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INSTITUTO DE TECNOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO
Centro de Hidráulica e Hidrologia Prof. Parigot de Souza
DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA
QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA
REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ: CAMPANHAS
COMPLEMENTARES (MARÇO/11 a ABRIL/12)
Junho 2012
DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ
RELATÓRIO DE CAMPANHAS COMPLEMENTARES CECS/2012
Reproduções deste documento só têm valor se forem integrais e autorizadas pelo LACTEC I
LACTEC – Instituto de Tecnologia Para o Desenvolvimento BR-116 – KM 98 – S/Nº – Centro Politécnico da UFPR
Jardim das Américas - Caixa Postal: 19.067 - Cep: 81531-980 www.lactec.org.br
EQUIPE TÉCNICA - CAMPANHAS COMPLEMENTARES
Nicole M. Brassac de Arruda Bióloga
Marianne Schaefer França
Eng. Ambiental
Gheysa do Rocio Morais Pires Tecnóloga em Química Ambiental
Letícia Uba da Silveira
Eng. Ambiental
Tânia Lúcia Graf de Miranda Eng. Agrônoma
André Virmond Bittencourt Eng. Químico
Eduardo Chemas Hindi
Geólogo
Osneri Andrioli Eng. Civil
Paulo Cavichiolo Franco
Eng. Civil
Priscila Izabel Tremarin Bióloga
EQUIPE DE APOIO
Adilson José de Lara – Equipe de Campo/LACTEC
Aerton Baade – Equipe de Campo/LACTEC Aline Sestren – Estagiária/DPRA
Ane Caroline Tancon – Estagiária/DPRA Ana Paula Mühlenhoff – Estagiária/DPRA
Bruno Dalla Noras Santos – Estagiário/DPRA Laura Patrícia Batista Torres – Estagiário/DPRA
Eduardo Gomes Freire – Acqua Diagnósticos Ambientais
Divisão de Meio Ambiente - Departamento de Recursos Ambientais
DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ
RELATÓRIO DE CAMPANHAS COMPLEMENTARES CECS/2012
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RESPONSÁVEIS TÉCNICOS
Nome Profissão Registro de Classe Assinatura
Águas Superficiais
Nicole Machuca Brassac Bióloga CRBio 28775-07D
Marianne Schaefer França Engenheira Ambiental CREA PR 85343/D
Gheysa do R. Morais Pires Tecnóloga em Química Ambiental CREA PR 110797/D
Letícia Uba da Silveira Engenheira Ambiental CREA SC 0715050/D
Tânia Lúcia Graf de Miranda Engenheira Agrônoma CREA 069105-D/RS
Priscila Izabel Tremarin Bióloga CRBio 45593/07 D
Águas Subterrâneas
André Virmond Bittencourt Engenheiro Químico CREA PR 3885/D
Hidrologia e Atividades de Campo
Osneri Andrioli Engenheiro Civil CREA PR 13589/D
Paulo Cavichiolo Franco Engenheiro Civil CREA PR 12671/D
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SUMÁRIO
1 Introdução ..................................................................................................................................... 1
2 Área de Estudo .............................................................................................................................. 1
3 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Superficiais ............................................................ 4
3.1 Metodologia - Procedimentos Técnicos .................................................................................... 4
3.1.1 Malha amostral e frequência de amostragem .............................................................. 4
3.1.2 Análises Laboratoriais em Águas Superficiais ............................................................... 6
3.1.3 Análises Laboratoriais de Sedimento ........................................................................... 10
3.2 Resultados Preliminares ........................................................................................................... 11
3.2.1 Monitoramento de parâmetros da qualidade de água ............................................... 11
3.2.1.1 Índice de Qualidade de Água – IQA .................................................................. 21
3.2.1.2 Índice de Estado Trófico – IET .......................................................................... 21
3.2.2 Monitoramento de Sedimentos................................................................................... 23
4 Sub-Programa de Monitoramento de Águas Subterrâneas ....................................................... 26
4.1 Metodologia - Procedimentos Técnicos .................................................................................. 26
4.1.1 Malha amostral e frequência de amostragem ............................................................ 26
4.1.1.1 Características Geológicas dos Perfis dos Piezômetros ................................... 29
4.2 Campanhas de Medições e Amostragens do Freático ............................................................. 30
4.2.1 Perfis de piezometria e de condutividade ................................................................... 31
4.3 Resultados analíticos ................................................................................................................ 33
4.4 Medições automáticas do nível do freático e da temperatura ............................................... 40
4.5 Interpretação preliminar dos resultados obtidos .................................................................... 41
5 Conclusões .................................................................................................................................. 50
6 Referências Bibliográficas ........................................................................................................... 54
7 Anexos ......................................................................................................................................... 56
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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Localização da Área de Estudo. ................................................................................................................ 2
Figura 2 – Geologia da área onde se insere o reservatório da UHE Mauá. Fonte: MINEROPAR, 2006 modificada.3
Figura 3 - Localização das estações de amostragem de águas superficiais na área de estudo. .............................. 5
Figura 4 – Variações temporais de fenóis totais na estação E2, a jusante de Telêmaco Borba e da Indústria
Klabin Papel e Celulose. .......................................................................................................................................... 16
Figura 5 – Variações espaciais e temporais do fósforo total na região de estudo. ................................................ 18
Figura 6 – Variações espaciais e temporais do nitrogênio total na região de estudo. ........................................... 19
Figura 7 – Concentrações de Clorofila-a estimadas para as estações de coleta, durante as Campanhas
Complementares. ................................................................................................................................................... 20
Figura 8 – Variações espaciais e temporais do Índice de Qualidade de Água (IQA) na região de estudo. ............ 21
Figura 9 – Variações espaciais e temporais do Índice de Estado Trófico (IET) na região de estudo. ..................... 22
Figura 10 – Ocorrência (percentual) das categorias do Índice de Estado Trófico – IE, durante as companhas
complementares. .................................................................................................................................................... 23
Figura 11 - Situação das duas baterias de piezômetros em mapa do relevo da região do futuro reservatório da
UHE Mauá. Fonte: SIGMINE/DNPM ....................................................................................................................... 26
Figura 12- Retirada do medidor automático de nível em BP1-P13, na campanha de 23/01/12. .......................... 27
Figura 13 - Distribuição dos piezômetros da bateria da margem direita do rio Tibagi (BP1). ............................... 28
Figura 14 - Perfil topográfico dos piezômetros da bateria BP1. ............................................................................. 28
Figura 15 - Distribuição dos piezômetros da bateria BP2. ..................................................................................... 29
Figura 16 - Perfil topográfico dos piezômetros da bateria BP2. ............................................................................ 29
Figura 17 - Altitudes do freático na fase rio, obtida por medidor automático nos piezômetros BP1-P1, BP1-P13,
BP2-P1 e BP2-P13 entre 17/10/2011 e 23/01/2012. ............................................................................................. 40
Figura 18 - Pluviosidade de referência (mm) obtida na Estação de Telêmaco Borba. Fonte: Copel/Simepar ...... 41
Figura 19 - Temperatura do freático na fase rio, obtida por medidor automático nos piezômetros BP1-P1, BP1-
P13, BP2-P1 e BP2-P13 entre 17/10/2011 e 23/01/2012. ..................................................................................... 41
Figura 20 - Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP1, situada na margem direita do rio Tibagi,
no município de Telêmaco Borba. .......................................................................................................................... 42
Figura 21 - Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP2, situada na margem esquerda do rio Tibagi
no município de Ortigueira. .................................................................................................................................... 43
Figura 22 - Variação na condutividade da água medida em oito campanhas em amostras coletadas na BP1, nos
piezômetros P1 a P13. ............................................................................................................................................ 43
Figura 23 - Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP1. ........ 44
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Figura 24 - Variação na condutividade da água medida em oito campanhas em amostras coletadas na BP2, nos
piezômetros P1 a P13. ............................................................................................................................................ 45
Figura 25 - Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP2. ........ 45
Figura 26 - Diagrama de Durov representando a água do freático nos pontos BP1 P1 e P13 e também em BP2 P1
e P13 ....................................................................................................................................................................... 46
Figura 27 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e
majoritários no piezômetro BP1-P01. .................................................................................................................... 47
Figura 28 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e
majoritários no piezômetro BP1-P13. .................................................................................................................... 48
Figura 29 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e
majoritários no piezômetro BP2-P01. .................................................................................................................... 49
Figura 30 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e
majoritários no piezômetro BP2-P13. .................................................................................................................... 49
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 –Seqüência lito-estratigráfica da área de abrangência do reservatório da UHE Mauá............................. 2
Tabela 2 - Descrição e localização das estações de amostragem. ........................................................................... 4
Tabela 3 - Variáveis de qualidade de água superficial.............................................................................................. 6
Tabela 4 – Pesos dos parâmetros do IQA ................................................................................................................. 8
Tabela 5 – Classificação do Estado Trófico para rios ................................................................................................ 9
Tabela 6 - Variáveis avaliadas no sedimento .......................................................................................................... 10
Tabela 7 – Dados de Qualidade de Água das Estações E1 e E2, referentes às Campanhas Complementares. ..... 12
Tabela 8 – Dados de Qualidade de Água das Estações E3 e E5, referentes às Campanhas Complementares. ..... 13
Tabela 9 – Dados de Qualidade de Água das Estações E6 e E7 referentes às Campanhas Complementares. ...... 14
Tabela 10 – Dados de Qualidade de Água das Estações E8 e E9, referentes às Campanhas Complementares. ... 15
Tabela 11 - Concentrações médias de fósforo total, por estação, durante as Campanhas Complementares e
durante o Monitoramento Completo Fase Rio. ..................................................................................................... 18
Tabela 12 – Caracterização do sedimento durante as Campanhas Complementares nas estações E1 a E5, nos
meses de junho/11 e dezembro/11. ...................................................................................................................... 23
Tabela 13 – Caracterização do sedimento durante as Campanhas Complementares nas estações E6 a E9, nos
meses de junho/11 e dezembro/11. ...................................................................................................................... 24
Tabela 14 - Localização e altitude ortométrica da laje de acabamento e proteção superficial dos piezômetros da
bateria BP1. ............................................................................................................................................................ 27
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Tabela 15 - Localização e altitude ortométrica da lage de acabamento e proteção superficial dos piezômetros
da bateria BP2. ....................................................................................................................................................... 28
Tabela 16 - Atividades de campo desenvolvidas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e janeiro
de 2012. .................................................................................................................................................................. 31
Tabela 17 - Perfis piezométricos anotados na BP1 nas campanhas entre 02/2011 e 05/2012. ............................ 31
Tabela 18 - Perfis piezométricos anotados na BP2 nas campanhas entre 02/2011 e 05/2012. ............................ 32
Tabela 19 - Perfis de condutividade elétrica anotados na BP1 nas campanhas entre 02/2011 e 01/2010. .......... 32
Tabela 20 - Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP2 nas campanhas entre 02/2011 e 01/2010. ......... 33
Tabela 21 - Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água do freático, coletadas nas
baterias de piezômetros, em uma nascente e em um córrego que posteriormente veio a receber a drenagem
do aterro de rejeitos de carvão. ............................................................................................................................. 34
Tabela 22 - Temperatura, condutividade, pH, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de
água coletadas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e maio de 2012. ..................................... 35
Tabela 23 - Al, B, Ba, Be, Bi, Br, Ca, Cd, Ce e Cl em solução, medidos em amostras de água coletadas nas
baterias de piezômetros entre 12/2010 e 03/2012. .............................................................................................. 36
Tabela 24 - Co, Cr, Cs, Cu, Dy, Fe, Ga, Gd, Hg e K em solução, medidos em amostras de água coletadas nas
baterias de piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012. ............................................................................................. 36
Tabela 25 - La, Li, Mg, Mn, Mo, Na, Nd, Ni, P,e Pb em solução, medidos em amostras de água coletadas nas
baterias de piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012. ............................................................................................. 37
Tabela 26 - Pd, Pt, Rb, Ru, S, Sb, Sc, Si e Sn em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de
piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012. ................................................................................................................ 38
Tabela 27 - Sr, Ti, Tl, U, V, W, Y e Zn em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de
piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012. ................................................................................................................ 39
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1 INTRODUÇÃO
O presente relatório refere-se ao acompanhamento do Programa de Monitoramento da
Qualidade de Água do Projeto Básico Ambiental do Empreendimento Hidrelétrico UHE Mauá. Os
dados aqui apresentados referem-se ao monitoramento físico-químico da qualidade de água
superficial e subterrânea, no período chamado de Campanhas Complementares, compreendido entre
o final da Fase Rio (13 meses consecutivos) e o início da Fase Reservatório (13 meses consecutivos).
Para a manutenção do monitoramento no período em que houve atraso no enchimento do
reservatório da UHE Mauá, foram realizadas cinco coletas trimestrais de dados físico-químicos da
água superficial (entre março/11 e abril/12) e duas coletas semestrais de sedimento (entre
março/2011 a abril/2012), bem como amostragens de água subterrânea.
Relatório anual referente à Fase Rio foi concluído em fevereiro/11 e publicado no site do
Consórcio Energético Cruzeiro do Sul (CECS).
2 ÁREA DE ESTUDO
O empreendimento UHE Mauá (Figura 1) está situado no trecho médio do rio Tibagi, região
centro-leste do Estado do Paraná. As nascentes do rio Tibagi localizam-se entre os municípios de
Campo Largo, Palmeira e Ponta Grossa, no centro-sul do Estado, e tem sua foz na margem esquerda
do rio Paranapanema, que faz divisa entre os estados do Paraná e São Paulo.
A barragem está situada nas coordenadas UTM (N) 7338819 e (E) 529752 (Fuso 22, Sad 69), na
divisa dos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira. Este barramento situa-se a montante da atual
PCH Presidente Vargas (pertencente à empresa Klabin Papel e Celulose S.A.) e está acompanhado das
estruturas do vertedouro e de uma casa de força complementar, que turbinará a vazão ecológica. A
casa de força principal está projetada a jusante, próxima à foz do ribeirão das Antas.
