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INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO: UM DESAFIO PARA A AÇÃO DOCENTE
MARILUCI STELMAKI DE ANDRADE1
TERESA KAZUKO TERUYA2
RESUMO: A inserção de novos recursos tecnológicos nas escolas do Paraná e a história da implantação da informática educativa, desde a década de 80, adquire relevância na formação do educador para o uso adequado destas tecnologias. O objetivo deste artigo é analisar o impacto da informática na educação e os desafios para os professores. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de campo com um grupo de professores do Colégio Estadual Marechal Costa e Silva – EF e M de Cidade Gaúcha, Estado do Paraná, sobre utilização das mídias na educação, em especial, o uso do computador com acesso à internet. Na coleta de dados, foi aplicado um questionário semi-estruturado para obter o perfil dos sujeitos. Em seguida, foi oferecido uma oficina com a finalidade de verificar o interesse deste grupo de professores na busca do conhecimento técnico operacional e principalmente do conhecimento pedagógico, em relação à utilização do computador e da internet. Os dados empíricos indicam a existência de um grande interesse por parte dos professores pela informática educativa e a necessidade de uma formação continuada em relação às tecnologias. A conclusão obtida foi de que o amparo técnico e pedagógico da SEED deve contemplar uma consciência crítica das tecnologias de informação e comunicação, porque sem uma metodologia adequada não há uma melhoria na qualidade de ensino e de aprendizagem na escola pública.
Palavras-chave: Formação de professores. Informática na educação. Concepções pedagógicas. Trabalho docente.
RESUMEN: La inserción de nuevos recursos tecnológicos en las escuelas de Paraná y la historia de la implementación de la informática educativa, desde la década de 80, adquiere relevancia en la formación del educador para que este haga uso adecuado de las tecnologías. El objetivo de este artigo es analizar el impacto de la informática en la educación y los desafíos a los maestros. Para eso, fue realizada una investigación con un grupo de maestros de Ciudad Gaucha, Estado de Paraná, sobre la utilización de las tecnologías en la educación, en especial, el uso del ordenador con acceso de la Internet. Para la reunión de los dados, fue aplicado un cuestionario estructurado para obtener el perfil de los maestros. Después, fue ofrecida una ayuda para ellos, sobre conocimiento técnico operacional y principalmente técnico pedagógico con relación a la utilización del ordenador y de la Internet, para verificar la gana que los maestros tenían en aprender. Los dados resultantes indican un gran interés de los maestros por la informática educativa y la necesidad de una formación tecnológica continuada para ellos. La conclusión obtenida fue que al suporte técnico y pedagógico de la SEED debe contemplar una
11Professora da Rede Estadual de Ensino do Paraná, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional – 2007/2008 – Cidade Gaúcha, Paraná, Brasil. e-mail: stelmakiandrade@uol.com.br 2Docente do Departamento de Teoria e Prática da Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Maringá – UEM. Orientadora do Programa de Desenvolvimento Educacional do Estado do Paraná. e-mail: tkteruya@gmail.com
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conciencia critica de las tecnologías de información y comunicación, pues sin una metodología adecuada no hay mayor calidad de enseñanza y aprendizaje en la escuela pública.
Palabras llave: Formación de maestros, informática en la educación. Concepciones pedagógicas. Trabajo docente.
INTRODUÇÃO
Este artigo propõe uma discussão sobre os recursos da tecnologia de informática
como ferramenta pedagógica no espaço escolar. A instalação de computadores com
acesso a internet na totalidade das escolas públicas estaduais do Paraná, através do
Programa Paraná Digital, iniciado em 2003 e tendo como auge o ano de 2008, tem
provocado preocupação e entusiasmo entre educadores e educandos da escola.
As possibilidades do uso da Informática na Educação, no Brasil, tem sido objeto
de estudo de pesquisadores, mestrandos e doutorandos desde a década de 70, anterior
à do Programa de Informática na Educação iniciado oficialmente na década de 80.
Na Universidade Estadual de Maringá – UEM, já havia pesquisadores
interessados nessa área desde a década de 1980 e desenvolveram projetos de
formação de professores para trabalhar com a informática na educação.
Nas últimas décadas, o processo de informatização no setor produtivo tem
provocado mudanças sociais, econômicas e culturais significativas, configurando uma
sociedade do conhecimento e da informação. Estas mudanças estão presentes
também na sala de aula que reclama pela atualização e capacitação de professores
para lidar com as novas mídias.
Na perspectiva crítica, Newton Duarte (2001) argumenta que a denominada
sociedade do conhecimento é uma ideologia produzida pelo capitalismo e que a
democratização do acesso ao conhecimento pela internet é mais uma das ilusões desta
sociedade.
