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País: Portugal

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Âmbito: Economia, Negócios e.

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R REPORTAGEM AÇOREANA RISK MANAGEMENT

Gestão de risco ajudaa maximizar resultadosIrina Marcelinoirina.marcelino@economico.pt

A Açoreana convidou 15 empresasa visitar os Açores para partilha-rem experiências na área da ges-tão de risco. A viagem, de trêsdias, passou pelas ilhas de São Mi-guel e de Santa Maria e incluiu avisita a duas das principais em-presas, a EDA (electricidade) e aSATA (transporte aéreo), cujoscasos foram apresentados.

O local escolhido pela EDA foi ocentro de produção de energiatérmica do Caldeirão, na ilha deSão Miguel. A central, que funcio-na com combustíveis fósseis, ga-rante a produção eléctrica contí-nua na maior ilha do arquipélagoaçoriano, que ainda é, na maiorparte, dependente de energiaspoluentes, ainda que a electrici-dade renovável, nomeadamente ageotérmica, esteja a assumir cadavez maior peso.

À medida que os representan-tes das empresas, na maioria téc-nicos responsáveis pelas áreas desegurança e higiene, caminha-vam, iam sendo apresentadas deforma detalhada as medidas desegurança implementadas. Medi-das essenciais para garantir a se-gurança dos trabalhadores, dasinstalações e da própria produçãode electricidade. Pelo meio dasperguntas mais gerais, surgiamdúvidas mais específicas, própriasde quem trabalha no mundo dosriscos potenciais todos os dias. Porexemplo, se é ou não obrigatórioter o livro dos procedimentos “àmão” dos trabalhadores? Ou se asportas de saída de emergência de-vem ou não estar pintadas numacor específica? Parecem assuntosde menor importância? Mas nãosão. Juntos e incluídos uma políti-ca de gestão de riscos que incluimuitos outros investimentos,quer nas formas físicas de evitaracidentes, quer nas medidas deprevenção e na formação, quernas auditorias a que estão sujeitos,podem ter um grande peso nosnegócios das empresas. Mas os in-vestimentos feitos evitam outrosgastos que podem acontecer no

I Campus Açoreana Seguradora levou 15 empresas às ilhas de São Miguel e de Santa Maria,nos Açores. O objectivo foi partilhar as diferentes experiências na área da gestão de risco.

aos acidentes, perderam-se 556dias, num total de 91.600 traba-lhados, ou seja 0,6%.

“A gestão de risco é um dosmais importantes factores de pre-venção, sobretudo no mundoempresarial”, considera a segura-dora, responsável pela organiza-ção da viagem, a que deu o nomede I Campus Açoreana. A iniciati-va pretende criar uma “dimensãopedagógica” que, além de ser“inovação no mercado”, “preen-che significativamente a relaçãocom o cliente”.

Este foi o segunsdo eventoque a Açoreana organizou naárea da gestão de riscos. Antes,criou os Prémios Açoreana RiskManagement, em parceria como Diário Económico. Os primei-ros premiados foram a GalpEnergia - CLC, a TJ Moldes, aSaint-Gobain Mondego, a SATAAir Açores e a SUMA.

O sucesso da iniciativa, queculminou com a entrega dos pré-mios em Novembro do ano pas-sado, mostrou à Açoreana quehavia receptividade do mercadopara o tema. “Sentimos que es-tamos a chamar a atenção paraalgo de muito importante”, con-sidera fonte da seguradora, quelembra deter uma quota de mer-cado de 6,8% no segmento deAcidentes e Saúde, onde se des-taca um posicionamento da se-guradora de 11,1% em Acidentesde Trabalho. “Com os PrémiosRisk Management inovámos nasensibilização para a gestão derisco e potenciámos a capacidadede partilha de boas práticas entreempresas nacionais, ajudando amelhorar a segurança e saúde notrabalho”, considera o mesmoresponsável. Além das duas ini-ciativas – Campus e Prémios – aAçoreana tem lançado algunsprodutos que considera “inova-dores” no mercado. Um dosexemplos referidos é a imple-mentação de clínicas médicaspróprias em Lisboa, Porto e Pon-ta Delgada para agilizar os pro-cessos de resolução de sinistrosem acidentes de trabalho e toda aárea de gestão de risco. ■

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59,3 milhõesValor de prémios brutos emitidosem seguros de Acidentesde Trabalho pela Açoreanaé de 59,3 milhões de euros.