As cidades mais próximas do aproveitamento UHE Mauá são Curiúva e Ortigueira. O município
de Curiúva possui 15.217 habitantes, localizado à margem direita do rio Tibagi, com área total de
576 km2. O município de Ortigueira, com aproximadamente 9.500 habitantes (em sua área urbana),
localiza-se à margem esquerda do rio e possui área total de 2.430 km2 (IBGE, 2010). A montante,
cerca de 40 km da usina, localiza-se a cidade de Telêmaco Borba, que devido a sua melhor infra-
estrutura, será um dos principais pólos de abastecimento do empreendimento.
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Figura 1 - Localização da Área de Estudo.
No que concerne à geologia, a região da usina é imposta sobre um pacote sedimentar de
rochas granulares, onde dominam as frações finas com alguns estratos mais grosseiros com
características aqüíferas. Ocorrem alguns níveis pouco espessos contendo carbonatos, geralmente
sob a forma de cimento carbonático. Todo este conjunto sedimentar foi seccionado por um sistema
de fraturas que abrigam diques de diabásio, interrompendo a continuidade das unidades
sedimentares. A geologia da área de influência direta do reservatório compreende as formações da
Bacia Sedimentar do Paraná, apresentadas na Tabela 1 e Figura 2.
Tabela 1 –Seqüência lito-estratigráfica da área de abrangência do reservatório da UHE Mauá.
Era Período Grupo Formação Litologias Predominantes
Mesozóico Jurássico-Cretáceo São Bento Serra Geral Diabásio
Paleozóico
Neopermiano Passa Dois
Teresina Siltitos acinzentados com intercalações de calcário.
Serra Alta Lamitos e folhelhos cinzentos.
Irati Argilitos; folhelhos cinzentos; folhelhos pirobetuminosos e
intercalações de lentes de calcário.
Eopermiano Guatá
Palermo Siltitos e siltitos arenosos de coloração cinza.
Rio Bonito Arenitos muito finos a grossos; siltitos; folhelhos com
intercalações de carvão e de arenitos muito finos.
Neocarbonífero-Eopermiano
Itararé
Taciba
Arenitos; diamictitos; ritmitos e folhelhos. Campo Mourão
Lagoa Azul
Fonte: Schneider et al. (1974)
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Uma unidade aqüífera de grande interesse que ocorre na área é a Formação Rio Bonito, que
apresenta camadas de arenitos finos a médios, um potencial aquífero alto, sendo aproveitado para
abastecimento público e privado de água, através de poços com produção de até 50 m3.h-1.
Figura 2 – Geologia da área onde se insere o reservatório da UHE Mauá. Fonte: MINEROPAR, 2006 modificada.
A Formação Palermo, por ser constituída por sedimentos finos com predominância de silte,
apresenta condutividade hidráulica muito baixa, por isso, não podendo ser considerada como um
aquífero e sim como um aquitarde. Tal característica hidrogeológica restringe seu potencial hídrico de
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modo que os poços perfurados nessa formação são, ou improdutivos, ou apresentam vazões muito
baixas e água com teor de sólidos dissolvidos relativamente alto, inviabilizando o seu aproveitamento
para abastecimento humano. Cortando a sequência sedimentar ocorrem, na área de interesse, corpos
tabulares (diques) de diabásio, com larguras inferiores a 100 m. Esses diques apresentam
propriedades hídricas limitadas, devido à forma de ocorrência e às características de permo-
porosidades intrínsecas da rocha. No entanto, a intrusão desses diques pode ter causado
modificações estruturais nas rochas encaixantes, e interferindo no fluxo subterrâneo, podendo em
certos casos servir, indiretamente, como um agente favorável ao acúmulo de água em subsuperfície.
3 SUB-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS
3.1 Metodologia - Procedimentos Técnicos
Os procedimentos aqui adotados seguem as orientações descritas no PBA da UHE Mauá para o
Programa de Monitoramento da Qualidade da Água.
3.1.1 Malha amostral e frequência de amostragem
As Campanhas Complementares contaram com cinco eventos de coleta (trimestrais), nos quais
foram coletadas amostras para ensaios físico-químicos e bacteriológicos da água e físico-química de
sedimento. As amostragens de águas superficiais ocorreram em março/11, junho/11, setembro/11,
dezembro/11 e abril/12. As amostras de sedimento foram coletadas em março/11 e abril/12.
As amostragens foram realizadas nas estações definidas na Fase Rio, sendo que a descrição
das estações de amostragem encontra-se na Tabela 2 e ilustrada na Figura 3.
Tabela 2 - Descrição e localização das estações de amostragem.
Estação Descrição Altitude Coordenadas (UTM)
N E
E1 Rio Tibagi, a montante de Telêmaco Borba 700 7306169 541250
E2 Rio Tibagi, a jusante da Fábrica da Klabin 685 7311818 537282
E3 Rio Imbauzinho, a montante do futuro reservatório 725 7311226 528046
E5 Rio Barra Grande, a montante do futuro reservatório 705 7326854 515354
E6 Rio Tibagi, a montante da barragem 586 7338675 530754
E7 Rio Tibagi, a jusante da casa de força 520 7341380 531106
E8 Ribeirão das Antas, próximo à foz 517 7341135 531682
E9 Rio Tibagi, a jusante da barragem 576 7339245 529502 * Estação E4 desativada em abril/10, Estação E9 com monitoramento iniciado em abril/10.
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Figura 3 - Localização das estações de amostragem de águas superficiais na área de estudo.
A estação E1 encontra-se localizada no leito do rio Tibagi, a montante do município de
Telêmaco Borba. O fundo do rio é rochoso e em algumas áreas ocorre deposição formando bancos de
areia. A estação E2 localiza-se no rio Tibagi, a jusante do município de Telêmaco Borba, bem como da
Fábrica Klabin Papel & Celulose S.A. O fundo do rio é formado por rochas e lages. A margem direita
apresenta áreas de assoreamento e presença de bancos de areia fina com pouca matéria orgânica.
A estação E3 encontra-se no rio Imbauzinho, um dos tributários do rio Tibagi, e está localizada
próximo à régua linimétrica denominada Recanto Beira Rio. O leito do rio é rochoso com as margens
cobertas por sedimentos finos e lamosos. A estação E5 localiza-se no rio Barra Grande, que deságua
no rio Tibagi. O leito do rio é rochoso e as margens com bancos de sedimentos finos e lamosos. Cabe
destacar que, por solicitação do Contratante, a estação E3 foi locada junto à estação fluviométrica
Recanto Beira Rio (Código ANA 64482800) e a estação E5 locada junto à estação fluviométrica
Fazenda Santana (Código ANA 64483950). Em função desta alteração, ambas as estações não se
encontram junto à foz do rio, conforme previsto no PBA. O objetivo desta alteração foi possibilitar
futuros cálculos de cargas afluentes ao reservatório. As mesmas serão realocadas quando do início da
fase reservatório para dentro do lago da usina.
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A estação E6 localiza-se no rio Tibagi, a montante da barragem da UHE Mauá. O sedimento do
leito do rio nesta localidade é lodoso. A estação E7 situa-se a jusante da barragem, próxima à casa de
força da usina. O leito do rio é todo rochoso, sendo que em algumas porções possui extensas lajes.
A estação E8 localiza-se no ribeirão das Antas, próximo a sua desembocadura no rio Tibagi.
Esta região localiza-se a jusante da casa de força da UHE Mauá. O leito do rio é rochoso e suas
margens com sedimentos finos bem compactados. A estação E9 situa-se no rio Tibagi a jusante da
barragem, no trecho de rio que será atendido pela vazão remanescente da UHE Mauá. Esta região
localiza-se a montante da Usina Presidente Vargas de propriedade da Klabin. Nesta região, o rio é
rochoso com presença de lages.
Para o início da Fase Reservatório, a estação E8 será desativada para a reativação da estação
E4 (esta última desativada em abril/10). A estação E4 ficará situada na parte central do reservatório e
sua reativação visa uma melhor distribuição da malha amostral proposta no PBA, que consiste em
oito pontos de monitoramento. Outra alteração a ser realizada no início da Fase Reservatório é o
deslocamento da estação E5 da região a montante do reservatório para dentro do reservatório. Esta
estação, uma vez realocada será nominada E10, e ficará localizada sob a ponte a ser contruída na
região.
3.1.2 Análises Laboratoriais em Águas Superficiais
A metodologia de coleta de amostras de água seguiu o estabelecido por Santos et al. (2001).
No período das Campanhas Complementares, o diagnóstico da qualidade da água do rio Tibagi, na
região do empreendimento UHE Mauá, tomou-se como base a análise de uma série de variáveis de
qualidade de água, listadas na Tabela 3.
Para tanto, os valores obtidos para as variáveis foram comparados com os limites dispostos
pela legislação ambiental, quando pertinente, e com dados do período de monitoramento da Fase Rio
(dezembro/09 a dezembro/10). O diagnóstico também se valeu dos resultados obtidos a partir do
Índice de Qualidade da Água (IQA) e do Índice do Estado Trófico (IET).
Tabela 3 - Variáveis de qualidade de água superficial
Variável Metodologia Referência Limite de detecção
Alcalinidade total
Método Titulométrico (Método 2320 A)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
-
Cálcio Absorção Atômica (Método 3111 D)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater.
< 0,1mg.L-1
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Variável Metodologia Referência Limite de detecção
20th
ed. Washington, 1998.
Carbono Orgânico Total
Método de Combustão em Alta Temperatura
POP PA 003 SMEWW 5310-B < 0,5 mg.L-1
Cloreto Cromatografia iônica (Método 4110 C)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,1 mg.L-1
Condutividade Método de condutividade elétrica (Método 2510 B)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
-
Coliformes Termotolerant
es e Totais
Tubos Múltiplos (MULTIPLE-TUBE fermentation technique for members of the coliform group: method 9221: part 9000)
APHA. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21
st. ed. Washington, 2005. p. 9-48.
<1,8 NMP.100mL-1
Substrato enzimático (ENZYME substrate coliform test: method 9223: part 9000)
APHA. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21
st. ed. Washington, 2005. p. 9-72.
<1,0 NMP.100mL-1
DBO
Incubação 5 dias a 20oC – 5 DAY
BOD Test (Método 5210 B e NBR 12614).
APHA. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21
st. ed. Washington, 2005. p. 5:2-7.
ABNT. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12614: águas – determinação da demanda bioquímica de oxigênio (DBO) – (método de incubação 20°C, cinco dias). Rio de Janeiro, 1992. 5 p.
1,0 mg.L-1
DQO
Titulométrico - OPEN Reflux method (Método 5220 B)
APHA. Standard methods for the examination of water and wastewater. 21
st. ed. Washington, 2005. p. 5:15-16.
1,0 mg.L-1
Dureza Dureza de Cálculo (Método 2340B)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,6mg.L-1
Fenóis Método Colorimétrico (Método 5530 C)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,01mg.L-1
Fósforo Total Método Colorimétrico (Método 4500-P D)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,01 mg.L-1
Fósforo Reativo
Método Colorimétrico (Método 4500-P D)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,01 mg.L-1
Magnésio Absorção atomica (Método 3111 D)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,1mg.L-1
Nitrato Cromatografia Iônica (Método 4110 C)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,03 mg.L-1
Nitrito Cromatografia Iônica (Método 4110 C)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,03 mg.L-1
Nitrogênio Amoniacal
Método Colorimétrico (Método do Salicilato)
KIT HACH - Colorimetria UV-VIS < 0,08 mg.L-1
Nitrogênio Total
Método Colorimétrico (Método 4500 N C)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
< 0,5 mg.L-1
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Variável Metodologia Referência Limite de detecção
th ed. Washington, 1998.
pH Método Potenciométrico (Método 4500H
+ B)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998. Kit Hach
-
Potássio Flame Photometric method (Método 3500-K B)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,05mg.L-1
Sódio Flame Photometric method (Método 3500-Na B)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,05mg.L-1
Sólidos Totais Método Gravimétrico (Método 2540 B)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 200 mg.L-1
Sulfato Cromatografia Iônica (Método 4110 C)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
< 0,1 mg.L-1
Turbidez Método Nefelométrico (Método 2130 B)
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th ed. Washington, 1998.
-
Cabe destacar que as medições de concentração de oxigênio dissolvido são realizadas in situ
por meio de sonda multiparamétrica modelo YSI 6820.
a. Índice de Qualidade da Água (IQA)
Na metodologia do IQA, que irá auxiliar no diagnóstico da qualidade da água do rio Tibagi, para
cada uma das nove variáveis (ou parâmetros) de qualidade de água que compreendem o índice
corresponde uma curva de variação da qualidade da água, que o correlaciona a um sub-índice q, e um
peso de importância w (Tabela 4).
Tabela 4 – Pesos dos parâmetros do IQA
Parâmetro Peso (w)
Oxigênio dissolvido (OD) 0,17
Coliformes fecais 0,15
pH 0,12
Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 0,10
Nitrogênio total 0,10
Fósforo total 0,10
Temperatura (desvio) 0,10
Turbidez 0,08
Sólidos totais 0,08
A formulação do índice é o produtório ponderado dos sub-índices (qi) de cada parâmetro (i):
wii
w
iqIQA
1
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A classificação da qualidade da água superficial pelo IQA é dividida em cinco classes: ÓTIMA
(IQA: 80-100); BOA (IQA: 52-79); ACEITÁVEL (IQA: 37-51); RUIM (IQA: 20-36) e PÉSSIMA (IQA: 0-19).
b. Índice do Estado Trófico (IET)
O Índice do Estado Trófico é composto pelo Índice do Estado Trófico para o fósforo – IET(PT) e
pelo Índice do Estado Trófico para a clorofila-a – IET(CL), sendo estabelecidos para ambientes lóticos,
segundo as equações:
202ln
ln.36,042,06.10)(
PTPTIET
202ln
ln.6,07,06.10)(
CLCLIET
onde:
PT: concentração de fósforo total medida à superfície da água, em µg.L-1;
CL: concentração de clorofila a medida à superfície da água, em µg.L-1;
ln: logaritmo natural.