Este artigo apóia-se nas teorias de pesquisadores da área pedagógica, que
relacionam especialmente educação com tecnologia. Segundo Teruya (2006), a
contribuição do computador como mídia educacional na construção do saber é uma
questão aberta que nos remete a uma série de reflexões sobre o que esperamos da
informática na educação de nossa sociedade. A revolução tecnológica tem influenciado
na maneira de ser e de pensar dos indivíduos, no modo de perceber o mundo e no
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modo de expressar-se em relação à sociedade e a si próprio.
Na formação de professores, Valente (1997) aponta a necessidade de uma
avaliação permanente dos aspectos lógicos, psicopedagógicos e socioculturais do uso
do computador nas escolas.
A didática proposta por Gasparin (2005) é uma alternativa para a prática
pedagógica em uma perspectiva do materialismo dialético de elaboração do
conhecimento científico.
A utilização do computador como recurso pedagógico da instituição escolar, não
garante a melhoria do desempenho escolar. Isso significa que para melhorar a
qualidade do ensino é necessário formar os professores para a utilização da tecnologia
em uma perspectiva crítica.
A necessidade do uso adequado desta ferramenta pedagógica, que por si só não
garante a melhora da qualidade do ensino, justifica uma análise do conhecimento e do
interesse do educador, responsável direto pela inclusão digital, adequada ou não da
maioria da população estudantil de escola pública.
A participação no processo de construção de uma nova sociedade, na qual todos
possam usufruir os benefícios proporcionados pelas conquistas científicas, no âmbito
da escola, pressupõe o conhecimento das inúmeras possibilidades oferecidas pelas
tecnologias. Esses recursos têm implicações positivas e negativas que necessitam de
averiguação e conhecimento do educador, uma vez que muitos jovens utilizam o
computador apenas como entretenimento.
Após a instalação do Laboratório de Informática em nossa escola, foi realizada
uma pesquisa de campo junto a um grupo de professores. Para investigar o
conhecimento e o interesse de cada docente em se apropriar da informática na
educação como ferramenta pedagógica, foi aplicado um questionário semi-estruturado
para quarenta e oito professores da Escola Estadual Marechal Costa e Silva no
município de Cidade Gaúcha, estado do Paraná, quando vinte e nove responderam e
se dispuseram a participar da pesquisa. Utilizamos a metodologia descritiva e
exploratória de cunho qualitativo, para realizar uma intervenção pedagógica. Após a
aplicação do questionário, oferecemos uma oficina com duração de 20 horas/aula, com
o intuito de realizar uma observação direta, estabelecer diálogo e trocar experiências
acerca da proposta de implementação da informática na educação.
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Os dados obtidos possibilitaram a visualização do perfil dos professores sobre a
informática na educação formal. Destacamos o interesse dos educadores na utilização
de computadores e a euforia dos alunos para manusear os equipamentos.
A conclusão aponta as potencialidades das tecnologias de informação e
comunicação como um desafio para a ação docente, porque a consciência crítica sem
uma metodologia adequada, não garante a aprendizagem de educadores e educandos
em relação à contradição existente e nem garante que a informação se converta em
conhecimento efetivo.
Breve histórico da informática na Educação
No Brasil, as primeiras iniciativas datam no início da década de 70 do século XX,
quando as universidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul,
mobilizaram ações e projetos para pensar o uso do computador na educação. A
implantação do programa de informática na educação iniciou-se oficialmente na década
de 80, através do I e II Seminário Nacional de Informática na Educação – 1981 e 1982,
respectivamente.
A informática na educação no Paraná iniciou-se oficialmente a partir de 1987
com a implantação de um Centro de Informática Educativa – CIED, no Núcleo Regional
de Maringá, a partir do Programa Nacional de Informática Educativa - PRONINFE,
desenvolvido pelo MEC em l984. Este centro atuou até o ano de 1992, quando foi
transferido para Curitiba para o Centro de Treinamento do Magistério do Paraná –
CETEPAR. Hoje já é referência na América Latina, destacando-se por suas iniciativas,
especialmente na implantação de software livre nas escolas públicas.
Desde o final da década de 1980, ocorreram movimentos de informática
educativa no Estado do Paraná, inclusive na Universidade Estadual de Maringá – UEM.
Atualmente os trabalhos na área de informática e educação, tanto em projetos de
pesquisa quanto na formação de professores são desenvolvidos pelo Programa de
Informática Aplicada à Educação (PIAE) e o Grupo de Estudos e Pesquisas em
Informática Aplicada à Educação – GEPIAE, junto ao Departamento de Teoria e Prática
da Educação (DTP) e ao Programa de Pós-graduação em Educação (PPE) da
Universidade Estadual de Maringá.
