas das Taipas, Termas, é considerado um ponto
forte para o município de Guimarães, pois atrai imensos turistas/visitantes que
estejam ligados a turismo de saúde e bem-estar.
O facto de esta ter sido classificada pela UNESCO como património mundial,
o que trouxe efeitos positivos nos fluxos turísticos e, também, ter sido nomeada para
a Capital da Cultura 2012, só trará imensos benefícios para a Cidade de Berço. A
existência de infra-estruturas culturais, desportivas e de congressos com interesse
turístico pode fazer com que haja dinamização de novos produtos (ex. Congressos).
Outro ponto forte é as boas acessibilidades: ligação às Auto-Estradas A7 e
A11 e proximidade do aeroporto Sá Carneiro (cerca 30 min.) que podem ainda ser
melhoradas com melhoria das acessibilidades rodoviárias, para que haja mais
facilidades de circulação e ainda, aumento do número de turistas por causa dos
voos “Low-Cost”. A juntar isto, verifica-se que todo o Norte de Portugal, incluindo a
Cidade de Berço, tem boas acessibilidades e ligações com todo o resto de Portugal,
a proximidade com o aeroporto Francisco Sá Carneiro e o surgimento de novas
companhias aéreas é importante devido aos fundos estruturais e de coesão para
expandi-lo e melhora-lo.
A Cidade de Berço não tem só pontos fortes, mas também fracos, uma vez
que os horários dos museus e dos equipamentos turísticos não serem muito
flexíveis, o que terá se de alterar dado os efeitos positivos que trazem os fluxos
turísticos. A juntar a isto, verificam-se outras carências que a cidade tem,
nomeadamente, a diminuição das dormidas provenientes do segmento de turismo
de negócios, que terá de ser contornado com a dinamização de novos produtos (ex.
Congressos).
Relativamente, ainda aos pontos fracos o que se pode salientar é o facto do
mercado nortenho não ser tão reconhecido a nível internacional. Talvez a promoção
14
deste destino fosse uma mais-valia para o Norte. Também é de salientar fragilidades
ao nível da animação turística e da promoção de eventos, que podem ser
controlados com uma maior articulação dos investimentos turísticos públicos/
privados, contudo e por vezes, as burocracias são tantas que se perde
investimentos para outras regiões e também resolvidos com fundos estruturais e de
coesão.
Outros Pontos Fracos são os Fluxos de visitação circunscritos ao percurso
Paço dos Duques + Castelo + Centro histórico e a pouca utilização turística de
recursos com relevante interesse - Museu Alberto Sampaio, Museu Arqueológico
Sociedade Martins Sarmento, Teleférico, Monte da Penha, Citânia de Briteiros, entre
outros que podem ser ultrapassados com roteiros e circuitos turísticos, de maneira, a
que todos os locais de interesse turístico sejam visitados.
O Déficit de imagem e de notoriedade nos mercados internacionais é um
Ponto Fraco que faz com que, turistas/visitantes não procurem Guimarães com tanta
frequência, também porque há uma grande concentração de facilidades no Porto e
em Braga, o que pode prejudicar a vinda de turistas/visitantes para Guimarães.
A Sazonalidade é um grave problema que afecta os destinos turísticos, e
sendo ele, um ponto fraco para Guimarães é necessário aproveitar a visibilidade de
Guimarães enquanto palco de eventos (Capital da Cultura 2012, diversos
congressos, eventos desportivos, etc.) e também o efeito positivo nos fluxos
turísticos nas cidades “Património Mundial”, como exemplo da cidade de Guimarães,
para promover e cativar turistas/visitantes a virem a Guimarães.
Pode-se considerar como ameaças as cidades de Braga e Porto como sendo
fortes concorrentes à Cidade de Berço, pois são bastante ricas em património e,
também, a nível de oferta de alojamento, pois, possuem muita mais escolha a nível
de hotéis, entre outros tipos de alojamento, uma vez que, há uma fraca capacidade
de fixação dos turistas na cidade de Guimarães. Guimarães podia aproveitar muito
melhor os recursos e os equipamentos turísticos que tem, pois seria uma mais-valia
para a cidade e traria mais turistas caso este município fosse mais promovido a nível
internacional.