O IET será a média aritmética simples dos índices relativos ao fósforo total e a clorofila-a,
segundo a equação:
2
)()( PTIETCLIETIET
A classificação do estado trófico para rios pelo IET é dividida em seis classes conforme mostra
a Tabela 5.
Tabela 5 – Classificação do Estado Trófico para rios
Classificação do Estado Trófico para rios
Categoria estado trófico Ponderação Fósforo Total (µg.L-1
) Clorofila-a (µg.L-1
)
Ultraoligotrófico IET ≤ 47 P ≤ 13 CL ≤ 0,74
Oligotrófico 47 < IET ≤ 52 13< P ≤ 35 0,74 < CL ≤ 1,31
Mesotrófico 52 < IET ≤ 59 35 < P ≤137 1,31 < CL ≤ 2,96
Eutrófico 59 < IET ≤ 63 137< P ≤296 2,96 < CL ≤ 4,70
Supereutrófico 63 < IET ≤ 67 296 < P ≤640 4,70 < CL ≤ 7,46
Hipereutrófico IET> 67 640 < P 7,46 < CL
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3.1.3 Análises Laboratoriais de Sedimento
No presente estudo, os locais selecionados para coleta de sedimentos foram os mesmos
utilizados para o monitoramento da qualidade de água, no entanto, com temporalidade diferente
(semestral). Durante as Campanhas Complementares foram realizadas duas coletas para avaliação de
sedimento, uma no mês junho/11 e dezembro/11 As amostras foram retiradas do fundo e, no caso de
fundo rochoso, próximo à margem do rio.
A coleta de sedimentos foi feita diretamente com o auxílio de uma pá ou, para as coletas de
material sedimentar de fundo em ambientes submersos, foram empregados amostradores
habitualmente denominados de dragas.
No que concerne à análise do sedimento, foram avaliadas as variáveis relacionadas na Tabela
6. Nesta tabela também se encontram os métodos utilizados para a análise de cada variável.
Tabela 6 - Variáveis avaliadas no sedimento
Variável Método Referência Limite de detecção
Alumínio
Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método 3111 D).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 3,0 mg.kg
-1
Cádmio
Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método 3111 B).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 0,3 mg.kg
-1
Chumbo
Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método 3111 B).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 0,3 mg.kg
-1
Carbono Inorgânico
Gravimetria. Queima do Sedimento (previamente calcinado a 650
0C em
mufla) a temperatura de 880 0C. A
amostra é acidificada com Ácido Acético.
NCEA – C – 1282 EMASC – 001 Abril 2002
0,01 mg.kg-1
Carbono Orgânico
Dissolvido
O sedimento é previamente desaguado e lavado para remoção de Cloretos, posteriormente lixiviado em meio aquoso. O extrato lixiviado é então filtrado em membrana 0,45 µm e submetido ao teste de TOC via Dicromatometria. In vitro lacrado.
Baseado no TOC/COD – Refluxo Fechado com Leitura em Colorimetria. Método – Baseado no Standard Methods, 20
th ed. método 5310 A (Modificado para
Dicromatometria – agente oxidante)
0,01 mg.kg-1
Carbono Orgânico
Total
Gravimetria. Queima do Sedimento Dessecado em mufla à temperatura de 650
0C
NCEA – C – 1282 EMASC – 001 Abril 2002
0,01 mg.kg-1
Cobalto
Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método 3111 B).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 0,3 mg.kg
-1
Cobre
Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método 3111 B).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 0,3 mg.kg
-1
Cromo Total Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
0,3 mg.kg-1
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Variável Método Referência Limite de detecção
3111 B). ed. Washington, 1998.
Ferro
Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método 3111 B).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 0,3 mg.kg
-1
Mercúrio
Espectrometria de absorção atômica com geração de vapor frio (Método 3112 B).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 0,05 mg.kg
-1
Multi-resíduos
(Pesticidas Organoclora
dos e Fosforados)
- Os resíduos são extraídos das matrizes de solo ou sedimento com metanol. O extrato é concentrado à secura. - O extrato é dissolvido e as amostras são analisadas em cromatógrafo a gás equipado com detector de NPD. - O extrato é dissolvido e aplicado em coluna de extração em fase sólida SPE-Florisil, em seguida as amostras são analisadas em cromatógrafo a gás equipado com detector de ECD e NPD.
Baseado em PERES, T.B. et al. Métodos de extração de agrotóxicos de diversas matrizes. Srq. First. Biol.,São Paulo, v. 69, n. 4, p.87-94, out./ dez.2002
0,04 mg.kg-1
Zinco
Espectrometria de absorção atômica com atomização em chama (Método 3111 B).
APHA. Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 20
th
ed. Washington, 1998. 0,3 mg.kg
-1
3.2 Resultados Preliminares
3.2.1 Monitoramento de parâmetros da qualidade de água
As tabelas a seguir (Tabela 7 à Tabela 10) mostram os resultados das análises físicas, químicas
e microbiológicas das amostras de água coletadas trimensalmente nas estações de amostragem
localizadas no rio Tibagi e afluentes, além dos respectivos Índices de Qualidade das Águas ‐ IQA,
referentes ao período monitorado entre os meses de março/11 e abril/12. Valores que ultrapassaram
os limites definidos na Resolução CONAMA 357/05 para rios de Classe 2 foram destacados em
vermelho nas tabelas a seguir.
Nos meses de junho/11 e setembro/11, foram registrados dados de oxigênio dissolvido não
condizentes com a realidade, em função de problemas com o equipamento de medição. Assim, estes
dados foram descartados e não foi possível calcular o IQA para tais meses, em todas as estações
monitoradas. Nos demais meses, em todas as estações as concentrações de oxigênio dissolvido
estiveram acima do limite mínimo estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05 para rios de Classe 2
(> 5,00 mg.L-1), como o Tibagi e afluentes na região. Os valores medidos durante as Campanhas
Complementares variaram entre 5,89 mg.L-1 (E3 – dezembro/11) e 13,33 mg.L-1 (E8 – março/11),
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mantendo-se acima do limite mínimo de 5,00 mg.L-1 e desta forma, adequados à manutenção da vida
aquática naquele ecossistema.
De forma geral, desacordos que tangem à Resolução CONAMA 357/05, no trecho do rio Tibagi
em estudo, foram registrados nas análises de coliformes termotolerantes (medidos em E. coli), fenóis
totais e clorofila-a. Não obstante, mesmo abaixo do limite máximo de concentração instruído pela
referida resolução, também valores de fósforo total estiveram elevados em algumas das estações
monitoradas. Coliformes totais e nitrogênio total, apesar de não apresentarem limites na Resolução
CONAMA 357/05, também apresentaram concentrações elevadas em certos meses e estações,
conforme discutido a seguir.
Tabela 7 – Dados de Qualidade de Água das Estações E1 e E2, referentes às Campanhas Complementares.
PONTO Limites*
Data da coleta - 16/03/11 16/06/11 13/09/11 06/12/11 11/04/12 14/03/11 14/06/11 15/09/11 08/12/11 10/04/12
Altitude (m) -
Profundidade de Coleta (m) - 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20
Profundidade do Ponto (m) - 1,20 1,10 1,50 1,80 2,90 1,10 1,50 1,80 1,50 1,00
T água (°C) - 23,3 13,1 17,9 21,8 21,8 23,0 13,3 18,0 22,4 23,3
OD (mg.L-1
) ≥ 5,00 13,08 n n 9,09 9,11 12,23 n n 8,79 8,91
OD sat (%) - 165,7 n n 112,0 112,2 154,0 n n 109,3 112,8
Secchi (m) - 0,40 0,45 0,35 0,65 0,35 0,30 0,30 0,50 0,50 0,45
pH 6,0 a 9,0 7,1 7,1 7,1 7,3 7,0 7,2 7,1 7,3 7,3 7,7
Condutividade (µS.cm-1
) - 37 41 37 46 53 48 45 39 60 77
P Total (mg.L-1) 0,10 0,06 0,05 0,05 0,03 0,08 0,10 0,07 0,04 0,05 0,05
P Reativo (mg.L-1) - 0,04 0,04 0,04 0,02 0,03 0,03 0,03 0,03 0,02 0,03
N Total (mg.L-1) 2,18 ** 1,4 1,4 1,3 1,0 2,2 1,1 1,3 1,3 1,8 2,2
Amônia (mg.L-1
) *** < 0,08 0,15 < 0,08 < 0,08 0,12 < 0,08 0,20 < 0,08 < 0,08 < 0,08
Nitrito (mg.L-1) 1 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03
Nitrato (mg.L-1) 10 0,60 0,88 0,67 0,60 0,70 0,08 0,69 0,68 0,60 0,67
Sólidos Totais (mg.L-1) - 66 59 60 43 74 83 72 56 57 83
Turbidez (NTU) 100 12 20 20 9 11 27 29 15 10 7
Sulfato Total (mg.L-1) 250 0,80 1,80 0,90 0,80 1,50 0,10 1,20 1,50 3,00 5,80
Cloreto Total (mg.L-1) 250 2,30 3,20 2,20 1,60 2,40 1,70 2,30 2,30 2,50 4,10
Sódio (mg.L-1) - 1,70 2,10 1,80 1,55 2,87 2,90 2,30 2,70 3,55 5,71
Magnésio (mg.L-1) - 1,20 1,20 1,00 1,20 1,54 1,20 1,30 1,10 1,20 1,53
Potássio (mg.L-1
) - 1,30 1,80 1,30 1,20 2,18 1,20 1,90 1,30 1,40 2,56
Cálcio (mg.L-1) - 1,30 2,20 1,10 1,70 2,97 2,10 3,20 1,20 1,60 3,28
Alcalinidade Total (mg.L-1) - 18,0 17,0 20,0 23,0 23,0 20,0 18,0 19,0 26,0 31,0
Dureza Total (mg.L-1) - 8,2 10,4 6,9 9,2 12,7 10,2 13,3 7,5 8,9 14,4
Coliformes Totais (NMP.100mL-1
) - 210 1.300 1.700 1.300 13.000 20.000 16.000 2.300 920 110.000
Coliformes Termotolerantes (NMP.100mL-1) ≤ 1.000 6 230 190 28 310 2.500 2.400 490 540 2.600
DBO (mg.L-1) ≤ 5,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 1,39 1,21 < 1,00 < 1,00 1,02 1,99
DQO (mg.L-1) - 16,13 3,01 14,03 7,00 6,93 23,18 7,02 9,04 11,90 14,07
Clorofila-a (106 g.L
-1) 30 1,57 1,38 0,65 1,83 26,42 1,72 1,06 1,52 1,89 25,03
N/P - 51 62 57 74 58 24 41 72 79 103
Carbono Orgânico Total (mg.L-1) - 3,6 1,8 2,4 1,8 2,0 3,8 2,0 2,4 2,4 3,1
Fenóis Totais (mg.L-1) 0,003 - - - - - 0,03 0,03 0,03 0,05 0,06
IQA - 77 - - 84 75 59 - - 74 69
IET - 55 54 50 53 68 56 53 53 55 66
n Dados inconsistentes * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2; ** Ambientes lóticos, quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização.
*** Águas doces de Classe II (Resolução CONAMA 357/2005): Amônia: 3,7 mg/L N, para pH <= 7,5; 2,0 mg/L N, para 7,5 < pH <= 8,0; 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH <= 8,5; 0,5 mg/L N, para pH > 8,5.
700 685
E1 E2
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Tabela 8 – Dados de Qualidade de Água das Estações E3 e E5, referentes às Campanhas Complementares.
PONTO Limites*
Data da coleta - 15/03/11 14/06/11 13/09/11 06/12/11 12/04/12 15/03/11 14/06/11 13/09/11 06/12/11 12/04/12
Altitude (m) -
Profundidade de Coleta (m) - 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20
Profundidade do Ponto (m) - 3,53 1,10 1,00 1,60 1,00 2,00 1,35 1,60 1,70 1,10
T água (°C) - 21,5 11,5 16,9 21,3 20,7 21,7 11,5 16,7 21,4 20,3
OD (mg.L-1
) ≥ 5,00 12,69 n n 5,89 7,87 11,80 n n 6,21 6,00
OD sat (%) - 155,8 n n 72,1 95,2 145 n n 76 72
Secchi (m) - 1,00 0,55 0,60 0,80 0,35 0,65 0,55 0,65 0,70 0,45
pH 6,0 a 9,0 7,5 7,2 7,3 7,4 7,4 7,2 7,3 7,1 7,0 7,2
Condutividade (µS.cm-1) - 44 41 45 48 55 57 59 68 57 89
P Total (mg.L-1
) 0,10 0,03 0,03 0,02 0,03 0,05 0,03 0,04 0,03 0,01 0,04
P Reativo (mg.L-1) - 0,01 0,01 0,02 0,01 0,01 0,02 0,03 0,02 0,01 0,01
N Total (mg.L-1) 2,18 ** < 0,5 1,2 0,9 1,3 1,5 0,9 2,7 0,9 1,0 0,9
Amônia (mg.L-1) *** < 0,08 0,09 < 0,08 < 0,08 0,21 < 0,08 0,11 0,08 < 0,08 0,10
Nitrito (mg.L-1
) 1 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03
Nitrato (mg.L-1) 10 0,15 0,35 0,24 0,30 0,29 0,43 0,65 0,31 0,50 0,53
Sólidos Totais (mg.L-1) - 58 57 49 47 74 78 64 67 50 76
Turbidez (NTU) 100 9 18 10 6 12 23 17 13 8 6
Sulfato Total (mg.L-1) 250 0,40 0,70 0,70 0,40 1,50 0,60 0,60 0,70 1,00 1,20
Cloreto Total (mg.L-1
) 250 0,40 0,40 1,20 0,40 1,40 1,20 1,00 1,40 0,80 3,80
Sódio (mg.L-1) - 1,90 1,75 2,50 1,85 3,15 2,10 1,80 3,15 1,95 3,47
Magnésio (mg.L-1) - 1,40 1,30 1,40 1,40 1,69 1,60 1,40 1,70 1,50 2,17
Potássio (mg.L-1) - 1,15 1,50 1,20 1,10 2,60 1,65 1,75 1,65 1,45 2,94
Cálcio (mg.L-1
) - 2,60 3,40 1,70 2,00 3,62 3,70 5,70 3,20 2,90 6,05
Alcalinidade Total (mg.L-1) - 26,0 21,0 35,0 27,0 37,0 32,0 25,0 40,0 31,0 43,0
Dureza Total (mg.L-1) - 12,2 13,8 9,6 10,8 15,9 15,8 20,0 15,0 13,4 24,0
Coliformes Totais (NMP.100mL-1) - 4.400 20.000 1.600 1.700 1.300 17.000 9.200 1.200 2.400 81
Coliformes Termotolerantes (NMP.100mL-1) ≤ 1.000 52 960 58 28 1.300 270 400 56 40 48
DBO (mg.L-1
) ≤ 5,00 < 1,00 < 1,00 1,01 < 1,00 4,78 < 1,00 1,01 < 1,00 < 1,00 < 1,00
DQO (mg.L-1) - 18,14 5,01 6,01 4,00 11,88 20,16 5,01 12,03 5,00 3,96
Clorofila-a (106 g.L-1) 30 0,13 1,59 1,25 0,39 1,90 0,13 0,70 0,48 0,20 0,82
N/P - 37 88 99 96 68 66 149 66 221 45
Carbono Orgânico Total (mg.L-1
) - 3,0 1,2 1,6 1,6 3,0 3,8 1,3 2,1 1,9 2,5
IQA - 73 - - 81 71 67 - - 82 81
IET - 42 53 51 47 55 42 50 48 41 51
n Dados inconsistentes * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2; ** Ambientes lóticos, quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização.
