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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ.
Campus Fortaleza
Instalações Elétricas:
Emendas Artesanais e Conectores Elétricos
Erasmo Carlos Ferreira Colares
Agosto – 2010
Erasmo Carlos Ferreira Colares
Instalações Elétricas:
Emendas Artesanais e Conectores Elétricos
Trabalho apresentado ao professor:
José Renato de Brito Sousa
da disciplina de Instalações Elétricas
do 6º semestre, turno integrado do
curso de Eletrotécnica.
IFCE
Fortaleza – Agosto 2010
Sumário
Introdução ......................................................................................................................... 4
Emendas ........................................................................................................................... 5
Emenda de Condutores entre si em Prosseguimento (Prolongamento). ....................... 5
1º Caso – Conexão em linha aberta ou externa ......................................................... 5
2º Caso - Dentro de caixas de derivação ou de passagem......................................... 6
Emenda De Condutores Em Derivação ........................................................................ 8
Olhal .............................................................................................................................. 8
Conectores ........................................................................................................................ 9
Modelos de conectores ................................................................................................ 10
Conector Bimetálico ................................................................................................ 10
Conector rápido isolante.......................................................................................... 11
Outros tipos ............................................................................................................. 12
Atenção ....................................................................................................................... 13
Conclusão ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Bibliografia ..................................................................................................................... 14
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Introdução
Em instalações elétricas, o técnico responsável pelo serviço tem de saber o uso
correto das ferramentas e equipamentos que auxiliam no trabalho, os materiais que estão
sendo usados, reconhecendo-os se estão em ótima qualidade e sendo usados corretamen-
te de acordo com as indicações do fabricante, entre outras preocupações.
O foco desse relatório é sobre emendas e conectores nas instalações elétricas, a
fim de esclarecer o método correto de realizar uma emenda e quando se deve usar um
conector e não uma emenda.
As principais consequências de realizar uma instalação de forma incorreta, com
conexões frouxas, mal soldadas (se for necessário) e usando cabos ou fios inadequados
para dada corrente elétrica são as seguintes:
Curto-circuito;
Aquecimento (Efeito Joule);
Vazamento de energia;
Choques elétricos;
Aumento do consumo de energia;
Incêndios, provocados por curtos;
Maus funcionamentos de aparelhos, em alguns casos param de funcionar;
Etc.
Lembrando ao projetista ou instalador que os mesmo são os responsáveis legais
por qualquer acidente que venha a acontecer numa instalação, devido à falha de projeto
ou execução, ou seja, é preciso ter muita atenção e cuidado quando for realizar um pro-
jeto.
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Emendas
É o processo geralmente utilizado para unir dois ou mais fios quando o mesmo
não satisfaz (curto) ao projeto que se encontra em execução. Deve-se ter cuidado para
não exagerar na emenda, tanto para ela não se romper por está acochado demais, ou
para não se aquecer, chegando às vezes até se solta.
Emenda de Condutores entre si em Prosseguimento (Prolongamento).
Consiste em unir condutores para prolongar linhas. A utilização é recomendada
em instalações de linha aberta.
1º Caso – Conexão em linha aberta ou externa
1º PASSO: Desencape as pontas dos condutores, retirando com um canive-
te ou estilete a cobertura isolante em PVC, ou se preferir utilize um alicate
descascador de fios. Excute sempre retirando a cobertura isolante em dire-
ção à ponta, com o cuidado de não danificar o condutor. Obs.: o compri-
mento de cada ponta deve ser suficiente para aproximadamente umas 06
(seis) voltas em torno da ponta do outro condutor.
2º PASSO: Limpe os condutores, retirando os restos do isolamento. Caso o
condutor apresente oxidação na região da emenda, raspe o condutor com
as costas da lâmina, a fim de eliminar a oxidação. Obs.: Caso o condutor
seja estanhado, não há necessidade da raspagem do mesmo.
3º PASSO: Emende os condutores, cruzando as pontas dos mesmos e em
seguida torça uma sobre a outra em sentido oposto. Cada ponta deve dar
aproximadamente seis voltas sobre o condutor, no mínimo. Complete a
torção das pontas com ajuda de um alicate. As pontas devem ficar comple-
tamente enroladas e apertadas no condutor, evitando-se assim que estas
pontas perfurem o isolamento.
