Post on 07-Apr-2016
I FORUM EM EDUCAÇÃO DO COLÉGIO BATISTA
INCLUSÃO - Tempo de Ação
Varginha, MG / Outubro 2007
INCLUSÃO: DIFICULDADES VISÍVEIS, TRANSTORNOS INVISÍVEIS E PERSPECTIVAS
PARA A EDUCAÇÃO.
Profa. Lucília Panisset Travassos
Estão convidados para uma caminhada:
Pelas entrelinhas do tema… Pelos segredos dos pensamentos
legais e da inclusão na atualidade…
Pelas nvas trilhas das pesquisas das DIFERENÇAS cerebrais
e de estratégias includentes…
Até a pousada das sugestões de leituras
e das perguntas, sempre bem vindas!
Creio que:• Educação inclusiva pressupõe diferenças visíveis e
invisíveis. • Educação inclusiva encoraja colaboração.• Inclusão ajuda as pessoas a se tornarem mais
sensíveis umas às outras. • As adaptações físicas e cognitivas às necessidades
dos alunos podem ser meios de melhorar o sistema escolar.
• Qualquer mudança que for feita para que alguns alunos aprendam melhor é benéfica para todos os outros.
• Somente parcerias entre conhecimento e prática, famílias e escolas, desejo e ação podem favorecer uma educação para todos.
INCLUSÃO é conceito em construção na nossa cultura.
• Pesquisa realizada em outubro de 2004, no Congresso de Escolas Particulares de Minas Gerais:
Questionários entregues: 100
Questionários devolvidos: 56
(56% de respondentes)
ASSUNTOSPou-quís-simo
Pouco Médio Muito
Bas-tante
. O conceito está claro para você? 03 11 28 13 01
. Tem vontade decapacitar-se? 03 01 13 14 25
. Quer ter alunos especiais? 06 11 18 15 06. Sente necessidade de treinamento?
03 05 07 16 25
QUESTÕES SOBRE INCLUSÃO:
Ter mais informações: 47
OUTROS COMENTÁRIOS:• Como envolver mais os pais dos incluídos?
• Como preparar a turma para receber alunos c/ necesidades especiais ?
• Trabalhar com o preconceito inconsciente ?
• Trabalhar com a dificuldade de lidar com o diferente ?
Saber o que são habilidades
colaborativas:36
Como adaptar o currículo: 35
Como fazer o trabalho + eficaz
com para- profissionais:
26
Conscientização sobre tipos de
deficiências:41
Sobre treinamentos:
• “Eu já tenho”. • “Desde que…”• “Só se…”• “Contanto que…”• “No máximo dois!”
COMENTÁRIOS FEITOS NA QUESTÃO DE 03:
(“Gostaria de ter um grupo de alunos com deficiência em sua sala de aula/escola?”)
Lei 7853/89 e Decreto 3298/99
Mais que natural!(Conceito em construção.)
• MOMENTO DE TRANSIÇÃO =• CONFUSÕES• INCERTEZAS
• HÁ NECESSIDADE DE EFICÁCIA E BUSCA-SE COERÊNCIA.
É importante termos em mente:
INCLUSÃO não é invenção…É INOVAÇÃO!
CONCEITOS ATRAVÉS DOS TEMPOS:INCLUSÃO:
SEGREGAÇÃO:
INTEGRAÇÃO:
Cada um para um lado.
Mas o aluno é que tinha que estar preparado para a escola.
O sistema educacional tem que ‘dar conta’ do aluno.
Não é só colocar junto.
Direitos Civis.
Asilos.
É preciso lembrarmos que INCLUSÃO tem a ver com:
• Classe social• Etnia
• Religião• Sexo
• Necessidades EspeciaisEssas estão claras para nós?...
Compartilhadas por todos os alunos. (Aprendizagens para o desenvolvimento pessoal
e socialização, no currículo regular).
Diferenças de interesses, níveis, ritmos, estilos de aprendizagem, múltiplas inteligências etc.
(Atendidas por boas práticas pedagógicas.)
Necessidades educacionais individuais, que não podem ser atendidas através de meios e recursos habituais. (Cynthia Duk. Chile, 2003)
Necessidades Educacionais COMUNS:
Necessidades Educacionais INDIVIDUAIS:
Necessidades Educacionais ESPECIAIS:
• 1948 – ONU / Carta Universal dos Direitos Humanos
• 1989 – Lei 7853/89 – Lei da Inclusão• 1994 – Declaração de Salamanca: Linhas de
ação p/ Necessidades Educacionais Especiais.• 1996 – LDBEN: Cap. sobre Educação Especial• 1999 – Direitos das Pessoas Portadoras de
Deficiências(Física/Auditiva/Visual/Mental/ Múltipla)
• 2001 – CNE: Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica.
