Impacto Femoroacetabular Dr. André Gaudêncio Ignácio de Almeida HOSPITAL 3ª Reunião Científica...

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Impacto Femoroacetabular

Dr. André Gaudêncio Ignácio de Almeida

HOSPITAL

3ª Reunião Científica SBQ Sudeste e Jornada de Cirurgia do Quadril de

Governador Valadares

IntroduçãoEtiologia da osteoartrose na população de média idade é considerada desafiante:

Disfunção mecânica

Instabilidade estrutural e IFA

Stulberg em 1975 descreveu a

deformidade “pistol grip”, que poderia ser sequela de uma epifisiólise femoral sub clínica

A descrição de impacto foi introduzido por Murray em 1965 usando o termo head tilt

Ganz, Myers, Lavigne e colaboradores formularam o conceito de impacto fêmur acetabular, descrevendo tipos CAM,

pincer e suas combinações

Anatomia e anatomopatologia CAMEfeito cam criado por uma cabeça não esférica, associado a flexão e rotação interna causa um impacto sobre a superfície acetabular, resultando em delaminação e falência da cartilagem articular

Grande tensão de cisalhamento que sofre o

acetábulo leva a lesão cartilaginosa e danos secundários no labrum

Mecanopatologia explica as observações da patologia secundárias do impacto

Entretanto alguns indivíduos com impacto podem não ser sintomáticos como resultado de dano secundário

Portanto é possível ter a morfologia do impacto sem a sua patologia

Tipo pincer

Cabeça femoral pode ser normal em contato com um acetábulo de forma anormal, profundo ou retrovertido

O labrum fica aprisionado, sofre escoriações, pode achatar, degenerar, ocorrer formação de cistos e ossificação da fibrocartilagem

Lesão persistente pode causar uma lesão em contragolpe no acetábulo posteroinferior ou na cabeça femoral posteroinferior

Impacto misto cam-pincer

Os impactos tipo cam e pincer raramente ocorrem de forma isolada

A deformidade do tipo cam ocorre devido a hipercobertura e sobrecarga crônica

Demograficamente, a lesão do tipo cam é mais comum em jovens atletas do sexo masculino

População bimodal, média 43 anos proporção 1,9:1

Segunda população é mais jovem, 20 anos com uma proporção de 3,1:1 entre homens e mulheres e 70% relacionado ao esporte

Tipo pincer é mais comum em jovens do sexo feminino, sendo atletas ou não

Diagnóstico

Início pode ser gradual ou associado a um episódio agudo

Paciente do tipo cam, apresenta movimento articular reduzido

Mecanismo de compensação maior, movimento pélvico, levando a pubalgia e estresse na coluna lombar

Dor na flexão, adução e rotação interna Nas lesões do tipo pincer, às vezes a adm é

normal A retroversão acentuada leva a limitação da

flexão Rotação externa pode ser maior

Pode referir dor ao sentar com quadril flexionado

ou durante a prática esportiva

Sinal do “C” Dor profunda Sugere lesão intra articular

Teste para impacto anterior Quadril flexionado 90 graus

Teste impacto posteroinferior Supina/ membro fora da mesa Extensão do quadril examinado

Diagnóstico por imagem

RX Ap bacia Índice CE 20 a 45 graus

Incidência tipo Ducroquet

Flexão de 90 graus

Abdução 45 graus

Incidência de Dunn

Flexão de 45 graus

Abdução de 20 graus

Ângulo alfa maior

55 graus /impacto

Falso perfil lequesne / ortostatismo Ângulo de 60 graus da pelve em relação ao

filme Displasia acetabular e artrose postero inferior

Tomografia computadorizada

Complementar a avaliação radiológica Planejamento pré-operatório

Ressonância Nuclear Magnética

Método de escolha para avaliar as patologias intra-aticulares com mais precisão

Ângulo alpha herniation pits

Artroressonância

Injeção de gadolíneo-intra articular Quando necessita de detalhamento Sensibilidade de 92% a 100% lesão labral Acurácia de 93 a 96%

Tratamento conservador

Reconhecimento precoce do distúrbio Identificar e modificar as atividades ofensivas No atleta limitar exercícios de flexão ofensiva

para o quadril

Tratamento cirúrgico

Luxação cirúrgica controlada Proposta por Gaz e colaboradores Considerada o padrão ouro na literatura de

curto e médio prazo

Técnica Decúbito lateral, incisão lateral, osteotomia do

trocanter de posterior para anterior Preserva a artéria circunflexa femoral medial Aberta a cápsula em S Cabeça é luxada Osteoplastia e Correçao lesão labial

Estética é pouco aceitável Complicações com a osteotomia do trocanter Neuropraxia do ciático, não união do

trocanter, ossificação heterotópica

Abordagem anterior

Decúbito dorsal , incisão cutânea na prega inguinal anterior se inicia a 3 cm medial da EIAS cursando obliqua a 12 cm lateral

Expõe a crista ilíaca e faz-se a osteotomia De 8cm da crista com isso eleva-se a

musculatura subperiostealmente Capsulotomia em T A luxação nem sempre é necessária

Tratamento artroscópico

Atraente Incisões menores Tempo de recuperação rápido Potencialmente menos complicações Diagnóstica e terapêutica Inicialmente restringia-se lesão de cam

isolada e retroversão leve

Opto decúbito dorsal Sendo usado 2 ou mais portaisPrincipalmente o anterolateral e

mesoanteriorAbordo inicialmente o

compartimento centralUso de tração

Capsulotomia Regularização do rebordo Com desinserção labral Reparo do labrum Femuroplastia

Trabalho de Byrd de 200 quadris com síndrome do impacto tratamento artroscópico

Na classificação de Harris 83% de bons e excelentes resultados

Complicações observadas

Neuropraxia do nervo pudendo

Neuropraxia do nervo cutâneo lateral da coxa

Ossificação heterotópica

Úlcera escrotal Quebra de instrumental

A abordagem atual no tratamento do IFA via artroscópica se mostra eficiente e reprodutível

Trata-se de um procedimento tecnicamente exigente que requer preparação meticulosa para visualização da lesão e para orientação cuidadosa na reconstrução do osso, de modo a evitar ressecção inadequada ou excessiva

Obrigado!Obrigado!

andregaudencio@uol.com.br