Guimarães deveria ainda, aproveitar todas as infra-estruturas culturais,
desportivas e de congressos com interesse turístico, entre outros equipamentos e a
existência de diversificado património cultural e natural em todo o concelho para
15
promover a município para todos os turistas/visitantes e combater a concorrência
que se faz sentir por Porto e por Braga. É de aproveitar também o aumento da oferta
a nível de alojamento para dinamizar novos produtos (ex. Congressos).
De acordo com esta análise SWOT, podemos afirmar que a cidade de
Guimarães é um destino com imensos recursos que podem cativar os turistas.
Contudo, também é visível que há alguns aspectos que devem ser melhorados, para
assim aumentar a atractividade de Guimarães, não só para o evento da Capital
Europeia da Cultura 2012, mas para o futuro em geral, tornando-o assim um destino
de eleição.
6. Capital Europeia da Cultura:
Guimarães irá ser a Capital Europeia da Cultura em 2012. Este é um evento
muito importante para a cidade de Guimarães, mas também para o Norte de
Portugal. Antes de falarmos no caso concreto de Guimarães como Capital Europeia
da Cultura vamos primeiramente rever um pouco da História desta iniciativa
A Capital Europeia da Cultura foi uma iniciativa da Ministra Grega Melina
Mercouri e foi lançada em Atenas em 1985, como uma iniciativa intergovernamental.
Foi criada com o objectivo de valorizar a riqueza e a diversidade das culturas
europeias, assim como as características comuns, e contribuir para um maior
conhecimento mútuo dos cidadãos europeus.16
Guimarães 2012 quer ser uma iniciativa que pretende transformar a cidade
economicamente, socialmente e a nível urbano. Esta iniciativa será uma referência
na Europa, pois é uma região onde a criatividade e o conhecimento serão as forças
motrizes. É nesta perspectiva que ganham sentido os princípios fundadores
definidos para Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012.
Segundo a revista Publituris: “The application was presented and has been approved by the Council of Ministers of Culture of the European Union on May 12th 2009, and it took into consideration the positive aspects of Guimarães namely the extraordinary heritage, the entrepreneurial spirit of the people, all this supported by a strong feeling of belonging and identification with the city, the historic and symbolic role, the strategic location, the dimension, the strategic relevance of Minho University, a population where 50% of the residents are aged under 30. The European Capital of Culture is an extraordinary opportunity to have the effort put into
16
S.A. (Acedido em 26-12-2009) Capitais Europeias da Cultura, disponível em:
http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=3798
16
the investment in culture, knowledge and technology over the last few years potentiated and sustained, and it will be a turning point that will strengthen the renovation of the city, not only the urban renovation but also the economic and social renovation, thus transforming Guimarães in a creative city important in the European context. (…). As for tourism, Guimarães 2012 is an excellent opportunity to transform Guimarães into a creative tourist destination known all over Europe. For that reason we wish to mobilize the local and regional players, to stimulate a more extensive approach of the cultural tourism concept, offering tourists a creative relation with the city, its culture and residents, develop innovating tools for interpreting and providing tourist information, to implement a multidimensional communication strategy and to broaden the tourist offer, qualifying and broadening the attractions, the services and facilities and also improving the already high quality hospitality level. We have to be prepared for a significant increase of the number of visitors, similarly to what happened in other cities”.
17
É desejável que a iniciativa, as estruturas e capacidades criadas neste âmbito
sejam utilizadas como base para uma estratégia de desenvolvimento cultural
sustentável nas cidades em questão, garantindo os efeitos a longo prazo da
manifestação "Capital Europeia da Cultura". Esta iniciativa não está limitada às
capitais dos países Europeus, mas sim às outras cidades, promovendo assim um
maior desenvolvimento regional, e por consequente, um maior desenvolvimento
nacional.18
A manifestação "Capital Europeia da Cultura" era designada até 1999 por
"Cidade Europeia da Cultura", ano em que o Conselho de Ministros e o Parlamento
Europeu decidem mudar o nome. O título "Capital Europeia da Cultura" só pode ser
atribuído pelo Conselho de Ministros da União Europeia. Actualmente, podem ser
designadas "Capital Europeia da Cultura":
Uma cidade de um Estado-Membro da UE, seguindo uma ordem prevista;
Uma cidade indicada por um país terceiro europeu.19
A visão da Capital Europeia da Cultura estabelece que cada cidade organize
um programa de manifestações culturais que valorize a sua cultura e o seu
património cultural próprios, bem como o seu lugar no património cultural comum, e
associem agentes culturais de outros países europeus, com o fim de estabelecer
uma cooperação duradoura.20
17
S.a.; 2009; “The European Capital of Culture 2012”; Publituris; edição número 156; pp. 54 a 56.