• 2007 – Quase 20 ANOS! (E pouco se FEZ realmente em nosso país…)
MARCOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL:
• Direito de matrícula compulsória: “De quem?”
• Educação Especial é para pessoas que têm deficiências E/OU altas habilidades!
• Lei já trata dos transtornos de aprendizagem.
• Para os casos mais severos, programas especiais na escola regular. (Sala de recursos)
• No sistema público E nas escolas particulares, continuam os problemas…
PANORAMA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NO BRASIL
”No meio do caminho há uma pedra“…
É quando a inclusão só é percebida nos casos de
necessidades especiais claramente visíveis.
E quando a necessidade está DENTRO do
indivíduo?...
SUICÍDIO
DESEMPREGO MENTIRAS
DROGADIÇÃOFURTOS
DEPRESSÃO
FRACASSO ESCOLAR
ACIDENTES
AGRESSIVIDADE
[ … ]
DELINQÜÊNCIAINADEQUAÇÕES SOCIAIS
INDISCIPLINA
DADOS MUNDIAIS PREOCUPANTES: 30-60% dos alunos têm comprometimento acadêmico SEM que tenham dificuldade de aprendizagem.
Somente 10% das crianças com dificuldades de aprendizagem atingem o Ensino Médio.
46% das crianças diagnosticadas com ansiedade ficam doentes por, pelo menos, 8 anos!
Necessidades especiais invisíveis geram:
- Freqüência significativamente mais alta de atropelamentos, queimaduras, quedas, intoxicações acidentais, desemprego e divórcio.
- Risco de abuso de álcool de 3 a 6 vezes maior do que para outros.
- Até 60% de casos de drogadição na adolescência.
60-80% dos presos na América do Norte e na Europa têm dislexia ou TDA/H.
O que esse pessoal tem comum?
Whoopi Goldberg
Walt Disney
ETIMOLOGIA
• DIS = distúrbio, dificuldade
• LEXIA = (no latim) leitura; (no grego) linguagem.
1a. necessidade especial invisível:
DISLEXIA = distúrbio de aprendizagem, cuja dificuldade está em decodificar palavras SIMPLES, em leitura e escrita.
• retraídos• agressivos• indisciplinados
(Como forma de ‘justificarem’ o seu fracasso.)
RELAÇÕES ESCOLARES E DISLEXIA:
É comum que disléxicos
não-diagnosticados se tornem:
Relações escolares precisam ser construtivas:
“Se as crianças, os adolescentes ou os adultos disléxicos não aprendem como ensinamos,
devemos ensinar como eles aprendem… ”
COMO AJUDAR NA ESCOLA?• Orientando os alunos para que sejam
evitadas a rejeição e a humilhação dos disléxicos.
• Ajudando na organização do material.
• Acompanhando as tarefas com agenda.
• Dando orientações curtas, diretas e simples.
• Conferindo se houve compreensão do que for apresentado por escrito.
• Não pressionando-os para obterem resultados altos, especialmente dentro de um tempo exato.
• Não insistir na aprendizagem por meio de exercícios que sejam repetitivos.
• Não pedir que eles leiam em voz alta.
• Ressaltar os acertos, mesmo os ´insignificantes´.
• Permitir e incentivar o uso de gravador em aula e em casa.
• Permitir e incentivar o uso de calculadora em aula e em casa.
)
DISCALCULIA
2o tipo invisível de necessidade especial:
Indivíduos de inteligência normal ou superior, com inabilidades na realização de operações matemáticas e raciocínio lógico-matemático.
Distúrbio neuropsicológico caracterizado por dificuldade no processo de aprendizagem do cálculo.
CAUSAS:• Imaturidade das funções cognitivas • Lingüística • Emocional • Pedagógica • Genética (?)
CONSEQÜÊNCIAS:Problemas de conduta;
dificuldades em outras matérias.
Aqui, as relações escolares de inclusão pedem que os Educadores:
• Identifiquem o tipo de erro cometido nos processos de aprendizagem através de:
a) conhecimento dos fatores gerais que interferem no processo de aquisição
dos conceitos matemáticos;b) consciência das falhas mais freqüentes de
quem tem transtornos de aprendizagem da matemática.
• Estabeleçam vínculo afetivo e relações de confiança com o aluno.