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Em 2003, é lançado pela Secretaria Estadual de Educação, o Programa Paraná
Digital e o Portal Dia-a-Dia Educação. Em 2004, foi criada a Coordenação Estadual de
Tecnologia na Educação e em conseqüência, as Coordenações Regionais de
Tecnologia na Educação – CRTEs, nos 32 (trinta e dois) Núcleos Regionais de
Educação, os quais ficaram responsáveis pela pesquisa, capacitação e publicação de
informações a respeito da utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação –
TICs, no contexto escolar público do estado do Paraná.
Estes programas ampliaram o conhecimento a respeito da Informática na
Educação e despertou maior interesse da comunidade escolar, com o apoio do governo
estadual, que tem acompanhado e viabilizado a implantação das referidas propostas.
Assim, gradativamente há uma difusão da cultura do uso pedagógico das TICs,
nas escolas do Paraná.
Bases Pedagógicas da Informática
Para consolidar a incorporação de computadores no Sistema Educacional
estadual, é necessário que as lideranças educacionais continuem criando condições
para a implantação e disseminação da Informática na Educação, no que tange ao apoio
técnico e principalmente ao apoio pedagógico.
O foco principal na educação escolar deve ser a criação de ambientes de
aprendizagem para que ocorra a assimilação da informação que leve à concretização
do conhecimento capaz de promover a aprendizagem significativa dos conteúdos.
Em oposição às bases conceituais do tecnicismo, após 20 anos de pesquisas em
Informática na Educação, no início da década de 1980, surgiu nos Estados Unidos, a
linguagem de programação Logo e sua metodologia criados por Seymour Papert, com
fins educacionais. (VALENTE; ALMEIDA, 1997).
Essa nova linguagem propõe superar a abordagem instrucionista baseada no
tecnicismo, para propor uma abordagem construcionista baseada no construtivismo
piagetiano. O uso da tecnologia na abordagem construcionista objetiva a participação
ativa do aluno no processo de construção do conhecimento, para o desenvolvimento de
habilidades como a iniciativa pessoal, comunicação e trabalho em grupo, com a
participação do professor como facilitador da aprendizagem.
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Entendemos que a função do professor é o de “ensinar”, tendo como premissa a
efetiva aprendizagem dos alunos. Os resultados do processo educativo estão
intimamente relacionados com a prática pedagógica desenvolvida pelo docente. O que
ensinar? Para quê e quem ensinar? Como ensinar? Para responder a estas questões é
necessário conhecer as teorias educacionais e assumir um posicionamento consistente
com uma corrente de pensamento educacional. Conhecer o papel da escola, a função
do professor e sua prática educativa de acordo com uma teoria, contribuem na melhoria
do processo de ensino e de aprendizagem.
Na sala de aula, os processos educativos assumem diversas funções e formatos,
influenciados pela realidade social e econômica vivenciada em cada época da história.
É necessário buscar uma prática que atenda a realidade social, econômica, política e
cultural do atual momento histórico.
Para Newton Duarte (2001), nenhuma prática pedagógica reproduz uma teoria
na sua forma pura, mas entende também que a prática pedagógica não ocorre sem a
influência de uma teoria, mesmo que não se tenha esta consciência. O trabalho
pedagógico não é neutro, portanto, para se pensar e executar uma prática pedagógica
é necessário o conhecimento e o debate das teorias educacionais. A tecnologia
educacional, como parte de um processo histórico, político e social, também sofre as
influências pedagógicas relacionadas a cada época.
Nesse contexto, a prática educacional está inserida em uma sociedade
essencialmente capitalista, da qual nós somos frutos. Ser reprodutor de conteúdos
vazios ou construir conteúdos significativos, depende da teoria em que se está
embasada a prática pedagógica. É preciso entender, eleger e ser coerente com a
educação que se quer e que se faz, porque toda prática se fundamenta em uma teoria
e reproduz uma ideologia.
Se a ação docente no processo de ensino e de aprendizagem tem a intenção de
promover a formação humana comprometida com uma transformação social, política e
econômica, a prática pedagógica deve ser coerente com uma teoria que argumenta em
favor do senso crítico.
De acordo com Newton Duarte, existe a possibilidade de a educação atingir seus
objetivos mais nobres, contempladas nas pedagogias que visam a socialização do
conhecimento historicamente acumulados pela humanidade.
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O método dialético de elaboração do conhecimento científico proposto por
Gasparin (2005), busca uma alternativa para a prática pedagógica. É uma possível
resposta para a aprendizagem significativa decorrente de um envolvimento intelectual e
afetivo com o conhecimento sistematizado.