*** Águas doces de Classe II (Resolução CONAMA 357/2005): Amônia: 3,7 mg/L N, para pH <= 7,5; 2,0 mg/L N, para 7,5 < pH <= 8,0; 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH <= 8,5; 0,5 mg/L N, para pH > 8,5.
725 705
E3 E5
DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ
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Tabela 9 – Dados de Qualidade de Água das Estações E6 e E7 referentes às Campanhas Complementares.
PONTO Limites*
Data da coleta - 16/03/11 15/06/11 14/09/11 07/12/11 11/04/12 17/03/11 16/06/11 15/09/11 08/12/11 10/04/12
Altitude (m) -
Profundidade de Coleta (m) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20
Profundidade do Ponto (m) - 5,00 1,10 8,00 2,20 0,80 1,10 1,20 1,10 1,30 0,80
T água (°C) - 23,7 14,0 18,1 22,0 23,6 24,2 11,5 18,0 21,9 22,0
OD (mg.L-1
) ≥ 5,00 11,91 n n 8,47 8,04 12,67 n n 8,26 8,58
OD sat (%) - 150 n n 103 101 160 n n 100 104
Secchi (m) - 0,35 0,35 0,35 0,50 0,35 0,40 0,55 0,40 0,55 0,45
pH 6,0 a 9,0 7,3 7,3 7,1 7,3 7,3 7,6 7,7 7,1 7,2 7,6
Condutividade (µS.cm-1) - 44 52 39 58 93 48 58 35 60 76
P Total (mg.L-1
) 0,10 0,06 0,09 0,07 0,06 0,08 0,08 0,04 0,05 0,04 0,10
P Reativo (mg.L-1) - 0,04 0,04 0,04 0,03 0,02 0,05 0,03 0,04 0,02 0,02
N Total (mg.L-1) 2,18 ** 1,0 1,1 1,0 2,0 2,0 0,9 0,7 1,4 1,0 2,0
Amônia (mg.L-1) *** < 0,08 0,22 < 0,08 < 0,08 0,15 < 0,08 0,12 < 0,08 < 0,08 0,10
Nitrito (mg.L-1) 1 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03
Nitrato (mg.L-1
) 10 0,60 0,69 0,67 0,60 0,56 0,62 0,44 0,58 0,40 0,38
Sólidos Totais (mg.L-1) - 75 80 62 29 88 75 71 68 58 76
Turbidez (NTU) 100 21 24 23 8 6 27 13 18 6 6
Sulfato Total (mg.L-1) 250 2,10 2,60 1,50 3,00 9,30 2,30 1,40 1,20 1,20 3,70
Cloreto Total (mg.L-1) 250 2,50 2,90 2,40 2,60 4,80 2,60 1,10 2,30 0,90 2,10
Sódio (mg.L-1
) - 2,90 2,15 2,75 3,25 6,82 3,30 1,85 2,90 2,65 4,29
Magnésio (mg.L-1) - 1,20 1,40 1,10 1,30 1,64 1,30 1,70 1,20 1,70 1,88
Potássio (mg.L-1) - 1,15 1,85 1,30 1,50 3,16 1,30 1,65 1,35 1,55 2,53
Cálcio (mg.L-1) - 2,00 3,40 1,20 1,60 3,96 2,00 8,00 1,80 3,20 4,98
Alcalinidade Total (mg.L-1) - 21,0 30,0 21,0 23,0 33,0 21,0 28,0 26,0 36,0 36,0
Dureza Total (mg.L-1
) - 9,5 14,2 7,5 9,3 18,6 10,3 27,0 9,4 15,4 20,1
Coliformes Totais (NMP.100mL-1) - 8.900 3.600 1.400 3.200 5.500 790 1.700 3.300 3.500 21.000
Coliformes Termotolerantes (NMP.100mL-1) ≤ 1.000 65 190 140 200 74 130 130 110 240 180
DBO (mg.L-1) ≤ 5,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 2,09 < 1,00 < 1,00 < 1,00 1,11 < 1,00
DQO (mg.L-1) - 16,13 3,01 9,04 7,03 14,85 15,12 4,02 10,05 8,93 7,92
Clorofila-a (106 g.L
-1) 30 0,69 1,71 0,67 1,86 41,95 0,99 1,16 0,68 0,27 22,18
N/P - 37 27 54 74 57 25 39 62 55 46
Carbono Orgânico Total (mg.L-1) - 4,5 1,9 2,5 2,4 3,5 4,5 1,3 2,2 2,1 2,3
IQA - 70 - - 78 81 68 - - 78 72
IET - 51 56 51 55 69 53 52 51 46 67
n Dados inconsistentes * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2; ** Ambientes lóticos, quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização.
*** Águas doces de Classe II (Resolução CONAMA 357/2005): Amônia: 3,7 mg/L N, para pH <= 7,5; 2,0 mg/L N, para 7,5 < pH <= 8,0; 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH <= 8,5; 0,5 mg/L N, para pH > 8,5.
586 520
E6 E7
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Tabela 10 – Dados de Qualidade de Água das Estações E8 e E9, referentes às Campanhas Complementares. PONTO Limites*
Data da coleta - 17/03/11 15/06/11 14/09/11 07/12/11 10/04/12 16/03/11 15/06/11 14/09/11 07/12/11 11/04/12
Altitude (m) -
Profundidade de Coleta (m) 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20
Profundidade do Ponto (m) - 1,00 0,65 1,75 1,00 0,70 1,10 0,87 1,10 1,00 1,20
T água (°C) - 21,2 11,4 17,7 22,5 21,6 23,9 14,0 18,2 22,7 23,7
OD (mg.L-1
) ≥ 5,00 13,33 n n 5,82 9,07 12,42 n n 7,94 8,05
OD sat (%) - 159 n n 71 109 157 n n 98 101
Secchi (m) - 0,50 0,55 1,05 0,65 0,50 0,45 0,35 0,50 0,65 0,25
pH 6,0 a 9,0 7,9 7,6 7,8 8,1 7,7 7,5 7,2 7,2 7,3 7,4
Condutividade (µS.cm-1) - 55 59 60 70 74 45 48 37 57 91
P Total (mg.L-1
) 0,10 0,03 0,03 0,02 0,02 0,03 0,07 0,09 0,06 0,05 0,07
P Reativo (mg.L-1) - 0,02 0,02 0,01 0,02 0,01 0,04 0,04 0,03 0,02 0,02
N Total (mg.L-1) 2,18 ** 0,5 0,7 1,4 1,8 1,3 0,6 1,2 1,2 1,1 1,9
Amônia (mg.L-1) *** < 0,08 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 < 0,08 0,21 < 0,08 < 0,08 0,15
Nitrito (mg.L-1) 1 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03 < 0,03
Nitrato (mg.L-1
) 10 0,36 0,31 0,33 0,30 0,34 0,58 0,70 0,76 0,60 0,56
Sólidos Totais (mg.L-1) - 67 63 64 63 71 73 63 65 52 98
Turbidez (NTU) 100 20 5 9 6 5 24 24 22 8 9
Sulfato Total (mg.L-1) 250 0,80 0,80 0,70 0,60 1,40 2,10 1,60 1,90 2,70 8,40
Cloreto Total (mg.L-1) 250 0,50 0,50 1,10 0,40 0,80 2,50 2,40 2,60 2,50 5,60
Sódio (mg.L-1
) - 2,35 1,85 3,45 2,40 3,15 2,75 1,90 2,75 3,30 6,73
Magnésio (mg.L-1) - 1,80 1,70 1,80 1,80 2,03 1,30 1,30 1,10 1,30 1,62
Potássio (mg.L-1) - 1,45 1,65 1,40 1,55 2,34 1,25 1,85 1,30 1,50 3,15
Cálcio (mg.L-1) - 3,80 8,60 3,80 3,80 5,54 1,90 3,20 1,30 2,10 3,90
Alcalinidade Total (mg.L-1) - 35,0 18,0 39,0 40,0 38,0 23,0 19,0 22,0 19,0 34,0
Dureza Total (mg.L-1
) - 16,9 28,5 16,9 16,9 22,1 10,1 13,3 7,4 10,6 16,4
Coliformes Totais (NMP.100mL-1) - 490 10.000 2.000 5.900 21.000 240 6.100 2.000 410 4.900
Coliformes Termotolerantes (NMP.100mL-1) ≤ 1.000 230 300 50 200 180 1 270 130 30 31
DBO (mg.L-1) ≤ 5,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 < 1,00 1,31 < 1,00 < 1,00 1,01 2,14
DQO (mg.L-1) - 9,07 5,01 8,04 9,04 14,07 15,12 < 2,00 7,03 8,04 18,81
Clorofila-a (106 g.L
-1) 30 0,66 0,40 0,91 0,16 0,76 1,22 2,03 1,01 1,49 38,91
N/P - 37 51 154 199 96 19 29 44 49 58
Carbono Orgânico Total (mg.L-1) - 2,7 1,1 1,8 2,0 2,0 3,8 2,1 2,3 2,2 3,0
IQA - 68 - - 75 79 79 - - 84 83
IET - 49 47 49 42 50 54 57 53 54 69
n Dados inconsistentes * Estabelecidos pela resolução CONAMA 357/05, para rios de classe 2; ** Ambientes lóticos, quando o nitrogênio for fator limitante para a eutrofização.
*** Águas doces de Classe II (Resolução CONAMA 357/2005): Amônia: 3,7 mg/L N, para pH <= 7,5; 2,0 mg/L N, para 7,5 < pH <= 8,0; 1,0 mg/L N, para 8,0 < pH <= 8,5; 0,5 mg/L N, para pH > 8,5.
517 576
E8 E9
Nas águas naturais, os padrões para os compostos fenólicos são bastante restritivos, uma vez
que são poluentes com grau de toxicidade e persistência à biodegradação. Na Resolução
CONAMA 357/05, o limite estabelecido para rios de Classe 2 é de 0,003 mg.L-1. A avaliação da
concentração de fenóis é realizada desde o início do monitoramento (dezembro/09) na estação E2,
especialmente por sua proximidade ao município de Telêmaco Borba e da indústria Klabin de Papel e
Celulose. A título de comparação, também foram coletadas amostras para análise de fenóis totais em
todas as estações, durante a Fase Rio (dezembro/09 a dezembro/10).
Em todas as estações avaliadas durante a Fase Rio (LACTEC, 2011), e especialmente na estação
E2, a concentração de fenóis esteve acima do limite máximo permitido pela Resolução CONAMA
357/05. Durante o período de Campanhas Complementares (Figura 4), estas concentrações também
ultrapassaram tal limite, variando entre 10 e 20 vezes acima do mesmo.
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Durante a Fase Rio, na estação E2, o valor máximo registrado para fenóis totais foi de
0,32 mg.L-1, no mês de junho/10. Durante as durante as Campanhas Complementares também foram
realizadas amostragens em junho/11, sendo o valor registrado de 0,03 mg.L-1.
0,00
0,01
0,02
0,03
0,04
0,05
0,06
0,07
mar-11 jun-11 set-11 dez-11 abr-12
Fenóis Totais (mg.L-1) na Estação E2
Fenóis Totais (mg.L-1)
Figura 4 – Variações temporais de fenóis totais na estação E2, a jusante de Telêmaco Borba e da Indústria Klabin Papel e Celulose.
Conforme explicitado por YABE et al. (2000), apesar de estarem relacionados a efluentes
industriais, fenóis também podem ser encontrados em pequenas concentrações em águas superficiais
por serem constituintes das plantas, podendo também ser formados durante os processos de
humificação no solo, bem como podem ser liberados pela degradação de pesticidas com estrutura
fenólica. Na indústria, fenóis relacionam-se com efluentes do processo produtivo de borracha, colas e
adesivos, resinas impregnantes, componentes elétricos (plásticos) e as siderúrgicas, entre outras, são
responsáveis pela presença de fenóis nas águas naturais. Os fenóis são encontrados também em
efluentes de indústrias que não tem como base principal de produção o fenol ou seus derivados.