18 Idem
19 S.a.; 2009; “The European Capital of Culture 2012”; Publituris; edição número 156; pp. 54 a 56.
20 S.A. (Acedido em 26-12-2009) Capitais Europeias da Cultura, disponível em:
http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=3798
17
Das actividades propostas que se vão desenvolver pode-se mencionar:
“Exposições:
· Citânia de Briteiros, Exposição de castros da Península Ibérica;
· Exposição de Arte Sacra, proveniente de diferentes museus da Península Ibérica;
· Memória reconstruída e reinterpretada do bairro de Couros, encomenda de uma
intervenção artística à Companhia Complex Kapharnaum;
· Living Memories, convite dirigido ao consagrado fotógrafo italiano Oliviero Toscani;
Linguagem e Identidades:
· Encomenda de um projecto artístico à Companhia La Fura dels Baús, que
trabalhará a partir dos conceitos da memória e do encontro cultural, tendo como
suporte as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo;
· Projecto Multimédia, acerca dos precursores europeus no Extreme Oriente,
designado como “Primeiros Heróis de um Mundo Global”;
Recriação da Batalha de S. Mamede, envolvendo toda a população,
voluntários e visitantes para assistirem a uma verdadeira batalha;
O Rei Gigante, Encomenda à Companhia Royal Deluxe para criação de um
espectáculo de rua;
2012 Gates:
· Festival Artes Digitais;
· Bienal de Design;
· Interactividade Outdoor;
Univer Cidade 2012:
· Projecto de Voluntariado;
· Univer Cidade Nómada;
· Workshops de artes;
· Summer school.
18
Cerimónia de abertura: na noite de passagem do ano 2011 para 2012, um
imponente espectáculo de luzes, som e cores dará forma à ideia de criação
da vida;
Cerimónia de encerramento: Produção de um enorme espectáculo de luz e
fogo de Gert Hof Productions;
Pinheiro: Robustecimento de uma antiga tradição de Guimarães;
Velas – Comemoração do Património Mundial: É um projecto que tem
como intenção celebrar o orgulho e alegria partilhada pelos habitantes de
Guimarães através do acto simbólico de colocação da vela na frente de cada
casa da cidade, neste dia memorável;
Repicar 24 de Junho: No final da batalha de S. Mamede toda a população
celebrará a vitória;
Espectáculo musical protagonizado pelos Coldplay”.21
O financiamento para todas as actividades, eventos e requalificações advêm,
em parte, da União Europeia. Até 2009 este financiamento era de cerca de 1,5
milhões de euros por capital. A partir de 2010 será atribuído às Cidades Europeias
da Cultura um prémio, em honra de Melina Mercouri, em vez de um subsídio.22
Outras da entidades que comparticipam para a Capital Europeia da Cultura são os
organismos locais, como as Câmaras Municipais, e o Ministério da Cultura.
6.1. Missão e infra-estruturas da Capital Europeia da Cultura de Guimarães:
“Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012 será concretizada através de
um significativo processo de regeneração e de qualificação urbana, da construção
de novas infra-estruturas e de equipamentos, do fortalecimento de redes de parceria
e de trabalho conjunto entre criativos e actores urbanos e socioeconómicos, de uma
programação cultural cativante e de prestígio mas, acima de tudo, na plena
participação das pessoas e na qualificação do envolvimento comunitário,
21 Guimarães; Identidade e Inovação – Construção ao longo do tempo; Adenda à Candidatura de Guimarães á
Capital Europeia da Cultura 2012. 22
S.A. (Acedido em 26-12-2009) Capitais Europeias da Cultura, disponível em:
http://www.eurocid.pt/pls/wsd/wsdwcot0.detalhe?p_cot_id=3798
19
potenciando assim as mais vivas formas de criação de novas memórias para
projecção de um novo futuro – para Guimarães e para a Europa (…) Prevê-se que o
programa de Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012 produza uma melhoria do
tecido cultural da cidade, contemporaneidade e internacionalização, imaginando e
criando novas memórias”.23
“As infra-estruturas a construir incidem sobretudo: Monte Latito; Requalificação de espaços públicos urbanos: Toural, Alameda e Rua de Santo António; Veiga de Creixomil; Requalificação do antigo Mercado Municipal.
