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Imagem e Cultura:

condicionantes históricos da química

Waldmir Araujo Neto

Laboratório de Estudos em Semiótica e Educação Química – Leseq Instituto de Química Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ

waldmir@iq.ufrj.br

www.leseq.org

Imag

em

Imagem [Eikóna ; Image ; Bild ; Image ; izobrazheniye]

His

tóri

a e

Iden

tid

ade

Grotte de Lascaux (França) 14C = 20.000 a.C.

His

tóri

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Iden

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ade

Toca do Boqueirão da Serra Furada (Piauí) 14C = 12.000 a.C.

His

tóri

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Cueva de las Manos (Santa Cruz – Argentina) 14C = 7.300 a.C.

His

tóri

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Iden

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ade

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rajo

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1

4C

= 4

00

D.C

.

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er d

a Im

agem

“Com o retrato do objeto é possível adquirir poder sobre ele”

(Arnold Hauser, 1968)

Pod

er d

a Im

agem

(...) a natureza que a cultura usa para criar uma segunda natureza, a faculdade de copiar, imitar,

explorar diferenças, entregar-se e tornar-se Outro.

A magia da mimese está no ato de desenhar e copiar a qualidade e o poder do original, a tal

ponto que a representação pode até mesmo assumir aquela qualidade e poder.

(Michael Taussig, 1993) sobre a Mimese

A Im

agem

diz

e n

ão d

iz

Kevin Carter (1994) Prêmio Pulitzer

Sem

ióti

ca

SIGNOS

E AS RAÍZES DA CULTURA PARA PRODUÇÃO DE SENTIDOS

Sem

ióti

ca

Vaso Palikur 14C = 900 D.C. Usado para a bebida do Caxiri

Jibóia

Tuiuiú (Jaburú)

Tarambola (ave)

Jabuti

Garça

M. van den Bel. The Talikur Potters. Bol. Mus. Para. Emílio Goeldi. v. 4, n. 1, p. 39-56, 2009

Sem

ióti

ca

Motivos:

temepianá

(motivo de cobra jibóia), kulupienê

(“peixe”), kuwajata (escama

de curimatá) e weri-weri (pontos).

Motivos:

kulupi enê (“peixe”) ,

Atujuwá opaka (rosto da máscara

Atujuwá), mitsewenê (dente de

piranha), kuwajata (escama de

curimatá) e walamá oneputaku

(cabeça de sucuri).

Panelas Kamalupo do povo Wuajá (Alto Xingu), pintadas com composições

gráficas de motivos (imagens códigos eleitas pela comunidadde).

Sem

ióti

ca

Influências de Charles Sanders Peirce (1839-1914)

Pragmatismo Teoria Geral dos Signos

Med

iaçã

o

Modos Semióticos

Meio

Sign

o e

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e

Representâmen

Qualisigno

Sinsigno Legisigno

Objeto

Ícone

Índice Símbolo

SIGNO

Interpretante

Rema

Dicente Argumento

Tricotomias

Tric

oto

mia

Com respeito a sua própria constituição, ou

seja, seu “caráter de apresentação” (c.f.

FENOMENOLOGIA), um signo pode ser uma

qualidade (qualisigno),

[O Branco na brancura]

um existente (sinsigno),

[O Cheiro agradável em você]

ou uma lei ( legisigno)

[As palavras].

Tric

oto

mia

Com respeito a sua relação com o objeto, ou

seja, seu “caráter de interpretativo” , um

signo pode ser um

ícone ,

um índice ,

ou um símbolo .

Tric

oto

mia

Ícone é um signo que se refere ao objeto que denota

apenas em virtude de seus caracteres próprios, caracteres

que ele igualmente possui, quer um tal objeto realmente

exista ou não.

Classes: imagem, diagrama e metáfora

Tric

oto

mia

Índice é um signo que se refere ao objeto que

denota em virtude de ser afetado por ele. Implica

uma conexão existencial.

Tric

oto

mia

Símbolo é um signo que se refere ao objeto que

denota em virtude de uma lei, normalmente uma associação de idéias que opera no sentido de fazer

com que o símbolo seja interpretado como se referindo àquele objeto.

O ícone sugere.

O índice indica.

O símbolo representa.

Tric

oto

mia

Rema é um signo que se refere ao seu interpretante

de forma VAGA. Pode ser verdadeiro ou falso, pois não provê informação específica. O rema nos brinda

com características gerais.

Dicente é um signo que se refere ao seu

interpretante estabelecendo uma conexão real. Estabelece propriedades.

Argumento é um signo que se refere ao seu

interpretante estabelecendo uma conexão sistemática e inferencial. O argumento tem valor proposicional.

Expande as possibilidades de conhecimento.