Exemplos de indústrias que tem fenóis em seus efluentes são a de papel e celulose, têxtil, cerâmica,
mineradoras de carvão, coquerias entre tantas outras (BARBOSA et al., 1994 citado por CESCONETTO-
NETO, 2002).
Coliformes termotolerantes (medidos em E. coli), uma vez encontrados em águas naturais, em
concentrações elevadas, são indicativos de aporte de material de origem fecal, normalmente
advindos de esgotos não tratados. Na região do empreendimento, observa-se constante aporte de
coliformes termotolerantes, o que pode inviabilizar os múltiplos usos da água. No entanto, quando os
dados das Campanhas Complementares são comparados com os dados da Fase Rio, observa-se que os
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aportes foram sensivelmente menores durante as Campanhas Complementares, já que durante a
Fase Rio valores elevados foram registrados em todas as estações em algum mês de monitoramento,
e em todos os meses monitorados na estação E2 (rio Tibagi, a jusante de Telêmaco Borba). Nas
Campanhas Complementares desacordos foram registrados somente nas estações E2 e E3 (rio
Imbauzinho), nos meses de março/11 (E2: 2.500 NMP.100mL-1), junho/11 (E2: 2.400 NMP.100mL-1) e
abril/12 (E2: 2.600 NMP.100mL-1 e E3: 1.300 NMP.100mL-1).
Coliformes totais, variável relacionada ao aporte de matéria orgânica, estiveram elevados
especialmente na estação E2 (rio Tibagi, a jusante de Telêmaco Borba), no mês de abril/12, quando a
concentração medida foi de 110.000 NMP.100mL-1. Nos demais meses e estações, as concentrações
variaram bastante, e valores acima de 10.000 NPM.100mL-1 foram observados nas estações E1, E2,
E3, E7 e E8, sendo os maiores valores registrados no mês de abril/12.
A inferência da presença de matéria orgânica também pode ser realizada com base nos dados
de DBO. Durante o presente estudo, observou-se que a DBO apresentou valores baixos, abaixo dentro
do limite máximo estabelecido na Resolução CONAMA 357/05, ou seja, igual ou inferior a 5,00 mg.L-1,
em todas as estações, durante as Campanhas Complementares.
O fósforo, de acordo com a Resolução CONAMA 357/05, deve ser avaliado à luz do tempo de
residência da água no corpo hídrico. Na região do empreendimento, todas as estações foram
classificadas como ambientes lóticos (T.R. < 2dias). Nesta situação, durante as Campanhas
Complementares, não foram registrados desacordos ao limite de 0,10 mg.L-1, para ambientes lóticos
de Classe 2 (Figura 5). Na região em estudo, o limite estabelecido pela Resolução CONAMA 357/05 é
de 0,1 mg.L-1, que corresponde a ambientes lóticos de Classe 2.
De qualquer forma, é importante registrar que concentrações mais elevadas (> 0,06 mg.L-1)
foram observadas nas estações E1, E2, E6, E7 e E9, sendo mais recorrente nos meses de março/11 e
abril/12. Sendo o fósforo um nutriente influenciador de processos de eutrofização, a ocorrência de
concentrações mais elevadas, ainda que inferiores aos limites da Resolução, pode contribuir para a
instalação deste processo.
Os valores médios de fósforo total para as estações de monitoramento são apresentados na
Figura 5. Conforme pode ser observado na Tabela 11, com exceção das estações E7 e E9, a média das
Campanhas Complementares foi menor do que a média de todo o monitoramento até o momento.
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Fósforo Total (mg.L-1) - Campanhas Complementares
E1 E2 E3 E5 E6 E7 E8 E9
Figura 5 – Variações espaciais e temporais do fósforo total na região de estudo.
Tabela 11 - Concentrações médias de fósforo total, por estação, durante as Campanhas Complementares e durante o Monitoramento Completo Fase Rio.
Concentração Média de Fósforo Total (mg.L-1
)
E1 E2 E3 E5 E6 E7 E8 E9
Média das Campanhas Complementares 0,05 0,06 0,03 0,03 0,07 0,06 0,03 0,07
Média do Monitoramento (Fase Rio + Campanhas Complementares)
0,06 0,09 0,05 0,06 0,07 0,07 0,07 0,07
Ainda com relação às concentrações de fósforo total, valores de pico, como registrados
durante a Fase Rio (E2: 0,41 mg.L-1, em fevevereiro/10 e E8: 0,45 mg.L-1, em novembro/10), não
foram observados durante as Campanhas Complementares.
Outro nutriente relevante no tocante à eutrofização é o nitrogênio. Desta forma, as variações
das concentrações de nitrogênio total por estação e mês de amostragem foram ilustradas na Figura 6.
Para o nitrogênio total, a Resolução CONAMA 357/05 determina valores máximos apenas quando
este macronutriente for definido como fator limitante ao crescimento da comunidade fitoplanctônica.
Nesta situação, para ambientes lóticos de Classe 2 o limite é de 2,18 mg.L-1 e para ambientes lênticos
de 1,27 mg.L-1. Este não é o caso do rio Tibagi e afluentes na área de estudo, onde a análise da relação
molar N/P (nitrogênio total/fósforo total) indicou que o fósforo foi o nutriente limitante ao
desenvolvimento da comunidade fitoplanctônica no rio Tibagi e afluentes na região do
empreendimento, visto que N/P > 12 (JORGENSEN; VOLLENWEIDER, 1989), no entanto, o valor de
referência para ambientes lóticos pode ser tomado como base para avaliação do nitrogênio total.
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Os valores observados são relativamente baixos, de maneira geral, abaixo de 2,18 mg.L-1.
Concentração mais elevada foi registrada na estação E5 (rio Barra Grande) no mês de junho/11, sendo
considerada uma situação pontual.
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Nitrogênio Total (mg.L-1) - Campanhas Complementares
E1 E2 E3 E5 E6 E7 E8 E9
Figura 6 – Variações espaciais e temporais do nitrogênio total na região de estudo.
Durante o monitoramento da Fase Rio foram registrados picos de concentração de nitrogênio
em vários momentos, a saber: E1 (3,0 mg.L-1 em dezembro/09 e em abril/10), E2 (3,1 mg.L-1 em
março/10), E3 (3,0 mg.L-1 em abril/10), E6 (3,9 mg.L-1 em outubro/10), E7 (3,4 mg.L-1 em janeiro/10 e
3,3 mg.L-1 em outubro/10) e especialmente na estação E8, concentração elevada, de 7,1 mg.L-1 foi
registrada no mês de março/10.
Outra variável que se apresentou fora dos limites da Resolução CONAMA 357/05 foi a
clorofila-a, no mês de abril/12. Para rios de Classe 2, o limite estabelecido é de 30 µg.L-1 (Figura 7). A
concentração de clorofila-a é uma forma de inferir a produtividade do ecossistema aquático, uma vez
que esta substância está presente nas células dos produtores primários (algas) de um determinado
ambiente.
De forma geral, nas campanhas de março/11, junho/11, setembro/11 e dezembro/11, os
valores registrados para clorofila-a corresponderam ao esperado para ambientes reófilos, onde as
algas encontram maior dificuldade de sobrevivência pela turbulência e turbidez das águas.
Juntamente com a temperatura da água, a privação de luminosidade e a velocidade de corrente das
águas são os principais responsáveis pela dinâmica sazonal do fitoplâncton em rios (PETTS & CALOW,
1996).
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No entanto, na Campanha Complementar de abril/12, foram registrados valores
expressivamente mais elevados para todas as estações do rio Tibagi. Especialmente nas estações E6 e
E9, os valores registrados estiveram acima do limite da Resolução CONAMA 357/05. Nas demais
estações, localizadas em tributários (rio Imbauzinho, rio Barra Grande e ribeirão das Antas), os valores
registrados naquele mês foram considerados adequados para ambientes de rio.
Estas concentrações mais elevadas indicam aumento da produtividade primária do
ecossistema em abril/12, relacionado com o crescimento excessivo de microalgas. Durante o
monitoramento da Fase Rio (LACTEC, 2011), dois eventos foram destacados, pois demonstraram certa
degradação da qualidade das águas dos rios amostrados:
a) as elevadas densidades de Asterionella formosa (Bacillariophyceae) em setembro/10,
b) a presença da cianobactéria potencialmente tóxica Cylindrospermopsis raciborskii,
principalmente nas estações do rio Tibagi.
Estas espécies são frequentes formadoras de florações em ambientes lênticos e,
possivelmente serão encontradas no reservatório a ser formado em densidades mais elevadas.
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E1 E2 E3 E5 E6 E7 E8 E9
Clorofila-a (µg.L-1)
mar/11 jun/11 set/11 dez/11 abr/12
Figura 7 – Concentrações de Clorofila-a estimadas para as estações de coleta, durante as Campanhas Complementares.
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3.2.1.1 Índice de Qualidade de Água – IQA
A Figura 8 ilustra a variação do Índice de Qualidade de Águas (IQA). Este índice reflete uma
classificação para a qualidade dos corpos hídricos a partir da integração de variáveis de qualidade
específicas, de acordo com os múltiplos usos desse recurso (CETESB, 2009).
A avaliação do IQA indicou águas de qualidade boa a ótima durante as Campanhas
Complementares. Temporalmente, no mês de março/11 a avaliação foi de águas de boa qualidade e
nos meses de dezembro/11 e abril/12 a qualidade variou entre boa e ótima, dependendo da estação
de monitoramento. Espacialmente observou-se que os menores valores de IQA foram registrados
para a estação E2, localizada no rio Tibagi, a jusante da cidade de Telêmaco Borba. Esta situação já
havia sido reportada no relatório da Fase Rio (LACTEC, 2011), possivelmente influenciada pelos
valores de coliformes termotolerantes ali registrados durante o monitoramento.
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IQA - Campanhas Complementares
E1 E2 E3 E5 E6 E7 E8 E9
Pés
sim
aR
uim
Ace
itáv
elB
oa
Óti
ma
Figura 8 – Variações espaciais e temporais do Índice de Qualidade de Água (IQA) na região de estudo.
3.2.1.2 Índice de Estado Trófico – IET
O Índice de Estado Trófico (IET) tem por finalidade classificar os corpos d’água em diferentes
graus de trofia, sendo sua variação durante as Campanhas Complementares, na região de estudo,
registrada na Figura 9.
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IET - Campanhas Complementares
E1 E2 E3 E5 E6 E7 E8 E9
Ultraoligotrófico
Mesotrófico
Eutrófico
Supereutrófico
Hipereutrófico
Oligotrófico
Figura 9 – Variações espaciais e temporais do Índice de Estado Trófico (IET) na região de estudo.
Desta forma, o Índice de Estado Trófico (IET) é uma ferramente de diagnóstico da qualidade da
água quanto ao enriquecimento por nutrientes, relacionado ao crescimento excessivo de
cianobactérias, algas e macrófitas aquáticas (CETESB, 2010). No presente estudo, o Índice de Estado
Trófico foi calculado com base nos valores de Fósforo Total e Clorofila-a obtidos para as estações de
monitoramento.
Assim como o reportado no relatório da Fase Rio (LACTEC, 2011), as estações estabelecidas
nos tributários do rio Tibagi (E3, E5 e E8) foram as que apresentaram menores valores de IET, ou seja,
apresentaram menor grau de trofia, variando entre ultraoligotrófico e mesotrófico (Figura 10).
Durante as campanhas complementares, na média, a estação E3 foi classificada como oligotrófica, a
estação E5 como ultraoligotrófica, e a estação E8 como oligotrófica.
Já as estações estabelecidas no rio Tibagi (E1, E2, E6, E7 e E9) apresentaram grau de trofia
maior, com valores mais elevados de IET, variando entre as categorias oligotrófica a hipereutrófica. Na
média, todas as estações do rio Tibagi estiveram na categoria mesotrófica, durante as Campanhas
Complementares.
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E1 E2 E3 E5 E6 E7 E8 E9
Porcentagem de ocorrência nas categorias do IET
Ultraoligotrófico Oligotrófico Mesotrófico
Eutrófico Supereutrófico Hipereutrófico
Figura 10 – Ocorrência (percentual) das categorias do Índice de Estado Trófico – IE, durante as companhas complementares.
Observa-se que maior grau de trofia foi registrado na maior parte das estações no mês de
abril/12, uma vez que o IET é calculado com base nas concentrações de fósforo total e de clorofila-a,
ambos em concentrações mais elevadas no mês de abril/12, conforme já discutido anteriormente.
3.2.2 Monitoramento de Sedimentos
Os resultados das análises laboratoriais das amostras de sedimento coletadas nos meses de
junho/11 e dezembro/11, nas estações de amostragem localizadas no rio Tibagi e afluentes,
encontram-se na Tabela 12 e na Tabela 13.
Tabela 12 – Caracterização do sedimento durante as Campanhas Complementares nas estações E1 a E5, nos meses de junho/11 e dezembro/11.