O designado Monte Latito é constituído pelo Castelo de Guimarães, a Capela de São Miguel, o Paço dos Duques de Bragança e todo a área envolvente, conhecida como colina histórica (…) os objectivos consistem em reabilitar e modernizar o edificado e a área envolvente do designado Monte Latito; Garantir um acolhimento qualificado dos visitantes; Implementar acções de interacção com o utilizador, comunicando a importância deste conjunto para a História nacional e local. (…) Com a implementação deste projecto pretende-se requalificar e dinamizar um importante conjunto do espaço público vimaranense, constituído pelo Largo do Toural, a Alameda de São Dâmaso e a Rua de Santo António. Trata-se de uma operação de requalificação do espaço público de forma a possibilitar o seu uso mais intenso e contínuo por parte da população e dos utilizadores da cidade, a tematização das actividades em função dos espaços específicos (o comércio na rua de Santo António, o simbolismo do largo do Toural, o lazer na alameda de São Dâmaso) e o alargamento das áreas e vias pedonalizadas. Assim, pretende-se formalizar uma grande praça central, caracterizada por um grande espaço que será, por definição multifuncional, constituindo o grande centro cívico da cidade. Será um espaço de encontro, de passagem, de permanência, das mais diversas actividades, com esplanadas, cafés e comércio. (…) O elevado potencial ecológico e urbanístico da designada Veiga de Creixomil, que encerra em si mesmo, a reunião de um conjunto de factores que se apresentam mais-valias relevantes para a sua utilização pública, (um conjunto de equipamentos – multiusos, piscinas, escola, hospital, pista de atletismo, um conjunto de percursos pedonais, um conjunto de linhas de água, e uma unidade espacial reconhecível e identitária), justificam a intenção de, neste território, se criar um grande espaço verde, de forte componente natural e ambiental mas, em simultâneo, um grande espaço usufruível pela população, interagindo com a actividade agrícola, aproveitando os percursos pedonais já marcados no solo e o necessário ligante para uma cidade que cresce a poente. Pretende-se assim, qualificar a Veiga de Creixomil como um parque urbano singular, de carácter lúdico pedagógico, que visa concretizar percursos pedonais e cicláveis, criar novos espaços e estar e de lazer, construir equipamentos de apoio ao lazer e conhecimento. (…) Projecto que visa a requalificação do Mercado Municipal, construído nos anos quarenta e de reconhecido interesse arquitectónico. Este investimento complementa o esforço de qualificação dos espaços públicos. Criar-se-ão condições para a oferta de um comércio qualificado, distinto e de proximidade, que incluirá espaços de restauração, e terá uma forte ligação à Casa da Memória. Este espaço congregará cultura, lazer e serviços num edifício transformado num novo espaço público com novas valências”
24.
23
Guimarães; Identidade e Inovação – Construção ao longo do tempo; Adenda à Candidatura de Guimarães á Capital Europeia da Cultura 2012. 24 Guimarães; Identidade e Inovação – Construção ao longo do tempo; Adenda à Candidatura de Guimarães á
Capital Europeia da Cultura 2012.
20
6.2. Impactos:
Com todos estes investimentos e expectativas, é importante saber se este é
um evento que traz mais-valias aos destinos. Uma vez que este é um evento que já
se realiza há 24 anos não é difícil chegar a conclusões. O estudo "Cidades e
Capitais Europeias da Cultura - City Reports", de 2004, revela que o título "Capital
Europeia da Cultura" provoca um impacto muito positivo em termos de repercussões
nos meios de comunicação social, de desenvolvimento cultural e turístico e de
tomada de consciência pelos habitantes da importância da sua cidade.
Por exemplo, na entrevista realizada pela Portugal Travel News a Francisca
Abreu, Vereadora da Cultura de Guimarães, é nos dito que em 2008 a ocupação dos
hotéis de Liverpool25 aumentou 70% e três quartos do número total de visitantes
afirmou que visitou Liverpool atraídos pela imagem do evento “Capital Europeia da
Cultura” quando decidiram comprar a viagem.