A sede da Renova fica ao lado da nas-cente do rio Almonda, em Torres Novas,e essa proximidade sempre foi estraté-gica. A água é um elemento essencialna produção do papel, mas tambémtem outra função: no caso de haver umincêndio, a melhor matéria para o apa-gar está mesmo ao lado da fábrica.

CASOS

Renova

Na fábrica de loiças para casa de banhoa maioria dos acidentes tem a ver comos pesos que os trabalhadores têm decarregar entre secções ou na área dosacabamentos e embalagem, quandotêm de virar as peças várias vezes. Paraminorar o problema, a empresa imple-mentou regras, como a redução de per-cursos feitos por cada trabalhador.

Sanindusa

ISQ

Gestão de risco nãoé só segurançaO Instituto de Soldadura eQualidade (ISQ) foi umadas empresas convidadaspara os Açores. Com umafacturação de 100 milhõesde euros o instituto privadotrabalha no apoio à gestãodo risco. Maria ManuelFarinha, responsável desegurança industrial doISQ, considera que, hoje,gestão de risco não é sósegurança e ambiente “Aquestão do risco é muitomais abrangente do queera há 10 anos”, considera.“Hoje, falar de gestão derisco é falar da imagem eda reputação, dosresultados financeiros, porexemplo”, explica,lembrando que “tudocomeçou pela qualidade.Muitas empresas tiveramde se certificar parapoderem exportar. Poroutro lado, as grandesempresas davam cada vezmais importância à gestãodo risco interno.Entrentanto, saiu umanorma europeia queincentiva à agregação devários temas, tendênciaaliás que está a acontecertambém nos EUA”.

PRÉMIOS EMITIDOS

caso de acidentes, baixas ou falhasna produção. Na EDA, por exem-plo, o investimento em prevençãoé constante. Anualmente, a em-presa investe 240 mil euros nestaárea. Ainda assim, nos últimosoito anos aconteceram 29 aciden-tes na central termoeléctrica dePonta Delgada, a maioria, devidoàs medidas implementadas, degravidade “baixa”. Contas feitas

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PONTOSCHAVE

● Foram 15 as empresas queparticiparam no I Campus Açoreana.Cofaco, Finançor, Marques S.A.,Raporal, Renova, BA Vidro, Suma,Dia, Revigrês, Sanindusa, Tupai, Prio

Parque de Tanques, Novabase,Conideu e Leroy Merlin foram asescolhidas entre os clientes daAçoreana. A viagem incluiu a visita àCentral Termoeléctrica do Caldeirão

e à Central Geotérmica do PicoVermelho, em São Miguel. Na ilhade Santa Maria, as empresasvisitaram o novo Centro deFormação Aeronáutica da SATA.

EDA: Investir em equipamentosque permitem evitar acidentesA electrocussão é o maior riscoque os trabalhadoresda EDA - Electricidade dosAçores enfrentam.

A companhia eléctrica açorianainvestiu em 2013 cerca de 240 mileuros na área de prevenção e se-gurança. O valor contempla for-mação na área da Higiene e Segu-rança no Trabalho, atribuição deequipamentos de segurança etrabalhos realizados no âmbito daactividade da Gestão do Sistemade Segurança da empresa.

A preocupação da EDA com otema da segurança começou porse centrar no equipamento: nasbotas, nos capacetes, no farda-mento, assim como na protecçãodos motores ou dos depósitos,que são separados por uma bar-reira física para que, em caso deincêndio, este não se propague.Agora, é mais comportamental,ou seja, há muitas acções de for-mação e sensibilização, criaçãode regras e procedimentos. “Nãoé só utilizar, é saber utilizar”,afirma Carlos Pires Santos, coor-denador de Prevenção e Segu-

rança da EDA. O maior risco quecorrem os seus trabalhadores é aelectrocussão. Mas é também otema “mais trabalhado”, consi-dera Maria do Carmo Borrego, di-rectora de recursos humanos,que acrescenta: “quando há umacidente, existem várias causas:muitas vezes é o não cumpri-mento de procedimentos. Abre-via-se o trabalho cortando nosprocedimentos”.

Trabalhar numa central comoa do Caldeirão, nos arredores dePonta Delgada, que funciona comcombustíveis fósseis, não é fácil.