PONTO
Data da coleta Nível 1 Nível 2Valor
Alerta16/06/2011 06/12/2011 14/06/2011 08/12/2011 14/06/2011 06/12/2011 14/06/2011 06/12/2011
Multiresíduos** - - - ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ***
Ferro (% em massa) - - - 0,26 0,27 0,75 0,25 0,94 2,40 2,02 1,55
Alumínio (% em massa) - - - 0,04 0,08 0,15 0,03 0,19 0,20 0,57 0,19
Cobre (mg.kg-1) 35,7 197 - < 0,3 < 0,3 8,00 < 0,3 11,60 25,30 21,60 15,50
Chumbo (mg.kg-1) 35 91,3 - < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 12,30 5,10
Cádmio (mg.kg-1
) 0,6 3,5 - < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3
Zinco (mg.kg-1) 123 315 - 3 4 15 4 11 18 26 19
Cromo (mg.kg-1
) 37,3 90 - < 0,3 1,80 3,20 1,80 4,60 7,50 5,80 4,40
Cobalto (mg.kg-1) - - - < 0,3 < 0,3 < 0,03 < 0,3 < 0,03 3,50 6,60 2,20
Mercúrio (mg.kg-1
) 0,17 0,486 - < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05
Carbono Orgânico Solúvel (mg.Kg-1) - - - 413,32 88,35 240,69 63,42 157,93 82,59 108,10 247,10
Carbono Orgânico Total (%w.w-1
) - - 10 0,60 0,55 1,30 0,68 4,00 0,62 9,90 10,02
Carbono Inorgânico (%w.w-1) - - - 0,04 0,04 0,04 0,16 0,11 0,05 0,30 0,93
Nitrogênio Total Kjeldahl (mg.kg-1) - - 4.800 447 187 109 254 289 1233 355 555
Fósforo (mg.kg-1
) - - 2000 246 53 726 78 522 341 1104 368*Limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 344/04. **Acilalaninato, Anilida, Bis (arilformamidina), Cloroacetanilida, Clorociclodieno, Dicarboximida, Dinitroanilina, Fenilsulfamida, Fosforotioato de heterociclo, Organoclorados, Organofosforados, Piretróides, Pirimidinil carbinol, Tiocarbamato, Triazol, Triazina.***Inferior ao Limite de Quantificação (0,04 mg/kg)
E2 E3 E5E1Limites*
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Tabela 13 – Caracterização do sedimento durante as Campanhas Complementares nas estações E6 a E9, nos meses de junho/11 e dezembro/11.
PONTO
Data da coleta Nível 1 Nível 2Valor
Alerta15/06/2011 07/12/2011 16/06/2011 08/12/2011 15/06/2011 07/12/2011 15/06/2011 07/12/2011
Multiresíduos** - - - ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ*** ILQ***
Ferro (% em massa) - - - 2,26 2,05 1,48 0,60 1,30 1,45 0,47 0,35
Alumínio (% em massa) - - - 0,96 0,48 0,31 0,07 0,36 0,19 0,10 0,04
Cobre (mg.kg-1) 35,7 197 - 22,30 15,80 17,90 5,30 12,10 10,20 3,50 2,90
Chumbo (mg.kg-1) 35 91,3 - 13,00 5,00 15,20 < 0,3 6,80 < 0,3 3,50 < 0,3
Cádmio (mg.kg-1
) 0,6 3,5 - < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3 < 0,3
Zinco (mg.kg-1) 123 315 - 29 28 20 12 20 16 8 5
Cromo (mg.kg-1
) 37,3 90 - 8,60 8,00 4,70 2,70 5,00 4,20 1,60 1,00
Cobalto (mg.kg-1) - - - 6,60 3,00 5,00 0,60 5,30 3,10 < 0,3 < 0,3
Mercúrio (mg.kg-1
) 0,17 0,486 - < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05 < 0,05
Carbono Orgânico Solúvel (mg.Kg-1) - - - 268,48 352,14 347,22 131,40 227,56 81,81 1,23 87,73
Carbono Orgânico Total (%w.w-1
) - - 10 10,90 14,67 5,40 4,00 5,50 7,08 0,90 1,21
Carbono Inorgânico (%w.w-1) - - - 0,25 0,96 0,20 0,30 0,15 0,57 0,06 0,06
Nitrogênio Total Kjeldahl (mg.kg-1) - - 4.800 362 558 401 583 320 366 318 215
Fósforo (mg.kg-1
) - - 2000 1146 591 791 135 561 241 273 140*Limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 344/04. **Acilalaninato, Anilida, Bis (arilformamidina), Cloroacetanilida, Clorociclodieno, Dicarboximida, Dinitroanilina, Fenilsulfamida, Fosforotioato de heterociclo, Organoclorados, Organofosforados, Piretróides, Pirimidinil carbinol, Tiocarbamato, Triazol, Triazina.***Inferior ao Limite de Quantificação (0,04 mg/kg)
E7 E8 E9E6Limites*
Os resultados das análises de qualidade dos sedimentos, coletados nos pontos localizados na
área do futuro reservatório da UHE Mauá, foram comparados com o disposto pela Resolução
CONAMA 344/04. Cabe ressaltar que no Brasil não há resolução ou legislação que trate
especificamente da qualidade de sedimento de fundo, seja de rios ou de reservatórios. Assim, os
valores dispostos na Resolução CONAMA 344/04, aplicável para sedimentos dragados, foram
utilizados neste relatório somente como referência comparativa.
A Resolução CONAMA 344/04 utiliza para efeitos de classificação do material dragado -
definido pela referida resolução como o material a ser retirado ou deslocado do leito dos corpos
d'água decorrente da atividade de dragagem (desde que esse material não constitua bem mineral) - a
definição de critérios de qualidade a partir de dois níveis quanto à concentração de metais: nível 1,
que representa o limiar abaixo do qual se prevê baixa probabilidade de efeitos adversos à biota, e,
nível 2, que representa o limiar acima do qual se prevê um provável efeito adverso à biota. Para a
avaliação da concentração de macronutrientes e carbono orgânico total nas amostras de sedimento,
utilizou-se como parâmetro os limites do “valor alerta” da Resolução 344/04, que é descrito como o
valor acima do qual existe possibilidade de se causar prejuízos ao ambiente na área, que no presente
estudo foi relacionada à porção do corpo hídrico de onde o material foi retirado.
A resolução supracitada adotou os mesmos critérios estabelecidos pelo “Canadian Council of
Ministers of the Environment” (CCME, 2001) para a avaliação do grau de contaminação química do
sedimento, com vistas à proteção da vida aquática, considerando as concentrações de metais, PCBs e
hidrocarbonetos poliaromáticos. Destaca-se que a Companhia de Tecnologia de Saneamento
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Ambiental de São Paulo (CETESB) também utilizou a Resolução CONAMA 344/04 como critério de
avaliação da qualidade de sedimento quando da elaboração do Relatório de Qualidade das Águas
Superficiais do Estado de São Paulo.
Conforme pode ser observado na Tabela 12 e na Tabela 13, os resultados da avaliação dos
metais cobre, chumbo, cádmio, zinco, cromo e mercúrio indicaram valores inferiores aos limites
estabelecidos para o nível 1 da Resolução CONAMA 344/04, em ambas as campanhas, indicando baixa
probabilidade de efeitos adversos à biota segundo estas variáveis.
Quanto aos valores registrados de teor de COT (carbono orgânico total) no sedimento, as
estações E5 (rio Barra Grande, próximo à foz) e E6 (rio Tibagi, eixo da futura barragem) apresentaram
teores acima do valor alerta de 10 %w.w-1 em dezembro/11, com valores de 10,02 %w.w-1 e
14,67 %w.w-1, respectivamente. Na campanha de junho/11, também se registrou teor superior ao
valor alerta na estação E6 (10,90 %w.w-1). A estação E5, na mesma campanha, apresentou valor
próximo ao valor alerta sendo igual a 9,90 %w.w-1.
No que concerne à concentração de nitrogênio total Kjeldhal, o valor máximo registrado
ocorreu na estação E3, rio Imbauzinho, sendo igual a 1.233 mg.kg-1 na campanha de dezembro/11,
mas ainda inferior ao valor alerta de 4.800 mg.kg-1 para esta variável. Os resultados da avaliação de
fósforo no sedimento também indicaram concentrações inferiores ao limite de 2.000 mg.kg-1, com
valor máximo registrado de 1.146 mg.kg-1 na estação E6, na campanha de junho/11.
As variáveis ferro, cobalto e alumínio não possuem limites definidos nesta resolução. Os
mesmos são amplamente encontrados na composição dos solos e rochas, sendo que sua presença
não necessariamente indica contaminação antrópica na água ou no sedimento.
Os resultados obtidos na determinação de multiresíduos (pesticidas organoclorados e
organofosforados) indicaram que os mesmos estiveram abaixo do limite de quantificação do método,
que é de 0,04 mg.kg-1.
A título de comparação os valores obtidos nas Campanhas Complementares foram avaliados à
luz dos dados obtidos durante a Fase Rio. Durante a primeira fase de monitoramento, o carbono
orgânico total esteve acima do nível de alerta somente na estação E5, rio Barra Grande, na coleta de
fevereiro/10, com concentração de 12,84 %w.w-1, além deste, também o zinco apresentou-se em
valores mais elevados no mês de maio/10, com concentração acima do Nível 1, e inferior limite do
Nível 2, com concentração máxima medida de 270 mg.kg-1. Tal situação não foi observada durante as
Coletas Complementares.
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4 SUB-PROGRAMA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
4.1 Metodologia - Procedimentos Técnicos
Os procedimentos aqui adotados seguem as orientações descritas no PBA da UHE Mauá – Sub
–programa 8.1 (LACTEC, 2007) e no Relatório Anual da Fase Rio (LACTEC, 2011).
4.1.1 Malha amostral e frequência de amostragem
No que concerne ao monitoramento do aquífero freático, este foi realizado através de duas
baterias de poços de monitoramento, cada uma composta por 13 poços, com 20 m de profundidade,
distanciados 1,25 m uns dos outros, ao longo de uma linha com cerca de 150 m de comprimento. As
baterias de piezômetros estão localizadas na margem direita (BP1) e esquerda (BP2) do rio Tibagi. As
baterias de piezômetros foram implantadas uma em cada margem do rio Tibagi, em situação que as
colocará nas margens do futuro reservatório (Figura 11).
Figura 11 - Situação das duas baterias de piezômetros em mapa do relevo da região do futuro reservatório da UHE Mauá. Fonte: SIGMINE/DNPM
A bateria de piezômetros BP1, na margem direita do rio Tibagi, no município de Telêmaco
Borba, está situada nas margens da chamada Estrada da Mina, que dá acesso às obras da UHE. Esta
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estrada, durante o período de operação dos medidores automáticos do nível do freático, esteve
submetida a tráfego intenso de veículos pesados. O tráfego de veículos pesados provoca vibrações e
ondas de choque que podem promover rearranjos na distribuição de partículas e, consequentemente,
nos vazios das rochas sedimentares, afetando a transmissividade em relação à água. A Figura 12
retrata os trabalhos de campo no poço de montante da bateria da margem direita do rio Tibagi (BP1-
P13).
Figura 12- Retirada do medidor automático de nível em BP1-P13, na campanha de 23/01/12.
A Tabela 14 apresenta a localização e a altitude ortométrica da laje de acabamento e proteção
superficial dos piezômetros da bateria da margem direita do rio Tibagi (BP1).
Tabela 14 - Localização e altitude ortométrica da laje de acabamento e proteção superficial dos piezômetros da bateria BP1.
Ponto Norte Leste Altitude Ortométrica
P-01 7326289,469 534513,909 642,706 Nivelamento P-02 7326287,616 534526,546 643,078 Nivelamento
P-03 7326283,180 534538,661 643,850 Nivelamento
P-04 7326267,063 534550,549 645,249 Nivelamento
P-05 7326265,444 534565,505 646,423 Nivelamento
P-06 7326266,617 534575,556 646,823 Nivelamento
P-07 7326269,766 534587,370 647,000 Nivelamento
P-08 7326274,141 534602,871 648,140 MAPGEO (n=0.91m)
P-09 7326276,045 534615,660 648,512 Nivelamento
P-10 7326277,699 534629,532 649,532 Nivelamento
P-11 7326275,622 534641,503 650,560 Nivelamento
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P-12 7326273,643 534654,190 651,522 Nivelamento
P-13 7326265,539 534668,008 652,549 Nivelamento
A bateria de piezômetros BP1 não apresenta os poços alinhados pelo fato dos mesmos terem
sua locação condicionada pelo traçado da estrada vizinha (Figura 13).
Figura 13 - Distribuição dos piezômetros da bateria da margem direita do rio Tibagi (BP1).
O perfil topográfico e situação dos piezômetros da bateria da margem direita do rio Tibagi
(BP1) é apresentado na Figura 14.
Figura 14 - Perfil topográfico dos piezômetros da bateria BP1.
A bateria da margem esquerda do rio Tibagi (BP2), próxima ao rio Barra Grande está situada
em uma área coberta por pasto plantado, estando situada cerca de 50 metros de uma estrada sem
movimento intenso. A Tabela 15 apresenta a localização e a altitude ortométrica da laje de
acabamento e proteção superficial dos piezômetros da bateria da margem esquerda do rio Tibagi
(BP2).
Tabela 15 - Localização e altitude ortométrica da lage de acabamento e proteção superficial dos piezômetros da bateria BP2.
Ponto UTM (N) UTM (E) Altitude ortométrica (m)
P-01 7331371,670 523641,623 644,550 MAPGEO(n=0.57m)
P-02 7331367,070 523654,383 645,739 Nivelamento
P-03 7331362,547 523665,724 646,920 Nivelamento
P-04 7331357,636 523676,993 647,801 Nivelamento
P-05 7331352,599 523687,985 648,114 Nivelamento
P-06 7331348,493 523699,725 648,209 Nivelamento
P-07 7331343,774 523710,840 648,372 Nivelamento
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Ponto UTM (N) UTM (E) Altitude ortométrica (m)
P-08 7331339,402 523722,336 648,744 Nivelamento
P-09 7331334,689 523733,697 649,315 Nivelamento
P-10 7331330,152 523744,807 650,131 Nivelamento
P-11 7331325,648 523756,038 650,780 Nivelamento
P-12 7331321,035 523767,447 651,483 Nivelamento
P-13 7331315,936 523779,913 652,304 Nivelamento
A Figura 15 apresenta a distribuição dos piezômetros da bateria da margem esquerda do rio
Tibagi (BP2).
Figura 15 - Distribuição dos piezômetros da bateria BP2.
A Figura 16 mostra o perfil topográfico e a situação dos respectivos piezômetros da bateria
BP2.