Espera-se também a capital europeia da cultura 2012: “criação e qualificação
de equipamentos culturais; requalificação urbana dos centros históricos;
recuperação de zonas urbanas degradadas, melhoria das condições de visitação
e/ou acessibilidades; marketing/promoção da cidade e Reforço da oferta turística
(alojamento, restauração, animação”.26 Melhorias importantes não só para turistas/
visitantes, mas também para os habitantes locais, pois irão ver a sua cidade evoluir
e um aumento da condição de vida.
A nomeação de Guimarães para Capital Europeia da Cultura em 2012 é uma
enorme vantagem, e Guimarães terá de aproveitar muito bem esta oportunidade.
“Mais emprego, mais visibilidade, mais diversidade, mais atractividade, mais
qualidade de vida”27.
Isto porque através deste evento a cidade de Guimarães irá ser promovida a
nível internacional, irá criar uma imagem/marca junto dos turistas e visitantes, e se
25
S.a. (2009) The European Capital of Culture 2012, Second Feature, August/September 2009, p. 54 – 56
26 N. M. L. (Projecto e Desenvolvimento Turístico); (acedido em Outubro de 2009); Investir no turismo em
Guimarães: uma oportunidade com futuro; [on-line]; disponível em:
http://www.guimaraesturismo.com/files/3/documentos/20090402122357591479.pdf
27 S.a. (Acedido em 23-12-2009), Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, disponível em:
http://www.cidadeberco.com/guimaraes-2012/
21
esta imagem/marca for positiva irá trazer enormes benefícios para a cidade, não só
durante 2012 mas também daí para a frente.
“A marca de cidades corresponde ao conjunto dos meios utilizados para
alcançar vantagem competitiva, aumentar o investimento e o turismo, desenvolver a
comunidade, reforçar a identidade local, estimular nos cidadãos a identificação com
a sua cidade e evitar a exclusão social (Kavaratzis, 2004) ”28.
A realização da Capital Europeia da Cultura (adiante designada CEC) é só
por si uma atracção que irá trazer mais turistas a Guimarães em 2012. Isto porque a
iniciativa CEC já tem prestígio e fama.
“As Capitais Europeias da Cultura, eventos culturais “extremamente prestigiados,
embora não se tratando de eventos tradicionais, dada a sua duração e o apoio por
parte da Comissão Europeia, são eventos de celebração que projectam uma
imagem de variedade e de qualidade da programação, o que pode beneficiar a
imagem da cidade e atrair visitantes.”29
Assim, está mais do que comprovado que este é um evento que poderá
beneficiar muito a cidade de Guimarães, se esta o souber aproveitar.
A autarquia pretende preparar Guimarães para este evento. Segundo o
Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, os projectos previstos são ” a
requalificação urbana da cidade central e tradicional, o Campurbis, um espaço
aberto de centros de ciência e investigação ligando a Universidade à cidade, que
será instalado no espaço que foi pioneiro da indústria no século XIX, o Centro de
Arte Contemporânea, a Casa da Memória, a residência para artistas, a
requalificação ambiental da Veiga de Creixomil, a nova Feira, entre outros”30. A
autarquia pretendia também construir dois novos estacionamentos subterrâneos,
mas o IGESPAR impediu a sua construção por estarem previstos dentro da zona
classificada pela UNESCO.
28
S.a. (Acedido em 23-12-2009), Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, disponível em:
http://www.cidadeberco.com/guimaraes-2012/
29 S.a. (Acedido em 26-12-2009), A imagem/marca de cidades, disponível em:
http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/191.pdf
30 S.a. (Acedido em 28-12-2009), Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Guimarães, disponível em:
http://www.jornaldasautarquias.net/old/maxcontent-documento-680.html
22
Quanto à programação do evento CEC 2012, o que nos é adiantado pelo
Correio do Minho é que esta vai tentar “aproximar a arte à economia, numa óptica de
diversificação de actividades económicas”31. Isto porque um evento da magnitude da
Capital Europeia da Cultura, com tantos anos de realização e que já possui tanta
reputação trará sem dúvidas impactos enormes, e destes impactos, podemos
destacar o desenvolvimento económico da região envolvente de Guimarães. “A
Ministra da Cultura lembrou que a CEC 2012 terá um forte impacto ao nível regional,
nacional e internacional, ‘reforçando o nível de excelência da cidade e da região’”32.