Há um ruído constante e um in-tenso cheiro a combustível. “Fa-zemos o controlo no terreno atra-vés da qualidade do ar e do ruído ea nível da Medicina do Trabalhotambém há controlo. “Temosmédicos e fazem-se consultas eexames constantes”, explica Car-los Santos. Os equipamentos são,neste ambiente, essenciais e ostrabalhadores que estão nas áreasmais afectadas usam máscarascom filtros apropriados e protec-ção da audição.

Na central decorrem ainda deforma regular simulacros de in-cêndios, onde são envolvidas asentidades que num aconteci-mento deste tipo interviriam.Todo o local está, no entanto,preparado para algo de pior. Ocontrolo ao pormenor de tudo oque acontece é uma das formas deantecipar os problemas.

Na sala de controlo da centraltrabalham 12 pessoas em três tur-nos, todos os dias do ano, e a ac-tividade da é monitorizada aomais ínfimo pormenor. Cada tur-no percorre a central pelo menosduas vezes. ■ I.M.

Fotografias cedidas por Açoreana

Centro localiza-se na ilha de SantaMaria e quer receber formandos dacomunidade de língua portuguesa.

Foi de cerca de 750 mil euros ovalor investido pela SATA noCentro de Formação Aeronáticapara pilotos e assistentes de bor-do da ilha de Santa Maria, nosAçores. Um centro que temcomo ambição dar formação ae-ronáutica a entidades e comuni-dades de língua portuguesa.

No centro, é possível simularacidentes e ensinar o que usual-mente se ensina aos tripulantes:como agir em caso de incêndio abordo ou em aterragens forçadasou num parto, por exemplo. Eapesar de ter vindo dar respostaàs necessidades de formação dostrabalhadores de ar e de terra nasáreas de higiene e segurança, ocentro obteve recentementeuma licença da IATA para poderdar formação externa.

A estratégia de gestão de risco

da empresa passa por váriasáreas além desta. “A SATA contacom um gestão integrada e par-ticipativa em todas as áreas donegócio, nomeadamente a segu-rança operacional da actividadede transporte aéreo, gestão dasegurança das instalações aero-portuárias e na segurança física epsíquica dos seu colaboradores”,enumera José Raposo, coorde-nador do Serviço do Gabinete deSegurança, Saúde no Trabalho eAmbiente da SATA.

Na área da higiene e seguran-ça, o investimento directo que acompanhia faz ronda os 460 mileuros anuais. Neste valor está

incluído o funcionamento doserviço de Segurança e Saúde,com 11 colaboradores, entre osquais quatro médicos, dois en-fermeiros, dois técnicos de se-gurança, um fisioterapeuta, umtécnico de gestão ambiental eum administrativo.

O fisioterapeuta, por exem-plo, anda muitas vezes de ilhaem ilha para apoiar os trabalha-dores com problemas. Um dosmaiores têm que ver com o car-regamento de bagagens. De fac-to, mais de metade das causas debaixa por acidente de trabalhoda empresa têm a ver com lesõesmusculares provocadas pelomanuseamento de bagagens.

A gestão de risco da SATA in-clui a integração de áreas como asegurança operacional da acti-vidade de transporte aéreo, agestão da segurança das instala-ções aeroportuárias e a seguran-ça física e psíquica dos seus co-laboradores. ■ I.M.

ELECTRICIDADE

43% geotérmicaQuase metade da electricidadeproduzida em São Miguel temorigem nas centrais geotérmicasda ilha. Em Portugal, este é oúnico local onde se produzelectricidade com base no calorsubterrâneo. A central visitada,no Pico Vermelho, é monitorizadaà distância, não tendo qualquertrabalhador no local.

COLABORADORES

1200As duas empresas do universoSATA (SATA Air Açorese SATA Internacional) têmcerca de 1200 trabalhadores.

1 No Centro de Formação Aeronáutica da SATA Santa Maria foisimulado um salvamento na água. Apesar da balsa do centro levaraté 15 pessoas, os barcos reais, disponíveis nos aviões, têmcapacidade para entre 44 a 80 pessoas. Um avião tem, no mínimo,quatro barcos destes. 2 A formação compreende um hipotéticoincêndio a bordo. 3 Formação em primeiros socorros. 4 A centralda EDA do Pico Vermelho, em São Miguel, funciona com base nageotermia. Os poços têm até dois mil metros de profundidade.

4 SATA: Um centro de formaçãopara países de língua portuguesa

Tiragem: 4653

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