Figura 16 - Perfil topográfico dos piezômetros da bateria BP2.
4.1.1.1 Características Geológicas dos Perfis dos Piezômetros
O comportamento do freático varia conforme o arcabouço litológico no qual ele está
distribuído, condições de pluviosidade, morfologia do terreno, cobertura e uso do solo. Para as
baterias de piezômetros em questão (BP1 e BP2), ambas foram estabelecidas sobre rochas
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sedimentares paleozóicas. Conforme mapa geológico da Mineropar (2006) (Figura 2), a bateria BP1
está estabelecida sobre rochas do Grupo Itararé, enquanto a bateria BP2 está implantada em rochas
da Formação Serra Alta, do Grupo Passa Dois.
No caso da bateria BP1, ocorre superficialmente um material síltico-arenoso, contendo
inclusões argilosas. Nos poços P1 a P3, a aproximadamente 18 m de profundidade ocorre um siltito
cinza claro a cinza escuro, muito homogêneo. No P4, ocorre uma descontinuidade à cerca de 6 m,
quando um solo argiloso amarelo-avermelhado passa a uma argila castanho-amarelada até os 12m,
antes do poço adentrar o siltito acinzentado. No P5, o perfil inicia com uma camada síltico-arenosa
cinza amarelada que, aos 18 m, atinge um siltito cinza claro. No perfil P6, ocorre desde a superfície
até cerca de 6 m, uma camada argilosa de cor vermellha-amarelada que, passa para um manto de
alteração cinza-amarelada até cerca de 18 m quando inicia um siltito cinza escuro. Em P7, P8 e P9
ocorre um nível argiloso amarelado a cinza amarelado até os 12 m, quando os poços adentram o
siltito cinza-claro. Em P10 e P11, uma camada de síltico-arenosa amarelada a cinza-amarelada vai da
superfície até cerca de 18 m, quando é atingido um siltito cinza-claro. Os poços P12 e P13 atravessam
de zero a cerca de 12 m de profundidade um nível superficial argiloso cinza-amarelado, passando a
cortar um siltito cinza-claro até o fundo dos poços, a 21 m de profundidade.
O perfil da bateria BP2, situado na margem esquerda do rio Tibagi, no município de Ortigueira,
é bem mais homogêneo quanto às características macroscópicas do material lítico cujos poços
atravessam. Em todos os poços ocorre um nível superior de zero a 6 m de profundidade composto por
material sedimentar argiloso cinza-amarelado, indicando ação intempérica pós-deposicional,
caracterizada pela cor amarelada devida ao intemperismo. Dos 6 m até a profundidade final da
perfuração, que é de 21 m, de P1 a P12 ocorre um siltito com as tonalidades cinza claro de P4 a P12 e
cinza escuro em P1, P2 e P3. No P13, entre zero e 6 m, ocorre um solo argiloso marron acastanhado,
que passa para um material argiloso cinza-esbranquiçado até os 12 m, quando passa para o siltito
cinza-claro.
4.2 Campanhas de Medições e Amostragens do Freático
Foram realizadas nove campanhas de medições nos piezômetros distribuídos nas duas
baterias, BP1 e BP2, conforme a Tabela 16. Em oito destas campanhas foram feitas amostragens para
análise de qualidade de água do freático.
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Tabela 16 - Atividades de campo desenvolvidas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e janeiro de 2012.
Campanha Data Atividades de
campo (*) Locais
11 22-23/12/2010 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
c BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)
12 23-24/02/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)
13 16-17/05/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)
14 31/08-01/09/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
15 06/10/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
c, d BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
16 21-22/11/2011 a, b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
c, d BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
a BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
17 24/01/2012 b BP1 (P01, P05, P09 e P13) e BP2 (P01, P06, P10 e P13)
c, d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)
18 19-20/03/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13)
19 29-30/05/2012 a,b BP1 (P01 a P13) e BP2 (P01 a P13)
c,d BP1 (P01 e P13) e BP2 (P01 e P13) (*) a) Medições de nível de água do freático com sonda elétrica a cabo; b) Medições de pH e condutividade; c) Coleta de amostras para análise laboratorial de constituintes majoritários; d) Coleta de amostras para análise laboratorial de constituintes minoritários por ICP-MS.
Após constatação de diferenças significativas internas nos perfis de condutividades da BP1 e
da BP2, a despeito de não estar programado, procedeu-se a análises em amostras de água coletadas
em pontos intermediários de ambas baterias de piezômetros. Na BP1, além dos pontos P01 e P13,
foram analisadas amostras de P05 e P09 e na BP2 foram contemplados com análises de água, além de
P01 e P13, os pontos P06 e P10.
4.2.1 Perfis de piezometria e de condutividade
Os resultados das medições de piezometria na BP1 e BP2 estão registrados na Tabela 17 e na
Tabela 18 e de condutividade na Tabela 19 e na Tabela 20.
Tabela 17 - Perfis piezométricos anotados na BP1 nas campanhas entre 02/2011 e 05/2012.
Piezômetro Altitude ortométrica do nível de água do freático (m)
24/02/11 16/05/11 19/07/11 06/10/11 22/11/11 24/01/12 19/03/12 29/05/12
P1 634,926 634,386 634,146 634,526 634,676 635,426 634,646 634,696
P2 635,448 634,548 634,578 634,678 634,808 635,448 634,848 634,768
P3 635,760 634,690 634,780 635,960 635,110 635,660 635,170 635,000
P4 636,579 635,489 635,199 635,779 636,049 636,449 636,039 635,509
P5 638,313 636,173 637,143 637,523 637,713 638,143 637,713 637,423
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Piezômetro Altitude ortométrica do nível de água do freático (m)
24/02/11 16/05/11 19/07/11 06/10/11 22/11/11 24/01/12 19/03/12 29/05/12
P6 639,283 637,963 638,003 638,263 638,563 639,183 638,523 638,213
P7 640,610 640,110 640,110 640,190 640,310 640,630 638,360 640,340
P8 641,750 641,010 641,010 641,190 641,340 641,710 641,450 641,220
P9 641,752 640,992 641,022 641,192 641,322 641,712 641,362 641,322
P10 642,162 641,722 641,742 641,792 641,862 642,082 641,872 641,772
P11 641,380 638,860 638,860 639,050 639,480 641,070 639,250 638,700
P12 641,262 639,252 639,472 639,892 641,182 639,722 639,352
P13 643,539 642,909 643,159 643,299 643,419 643,519 643,399 643,329
Tabela 18 - Perfis piezométricos anotados na BP2 nas campanhas entre 02/2011 e 05/2012.
Piezômetro Altitude ortométrica do nível de água do freático (m)
23/02/11 14/05/11 19/07/11 06/10/11 21/11/11 24/01/12 20/03/12 30/05/12
P1 640,850 635,500 642,340 635,560 640,690 641,040 629,490 637,820
P2 642,429 641,499 643,039 641,029 642,399 642,659 638,229 639,789
P3 641,900 636,060 642,700 635,550 642,210 642,320 635,170 641,270
P4 643,711 643,101 643,971 642,961 643,541 643,591 642,121 643,261
P5 645,064 642,734 645,794 642,284 645,294 643,474 642,124 642,924
P6 644,439 643,209 647,179 642,799 643,729 643,859 642,629 643,399
P7 637,432 636,072 643,362 635,592 638,132 638,272 635,562 636,332
P8 644,794 640,764 645,974 639,944 644,824 644,884 639,474 644,594
P9 645,125 644,515 645,875 643,425 644,815 644,895 642,665 644,555
P10 644,451 641,971 644,711 641,231 643,631 644,121 640,791 642,061
P11 645,640 642,090 649,060 641,060 644,630 645,590 640,680 642,200
P12 644,433 642,603 650,123 641,473 645,703 646,743 641,103 642,323
P13 648,094 647,184 648,904 643,154 648,464 648,654 642,304 648,014
Tabela 19 - Perfis de condutividade elétrica anotados na BP1 nas campanhas entre 02/2011 e 01/2010.
Piezômetros Condutividade elétrica (µS.cm
-1)
24/02/11 16/05/11 19/07/11 06/10/11 22/11/11 24/01/12 19/03/12 29/05/12
P1 16,9 22,5 25,0 44,4 9,4 3,9 18,9 29,0
P2 31,1 42,0 61,1 34,8 30,4 64,4
P3 187,3 183,0 187,5 185,2 180,8 25,1
P4 134,3 116,4 45,7 50,2 62,6 24,3
P5 223,0 213,0 215,0 231,0 212,0 131,2
P6 205,0 196,0 197,1 196,0 202,0 182,0
P7 201,0 200,0 196,3 195,2 200,0 199,7
P8 180,1 176,0 180,9 178,6 181,9 202,0
P9 71,4 48,4 63,1 77,9 104,1 114,7 219,0
P10 33,6 32,9 24,7 26,0 24,5 69,2
P11 42,4 27,1 24,6 27,2 25,6 130,8
P12 40,0 65,6 62,2 63,1 61,8 37,2
P13 30,5 31,4 28,1 77,5 6,4 6,4 32,2 16,8
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Tabela 20 - Perfis de condutividade elétrica, anotados na BP2 nas campanhas entre 02/2011 e 01/2010.
Piezômetros Condutividade elétrica (µS.cm
-1)
23/02/11 14/05/11 19/07/11 06/10/11 21/11/11 24/01/12 20/03/12 30/05/12
P1 37,4 33,6 37,5 21,1 7,2 7,7 42,4 78,8
P2 36,2 45,4 24,7 35,3 27,5 31,9 95,0
P3 48,0 37,4 40,0 48,5 37,7 40,5 136,4
P4 50,2 39,9 41,0 43,2 38,4 34,8 364,0
P5 134,2 118,0 102,7 111,2 109,8 97,1 94,0
P6 131,0 127,0 110,6 110,9 117,8 100,3 106,5 130,5
P7 354,0 402,0 284,0 316,0 341,0 429,0 249,0
P8 157,2 130,5 87,9 119,2 116,8 117,7 72,8
P9 243,0 223,0 206,0 207,0 43,1 222,0 84,6
P10 419,0 443,0 362,0 371,0 72,1 339,0 398,0 38,8
P11 160,0 174,8 160,5 166,0 33,8 142,3 42,4
P12 74,3 92,5 96,9 84,6 21,9 85,1 30,6
P13 88,4 77,6 76,4 35,6 17,6 17,0 64,5 41,3
4.3 Resultados analíticos
Em todas as amostras coletadas foram analisados os componentes químicos majoritários, além
de variáveis físico-químicas totalizadoras, conforme especificado na Tabela 21 e na Tabela 22.
Nas amostras coletadas nos piezômetros, em quatro das campanhas foram realizadas análises
de constituintes elementares minoritários por ICP/MS. Os resultados constam na Tabela 23 a Tabela
27.
Às análises das amostras coletadas nos piezômetros há que se acrescentar as análises
realizadas em cinco campanhas anteriores, cujos resultados constam de relatórios já apresentados,
em uma nascente próxima ao canteiro de obras da UHE Mauá e uma em um córrego (LACTEC, 2011).
O citado córrego, após a amostragem, passou a receber os efluentes do aterro no qual foram
depositados os rejeitos do beneficiamento de carvão das minas da Klabin na região. As concentrações
de constituintes iônicos majoritários destes pontos complementares de coleta de água constam da
Tabela 21. A composição da nascente e do córrego se constitui em mais um dado de referência da
água subterrânea do freático local, pois sua composição em termos de macro-constituintes não
afetados por processos de óxido-redução, pouco difere da água do aquífero livre, recém aflorada na
superfície.
Alguns analitos foram determinados em algumas amostras através de duas metodologias e em
dois laboratórios diferentes, como é o caso dos elementos alcalinos sódio, potássio, cálcio e
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magnésio. Os resultados obtidos não foram idênticos, porém apresentaram coerência, o que pode ser
utilizado como validação dos resultados para os respectivos analitos.
Detalhes e especificações das metodologias adotadas foram apresentados em referências de
relatórios anteriores.
Tabela 21 - Componentes iônicos majoritários determinados em amostras de água do freático, coletadas nas baterias de piezômetros, em uma nascente e em um córrego que posteriormente veio a receber a drenagem do
aterro de rejeitos de carvão.
