Heidegger em seu refúgio: a casa existencialista - FAU - USP€¦ · Francisco Ortiz Nathalia...

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Francisco OrtizNathalia DuranRicardo OliveiraVictor Hugo Alves

Heidegger em seu refúgio: a casa existencialista

legendinhas

“A casa deste sujeito que se interroga sobre si mesmo é, assim, algo mais que um marco neutro: nela quem pensa a si mesmo, e este pensamento, por sua vez, é que habita a casa.” (ÁBALOS, 2013: 45)

“Prestemos atenção ao que a língua, através da palavra - bauen -, diz, e perceberemos três aspectos:1. Construir é propriamente habitar.2. Habitar é a maneira como os mortais estão sobre a terra.3. Construir, enquanto habitar, é empregado no sentido de construir, cuidar, cultivar, e no sentido de construir, erigir edificações.(...) O caráter fundamental do habitar é este contruir.” (ÁBALOS, 2013: 46)

ponte de Heidelberg

“O traço fundamental do habitar é o cuidar. Os mortais habitam à medida em que cuidam da quaternidade em sua essência. assim, o cuidar habitando é quádruplo.” (ÁBALOS, 2013: 48)

“Quem habita a casa é aquele que domina a linguagem, aquele que constrói seu pensamento através dela. Porém, além de qualquer outro argumento, do intento radical de Heidegger de superar a metafísica, há em sua concepção doméstica uma nostalgia desse sujeito centrado e dominante que constrói a casa ao habitá-la, do mesmo modo que o filósofo constrói, com seu pensamento, a casa.” (ÁBALOS, 2013: 50)

“Essa mecânica de isolamento e expansão é a base privilegiada do projeto miesiano: por isso não é difícil compreender que quem habita aquela casa não é nenhum defensor da vida natural, do alheamento da cidade, mas alguém que necessita estar próximo à ágora, aos novos espaços públicos da cidade burguesa.” (ÁBALOS, 2013: 28) capítulo 1: A casa de Zaratustra

X

“A violência da natureza reproduz-se nos âmbitos público e privado, marcando o pulso do habitar existencial. A casa é, assim, a fuga da ágora, do fórum, do espaço público (e do partido nazista). É o lugar do “autêntico”, onde a penetração das manifestações da exterioridade supõe uma dilaceração, um obscurecimento da autenticidade,” (ÁBALOS, 2013: 52) capítulo 2: Heidegger em seu refúgio: a casa existencialista

Heinrich Tessenow (Berlim, 07 abr 1876 - 01 nov 1950).