Hipertensão arterial e diabetes mellitus

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Aula informativa. Por: Madeline Guimarães

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HIPERTENSÃO ARTERIAL E

DIABETES MELLITUS

Doenças Crônicas não-transmissíveis

Por Madeline Guimarães

Doenças Crônicas – Uma visão Geral

Doenças crônicas são aquelas normalmente de desenvolvimento lento, que duram períodos extensos – mais de 6 meses – e apresentam efeitos de longo prazo, difíceis de prever.

A maioria dessas doenças não tem cura, como diabetes, asma, doença de Alzheimer e hipertensão. Entretanto, várias delas podem ser prevenidas ou controladas por meio da detecção precoce, adoção de dieta e hábitos saudáveis, prática de exercícios e acesso a tratamento adequado recomendado pelo profissional de saúde.

As doenças crônicas não transmissíveis constituem uma das principais causas de morte nos países desenvolvidos e nas grandes cidades brasileiras.

Hipertensão Arterial

Hipertensão Arterial é o aumento da pressão arterial que pode ter como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo etc.

É considerada um problema de saúde pública por sua magnitude, risco e dificuldades no seu controle. É também reconhecida como um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento do acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio.

Hipertensão Arterial

Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma

pressão arterial acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9,

durante seguidos exames, de acordo com o protocolo

médico.

Pressões arteriais elevadas provocam alterações nos

vasos sanguíneos e na musculatura do coração. Pode

ocorrer hipertrofia do ventrículo esquerdo, acidente

vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, morte

súbita, insuficiência renal e cardíacas, etc.

Rim x Hipertensão

O rim e a hipertensão arterial interagem de maneira

íntima e complexa.

Enquanto a hipertensão primária tem sido atribuída, em

parte, a alterações intrínsecas no manuseio renal de

sódio, a hipertensão secundária é mais comumente

causada por doença renal parenquimatosa.

Hipertensão sistêmica, seja primária ou secundária, é o fator

de risco mais importante para a perda progressiva da função

renal. Ademais, a grande maioria dos pacientes com doença

renal desenvolve ou agrava a hipertensão sistêmica à medida

que a função renal diminui.

RIM COMO CAUSA DE HIPERTENSÃO

ARTERIAL PRIMÁRIA e SECUNDÁRIA

PRIMÁRIA

A) Sódio e Volume

B) Sistema renina-

angiotensina

C) Sistema nervoso

simpático renal

D) Mecanismos

hipotensores renais

SECUNDÁRIA

A. Doença renal

parenquimatosa

B. Hipertensão

renovascular

C. Nefropatia diabética

RIM COMO VÍTIMA DA HIPERTENSÃO

Mecanismos da lesão renal causada por hipertensão

sistêmica

Hipertensão como causa de doença renal progressiva

Hipertensão acelerando a progressão da insuficiência

renal

DIABETES MELLITUS

Diabetes Mellitus é uma doença do metabolismo da glicose causada pela falta ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia a fim de que seja aproveitada por todas as células.

A ausência total ou parcial desse hormônio interfere não só na queima do açúcar como na sua transformação em outras substâncias (proteínas, músculos e gordura).

Diabetes Mellitus

Na verdade, não se trata de uma doença única, mas de um conjunto de doenças com uma característica em comum: aumento da concentração de glicose no sangue provocado por duas diferentes situações:

a) Diabetes tipo I – o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. A instalação da doença ocorre mais na infância e adolescência e é insulinodependente, isto é, exige a aplicação de injeções diárias de insulina;

b) Diabetes tipo II – as células são resistentes à ação da insulina. A incidência da doença que pode não ser insulinodependente, em geral, acomete as pessoas depois dos 40 anos de idade;

c) Diabetes gestacional – ocorre durante a gravidez e, na maior parte dos casos, é provocado pelo aumento excessivo de peso da mãe;

d) Diabetes associados a outras patologias como as pancreatites alcoólicas, uso de certos medicamentos, etc.

Fatores de Risco e Sintomas

FATORES DE RISCOS

A. Obesidade (inclusive a obesidade infantil);

B. Hereditariedade;

C. Falta de atividade física regular;

D. Hipertensão;

E. Níveis altos de colesterol e triglicérides;

F. Medicamentos, como os à base de cortisona

G. Idade acima dos 40 anos (para o diabetes tipo II);

H. Estresse emocional

SINTOMAS

A. Poliúria – a pessoa urina demais e, como isso a desidrata, sente muita sede (polidpsia);

B. Aumento do apetite;

C. Alterações Visuais;

D. Impotência Sexual;

E. Infecções fúngicas na pele e nas unhas;

F. Feridas, que demoram a cicatrizar;

G. Neuropatias diabéticas provocada pelo comprometimento das terminações nervosas;

H. Distúrbios cardíacos e renais.

Nefropatia Diabética

Constitui-se por alterações nos vasos dos rins, fazendo com que haja a perda de proteína na urina. É uma situação em que o órgão pode reduzir sua função lentamente, porém de forma progressiva, até a paralisação total.

A nefropatia diabética se desenvolve em 35 a 45% dos pacientes com diabete tipo I (DMI) e acomete uma proporção variável entre 6 e 20% daqueles com diabete do tipo II (DMII) podendo nestes últimos atingir uma prevalência de 50%, na dependência do grupo étnico considerado.

Embora não se tenha estabelecido se a hipertensão é causa ou conseqüência da lesão renal, não existem dúvidas de que a elevação da pressão arterial acelera a evolução da nefropatia diabética e que o tratamento anti hipertensivo efetivo reduz de forma marcante a velocidade de queda da filtração glomerular.

Uma vez iniciado, o processo de lesão renal e elevação dos níveis pressóricos tendem a se perpetuar e estima-se que sem tratamento anti hipertensivo a pressão arterial se eleva a uma taxa anual de 5 a 8% e a filtração glomerular se reduz a uma taxa de 10ml/min por ano.