Post on 13-Aug-2020
2016 foi um ano de muitas dificuldades para a indústria. Os indicadores de atividade industrial mostraram expressivas quedas na comparação com 2015. O faturamento real recuou 12,1% e as horas trabalhadas, 7,6%. Os dados de mercado de trabalho também foram negativos: na comparação com 2015, o emprego caiu 7,5%, a massa salarial, 8,6% e o rendimento médio 1,2%. A utilização da capacidade instalada (UCI) permaneceu baixa ao longo de todo o ano, 2 pontos percentuais abaixo da média de 2015 e 4,9 pontos percentuais abaixo da média entre 2003 e 2014.
Ano de queda para a indústria
INDICADORESINDUSTRIAIS
Indicadores CNIISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 12 • dezembro de 2016
Os resultados de dezembro mostram que a UCI (dessazonalizada) terminou o ano em 76%, o menor valor da série histórica, com início em 2003. Massa salarial e rendimento médio recuaram pelo terceiro mês consecutivo.
De positivo, destaca-se que o emprego cresceu em termos dessazonalizados pela primeira vez após 23 meses. Adicionalmente, as horas trabalhadas cresceram pelo segundo mês consecutivo. O faturamento manteve-se praticamente estável.
Indicadores industriais - dezembro 2016 Variação frente a novembro de 2016 – com ajuste sazonal
Ç FATURAMENTO REAL Aumento de 0,1%
Ç HORAS TRABALHADAS NA PRODUÇÃO Aumento de 1,0%Indústria Petrolífera
Indústria Química
Pequena Média Grande
Indústrias Diversas
Indústria da Construção Indústria de Energia
Ç UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADAQueda de 0,4 ponto percentual
Ç EMPREGO Aumento de 0,2%
Ç MASSA SALARIAL REAL Queda de 1,6%
Ç RENDIMENTO MÉDIO REALQueda de 1,2%
2
Indicadores industriaisISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 12 • dezembro de 2016
Horas trabalhadas na produçãoDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Horas trabalhadas aumentam pelo segundo mês consecutivoAs horas trabalhadas na produção aumentaram 1% em dezembro na comparação com novembro, quando excluídos os efeitos sazonais. Com o aumento, o segundo consecutivo, as horas trabalhadas acumulam 1,8% de crescimento no último bimestre de 2016. O valor reverte toda a queda do mês de outubro. As horas trabalhadas na produção reduziram-se em 7,6% em 2016 na comparação com 2015.
EmpregoDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Faturamento se estabilizaO faturamento real da indústria manteve-se praticamente estável em dezembro, quando descontados os efeitos sazonais: um aumento de apenas 0,1% na comparação com novembro. A estabilidade ocorre depois do forte crescimento do mês anterior, de 4,6%. Na comparação entre 2016 e 2015, o faturamento industrial caiu 12,1%.
Faturamento realDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16
100
110
120
130
140
dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16
99
103
107
111
115
119
dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16
85
95
105
115
Emprego cresce após 23 mesesNa série livre de efeitos sazonais, o emprego cresceu 0,2% em dezembro, após 23 meses sem registrar crescimento. Comparando o resultado acumulado de 2016 com o do ano passado, o emprego caiu 7,5%.
3
Indicadores industriaisISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 12 • dezembro de 2016
dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16
77
79
81
83
85
Rendimento em queda
Rendimento médio real
O rendimento médio na indústria também caiu pelo terceiro mês consecutivo em dezembro. Descontados os efeitos sazonais, o rendimento recuou 1,2% em dezembro e acumula queda de 4,3% no trimestre. No acumulado do ano, o rendimento registrou queda de 1,2% em 2016.
Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Deflator: INPC-IBGE
Ociosidade recorde
Utilização da capacidade instaladaDessazonalizado (percentual médio)
Deflator: INPC-IBGE
A utilização da capacidade instalada encerrou 2016 em seu menor nível desde o início da série dessazonalizada, em 2003: 76%. O percentual médio da UCI em 2016 foi 2,0 pontos percentuais abaixo do registrado em igual período em 2015 e 4,9 pontos percentuais abaixo do percentual médio registrado entre 2003 e 2014.
76,0%
Indústria Petrolífera
Indústria Química
Pequena Média Grande
Indústrias Diversas
Indústria da Construção Indústria de Energia
Terceira queda consecutiva da massa salarialA massa salarial recuou pelo terceiro mês consecutivo em dezembro, descontados os efeitos sazonais. Com a queda de 1,6% registrada em dezembro, a massa salarial acumulou queda de 5,7% no último trimestre de 2016. No acumulado do ano, a massa salarial caiu 8,6% na comparação com 2015.
Massa salarial realDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)
Deflator: INPC-IBGE
dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16
110
115
120
125
130
135
dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 dez/16
110
115
120
125
130
Indicadores industriaisISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 12 • dezembro de 2016
1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE
VARIAÇÃO PERCENTUAL DEZ16/ NOV16 DEZ16/ NOV16DESSAZ. DEZ16/ DEZ15 JAN-DEZ16/
JAN-DEZ15
Faturamento real1 -2,7 0,1 -4,8 -12,1
Horas trabalhadas na produção -7,7 1,0 -1,1 -7,6
Emprego -1,4 0,2 -5,0 -7,5
Massa salarial real2 12,3 -1,6 -8,7 -8,6
Rendimento médio real2 13,9 -1,2 -3,8 -1,2
PERCENTUAL MÉDIO DEZ16 NOV16 DEZ15
Utilização da capacidade instalada 73,9 77,2 75,6
Utilização da capacidade instalada - Dessazonalizada 76,0 76,4 77,7
Resumo dos resultados - Indicadores industriais
INDICADORES INDUSTRIAIS | Publicação Mensal da Confederação Nacional da Indústria - CNI | www.cni.org.br | Diretoria de Políticas e Estratégia - DIRPE | Gerência Executiva de Política Econômica - PEC | Gerente-executivo: Flávio Castelo Branco | Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade - GPC | Gerente-executivo: Renato da Fonseca | Equipe: Marcelo Souza Azevedo, Edson Velloso e Priscila Garcia | Núcleo de Editoração CNI | Design gráfico: Alisson Costa | Serviço de Atendimento ao Cliente - tel.: (61) 3317-9992 - email: sac@cni.org.br | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.
Veja mais
i Mais informações como série histórica e metodologia da pesquisa em: www.cni.org.br/indindustriais