O método dialético com base no materialismo histórico e na teoria histórico-
cultural de Vygotski, que sustentam o conceito de zonas de desenvolvimento,
fundamenta a pedagogia histórico cultural. Gasparin (2005) se apropria dos cinco
passos da Pedagogia Histórico-Crítica proposto por Saviani (2005) para elaborar uma
didática dentro desta perspectiva teórica.
O objetivo principal da proposta histórico-cultural é a apropriação do
conhecimento científico para a transformação social. Os objetivos específicos devem
focar duas dimensões: aprender o quê? Aprender para quê? Essas questões também
são abordadas na avaliação, sejam elas formais ou informais.
A metodologia de ensino é considerada o elemento-chave da proposta, porque
segue o método dialético de elaboração do conhecimento científico e o movimento
prática-teoria-prática.
O planejamento do processo de ensino e de aprendizagem é essencial e deve
ser elaborado de acordo com os cinco passos da Pedagogia Histórico-crítica, tendo o
conteúdo como a base da prática social do grupo. (SAVIANI, 2005).
O primeiro passo é a prática social comum a professor e aluno; o segundo, é a
identificação dos principais problemas da prática social; o terceiro, é a
instrumentalização teórica e prática; o quarto é catarse ou incorporação dos
instrumentos culturais que contem os elementos de transformação social e o quinto
passo é a prática social final. (SAVIANI, 1995)
Gasparin (2005) apresenta o desenvolvimento deste processo didático-
pedagógico como um desafio para o professor, que deve:
[...] assumir o desafio de conhecer teoricamente a proposta e criar condições para implantar essa mudança didático-pedagógica na escola: pôr em prática a nova didática para a pedagogia histórico-crítica, iniciando pela nova forma de planejar os conteúdos e as atividades escolares, executando-os com os alunos. (GASPARIN, 2005, p.123).
O autor ressalta ainda, que este desafio não é tão simples, e não depende de
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boas intenções, e sim de muito estudo, dedicação e experimentação por parte do
educador.
Possibilidades e Contradições da Informática na Educação
O computador e a Internet são produtos da indústria cultural que se constituem
em instrumentos da sociedade capitalista, cujo acesso ainda é de poucos. Assim, a
informática na educação é indispensável, neste momento histórico de desenvolvimento
tecnológico, para o processo de democratização da escola pública, porque se entende
que a desigualdade de oportunidades educacionais pode ter como conseqüência a
desigualdade econômica e social. Neste sentido, o uso das tecnologias pode contribuir
para a inclusão digital dos alunos de ensino básico da rede pública.
Faz-se necessário que a escola pública ofereça o acesso a esta realidade
tecnológica, não para engrossar a massificação cultural imposta pela mídia, mas como
ferramenta educacional mediado pelo docente. Para isso, a formação de professores
capazes de utilizar os recursos da informática de forma crítica é fundamental para
transformar as informações disponíveis em conhecimento para os alunos.
A linguagem é uma atividade constitutiva dos sujeitos, das relações sociais e das
formas de organização da sociedade, por isso o modo de se relacionar entre as
pessoas e as formas de organização da sociedade estão em permanente
transformação, em um caminho sem volta e de imprevisíveis efeitos. “Supõe-se que
uma nova tecnologia provoca o surgimento de uma nova linguagem, e esta afeta as
condições de exercício do pensamento” (LUZ, 1999, p. 50).
Atualmente, quem não está familiarizado com as tecnologias de informação e
comunicação é considerado um “analfabeto tecnológico”. Inúmeras publicações em
jornais e em revistas especializadas tratam o computador como ferramenta
indispensável ao processo de ensino e de aprendizagem. Libâneo (1999) ressalta a
indispensável formação do professor. Neste sentido, é importante que esta formação
possibilite a apropriação das diferentes linguagens existentes no mundo midiático, de
maneira crítica.
Para inovar a metodologia do professor e superar o analfabetismo tecnológico, é
preciso investir na formação de educadores para assumir uma postura ética na
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sociedade e na vida profissional. A participação no processo de construção de uma
nova sociedade, na qual todos possam usufruir os benefícios das conquistas científicas,
no âmbito da escola, deve ser uma reivindicação da comunidade escolar.
Nesta era de informação virtual, surge a cultura do excesso (TERUYA, 2006). O
enorme fluxo de informações disponíveis na internet exige a capacidade de os
professores saberem avaliar as informações acessadas para trabalhar na sala de aula.
