Hanseníase

Post on 19-Dec-2014

10.763 views 1 download

description

 

Transcript of Hanseníase

HANSENÍASE

Área Técnica de Hanseníase – SES – MG

O que é a Hanseníase?

nervo

derme

epiderme

subcutâneo

A Hanseníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria;

Afeta principalmente a pele e os nervos periféricos;

A Hanseníase progride lentamente com um período médio de incubação de 3 anos;

O que é Hanseníase? Pode afetar todas as

idades e ambos os sexos. A detecção precoce dos

casos, o tratamento com a poliquimioterapia podem evitar a instalação de incapacidades e deformidades na Hanseníase

Os portadores de Hanseníase podem ter uma vida normal

Hanseníase tem cura.

País Prevalência

(casos por 10.000)

Detecção de casos novos

(casos por 100.000)

IndiaIndia 384.240 (3,8)384.240 (3,8) 559.938 (55,2)559.938 (55,2)

BrasilBrasil 77.676 (4,6)77.676 (4,6) 41.070 (24.,1)41.070 (24.,1)

MyanmarMyanmar 10.389 (2,3)10.389 (2,3) 10.286 (22,1)10.286 (22,1)

MadagascarMadagascar 8.662 ( 5,4)8.662 ( 5,4) 8.445 (53,0)8.445 (53,0)

NepalNepal 7.984 (3,4)7.984 (3,4) 8.020 (34,4)8.020 (34,4)

MoçambiqueMoçambique 7.834 (4,0)7.834 (4,0) 6.617 (33,6)6.617 (33,6)

TOTAL 496.785 (3,9) 634.376 (49,2)

PAÍSES MAIS ENDÊMICOS DE HANSENÍASE -2000PAÍSES MAIS ENDÊMICOS DE HANSENÍASE -2000

Fonte: Relevé Epidemiologique Hebdomadaire, nº 1,4 Janvier 2002

SITUAÇÃO DA HANSENÍASE SITUAÇÃO DA HANSENÍASE MUNDO 2000MUNDO 2000

India, Myanmar e Nepal 70% África e América Latina: 2ª e 3ª maiores áreas

Brasil: 13% do Mundo

80% das Américas.

Prevalência/10mil habitantes

5,1 – 15,0

3,1 – 5,0

1,1 – 3,0

0,1 – 1,0

< 0,11998

PAÍS Casos Reg. Taxa Prev./ 10.000 Casos Novos Taxa Detec./ 10.000 Cob. PQT (%)

ArgentinaArgentina 1.9041.904 0,510,51 466466 0,130,13 100100

BolíviaBolívia 284284 0,340,34 8282 0,100,10 9898

BrasilBrasil 77.67677.676 4,574,57 41.07041.070 2,412,41 ......

ColômbiaColômbia 2.1062.106 0,500,50 726726 0,170,17 100100

Costa RitaCosta Rita 145145 0,360,36 88 0,020,02 83,483,4

CubaCuba 529529 0,470,47 278278 0,250,25 100100

EquadorEquador 329329 0,260,26 119119 0,090,09 100100

El SalvadorEl Salvador 5656 0,090,09 77 0,010,01 100100

GuatemalaGuatemala 11 0,0010,001 11 0,0010,001 100100

Haití*Haití* 272272 0,330,33 4343 0,050,05 100100

HondurasHonduras 1010 0,020,02 33 0,0050,005 100100

MéxicoMéxico 1.6851.685 0,170,17 414414 0,040,04 80,280,2

NicaraguaNicaragua 225225 0,440,44 187187 0,370,37 100100

PanamáPanamá 3737 0,130,13 2323 0,080,08 52,252,2

ParaguaiParaguai 606606 1,101,10 435435 0,790,79 100100

PeruPeru 165165 0,060,06 4343 0,020,02 100100

R. DominicanasR. Dominicanas 353353 0,420,42 241241 0,280,28 100100

UruguaiUruguai 1010 0,030,03 1010 0,030,03 100100

VenezuelaVenezuela 1.4091.409 0,580,58 841841 0,350,35 99,999,9

América LatinaAmérica Latina 87.80287.802 1,781,78 44.99744.997 0,910,91 ......

