Post on 26-Mar-2018
FILO ASCOMYCOTA
Profª. Msc. Flávia Luciane Bidóia Roim
Introdução
O filo Ascomycota com mais de 60 mil espécies
descritas: grupo mais numeroso
Habitat: Solo, água, plantas, animais, materiais
apodrecidos e outros substratos;
Introdução
Fungos superiores estruturas de frutificação
complexas (juntamente com Basidiomycota).
Produzem frutificações macroscópicas comestíveis e valiosas;
Fermentos de importância industrial.
Saprófitas, parasitas de plantas, líquens,
ectomicorrizas e fungos unicelulares;
Classificação
Zoósporos com
um flagelo ou
outros tipos de
esporos; quitina
na parede
celular (FUNGI)
Hifas
cenocíticas
Hifas septadas
Chytridiomycota
Zygomycota
Esporos Sexuais
Exógenos
(Basídios)
Esporos Sexuais
Endógenos
(Ascos)
BasidiomycotaBasidiomycota
Ascomycota
Ascomycota: características
Parede celular rica em quitina e β-1,3-glucano;
Micélio septado;
Esporos imóveis;
Fase sexual (ascógena) e fase assexual
(conidial);
Esporos sexuais em ascas.
Ascomycota: fungos comestíveis
Morchella esculenta Tuber melanosporum
Ascomycota: fungos úteis
Saccharomyces spp. Penicillium spp.
Ascomycota: simbiontes
Líquens Ectomicorrizas
Ascomycota: fitopatogênicos
Saprófitas Parasitas obrigatórios
Reprodução
Muitos dos Ascomycetes apresentam duas
fases distintas em seu ciclo de vida:
Fase assexual ou conidial (forma mitospórica
ou imperfeita).
Fase sexual ou ascógena (forma perfeita);
Ascomycota: ciclo de vida
Formação dos Ascospóros
Reprodução assexuada
fissão binária ou gemulação: leveduras
formação de esporos assexuais: conídios
Conídios Livres
Conídios em corpos de frutificação
Ocorrem na grande maioria dos agentes causais de
doenças
Reprodução assexuada
Os esporos da fase
assexuada, chamados de
conídios, são produzidos
por mitose, diretamente em
hifas modificadas
(conidióforos) ou no interior
de corpos de frutificação
(picnídios ou acérvulos)Microscopia eletrônica de varredura : Hifas (verde),
esporângio (laranja) e esporos (azul), Penicillium sp.
(aumento de 1560 x).
AcérvuloPicnídio
Reprodução assexuada
formação de ascósporos no interior de ascas;
ocorrência de órgãos sexuais especializados;
formação de ascocarpos.
Plasmogamia contato gametangial;
Espermatização;
Somatogamia.
Reprodução sexuada
Estrutura dos ascocarpos
Liberação de ascósporos
Operculata
Com poro
Bitunicada
Corpos de frutificação (ascomas)
PERITÉCIO
forma de pêra (fechado); ascos são eliminados por uma
abertura (ostíolo). Ex.: Ceratocystis fimbriata; Diaporthe spp.
APOTÉCIO
forma de taça (aberto); conjunto ascos alinhados = himênio. Ex.:
Sclerotinia sclerotiorum; Monilinia fruticola.
Corpos de frutificação (ascomas)
CLEISTOTÉCIO
fechado, arredondado; parede se rompe na maturação para
liberar ascósporos; ascos soltos (não forma himênio). Ex.:
Erysiphe spp (oídios).
Corpos de frutificação (ascomas)
Corpos de frutificação (ascomas)
ASCOSTROMA
origina-se de um estroma cujo interior sofreu dissolução,
formando lóculos. Ex.: Venturia inaequalis (sobrevivência);
Mycrocyclus ulei.
Corpos de frutificação (ascomas)
Ordem Taphrinales
Ordens Microascales, Hypocreales,
Diaporthales, Phyllachorales
Ordem Helotiales
Ordem Dothideales
Ordem Erysiphales
Ascomycota: principais ordens
Ordem Taphrinales – Ascos Nús
Taphrina deformans (crespeira do pessegueiro)
A doença se desenvolve nas
folhas – Causando
engrossamento e hipertrofia.
As áreas encrespadas podem
desenvolver uma cobertura
branca de esporos.
Controle químico
Taphrina deformans (crespeira do pessegueiro)
Folha de pessego
infectada
E saudável
Folha de pêssego
infectada
E saudável
camada de ascos em
Folha e frutas
infectada .
Conídios
hibernação.
Germinação dos
Conídios .
Penetração no
tecido
hospedeiro
Crescimento
micelial
No interior da
célula
Ascospóros nos
ascos
Crescimento ascos
na cuticula
Ordem Microascales - Peritécio
Ceratocystis fimbriata (seca de ramos em árvores).
Ascósporos disseminados por coleópteros que fazem galerias
no tronco e nos ramos das árvores; peritécio com rostro longo e
ostíolo na extremidade
Sintoma: Aparecimento de
murcha seguida da morte das
árvores;
No Brasil - Acacia decurrens
em 1988, no estado de SP
,
Recomenda-se o
arranquio e queima.