Para utilizar este recurso é preciso saber o que se quer e saber onde e como
encontrar. Para tanto, é fundamental a presença do educador munido de uma
fundamentação teórico-metodológica e com conhecimento do conteúdo objetivado, a
fim de trabalhar pedagogicamente no ambiente informatizado, pois o acesso à
informação não significa acesso ao conhecimento.
É preciso garantir uma relação entre educador-educando com o conhecimento,
em uma constante articulação dos conteúdos com a prática social no processo de
apropriação, reprodução e produção do conhecimento. Uma consciência crítica em
relação ao uso das tecnologias pode proteger educadores e educandos dos malefícios
que a ideologia capitalista traz no bojo de sua dualidade. Não se pode cair na armadilha
de se tornar mero consumidor, mas sim usufruir das vantagens que esta tecnologia
pode proporcionar.
A mediação no processo de apropriação do conhecimento, utilizando os
computadores como instrumento, abre um leque de possibilidades, dentre as quais
podemos citar:
⇒ a interação com uma grande quantidade de informações, de maneira atrativa e
motivadora, que favorece a aprendizagem ativa e cooperativa;
⇒ possibilidades de problematizar situações, simular reações de alguns conteúdos,
por meio de programas específicos;
⇒ a reflexão sobre o resultado das ações desenvolvidas, aprendendo a criar novas
soluções, provocando o desenvolvimento de processos meta cognitivos;
⇒ a realização de cálculos complexos e recursos que permitem a construção de
objetos virtuais, imagens digitalizadas, que favorecem a leitura e construção de
representações espaciais;
⇒ múltiplas revisões e correções no texto, com inserção de objetos novos e
recursos variados em um hipertexto.
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Se a informática é uma tecnologia que pode contribuir para ampliar o acesso à
informação, a tarefa dos professores é conhecer essa ferramenta e utilizá-la para
desenvolver no aluno as percepções da realidade social.
No universo escolar, a utilização das mídias deve viabilizar a leitura da realidade concreta, não enquanto mero recurso facilitador, mas como um instrumento que permite a visualização de um conteúdo cultural. O trabalho docente deve organizar um debate crítico para estimular a curiosidade, problematizar o conteúdo fragmentado da mídia e confrontar as teorias sociológicas com as idéias e opiniões que contemplam a cultura dominante de valores, modismos e ideologias que circulam nos meios de comunicação. (TERUYA, 2006, p.79).
O trabalho docente precisa ser exercido com competência. A inclusão digital nas
escolas não pode se limitar a colocar computadores na sala de aula, mas deve ter
como objetivo a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem. A formação de
cidadãos críticos, capazes de compreender as implicações positivas e negativas das
tecnologias de informação e comunicação deve ser uma meta de todos os profissionais
da educação.
Nessa perspectiva, observa-se a utilização de computadores para promover o
debate sobre a melhoria das condições de ensino de uma comunidade escolar e propõe
uma oficina com um grupo de professores da Escola Estadual Marechal Costa e Silva
no município de Cidade Gaúcha, estado do Paraná.
Proposta de Implementação
Ao investigar a prática dos professores com o uso do computador, a professora
PDE (Programa de Desenvolvimento Educacional) teve como preocupação o processo
e não o resultado em si, com a intenção de verificar como este aprendizado se dá e
como se manifesta nas atividades e interações do cotidiano da escola.
As atividades previstas foram realizadas com um número variável de
professores, pois a participação na proposta de implementação de informática
educativa no laboratório de Informática da escola, dependida da disponibilidade de
horário de cada professor.
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ETAPA
S
ATIVIDADES INSTRUMENTOS PARTICIPAN
TES (Nº.)
CARACTERÍSTI
CA DA
ATIVIDADE1ª Levantamento sobre o conhecimento e interesse
dos professores em relação à informática
educativa
Aplicação de um
questionário
29 individual
2ª Apresentação da proposta de implementação,
diálogo sobre a importância e possibilidades de
utilização dos recursos do Laboratório de
Informática
Diálogo com os
participantes da
pesquisa e
convidados
18 coletiva
3ª Troca de experiências em relação ao sistema
Linux, divulgação e utilização do site
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
Oficina com
computadores
22 individual
4ª Acompanhamento do professor nas aulas com
seus alunos, no Laboratório de Informática
Participação 9 Individual e
coletiva
Quadro 1 – Dados sobre as atividades que foram realizadas com os professores que participaram da proposta de Implementação do PDE.
Aplicou-se um questionário com questões fechadas e abertas para coleta de
dados pessoais; opiniões a respeito dos aspectos positivos e negativos da informática
na escola; conhecimento pedagógico e técnico operacional do sistema Linux; a
utilização do computador e a disponibilidade em participar da proposta de
implementação do projeto do professor PDE na escola - 2007/2008.