No que diz respeito a financiamento para a realização das actividades, este
estará a cargo do Ministério da Cultura, da Câmara Municipal de Guimarães, do
Turismo de Portugal e do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional). O
orçamento total para a realização da CEC 2012 é de 111 milhões de euros. Deste
orçamento, 70 milhões estão destinados a novos equipamentos e regeneração
urbana e 41 milhões estão destinados para a programação e actividades. Este
orçamento será gerido por uma entidade empresarial municipal, criada para este
evento, e que deve evoluir para uma Fundação, após a realização da CEC 201233.
Uma vez que o financiamento para este evento já está garantido, Cristina de
Azevedo acredita que Guimarães 2012 tem tudo para ser um sucesso.34
A Câmara de Guimarães acredita que Guimarães CEC 2012 irá receber mais
de “1.5 milhões de visitantes”35. Outros números previstos, e que se encontram
publicados no site Cidade De Berço, são: “50 novas empresas, 100 embaixadores,
200 workshops, 365 dias de programação, 500 eventos culturais, 750 voluntários,
1.000 artistas internacionais, 5.000 artistas nacionais, 10.000 horas de formação
500.000 horas de trabalho, que prometem fazer de Guimarães muito mais do que
uma Capital da Cultura”36.
31
S.a. (Acedido em 27-12-2009) Guimarães irá tentar aliar Economia à programação da CEC, disponível em:
http://correiodominho.com/noticias.php?id=19749
32 Idem
33 S.a. (Acedido em 28-12-2009) Guimarães Capital Europeia da Cultura em 2012, disponível em:
http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=6891
34 S.a. (Acedido em 27-12-2009) Guimarães irá tentar aliar Economia à programação da CEC, disponível em:
http://correiodominho.com/noticias.php?id=19749
35 S.a. (Acedido em 29-12-2009) Guimarães CEC 2012, disponível em: http://www.cidadeberco.com/guimaraes-
2012/
36 Idem
23
7. Animação Turística desenvolvida em Guimarães:
Em Guimarães, podemos encontrar uma grande diversidade de eventos de
animação ao longo de todo o ano, divulgada pela Agenda Cultural e desenvolvida
em espaços como o Largo da Oliveira, o Paço dos Duques de Bragança, o Centro
Cultural Vila Flor, Multiusos de Guimarães, São Mamede (Centro de Artes e
Espectáculos), Museu Alberto Sampaio, Salão Nobre da Sociedade Martins
Sarmento, Convento de Santa Clara e toda a cidade de Guimarães, onde se pode
usufruir de eventos como a Música, Exposições, Teatro, Dança, Cinema, percursos
pedestres, Históricos, Culturais, Paisagísticos e Doçaria Conventual.
Nestes Espaços culturais, realizam-se os mais importantes eventos de animação da
cidade que passamos a descrever:
Centro Cultural Vila Flor – Artes de palco e artes performativas – Dança;
Música; Café Jazz ou Fado; Festivais Gil Vicente (Teatro); a Manta (Festival
de Música); encontros internacionais de musica de Guimarães; Guimarães
Jazz;
São Mamede - Centro de Artes e Espectáculos – Teatro, Exposições, Dança
e Concertos;
Multiusos de Guimarães – Expoguimarães, Exposição de Clássicos,
Automobilismo, Hidrobikes e Spinning, Danças de Salão, Concertos, Parque
de Diversões, Desporto, Comemorações de dias Festivos, Exposições, Jogos
Temáticos, Festival do Gelo e Feiras para Miúdos e Graúdos;
Paço dos Duques de Bragança – Exposições, Comemorações, Dança,
Oficinas, Visitas Guiadas, Danças Tradicionais, Teatro e Recriações
Históricas.
Largo da Oliveira – Música.
24
Museu Alberto Sampaio - exposições temporárias, lançamento de livros,
actividades vocacionadas a públicos específicos, cursinhos do museu e cede
os seus espaços para que outros aqui realizem iniciativas que se enquadrem
dentro da missão e dos objectivos do Museu;37
Sociedade Martins Sarmento - exposições temporárias, muitas vezes
enquadradas nos actos comemorativos de efemérides, congressos,
seminários que têm contribuído para a divulgação de peças do seu vasto
património que, por questões de espaço ou de opção museológica, não se
encontram acessíveis ao público.38
Convento de Santa Clara – Doçaria Conventual – Doçaria no Convento.