SITUAÇÃO DA HANSENÍASE NA AMERICA LATINA – Tabela SIL -2000SITUAÇÃO DA HANSENÍASE NA AMERICA LATINA – Tabela SIL -2000

Fontes: 1) SIL/OPS; 2) OMS; 3) Pop: OPS/OMS Situação da Saúde nas Américas – Indicadores Básicos 2000.

(*) Dados estimados (...) Dados não disponíveis

4

Distribuição das UFs segundo níveis endêmicosDistribuição das UFs segundo níveis endêmicosBrasil 2001Brasil 2001

FONTE: ATDS/DAB/SPS/MS; SES; IBGE

Alto Alto -- 5 |5 |—— 10 casos/10.000 hab.10 casos/10.000 hab.

Médio Médio -- 1 |1 |—— 5 casos/10.000 hab.5 casos/10.000 hab.

Muito Alto Muito Alto -- 10 |10 |—— 20 casos/10.000 hab.20 casos/10.000 hab.

Baixo Baixo -- < 1 casos/10.000 hab.< 1 casos/10.000 hab.

HANSENÍASE TEM CURA

HiperendêmicoHiperendêmico -- 20 casos/10.000 hab.20 casos/10.000 hab.

AmazonasPar�

Roraima

Amap�

Acre

Mato Grosso

Rond ia

Mato Grosso do

Sul

Goi疽

Maranh縊

Piau�

Cear�

Rio Grande do NortePara a兊Pernambuco

AlagoasSergipe

Bahia

Minas Gerais

S Paulo縊

Esp ito Santo叝

Rio de J aneiro

Paran�

Santa Catarina

Rio Grande do Sul

Distrito Federal

Tocantins

BRASIL BRASIL 20012001

Prevalência 73Mil casos = 4 / 10.000 Hab.

DetecçãoDetecção 35Mil casos novos = 2,12 / 10.000 Hab.35Mil casos novos = 2,12 / 10.000 Hab.

MINAS GERAISMINAS GERAIS

20012001

DETECÇÃODETECÇÃO 2652 Casos Novos ou 1.46 /10 000 habitantes

PREVALÊNCIAPREVALÊNCIA4 507 Casos ou 2,5/10 000 habitantes

TAXAS DE PREVALÊNCIA DE HANSENÍASETAXAS DE PREVALÊNCIA DE HANSENÍASE NOS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS - 2001NOS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS - 2001

ATH/SES_MG

TAXAS DE DETECÇÃO DE CASOS NOVOS DE HANSENÍASE NOS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS - 2001

ATH/SES_MG

Hanseníase – Agente etiológico

Mycobacterium leprae

• Armauer Hansen em 1873

•Parasita intracelular

•Alta infectividade e baixa patogenicidade

•Não é cultivável

•Reprodução em 12 a 15 dias

Como é transmitida a Hanseníase?

A transmissão da Hanseníase se dá através da respiração. A fonte de contágio é um portador de hanseníase multibacilar que não esteja em tratamento.

A Hanseníase pode ser curada. O tratamento com a poliquimioterapia mata a bactéria e interrompe a disseminação da doença

M.leprae

Seres humanos

Meio ambiente

Como diagnosticar Hanseníase? Lesões cutâneas de Hanseníase:

Podem ser claras, vermelhas ou acobreadas

Como diagnosticar Hanseníase? Lesões cutâneas de Hanseníase:

Podem aparecer em qualquer local do corpo e são persistentes

Como diagnosticar Hanseníase?

Lesões cutâneas de Hanseníase:Podem ser planas ou elevadas

Geralmente não doem e não coçam

Como diagnosticar Hanseníase? Lesões cutâneas de Hanseníase:

Não tem sensibilidade ao calor, dor ou toque

Como diagnosticar Hanseníase? Lesões cutâneas de Hanseníase:

Nódulos eritematosos ou cor da pele, ou espessamento difuso, brilhante, liso da pele.

Tibial posterior

Fibular

Radial cutâneo

Radial Median

oUlnar

Facial

Auricular

Principais nervos periféricos acometidos na Hanseníase

O ulnar, o tibial posterior e o fibular são os nervos mais freqüentemente comprometidos na hanseníase.

O comprometimento dos troncos nervosos é observado quando houver:

Espessamento

Dor espontânea ou à palpação

Alteração da função sensitivo-motora da área de inervação.