4º PASSO: O isolamento da emenda deve ser iniciado pela extremidade
mais cômoda. Prenda a ponta da fita e, em seguida, dê três ou mais voltas
sobre a mesma, continue enrolando a fita, de modo que cada volta se so-
breponha à anterior. Continue enrolando a fita isolante sobre a camada iso-
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lante de PVC do condutor. A execução de uma emenda bem feita deve ga-
rantir que a camada isolante do condutor seja ultrapassada por uns dois
centímetros. Corte a fita isolante.
2º Caso - Dentro de caixas de derivação ou de passagem.
Caso A: Entre Condutores Rígidos.
1º Passo - Remova a isolação, aproximadamente 30 vezes o diâmetro (d) do condu-
tor. Em seguida coloque-os um ao lado do outro.
2º Passo - Cruze os condutores, segurando-os com um alicate, fazendo com que
formem um ângulo de 90°a 120°aproximadamente.
3º Passo - Continue segurando os condutores com auxilio de um alicate, e inicie as
primeiras voltas (espirais) com os dedos.
4º Passo – Termine a emenda com
auxilio de outro alicate. Se necessário
trave a emenda na impossibilidade de
soldagem
Caso B: Entre Condutor Rígido e Flexível.
1º Passo – Remova a isolação de ambos os condutores.
2º Passo – Cruze os condutores, fazendo com que formem um ângulo de 90°entre si,
e que o condutor flexível fique afastado da isolação do
condutor rígido, em no mínimo 20 vezes a espessura do
fio utilizado. A
B Fio A: Rígido; Fio B: Flexível.
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3º Passo – Inicie a emenda pelo condutor flexível
fazendo as espiras até completá-las.
4º Passo – Com auxilio de um alicate universal,
dobre o condutor rígido sobre o flexível.
5º Passo – Dobre o condutor rígido.
6º Passo - Segure o condutor rígido pelo olhal, com auxílio de um alicate de pressão,
fazendo as espiras, até a conclusão da emenda.
Figura A: 5º passo; Figura B: 6º Passo; Figura C: Conclusão da emenda.
Caso C: Entre Condutores Flexíveis.
1º Passo - Remova a isolação dos dois condutores.
Sendo que a remoção de um dos condutores deve
ser no mínimo o dobro do outro.
2º Passo – Enrole a pontas dos dois condutores,
para melhor condução de eletricidade use o alicate.
Observação: Não enrole todo o condutor com me-
nor presença do material isolante.
3º Passo – Apoie o enrolamento junto ao condutor
para o lado onde fica amostra o fio condutor. Após
esse procedimento isole a região com fita isolante.
A
B
C
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Emenda De Condutores Em Derivação
Este tipo de emenda (ou conexão) é utilizado para unir o extremo de um condutor
no “meio” de outro condutor para que possa receber energia elétrica. É muito utilizado
para ligar circuitos em paralelo ou tomadas à fiação da casa.
São possíveis quatro tipos de derivação:
1º Caso: Entre Condutores Rígidos [Derivação Simples]
2º Caso: Entre Condutores Rígidos – Derivação com Trava
3º Caso: De um Condutor Rígido com um Flexível
4º Caso: De um Condutor Flexível com um Rígido
Observação: Deve-se sempre fazer o arremate final da emenda com auxílio de dois ali-
cates.
Conclusão da emenda
Olhal
Quando se deseja conectar condutores rígidos e flexíveis
diretamente aos bornes de elementos, tais como interruptores,
tomadas, receptáculos, dispositivos de proteção e controle,
barramentos de quadros de luz ou quadros de distribuição e
outros se executam essa operação por meio de olhal.
Borne
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Observação: Caso sejam usados condutores flexí-
veis, a conexão só é permitida com auxilio de terminais
apropriados, conectados a esses condutores com ferra-
mentas adequadas. Exemplo o alicate de compressão.
Onde:
= 2 R p + d c
= comprimento da circunferência do olhal, em mm.
R p = raio do parafuso, em mm.
d c = diâmetro do condutor, em mm.