O questionário foi entregue para quarenta e oito educadores do corpo docente do
Colégio Estadual Marechal Costa e Silva - E.F.M. Este é o único Colégio da rede
estadual do município de Cidade Gaúcha e atende aproximadamente 1.300 alunos do
Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries) e Ensino Médio, distribuídos nos turnos matutino,
vespertino e noturno. Do total de quarenta e oito questionários, doze foram respondidos
até o dia solicitado, dezessete foram entregues após o início das oficinas, somando um
total de 29 questionários respondidos, conforme o gráfico 1.
Gráfico 1 – Questionários entregues
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25%
35%
40%
Respondidos emtempo
Respondidoscom atraso
Não respondidos
Os dezenove questionários não respondidos podem indicar, em primeiro lugar, a
falta de interesse do professor em participar desta atividade proposta, por não gostar de
lidar com o computador ou por não ter disponibilidade de tempo. Devemos levar em
consideração que nem todos os educadores sentem a necessidade de usar o
computador na escolar, por outro lado, a carga horária do professor vai além do período
dentro do espaço escolar. Muitas tarefas intermináveis são realizadas no lar que muitas
vezes impedem o investimento do profissional na própria formação e na reflexão de
temas contemporâneos da educação.
A seguir um perfil dos professores participantes do questionários e da oficina.
NÚMERO DE PARTICIPANTES
Áreade
Ensino
Comunicaçãoe Expressão
15
Ciências Físicase Biológicas
10
História e Geografia
04
NÚMERO DE PARTICIPANTES
Idade (anos)
20 a 30 anos 0231 a 40 anos 1041 a 50 anos 1251 a 60 anos 05
NÚMERO DE PARTICIPANTES
Sexo feminino 24masculino 05
NÚMERO DE PARTICIPANTES
12
Atuaçãono
magistério
01 a 10 anos 0311 a 20 anos 1621 a 33 anos 10
Quadro 2 - Perfil dos professores participantes do projeto de implementação.
Os vinte e nove professores participantes da pesquisa afirmaram que a utilização
do computador pode contribuir no processo de ensino, o que demonstra credibilidade
ao Programa Paraná Digital.
Gráfico 2 - O computador conectado à internet pode contribuir para o processo de ensino e de
aprendizagem?
100%
Sim
Do total de vinte e nove participantes, vinte e sete professores avaliaram o seu
próprio desempenho em relação ao uso do computador, como básico, expressando a
vontade de melhorar.
Vinte e cinco professores afirmaram usar o computador na realização de
atividades pedagógicas.
Gráfico 3 – Utilização de computador na realização de atividades pedagógicas
13
86%
14%
Utilizam
Não utilizam
Dos vinte e cinco professores que afirmaram utilizar o computador, um professor
só utilizava na escola, dezessete só utilizava em casa e sete utilizavam na escola e na
residência.
A maioria desse grupo diz utilizar os computadores para digitação de textos,
realização de atividades e avaliações para os alunos e a internet para pesquisa de
conteúdos escolares. Apenas três professores afirmaram que utilizam a internet para
atividades desenvolvidos em cursos e contato com alunos.
Gráfico 4 – Local de utilização do computador na realização de atividades pedagógicas.
68%4%
28%Em casa
Na escola
Em casa e naescola
Esse dado indica que a maioria dos professores possui computador, embora a
utilização ainda seja restrita.
Dos vinte e nove professores, vinte afirmaram que não utilizam computador com
os alunos e apenas dois professores não consideraram o Sistema Operacional Linux,
difícil para a realização de atividades escolares.
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Gráfico 5 – Sobre a utilização do sistema Linux.
86%
14%
Dificuldades
Facilidade
A maioria dos professores, ou seja, 86%, afirmou ter dificuldade na utilização
deste software livre e aguarda a capacitação oferecida pela SEED, através dos CRTEs
do Núcleo Regional de Educação, para superar as dificuldades e sugestões para a
utilização com os alunos.
Sobre os benefícios oferecidos pelos recursos da informática na educação foram
citados pelos professores, os seguintes: 1) a motivação para alunos e professores; 2)
informações atualizadas e favorecimento do autodidata; 3) possibilidade de informações
variadas sobre qualquer assunto; 4) possibilidade de conhecimento on-line de lugares e
culturas diferentes; 5) o acesso a cursos superiores e técnicos na modalidade EAD
(Ensino à distância); 6) intercâmbio de experiências; 7) facilidade de comunicação,
promoção e desenvolvimento do aluno e 8) inclusão na realidade tecnológica.