Um 3º tipo de necessidade especial invisível:
• 1994 DSM IV: Transtorno de Déficit de Atenção = TRÊS categorias.
Tipo DESATENTO
Tipo HIPERTATIVO-IMPULSIVO
Tipo COMBINADO
(Hoje, tb o Tipo RESIDUAL = adultos.)
ATENÇÃO = conjunto de habilidades
• Grau de alerta• Concentração• Orientação• Seleção• Exploração
• ESSENCIAL: Atenção SUSTENTADA
Determinante em tarefas monótonas e cansativas.
TDA e TDAH:• Em geral, dificuldade de concentração
e de controle de impulsos por tempo considerado ‘ideal’ para a idade.
POR QUÊ?• Causa básica: desconhecida.
(Admite-se componente genético: 75%)
• Possíveis explicações: disfunção no cérebro e/ou desequilíbrio entre a
dopamina e a noradrenalina.
Para INCLUIR, é importante que os Educadores se lembrem de que:
• Esse excesso de atividade física e/ou mental NÃO É VOLUNTÁRIO, quer dizer, INDEPENDE da vontade da pessoa.
Assim, mais repreensão = auto-imagem mais negativa = mais dificuldade para tolerar frustrações = mais agitação e falta de atenção.
Para você ver como é, faça o SEU cérebro cumprir essas
ordens:OLHE as palavras abaixo.
DIGA O NOME DE CADA COR, não das palavras.
AMARELO AZUL LARANJAPRETO VERMELHO VERDE
LILÁS AMARELO VERMELHOLARANJA VERDE PRETOAZUL VERMELHO LILÁSVERDE AZUL LARANJA
4a nova necessidade especial: TOD(TRANSTORNO OPOSITOR
DESAFIANTE)
Um dos dois* comportamentos disruptivos mais sérios, principais fontes de preocupação para pais e professores.
• Comportamento hostil, agressivo e desafiador, com significativo prejuízo no
funcionamento social, acadêmico e familiar. • Comum em crianças vítimas de maus
tratos, inclusive de abuso sexual.(*O outro é o TC = transtorno de conduta.)
• Imagem por ressonância magnética funcional (fMRI)
• Tomografia por emissão de positrons (PET)
• Tomografia computadorizada por emissão de um único foton (SPECT)
O olhar para Necessidades Especiais INVISÍVEIS não é novidade, mas resulta de estudos sobre o
cérebro somente possíveis na última década:
o compromisso por parte da direção da escola de atender as necessidades educacionais de todos os alunos;
a convicção dos docentes de que devem ajudar todos os alunos a aprenderem;
a certeza de que todos os alunos podem ter êxito.
Segundo a SEESP, em escolas eficazes para todos, as relações escolares refletem…
Para isso, é ESSENCIAL:• Perceber inclusão como o DIREITO de todos
de conviverem com a diversidade.• Lembrar que inclusão é assunto polêmico,
para ser tratado com responsabilidade.• Institucionalizar a política inclusiva.• Construir uma cultura educacional inclusiva,
desenvolvendo-a com os alunos desde cedo, • Criar oportunidades curriculares.• Fazer campanhas sobre inclusão, tornando
esse conceito mais claro.• Incentivar as relações escolares includentes.• Avaliar/ajustar os progressos continuamente.
E, claro… Promover CAPACITAÇÃO
dos agentes educacionais (professores, funcionários, direção).
NA FORMAÇÃO INICIAL E EM SERVIÇO.
Noções sobre como lidar com déficits e talentos especiais.
Conhecimento do papel de tecnologia em educação/inclusão.
Sugestão: “SABERES E PRÁTICAS DA INCLUSÃO” (Disponível em www.mec.gov.br )
Diferenças
e dificuldades invisíveis.
• INTERAÇÃO DE TODOS;
• INTEGRAÇÃO DE AÇÕES.
Resumindo…
EMBASAMENTO NO PRINCÍPIO:NEM SÓ EU, NEM SÓ O OUTRO…
MAS, SIM, EU E O OUTRO!
INCLUSÃO=• ESFORÇO P/
ENTENDER;• ESFORÇO P/
INTERVIR.
TENHAMOS A CORAGEM DE ENTRAR NESTA ONDA E TRANSFORMAR EM REALIDADE
A SEMENTE DE AMOR QUE ESCOLAS CONFESSIONAIS DEVEM PLANTAR.
OBRIGADA!Se desejarem trocar mais idéias
estou às suas ordens!
(31) 8726-2354(48) 9153-8858
apraconhecimento.com.br