Imperialismo e Neocolonialismo - Escola Monteiro Lobato ... · IMPERIALISMO DOS E.U.A. -Após...

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Imperialismo e

Neocolonialismo

(1850-1945)

Professor Bernardo Constant

IMPERIALISMO NA ÁFRICA

Até a década de 1870, alguns países europeus possuíam acordos

econômicos com reinos africanos ou controle parcial sobre certas

regiões. No entanto, três situações marcaram uma maior presença

europeia no continente:

- O interesse do rei belga Leopoldo I (e principalmente de seu filho e

sucessor, Leopoldo II), nos recursos da região do Congo levou o rei a

fundar uma Associação para explorar o território.

- Expedições portuguesas geraram a ocupação de territórios no

interior de Moçambique.

- A crescente presença francesa na Argélia, Egito, Tunísia e

Madagáscar se fez notar a partir de 1830.

A PARTILHA DA ÁFRICA

O sucesso dessas iniciativas gerou um grande

interesse nas potências europeias por territórios

africanos.

As possibilidades de disputas pelo domínio das

terras levaram os países europeus a organizarem

a chamada Conferência de Berlim. Essa

conferência, solicitada por Portugal, foi

organizada pelo primeiro-ministro alemão Otto

von Bismarck entre 1884-1885.

A CONFERÊNCIA DE BERLIM

- No encontro, as potências européias negociaram a

divisão e ocupação de territórios coloniais na África,

definindo que região pertenceria a que império.

- A conferência adotou o discurso de que a colonização

seria uma missão civilizatória, o “fardo do homem branco”.

- Por pressão do Reino Unido (com o Ultimato de 1890),

foi estipulado que Portugal deveria abrir mão de suas

demandas territoriais em relação a Angola e Moçambique.

LALALA

IMPERIALISMO NA ÁSIA

- O principal país asiático a adotar políticas imperialistas foi o Japão,

que a partir da modernização estimulada durante a Era Meiji, se

tornou uma potência capitalista e industrial na região.

- O império nipônico anexou a Coréia e regiões da China como a ilha

de Formosa e a Manchúria. Para garantir o controle desses dois

últimos territórios, entrou em guerra tanto com o império chinês

(guerra Sino-japonesa, 1894-1895) quanto contra o russo (Guerra

Russo-japonesa, 1904-1905), respectivamente.

IMPERIALISMO EUROPEU NA ÁSIA

- No entanto, impérios europeus (principalmente o francês e o

britânico) também controlaram vastas regiões no continente.

- A Índia, colônia britânica, tinha papel-chave como fornecedora de

chá e algodão – bem como de gigantesco mercado consumidor de

bens industrializados.

- As colônias britânicas na Índia eram controladas diretamente pela

Companhia das Índias Orientais, uma empresa privada com ampla

autonomia em suas atividades.

- Posteriormente, a China também sofreu domínio colonial britânico,

a partir da vitória inglesa na Guerra do Ópio em 1842.

IMPERIALISMO NA ÁSIA

IMPERIALISMO DOS E.U.A.

- Após concluir a Marcha para o Oeste e a conquista de territórios do

norte do México, os E.U.A. passaram a desejar exercer influência

no resto das Américas e sobre a Ásia.

- Os E.U.A. justificavam seu expansionismo sob o discurso do

“destino manifesto”, que afirmava a superioridade da organização

política e da raça branca anglo-saxã na América do Norte. Tinha

notável semelhança ao discurso do “fardo do homem branco”.

- Para além da influência militar, o domínio econômico das regiões

onde os E.U.A interviram ficou a cargo da United Fruit Company e

outras empresas transnacionais do ramo alimentício e agrícola.

POLÍTICA EXTERNA DOS E.U.A.

- Sob a presidência de Theodore Roosevelt (1901-1909), se

consolida a política externa que define o imperialismo americano.

- A chamada Doutrina Monroe (elaborada inicialmente em 1820) foi o

ponto central da política dos E.U.A. diante da Europa. Ela pregava

“a América para os americanos” para rejeitar a intervenção

(econômica, política, militar) dos impérios europeus no continente.

- Já diante dos demais países das Américas, vigorou a ideologia do

“Big Stick”, que diz: “fale mansamente e carregue um grande

porrete”. Os E.U.A. começaram a se apresentar como a “polícia do

mundo”.

IMPERIALISMO NAS AMÉRICAS

- Nas Américas, seus alvos foram as últimas colônias espanholas :

Cuba e Porto Rico.

- Cuba caiu sob tutela dos E.U.A. ao aceitar ajuda militar no seu

processo de independência – que se torna parte da Guerra

Hispano-Americana (1898).

- Como compensação, os americanos obrigaram os cubanos

independentes a assinar a Emenda Platt (1901), que dava poderes

de intervenção política e militar na ilha ao governo americano.

IMPERIALISMO AMERICANO NO ORIENTE

- No Pacífico, os E.U.A exerceram influência sobre diversas ilhas

entre a costa oeste do país e a Oceania.

- O arquipélago do Havaí se tornou protetorado americano,

eventualmente vindo a ser anexado ao território do país.

- As Filipinas também foram alvo da interferência americana depois

da Guerra Hispano-Americana.

O império

britânico na

década de

1920.

O império

francês na

década de

1910.

Expansão do

império japonês

entre 1870 e

1942.

“Trem a vapor entre Tóquio e Yokohama”. – Utagawa Hiroshige III, 1875.

“Lugares famosos de Tóquio: Vista da Ponte Azuma e explosão distante de um torpedo” - Inoue Tankei, 1888.

Imperador Meiji Mutsuhito aos seus cinquenta anos.

O império

britânico,

liderado pela

“Civilização”,

combate o

“Barbarismo”

africano.

Revista Puck,

10 dez. 1902.

“Alguém tem que

ceder” quando o

“caminhão da

civilização, comércio

e progresso”

encontra a horda de

“400 milhões de

bárbaros”.

Revista Puck.

“Após muitos anos”,

a velha Britânia

recebe a jovem

Colúmbia como um

poder imperial.

Revista Puck, 15 de

junho de 1898.

“O Fardo do Homem

Branco”, Revista

Puck, 1º de abril de

1899.

Menina do Congo

diverte pessoas

em zoológico humano

em Bruxelas, Bélgica

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em Bruxelas, Bélgica.