Sobre os aspectos negativos, as respostas ora se referiram a professores e ora a
alunos, tais como: 1) dificuldade de controle dos alunos a acessos inadequados; 2)
acomodação em relação à leitura de livros e pesquisas; 3) pouco aproveitamento diante
de tantas possibilidades; 4) informações não confiáveis e mau uso das pesquisas; 5)
risco de incentivar o aluno ao uso solitário do computador; 6) descaracterização da
língua portuguesa; 7) falta de conhecimento do professor (capacitação básica)
principalmente em relação ao Sistema Linux; 8) uso sem planejamento; 9) resistência
ao uso; 10) falta de apoio técnico e pedagógico permanente; 11) desafio do professor
no desenvolvimento do senso crítico e na transformação de informações em
conhecimento; 12) invasão da privacidade e perda de valores éticos e morais.
Estas respostas indicam a existência do interesse por parte dos professores em
relação à melhoria de sua formação profissional e capacitação continuada, bem como
manifestam preocupações com as formas de utilização do computador e da internet na
15
escola.
Após a aplicação do questionário, os professores que manifestaram interesse e
disponibilidade, participaram da apresentação da proposta de implementação. Esta
explanação foi realizada em forma de diálogo sobre a importância e possibilidades de
utilização dos recursos disponibilizados pelo programa Paraná Digital. Os encontros
ocorreram no período matutino e vespertino.
Dos doze professores que entregaram o questionário em tempo hábil para
participar do encontro coletivo, quatro disseram que não tinham disponibilidade de
tempo. É importante ressaltar que na mesma semana alguns professores tiveram
compromisso com os jogos escolares e outros com um curso de Libras com
certificação.
Nesta segunda etapa do projeto, foram convidados os funcionários da escola
para participar do encontro. Dez funcionários participaram, sendo oito auxiliares
administrativos e dois auxiliares de serviços gerais.
Na ocasião, foram apresentado os estudos realizados na UEM, pela professora
PDE, que participou dos cursos oferecidos pelo programa e apresentou a proposta de
implementação e o projeto de investigação. Houve uma interação a respeito dos sites
governamentais, principalmente o dia a dia da educação e a divulgação de sites
educativos e de pesquisas.
O diálogo estabelecido expressou a preocupação de todos sobre a questão
pedagógica e também a preocupação com aqueles que ainda não conheciam o
computador. Os auxiliares administrativos informaram o funcionamento do SERE,
utilizado na secretaria, o qual não era do conhecimento dos professores e também
demonstraram preocupação com a concepção pedagógica para o uso da informática na
educação.
Todos participaram das discussões, apresentaram opiniões e sugestões,
contribuindo com troca de experiências que reafirmou as expectativas iniciais.
Dos vinte e nove professores voluntários da pesquisa de campo, vinte e sete
manifestaram interesse em participar da oficina oferecida pela professora PDE para
troca de experiências em subsídios teóricos e práticos sobre a Informática na
Educação, atualização dos recursos existentes no sistema Linux, auxílio no
planejamento de aulas e com os alunos no Laboratório de Informática. No entanto não
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foi possível a participação de todos, por indisponibilidade no horário.
Nestes encontros, referentes à terceira etapa da proposta, ocorridos no período
de agosto a novembro de 2008, atentou-se para uma criteriosa observação, atendendo
as solicitações e dúvidas do professor. O posicionamento de professores da escola,
durante as aulas no Laboratório de Informática, se tornou objeto de análise dessa
investigação.
Inicialmente o foco principal das oficinas, foi a questão da formação didático-
pedagógica do professor, porém a expectativa em relação ao uso técnico do
computador foi muito forte. Os professores relataram a cobrança dos alunos em relação
a aulas no Laboratório de Informática e uso da TV-pendrive. A necessidade do
conhecimento técnico direcionou as atividades da oficina, apesar da dificuldade que a
própria professora PDE encontrou no sistema Linux. Fato entendido como parte do
processo de capacitação do professor.
O encantamento da descoberta superou o medo e a insegurança e a troca de
experiências fluiu no decorrer da oficina, que contou com o apoio de funcionários
administrativos. A partir das experiências pessoais, a capacitação está acontecendo por
tentativas e erros, demonstrando a boa vontade dos professores na troca de
experiências. Alguns professores passaram a utilizar o Laboratório de Informática para
ministrar as aulas.