Critérios diagnósticos da Hanseníase

Lesões cutâneas com alteração de sensibilidadeComprometimento de troncos nervosos periféricos, e perda da sensibilidade em palmas e plantasBaciloscopia positiva

OMS/MS

Critérios diagnósticos da Hanseníase

Surtos reacionais da HanseníaseSão episódios inflamatórios

agudos e sub-agudos de hipersensibilidade ao M.leprae. Podem ocorrer antes, durante ou após o tratamento da Hanseníase.

Os surtos reacionais podem ser do TIPO 1 (REAÇÃO REVERSA) e do TIPO 2 (ERITEMA NODOSO HANSÊNICO).

O tratamento deve ser imediato para evitar dano neural com instalação de incapacidades e deformidades físicas.

Nos dois tipos pode ocorrer dor e/ou espessamento dos nervos (NEURITE).

Como classificar a Hanseníase?A Hanseníase pode ser classificada em paucibacilar ou

multibacilar de acordo com o número de lesões cutâneas

Tratando a Hanseníase -

Paciente apresentando 5 lesões cutâneas são classificados como paucibacilares.

O tratamento é feito com 6 blisteres de paucibacilares em até 9 meses;

Tratando a Hanseníase -

Pacientes com mais de 5 lesões cutâneas são classificados como multibacilares

O tratamento é feito com 12 blisteres de multibacilares em até 18 meses

Esquemas de Poliquimioterapia

Tratamento de adulto / PB -Dose supervisionada: rifampicina e dapsona Dose auto-administrada: dapsona Tratamento completo: 6 blisteres (6 meses)

Tratamento de adulto/MB -Dose supervisionada: rifampicina, clofazimina e dapsona Dose auto-administrada: dapsona e clofazimina Tratamento completo: 12 blisteres (12 meses)

Gravidez e aleitamento materno não contra-Gravidez e aleitamento materno não contra-indicam a administração da poliquimioterapiaindicam a administração da poliquimioterapia

Ações de controle em Hanseníase

Diagnóstico precoceTratamento com poliquimioterapiaVigilância de contatos – exame dermato-neurológico e vacina BCG/2 doses. Considerar cicatriz vacinal.Diagnóstico e tratamento de reações e neuritesPrevenção e tratamento de incapacidadesReabilitação

Divulgação de sinais e sintomas

Hanseníase – Eliminação como problema de saúde pública

Eliminação ou baixo número de casos não significa erradicação (ausência de casos)Eliminação exige vigilância continua na busca de casos novos, manutenção do tratamento nos serviços de saúdeEliminação como problema de saúde pública significa prevalência menor que 1 caso para cada 10.000 habitantes até o ano de 2005

Hanseníase – Eliminação como problema de saúde pública

Para alcançar a eliminação é necessário:

Diagnóstico precoceDisponibilização do tratamento

poliquimioterápicoDescentralização e integração dos serviços

de atendimento de Hanseníase à rede de atenção básica

Divulgação dos sinais e sintomas

Figura 2 - TENDÊNCIA DA HANSENIASE EM UMA AMOSTRA DE 32 PAISES ENDÊMICOS

0

5

10

15

20

25

1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997

prev

alên

cia

e ta

xa d

e de

tecc

ão d

e ca

sos

em 1

0.00

0

Taxa de deteccão

Taxa de prevalência

0,0

5,0

10,0

15,0

20,0

25,0 Taxa /10.000 hab

PREVALÊNCIA DETECÇÃO

PREVALÊNCIA 22,2 18,1 17,1 13,3 11,1 6,9 4,5 3,8 3,4 3,2 2,5

DETECÇÃO 1,48 1,74 1,83 1,39 1,50 1,62 1,75 1,67 1,75 1,64 1,46

91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 2001

HANSENÍASE - TAXAS DE PREVALÊNCIA E DE DETECÇÃO EM

MINAS GERAIS - 1991 A 2001

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0

ALFENAS

BARBACENA

BELO HORIZONTE

CEL.FABRICIANO

DIAMANTINA

DIVINÓPOLIS

GOV.VALADARES

ITABIRA

ITUIUTABA

J UIZ DE FORA

LEOPOLDINA

MANHUMIRIM

MONTES CLAROS

PASSOS

PATOS DE MINAS

PEDRA AZUL

PONTE NOVA

POUSO ALEGRE

S.J OÃO DEL REI

SETE LAGOAS

TEÓFILO OTONI

UBÁ

UBERABA

UBERLÂNDIA

UNAÍ

VARGINHA

MINAS GERAIS

COBERTURA DO CONTROLE DE HANSENIASE EM MINAS GERAIS - JUNHO 2002

%MUNICIPIOS%UBS

I II III IV V

Divulgação X X X X X

Suspeição diagnóstica X X X X X

Encaminhamento p/confirmação diagnóstica X X X X X

Diagnóstico X X X

Tratamento Padrão X X X X

Vigilância de Contatos X X X

Tratamento de Reações e Neurites X X

Prevenção e tratamento de Incapacidades X X

Esquemas Alternativos X

Reabilitação X

CENTRO DE REFERÊNCIA

AÇÕES DE CONTROLENÍVEIS DE ASSISTÊNCIA

ATENÇÃO BÁSICA

HIERARQUIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA

I II III IV V

MÓDULO SIMPLIFICADO (4 horas) X

MÓDULO II (8 horas) X

MÓDULO III (16 horas) X

MÓDULO IV ( 40 horas) X

MÓDULO DE ATUALIZAÇÃO (16 horas) X X X

MÓDULO DE ATUALIZAÇÃO AVANÇADO X

NÍVEL DE COMPETÊNCIA

MUNICIPIO/REGIONAL

ESTADO/REGIONAL/CENTRO DE REFERENCIA

CENTRO DE REFERÊNCIA NACIONAL

MODALIDADES DE CAPACITAÇÃONÍVEIS DE ASSISTÊNCIA

HIERARQUIZAÇÃO DA CAPACITAÇÃO

I II III IV V

VACINA BCG PARA CONTATOS X X X X

BLISTER PQT-PADRÃO X X X X

CORTICOIDES E TALIDOMIDA X X

MATERIAL DE PI X X

MEDICAMENTOS ESQUEMA ALTERNATIVO X

MEDICAMENTOS E INSUMOSNÍVEIS DE ASSISTÊNCIA

HIERARQUIZAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS E INSUMOS

DIVULGAÇÃO MACIÇADIVULGAÇÃO MACIÇADIVULGAR MACIÇAMENTE OS SINAIS, SINTOMAS DIVULGAR MACIÇAMENTE OS SINAIS, SINTOMAS E A CURA DA HANSENÍASE PARA A POPULAÇÃO E A CURA DA HANSENÍASE PARA A POPULAÇÃO GERAL ENVOLVENDO GRUPOS ESPECIAIS COMO:GERAL ENVOLVENDO GRUPOS ESPECIAIS COMO:

Voluntários Amigos da EscolaVoluntários Amigos da Escola• Pastoral da CriançaPastoral da Criança• Forças ArmadasForças Armadas• Movimento de PacientesMovimento de Pacientes• PresídiosPresídios• Conselhos Regionais de Medicina, Conselhos Regionais de Medicina, Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Farmácia, etcOcupacional, Farmácia, etc• Outros.Outros.

ATH/SES_MG

ALIANÇA ESTADUALALIANÇA ESTADUAL

CONSTITUIR UM GRUPO DE “ALIANÇA ESTADUAL” COM CONSTITUIR UM GRUPO DE “ALIANÇA ESTADUAL” COM OBJETIVO DE ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTOOBJETIVO DE ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTODAS ATIVIDADES PROPOSTAS PARA A ELIMINAÇÃODAS ATIVIDADES PROPOSTAS PARA A ELIMINAÇÃODA HANSENÍASE EM MINAS GERAIS ATÉ 2005,DA HANSENÍASE EM MINAS GERAIS ATÉ 2005,COMPOSTO DE REPRESENTANTES DE ÁREAS DA COMPOSTO DE REPRESENTANTES DE ÁREAS DA PRÓPRIA SECRETARIA DE SAÚDE E SEGUIMENTOS PRÓPRIA SECRETARIA DE SAÚDE E SEGUIMENTOS DA SOCIEDADE.DA SOCIEDADE.

ATH/SES_MG

Agradecimentos: ILEP; NLR (Netherlands Leprosy Relief); Área Técnica de Dermatologia Sanitária do Ministério da Saúde