Eventos em Espaços da Cidade - feira da terra (feira de produtos agrícolas)
em S. Torcato, Festas Gualtarianas (Festas da Cidade), Feira Joanina (centro
histórico), Festas Nicolinas (festas dos estudantes das escolas de
Guimarães).
8. Animação Proposta para Guimarães:
Ainda a dois anos de se realizar a Capital Europeia da Cultura 2012 – Guimarães
2012 - não foi ainda apresentado um programa de actividades de animação oficial,
sendo apenas possível identificar algumas propostas efectuadas na adenda à
candidatura, já mencionadas anteriormente.
“Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012, apostará assim numa nova abordagem à relação entre o visitante e a cidade, baseada na experiência cultural sensitiva, na participação e envolvimento e na descoberta interactiva do espaço. Esta opção requer não apenas “assistir” ou “estar” mas antes uma interacção reflexiva por parte do visitante.”39
Na página internet deste evento, encontramos a secção “Tenho uma Boa Ideia”40
que se destina a quem pretenda sugerir projectos e ideias inovadoras para o
37 Museu Alberto Smpaio, disponível em: http://masampaio.imc-ip.pt/pt-PT/exposicoes_ev/ContentList.aspx
(acedido em 05.01.2010) 38 Sociedade Martins Sarmento, disponível em: http://www.csarmento.uminho.pt/sms.asp (acedido em
05.01.2010) 39 Adenda à Candidatura Guimarães Capital Europeia da Cultura 2012. 40 Tenho uma boa ideia, disponível em: http://www.guimaraes2012.pt/ideia.php (acedido em 07.01.2010)
25
Programa da Capital Europeia da Cultura 2012. Assim, propomos algumas ideias de
eventos de animação que poderão ser uma mais-valia para este evento e atrair a
Guimarães um grande número de turistas.
Um dia na Corte de D. Afonso Henriques
Actividade direccionada às escolas, em que os alunos poderão participar, no
Castelo de Guimarães, numa actividade que retrataria a coroação de D.
Afonso Henriques.
Concurso de pintura – Guimarães pitoresco
Durante o evento “Guimarães 2012”, seria promovido um concurso cujo tema
seria aberto à imaginação dos artistas, que retratasse Guimarães, e que
seriam expostos em diferentes espaços públicos da cidade. Os trabalhos
vencedores reverteriam em favor do município de Guimarães, seriam editados
em postais e todos os trabalhos a concurso fariam parte de uma publicação
na forma de um catálogo do concurso.
Concurso de Fotografia – Um olhar sobre Guimarães
Concurso a decorrer durante todo o evento, em que os participantes focariam
os aspectos sociais, dos visitantes e locais, como atitudes, reacções,
emoções, sentimentos, etc. No final, as melhores fotos seriam editadas num
catálogo de memórias de “Guimarães 2012”.
Teatro Amador – Concurso Internacional
Concurso aberto a companhias de teatro amadoras, nacionais e estrangeiras,
de tema livre, a decorrer em espaços ao ar livre, durante os meses de Julho e
Agosto.
Sabores de Guimarães – Concurso Gastronómico
A decorrer durante todo o evento e envolveria os restaurantes do concelho de
Guimarães, em que os clientes no final atribuiriam uma classificação à sua
experiência gastronómica, percepcionada nesse restaurante. Para esta
actividade seria entregue, aos interessados, um livro de registo de
26
experiências, que no final seria entregue na Organização, que avaliaria o
prato com maior aceitação e o melhor Restaurante.
“Para a plateia, os concursos gastronómicos são uma excelente fonte de
novas ideias mas, sobretudo, são um espectáculo muito empolgante em que
é impossível conter a emoção. Vale a pena assistir.”41
Visitas Guiadas à Zona Histórica;
Iniciativa a realizar durante todo o evento, que envolveria as escolas de
Turismo nacionais, em regime de voluntariado em que os alunos
desempenhariam as funções de Guias Turísticos. As inscrições seriam feitas
nas recepções dos Hotéis e no Posto de Turismo, gratuitas, com horário das
10 às 24 horas para oferecer diferentes perspectivas da cidade, aos fins-de-
semana.
