Historia de miranda (Professora Vanda Segato)

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ORIGEM:

Origem

Pela localização do município e características do grupo étnico, pode-se supor que foram os Terena os primeiros habitantes da região.

Em Miranda existem aldeias de índios Terena e a maior delas é a Aldeia Cachoeirinha que foi subdividida em Babaçu, Argola, Lagoinha, Cachoeirinha sede e Morrinho.

Existem ainda as aldeias de Moreira, Passarinho e Lalima. A segunda maior população indígena do Estado está concentrada em Miranda.

Evolução

A existência de Miranda, mais uma cidade colonial brasileira em Mato Grosso do Sul, deve-se ao Capitão João Leme do Prado, que ao desbravar os rios Miranda e Aquidauana, encontrou ruínas da antiga Xerez, cidade fundada em 1.579 e destruída pelos índios guaicurus, e, por ordem do Capitão Caetano Pinto de Miranda Montenegro, governador da capitania de Mato Grosso, João Leme lançou, em 16 de julho de 1.778, os alicerces do Presídio Nossa Senhora do Carmo do Mondego, conhecido depois como Presídio de Miranda.

A manutenção do povoado, que surgiu na parte externa da fortificação, sob o nome de presídio, era difícil devido a falta de melhores meios de navegação pelo rio Mondego - atual Miranda, e só se mantinham no lugar, os seus fundadores.

Mesmo assim, o povoado progredia: Em 1.797 já havia 40 ( quarenta ) casas de adobe e pau-a-pique, cobertas de telha de barro, obedecendo a um traçado de rua, cuja principal era Nossa Senhora do Carmo, atual Rua do Carmo, bastante extensa, indo até a beira do rio. Sua emancipação ocorreu em 16 de julho de 1.778.

No primeiro censo nacional realizado em 1.872, Miranda era a mais populosa localidade no Sul do Mato Grosso, com seus 3.852 habitantes, sendo 142 escravos.

Por falar em escravos, uma importante página da história foi escrita quando em 1.885, três anos antes da declaração da Princesa Izabel pela Abolição da Escravatura, o Clube Emancipador de Miranda, com o apoio da Câmara Municipal, alforriou seus escravos.

Em 30 de maio de 1.857, por Lei Provincial, o lugar foi

elevado a condição de Vila de Miranda, por força do

trabalho de Francisco Rodrigues do Prado, irmão do

fundador do presídio. Visando a proteção da vila, o

governo imperial determinou, anos depois, a

fundação da colônia Militar de Miranda. A comarca

foi instalada em 07 de Maio de 1.878, após a Guerra

do Paraguai, ficando incorporada a Corumbá.

Em 31 de dezembro de 1.912, com a chegada da ferrovia, a vila passou por um novo surto de desenvolvimento.

Nessa mesma data, foram também inauguradas, as estações ferroviárias rurais de Bodoquena, Guaicurus e Salobra.

A majestosa ponte metálica sobre o rio salobra, data de 1.931. Miranda é uma cidade que tem feição de quem parou no tempo em termos arquitetônicos, e com isso podemos ver diversos edifícios que, se bem preservados e mantidos, podem resplandecer e configurar novos usos culturais e artísticos.

Miranda possui um patrimônio arquitetônico admirável, como a velha Usina de Açúcar Santo Antônio, localizada nos arredores da cidade, construída em 1.900, ou ainda diversas residências urbanas, construídas no período do ecletismo dos anos 20, todas na área mais central

Diversos prédios, ainda são mantidos em sua condição original, como a igreja matriz, erguida em 1.931 pelo construtor português Manoel Secco Thomé, e projetada pelo arquiteto alemão Frederico Urlass, quando da sua passagem pela cidade; o prédio da prefeitura municipal, ao lado da igreja, e a antiga escola defronte ao espaço, em estilo Art Deco, transformado em órgão municipal.

A rua do Carmo, a mais antiga da cidade, que outrora abrigou diversos estabelecimentos comerciais importantes, abriga a Praça Central, Agenor Carrilho, e em volta dela, gira, a cidade antiga. O nome da cidade e do rio deve-se ao nome do governador da capitania.

Os usos e costumes antigos, devem-se aos índios que habitavam a parte exterior do Presídio do século XVIII e que formaram o primeiro povoado.

Como segunda cidade colonial Sul Mato-grossense, Miranda, está viabilizando através de parcerias Estadual e Federal, projetos que viabilizem a combinação de políticas de preservação da memória e de restauração dos edifícios importantes.

Fonte: Prefeitura Municipal de Miranda

Escola Dona Rosa Pedrossian

STE VESPERTINO