Ordem Microascales
Ceratocystis fimbriata (seca de ramos em árvores).
Ordem Hypocreales - Peritécio
Gibberella spp.(fase teliomórfica de Fusarium spp.)
G. fujikuroi: gigantismo do arroz/ G. zeae: podridão da
espiga em milho/trigo.
Nectria spp. fases teliomórficas de Fusarium solani
e Verticilium spp.
Claviceps purpurea: ergot do centeio
(escleródio púrpura).
Ordem Hypocreales
Gibberella zeae (podridão da espiga em milho/trigo).
Ordem Hypocreales
Claviceps purpurea (ergot do centeio). Hospedeiro : azevém
Doença muito preocupante em
vários países, pois produz um
alcalóide muito tóxico ao
homem e aos animais. Em
doses diminutas, esse alcalóide
é usado como medicamento
abortivo.
É importante obedecer às
normas de rotação de
culturas e usar materiais
resistentes e semente de
procedência.
Ordem Diaporthales - Peritécio
Diaporthe spp. (fase teliomórfica de Phomopsis spp.);
D. phaseolorum = cancro da haste da soja
Cultivares Resistentes;
Controle Químico;
Controle Biológico;
Ordem Diaporthales
Diaporthe citri = melanose em citros
O controle químico deve ser efetuado
quando os frutos ainda estiverem no
tamanho de bola de gude.
O controle é muito difícil, pois o fungo
penetra nos frutos quando eles estão
muito pequenos e só apresenta
sintomas quando o fruto está
madurando.
Ordem Phyllachorales - Peritécio
Glomerella spp. (fase teliomórfica de Colletotrichum
spp. e Entomosporium spp.) = antracnoses;
Lesões marrom-claras sobre os frutos,
Lesões necróticas marrom.
Massas de esporos alaranjados
freqüentemente ocorrem no centro.
Controle: Destruição de restos
culturais e controle químico.
Ordem Phyllachorales
Phyllachora spp.: manchas foliares em diversas plantas.
Ordem Phyllachorales
Phyllachora spp.
Ordem Helotiales - Apotécio
Sclerotinia spp.: fase teliomórfica de Sclerotium
spp. (mofo branco)
Monilinia spp.: fase teliomórfica de Monilia
spp. (podridão parda do pessegueiro)
Botryotinia spp.: fase teliomórfica de Botrytis
spp. (mofo cinzento).
Sclerotinia spp.Ordem Helotiales
a) Apotécios produzidos em pêssego mumificado; b) paráfise e asco com
ascósporos; c) ascosporo maduro.
Monilinia fructicola - podridão parda
Sclerotinia sclerotiorum ( Mofo branco ) + de 400 espécies de
plantas (feijão, girassol, soja e algodão).
Ordem Dothideales - Ascostroma
Venturia inaequalis fase teliomórfica de Spilocaea spp. (sarna
da macieira)
Microcyclus ulei (mal-das-folhas da seringueira)
Mycosphaerella spp. fase teliomórfica de Cercospora spp.,
Ramularia spp. Septoria spp., Cladosporium spp., Aperisporium
spp., Ascochyta spp., etc (manchas foliares);
M. musicola = mal de Sigatoka;
M. fragariae = mancha foliar morango;
M. caricacea = varíola do mamoeiro.
Elsinoe spp. fase teliomórfica de Sphaceloma spp. (verrugose
dos citros)
Ordem Dothideales
Venturia inaequalis – Sarna da macieira
Ordem DothidealesVenturia inaequalis
Ordem Dothideales
Mycosphaerella musicola Mal-de-Sigatoka
Mycosphaerella musicola
Ordem Dothideales
Ordem Erysiphales - Cleistotécio
Erysiphe spp., Blumeria spp., Podosphaera spp., Uncinula spp.,
etc fases teliomórficas dos oídios (Oidium spp., Oidiopsis spp.
e Streptopodium spp.)
Eurotium spp., Sartoria spp. e Emericella spp. fases
telimórficas de Aspergillus spp.
Eupenicillium spp. e Carpenteles spp. fases teliomórficas de
Penicillium spp.
Phyllactinia spp. fase teliomórfica de Ovulariopsis spp. (oídio).
Produção ascomas esféricos, do tipo cleistotécio,
na superfície do hospedeiro;
Liberação ascósporos: rompimento da
parede do cleistotécio, que
expõe os ascos bitunicados;
Erysiphe graminis
conídios
conídióforo
a) Haustório no interior da célula do hospedeiro;
b) cleistotécio, com ascos e ascósporos;
c) Oidium (fase assexual);
Ascomycota: Resumo
Parede celular com quitina, hifas septadas e esporos
sexuais endógenos (ascas).
Fase assexual conídios livres ou protegidos
(picnídios e acérvulos)
Fase sexual ascas nuas ou em ascomas
(peritécio, cleistotécio, apotécio e ascostroma)
Asca: formação de oito ascósporos
1 classe, 5 sub-classes e 8 ordens de importância.