Danças na rua
Mostrar a cultura através da dança, nos meses de Julho e Agosto, aos fins-
de-semana, em espaços ao ar livre com o objectivo de promover a animação
das ruas da cidade de Guimarães incentivando o público a participar. Todos
os fins-de-semana seriam promovidas exibições de diferentes estilos de
dança.
Concurso de curtas-metragens (Guimarães e a Cultura)
Concurso de cinema amador, aberto a todos os participantes, onde poderão
ser utilizados suportes de gravação como o vídeo ou película, cujo tema
abordaria Guimarães e a sua cultura.
Viagem no Tempo
A desenvolver durante todo o evento, no Paço dos Duques de Bragança, em
que os participantes terão a possibilidade de encarnar uma personagem
medieval, envergando trajes e recriando o ambiente da época, como as
danças, banquetes e música.
41 Correio Gourmand, disponível em:
http://correiogourmand.com.br/info_curiosidades_gastronomicas.htm (acedido em 07.01.2009)
27
Jogo de Xadrez Humano
Torneio de xadrez, a realizar entre os meses de Fevereiro e Junho, em que os
finalistas disputariam a final num espaço público da cidade, num tabuleiro
gigante com figuras humanas. A final seria realizada no dia 24 de Junho, data
em que se celebra os 884 anos da Batalha de São Mamede (1128), travada
entre Dom Afonso Henriques e as tropas de sua mãe, D. Teresa e do conde
galego Fernão Peres de Trava, que se tentava apoderar do governo do
Condado Portucalense.
9. Conclusão:
Com a elaboração deste trabalho, pode concluir-se que a cidade de
Guimarães é o local indicado para a realização deste grandioso evento, visto que é
uma cidade particularmente rica de património histórico e cultural, fruto de um
passado digno, cidade símbolo de Portugal, cidade berço da nacionalidade, cidade
moderna mas que soube preservar o seu passado, razão para que o Centro
Histórico seja desde 2005 Património Mundial da UNESCO, cidade que soube
conciliar modernidade com tradição, cidade inovadora e cosmopolita que não
sacrificou o seu passado e as suas tradições à contemporaneidade.
A Cidade de Guimarães tem todos os atributos para organizar com sucesso um
evento da envergadura de uma Capital Europeia da Cultura. Na análise SWOT são
apontados os seus pontos fortes e as suas potencialidades.
Prevê-se, assim, que 2012 seja um ano em cheio para a cidade de Guimarães, com
uma afluência enorme de turistas/visitantes, fenómeno que irá beneficiar as
localidades de proximidade, em particular, e o território da Entidade Regional do
Porto e Norte de Portugal em geral.
28
10. Referências Bibliográficas: Aavv; (2008); Plano de acção para o Desenvolvimento Turístico do Norte de
Portugal; Edição: Comissão de Coordenação e Desenvolvimento e do
desenvolvimento regional
Cachada, Armindo; (1992); Guimarães - Roteiro Turístico; Guimarães; Editora:
Zona de Turismo de Guimarães.
Correio Gourmand, disponível em:
http://correiogourmand.com.br/info_curiosidades_gastronomicas.htm (acedido em
07.01.2009)
Francisco J.; (2007); Rotas pelas cidades do Eixo Atlântico e seus arredores; 1ª
edição; s.l.; Editora: Nigratrea.
Guimarães 2012 – Cidade Europeia da Cultura, disponível em:
http://www.guimaraes2012.pt/index.php (acedido em 07.01.2009)
Guimarães; Identidade e Inovação – Construção ao longo do tempo; Adenda à
Candidatura de Guimarães á Capital Europeia da Cultura 2012.
Museu Alberto Smpaio, disponível em: http://masampaio.imc-ip.pt/pt-
PT/exposicoes_ev/ContentList.aspx (acedido em 05.01.2010)
N. M. L. (Projecto e Desenvolvimento Turístico); (acedido em Outubro de 2009);
Investir no turismo em Guimarães: uma oportunidade com futuro; [on-line];
disponível em:
http://www.guimaraesturismo.com/files/3/documentos/20090402122357591479.p
df
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