As dificuldades encontradas pelos professores durante as atividades com alunos
no Laboratório de Informática, foi relacionada a problemas técnicos, bastante
freqüentes, inviabilizando muitas vezes a aplicação da aula planejada. Problemas
simples como inicialização do computador; funcionamento de mouse, senha de alunos,
dificuldade no acesso a internet; sites educativos indisponível; dificuldade na
recuperação de trabalhos, entre outras de cunho didático pedagógico como alunos
tentando acessos não permitidos e programando impressões não permitidas. O
problema técnico fica agravado pela dificuldade de assistência do funcionário
responsável, uma vez que este não é exclusivo do Laboratório.
Até o final de novembro de 2008, foi superada pela maioria dos professores,
parte das dificuldades em relação ao sistema Linux, num processo onde a troca de
informações entre colegas se tornou o ponto mais importante.
Na observação sobre o posicionamento de professores e alunos, durante as
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aulas de Informática, destacam-se aspectos positivos e negativos. Entendidos como
parte do processo de construção de um conhecimento.
Uma das professoras que já estava ministrando aulas com auxílio do
computador, relatou que após 4 aulas, percebeu que seus alunos aprenderam a usar o
e-mail para enviar as pesquisas solicitadas. No entanto de acordo com a sua avaliação,
o conteúdo não foi apreendido. Isto nos leva a concluir que o aprendizado técnico faz
parte do processo de aquisição da informática como ferramenta pedagógica, mas é
importante avaliar constantemente a prática e os resultados, como o fez a professora
em questão.
Foi relevante observar o despertar de uma professora com mais de vinte e cinco
anos de magistério, procurando compreender as implicações pedagógicas para a
utilização do computador e da internet, para valorizar suas aulas. Fica registrada
também a sua dedicação no atendimento individual aos alunos.
As atividades realizadas pelos professores da Sala de Apoio à Aprendizagem,
foram significativas. No início, havia um número reduzido de alunos, apenas 15, porque
o atendimento individual foi melhor e consequentemente obteve-se melhor
aproveitamento do conteúdo. Os alunos motivados pela ferramenta pedagógica
reduziram o número de faltas, bastante comum em salas de apoio. Foi possível
observar a satisfação dos professores com o trabalho realizado.
Considerações Finais
Para compreender a formação dos professores no uso do computador, foi
oferecida uma oficina, a fim de ampliar o debate sobre essa questão e desenvolver
algumas habilidades práticas com o software livre. As atividades desenvolvidas pela
professora PDE, provocaram reflexão e troca de experiência. Houve o interesse de um
grupo de educadores na mudança da prática pedagógica, utilizando as tecnologias
como ferramentas pedagógicas.
No entanto, a formação de professores e alunos faz parte de um processo de
crescimento individual e coletivo, e como tal, demanda tempo e apoio permanente. Por
isso, é recomendável que pesquisas sejam realizadas dentro das escolas, para analisar
a influência destas tecnologias na melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem,
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respeitando a realidade de cada escola.
Dos inúmeros problemas que envolvem o processo educativo, destaca-se a
responsabilidade do professor em relação à formação continuada, como determinante.
No entanto, observa-se que o trabalho realizado com um número reduzido de alunos,
como os da sala de apoio, produz melhores resultados em menor espaço de tempo.
Os desafios que os educadores enfrentam com a sua preparação e condição de
trabalho vai além da capacitação pessoal. É necessário apoio permanente da SEED
(Secretaria de Educação do Paraná), para garantir a continuidade do processo de
assimilação das tecnologias como ferramenta educacional. Ciente do vulto do
investimento financeiro e do comprometimento com a qualidade de ensino por parte de
nossos governantes, a professora PDE sugere e justifica algumas medidas que julga
necessária para melhor utilização dos recursos tecnológicos disponibilizados.
⇒ Apoio técnico e pedagógico permanente no Laboratório de Informática de
nossas escolas, com um funcionário devidamente capacitado para tal, buscando
um melhor aproveitamento do tempo hora/aula.
⇒ Disponibilidade de um tempo maior na hora/atividade do professor, porque esta
tecnologia demanda maior tempo na preparação das aulas, projetos de interação
entre escolas e atendimento e orientação para alunos que não possuem
computador domiciliar.
⇒ Número maior de salas de aulas, para ser possível a redução no número de
alunos por turma, o que certamente melhora a qualidade de ensino e de
aprendizagem em todos os aspectos.
⇒ Vagas na demanda escolar para funcionários exclusivos na resolução de
problemas de indisciplina, uma vez que estes estão afetando a disponibilidade
de orientação pedagógica.
Enfim, se ao educador cabe apropriar-se das ferramentas necessárias
para favorecer a melhoria da qualidade de ensino, em uma constante capacitação, à
SEED cabe garantir o permanente apoio e qualificação necessária a esta
apropriação.
REFERÊNCIAS
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