= 3, 14
Observação: a volta no condutor deve esta no mesmo
sentido de rotação do parafuso ao ser apertado. Quando o
terminal for flexível deve-se torna rígido a sua extremi-
dade soldando ou usando um terminal apropriado (conec-
tor).
Conectores
Os conectores são dispositivos que possuem a função de estabelecer uma ligação
elétrica e mecânica entre dois ou mais condutores, ou um condutor a um borne de inter-
ruptores, tomadas, disjuntores, etc. São utilizados para condutores com secção transver-
sal maiores que 10 mm².
Geralmente os conectores são classificados como conectores machos e fêmeas. Os
conectores machos são aqueles que apresentam rosca interna. A outra extremidade, on-
de haverá a comunicação, precisa ser composta de conectores fêmea; que são aqueles
que possuem rosca externa onde devem ser encaixados os conectores machos.
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A maioria dos equipamentos eletrônicos e as instalações elétricas necessitam de
conectores para estabelecerem suas funções em conjunto com outros dispositivos. Dessa
forma, podem ser encontrados inúmeros modelos de conectores no mercado, para as
mais diferentes funções e aplicabilidades.
Podemos classifica-los em:
Soldáveis
Não soldáveis: Deformáveis
De pressão por parafuso
Terminais
De derivação
De emenda
Conectores rápidos isolantes
Modelos de conectores
Conector Bimetálico
São destinados a manter a continuidade elétrica entre condutores de materiais di-
ferentes.
Exemplo disso é que muitas vezes torna-se necessário a conexão de condutores de
cobre com os condutores de alumínio. Esses metais conectados, em contato com o ar ou
submetidos à variação de temperatura e umidade, causam um diferença de potencial
entre os mesmos, causando corrosão galvânica.
A corrosão galvânica pode ser evitada com a adoção das seguintes regras:
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A parte do cobre a ser conectada ao alumínio deve ser estanhada;
Entre os metais, deve ser usado um inibidor metáli-
co, cuja função é impedir a formação da película de
oxido que é formada no alumínio. Geralmente é uti-
lizado o bronze estanhado como inibidor;
Deve ser evitada a penetração de umidade no conta-
to entre o cobre e o alumínio. A umidade na cone-
xão bimetálica comporta-se como uma pilha, ou se-
ja, existe um anodo, um cátodo e um eletrólito (á-
gua);
A conexão entre esses metais deve ser de tal maneira que a massa do alumí-
nio seja maior do que a massa do cobre.
Conector rápido isolante
É confeccionado em polipropileno, tendo com característica isolar e não propagar
a chama. Possui internamente uma mola de aço em formato quadrado, a qual garante
firmeza da conexão, unindo com facilidade dois ou mais condutores rígidos e/ou flexí-
veis, de secções iguais ou diferentes, proporcionados excelentes condutibilidade elétri-
ca. O conector dispensa o uso de solda, alicate, chave de fenda e fita isolante.
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Outros tipos
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Atenção
A escolha do tipo de conector que será acoplado no condutor da instalação elétrica
na qual se está trabalhando depende de vários fatores. Se você estiver lidando com baixa
tensão, deverá utilizar conectores para BT e se estiver trabalhando com alta tensão, de-
verá fazer o uso de conectores para AT. Entre esses conectores existem algumas dife-
renças:
Conectores para BT:
São conectores mais simples, já que são feitos para serem acoplados a condutores
para baixa tensão (tais condutores possuem uma menor secção transversal);
. São pequenos e não requerem muito de especialização para instalá-los.
Conectores para AT:
São conectores mais robustos e mais rígidos na sua instalação;
São especialmente projetados para suportar altas tensões e correntes.
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Bibliografia Cavalin, Geraldo, e Severino Cervelin. Instalações Elétricas Prediais. 14º. Edição:
Antonio Marco Vicari Cipelli e Roasna Ap. Alves dos Santos. Vol. ùnico. São Paulo,
SP: Érica, 2006.
Souza, Ronimack Trajano, e Edson Guedes da Costa. Instalações Prediais. Tese,
Campina Grande: Não possui, 2004.
Catálogo de produtos da INTELLI.
Catálogo de produtos da CONIMEL