Local Data HCO3
- Cl
- SO4
2- NO3
- Ca
2+ Mg
2+ Na
+ K
+
(mg.L-1
)
Nascente 01/07/2010 110,95 1,45 12,6 0,62 31,16 7,98 7,2 1,9 Nascente 15/07/2010 107,93 2,47 27,3 0,03 32,61 7,77 9 2,5 Nascente 28/07/2010 116,40 0,24 36,9 0,40 28,84 10,3 9,2 2,1 Nascente 01/09/2010 124,14 0,26 30,6 0,01 26,25 7,74 5,5 1,5 Nascente 28/10/2010 123,76 0,04 33,4 0,33 34,60 8,86 4,9 1,4 Córrego 28/10/2010 24,88 0,18 0,05 0,63 2,88 1,20 1,40 1,90
BP1-P1 22/12/2010 10,96 0,04 0,05 0,37 1,20 0,53 0,70 0,70 BP1-P13 22/12/2010 20,04 0,13 0,05 0,14 1,55 0,56 3,00 1,30 BP2-P1 22/12/2010 32,01 0,27 0,05 1,28 5,78 1,19 1,40 0,80
BP2-P13 22/12/2010 62,63 0,54 0,4 0,18 9,89 2,75 4,90 1,50
BP1-P1 24/02/2011 10,20 0,5 0,05 0,35 1,32 0,63 0,80 0,84 BP1-P13 24/02/2011 20,22 0,54 0,2 0,04 3,57 0,74 1,06 0,78 BP2-P1 23/02/2011 21,30 0,69 0,05 0,03 1,42 0,82 3,38 1,51
BP2-P13 23/02/2011 57,38 1,19 0,8 0,06 8,60 1,88 5,10 1,49
BP1-P1 16/05/2011 11,38 0,6 0,7 0,14 1,12 0,61 0,65 0,91 BP1-P13 16/05/2011 21,63 0,6 0,05 0,06 1,25 0,79 3,16 1,46 BP2-P1 17/05/2011 19,49 0,6 0,3 0,005 2,86 0,64 1,40 1,19
BP2-P13 17/05/2011 49,61 1,15 0,2 0,005 7,64 1,61 4,57 1,30
BP1-P1 19/07/2011 21,15 0,06 0,05 0,37 3,30 0,94 1,75 1,41 BP1-P5 19/07/2011 118,27 0,25 0,05 0,01 21,09 6,78 14,40 1,35
BP1-P13 19/07/2011 15,51 0,43 0,05 0,12 1,20 0,86 3,24 1,47 BP2-P1 19/07/2011 15,06 2,49 0,05 0,02 3,82 0,87 1,66 0,97
BP2-P10 19/07/2011 221,72 0,06 0,05 0,03 40,74 13,00 25,93 3,89 BP2-P13 19/07/2011 42,27 0,25 0,05 0,1 8,06 1,93 4,68 1,30
BP1-P1 22/11/2011 13,89 0,41 0,05 0,23 4,00 0,07 0,60 0,90 BP1-P13 22/11/2011 18,94 0,7 0,05 0,07 3,40 0,07 2,60 1,40 BP2-P1 21/11/2011 17,15 0,99 0,05 0,04 5,36 0,15 1,50 0,80
BP2-P13 21/11/2011 45,53 1,57 0,9 0,15 9,64 2,94 3,90 1,20
BP1-P1 24/01/2012 7,37 0,83 0,05 0,16 1,56 0,39 0,70 0,60 BP1-P13 24/01/2012 18,56 0,36 0,05 0,05 1,93 0,44 3,00 1,30 BP2-P1 24/01/2012 15,70 1,61 0,05 0,04 4,27 0,41 1,80 1,00
BP2-P13 24/01/2012 42,35 0,83 0,05 0,13 9,03 1,58 4,30 1,10
BP1-P1 19/03/2012 11,67 0,29 0,05 0,17 1,66 0,82 0,6 1 BP1-P13 19/03/2012 20,03 0,29 0,05 0,06 2,51 0,39 3,1 1,5 BP2-P1 20/03/2012 23,34 1,23 0,05 0,02 5,5 1,48 1,4 1,1
BP2-P13 20/03/2012 35,59 1,17 0,05 0,09 7,69 1,2 4 1,3
DIAGNÓSTICO DAS CONDIÇÕES LIMNOLÓGICAS E DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA NA REGIÃO DO EMPREENDIMENTO UHE MAUÁ
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Tabela 22 - Temperatura, condutividade, pH, alcalinidade e sólidos totais dissolvidos medidos em amostras de água coletadas nas baterias de piezômetros entre dezembro de 2010 e maio de 2012.
Local Data temp Cond, pH
alcalinidade total STD
(oC) (µS cm
-1) (mg.L
-1 CaCO3) (mg.L
-1)
BP1-P1 22/12/2010 19,8 15,4 5,32 8,33 31
BP1-P13 22/12/2010 19,8 25,3 5,61 16,43 35
BP2-P1 22/12/2010 19,8 44,1 5,62 26,24 54
BP2-P13 22/12/2010 19,8 88,91 5,9 51,34 100
BP1-P1 24/02/2011 20,4 18,04 5,2 7,75 10
BP1-P13 24/02/2011 21,2 31,1 5,64 19,17 20
BP2-P1 23/02/2011 22,6 33,1 5,35 18,98 20
BP2-P13 23/02/2011 22 73,8 5,74 43,61 54
BP1-P1 16/05/2011 19,8 22,51 5,31 8,65 2,5
BP1-P13 16/05/2011 19,8 31,4 5,61 16,44 4,2
BP2-P1 17/05/2011 19,8 33,6 5,4 14,81 4,5
BP2-P13 17/05/2011 19,8 77,6 5,72 37,7 10,7
BP1-P1 19/07/2011 22,4 25 6,21 9,96 21
BP1-P5 19/07/2011 21 213 7,99 96,94 128
BP1-P13 19/07/2011 20,4 28,1 6,76 12,72 19
BP2-P1 19/07/2011 21,4 37,5 6,09 12,34 23
BP2-P10 19/07/2011 21,4 362 7,58 181,73 234
BP2-P13 19/07/2011 21,3 76,4 6,39 31,64 49
BP1-P1 22/11/2011 20,0 9,4 5,59 11,39 6
BP1-P13 22/11/2011 20,0 6,39 5,84 15,54 4
BP2-P1 21/11/2011 21,0 7,23 5,6 14,06 5
BP2-P13 21/11/2011 21,0 17,6 6,06 37,32 11
BP1-P1 24/01/2012 19,8 19,1 5,32 6,04 13
BP1-P13 24/01/2012 19,8 32,2 6,39 15,21 21
BP2-P1 24/01/2012 19,8 37,2 5,5 12,87 24
BP2-P13 24/01/2012 19,8 86,2 5,92 34,71 55
BP1-P1 19/03/2012 22,0 18,9 5.53 9,56 12
BP1-P13 19/03/2012 22,0 32,2 6.02 16,52 21
BP2-P1 20/03/2012 21,0 42,4 5.96 19,13 28
BP2-P13 20/03/2012 20,0 64,5 5.98 29,17 42
BP1-P1 29/05/2012 22,0 29,0 5,88 * *
BP1-P13 29/05/2012 21,0 16,8 5,69 * *
BP2-P1 30/05/2012 20,0 78,8 6,10 * *
BP2-P13 30/05/2012 22,0 41,3 5,94 * *
(*) variáveis em procedimento analítico.
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Tabela 23 - Al, B, Ba, Be, Bi, Br, Ca, Cd, Ce e Cl em solução, medidos em amostras de água coletadas nas
baterias de piezômetros entre 12/2010 e 03/2012.
Local Data Al B Ba Be Bi Br Ca Cd Ce Cl
PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPM PPB PPB PPM
BP1-P13 22/12/2010 <1 5 31,56 <0.05 <0.05 <5 1,10 0,06 <0.01 <1
BP1-P01 23/12/2010 10 <5 45,59 <0.05 <0.05 9 1,18 0,20 0,01 13
BP2-P01 22/12/2010 4 <5 61,34 <0.05 <0.05 <5 6,40 0,11 <0.01 <1
BP2-P13 23/12/2010 2 <5 126,03 <0.05 <0.05 9 12,54 0,09 <0.01 <1
BP1-P01 24/02/2011 14 <5 47,95 <0.05 <0.05 6 1,32 0,09 0,03 1
BP1-P13 24/02/2011 7 <5 33,13 <0.05 <0.05 <5 1,42 <0.05 0,04 <1
BP2-P01 23/02/2011 9 <5 73,65 0,06 <0.05 11 3,57 <0.05 0,08 1
BP2-P13 23/02/2011 7 6 101,80 <0.05 <0.05 10 8,60 <0.05 0,06 1
BP1-P01 16/05/2011 27 19 47,63 <0.05 <0.05 <5 1,12 0,05 0,10 <1
BP1-P13 16/05/2011 12 15 36,49 <0.05 <0.05 <5 1,25 <0.05 0,06 <1
BP2-P01 17/05/2011 29 16 71,55 0,06 <0.05 <5 2,86 0,05 0,24 <1
BP2-P13 17/05/2011 33 19 92,53 <0.05 <0.05 8 7,64 <0.05 0,16 <1
BP1-P01 19/07/2011 25 <5 49,44 0,10 <0.05 <5 3,30 0,43 0,06 1
BP1-P05 19/07/2011 17 10 402,35 <0.05 <0.05 <5 21,09 0,13 0,04 <1
BP1-P13 19/07/2011 12 <5 38,64 <0.05 <0.05 <5 1,20 0,09 0,02 <1
BP2-P01 19/07/2011 13 6 68,09 <0.05 <0.05 <5 3,82 0,21 0,02 2
BP2-P10 19/07/2011 11 35 356,58 <0.05 <0.05 8 40,74 0,09 0,04 <1
BP2-P13 19/07/2011 16 16 90,33 <0.05 0,11 14 8,06 0,17 0,03 4
BP1-P01 22/11/2011 23 <5 55,16 0.09 <0.05 8 1,76 0,08 0,07 <1
BP1-P13 22/11/2011 19 <5 38,36 <0.05 <0.05 <5 1,79 0,06 0,10 <1
BP2-P01 21/11/2011 17 <5 70,02 <0.05 <0.05 6 5,71 0,48 0,17 <1
BP2-P13 21/11/2011 34 7 81,95 <0.05 <0.05 11 8,32 0,10 0,13 <1
BP1-P01 24/01/2012 100 <150 50 <4 <60 - 1,34 <1,0 - -
BP1-P13 24/01/2012 <50 <150 50 <4 <60 - 1,14 <1,0 - -
BP2-P01 24/01/2012 70 <150 70 <4 <60 - 3.24 <1,0 - -
BP2-P13 24/01/2012 <50 <150 80 <4 <60 - 8,2 <1,0 - -
BP1-P01 19/03/2012 27 20 48,24 0,09 <0.05 25 1,51 0,35 0,05 1
BP1-P13 19/03/2012 20 9 39,31 <0,05 <0.05 14 1,60 0,12 0,07 <1
BP2-P01 20/03/2012 17 12 67,93 0,11 <0.05 11 5,47 0,16 0,06 <1
BP2-P13 20/03/2012 17 10 68.63 <0,05 <0.05 22 7,08 0,11 0,07 1
Tabela 24 - Co, Cr, Cs, Cu, Dy, Fe, Ga, Gd, Hg e K em solução, medidos em amostras de água coletadas nas
baterias de piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012.
Local Data Co Cr Cs Cu Dy Fe Ga Gd Hg K
PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPM
BP1-P01 23/12/2010 1,00 <0.5 <0.01 2,5 <0.01 <10 <0.05 <0.01 <0.1 0,72
BP1-P13 22/12/2010 0,07 0,5 <0.01 0,2 <0.01 <10 <0.05 <0.01 <0.1 1,49
BP2-P01 22/12/2010 0,06 <0.5 0,01 0,2 <0.01 <10 <0.05 <0.01 <0.1 1,07
BP2-P13 23/12/2010 0,56 0,7 0,02 0,4 <0.01 <10 <0.05 <0.01 <0.1 2,04
BP1-P01 24/02/2011 1,10 <0.5 0,01 1,5 <0.01 <10 <0.05 <0.01 <0.1 0,84
BP1-P13 24/02/2011 0,16 <0.5 <0.01 1,7 <0.01 20 <0.05 <0.01 <0.1 1,51
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Local Data Co Cr Cs Cu Dy Fe Ga Gd Hg K
PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPM
BP2-P01 23/02/2011 3,48 <0.5 <0.01 0,6 <0.01 1078 <0.05 <0.01 <0.1 0,78
BP2-P13 23/02/2011 2,15 <0.5 0,02 1,1 <0.01 <10 <0.05 <0.01 <0.1 1,49
BP1-P01 16/05/2011 0,65 0,8 0,02 2,1 <0.01 32 <0.05 <0.01 <0.1 0,91
BP1-P13 16/05/2011 0,09 1,1 <0.01 1,3 <0.01 16 <0.05 <0.01 <0.1 1,46
BP2-P01 17/05/2011 3,92 0,8 0,01 5,0 0,01 445 <0.05 <0.01 <0.1 1,19
BP2-P13 17/05/2011 2,27 0,7 0,02 0,9 <0.01 35 <0.05 0,01 <0.1 1,30
BP1-P01 19/07/2011 0,43 1,1 0,01 2,7 <0.01 12 <0.05 0,05 0,2 1,41
BP1-P05 19/07/2011 0,07 1,1 0,01 1,0 <0.01 <10 <0.05 0,03 <0.1 1,35
BP1-P13 19/07/2011 0,08 1,2 <0.01 0,9 <0.01 <10 <0.05 0,03 <0.1 1,47
BP2-P01 19/07/2011 1,90 1,1 0,01 0,7 <0.01 <10 <0.05 0,05 <0.1 0,97
BP2-P10 19/07/2011 2,23 1,5 0,05 0,7 <0.01 <10 0,06 0,05 <0.1 3,89
BP2-P13 19/07/2011 2,00 1,4 0,01 1,6 0,01 30 <0.05 <0.01 <0.1 1,30
BP1-P01 22/11/2011 0,33 <0.5 0,02 1,5 <0.01 26 <0.05 <0.01 <0.1 1,01
BP1-P13 22/11/2011 0,14 <0.5 <0.01 1,5 <0.01 16 <0.05 <0,01 <0.1 1,63
BP2-P01 21/11/2011 2,52 <0.5 0,02 0,9 <0.01 105 <0.05 0,01 <0.1 0,84
BP2-P13 21/11/2011 0,60 <0.5 0,02 2,6 <0.01 27 <0.05 0,01 <0.1 1,46
BP1-P01 24/01/2012 <10 <10 - <9,0 - <130 - - - 1,04
BP1-P13 24/01/2012 <10 <10 - <9,0 - <130 - - - 0.98
BP2-P01 24/01/2012 <10 <10 - <9,0 - <130 - - - 1,54
BP2-P13 24/01/2012 <10 <10 - <9,0 - <130 - - - 1,35
BP1-P01 19/03/2012 0,31 <0.5 0,01 5,9 <0.01 <10 <0.05 <0.01 0,3 1,33
BP1-P13 19/03/2012 0,16 0,6 <0.01 2,7 <0.01 <10 <0.05 <0.01 0,2 1,82
BP2-P01 20/03/2012 1,48 <0.5 <0.01 4,0 <0.01 241 <0.05 <0.01 0,4 1,32
BP2-P13 20/03/2012 1,41 <0.5 <0.01 1,0 <0.01 <10 <0.05 <0.01 0,1 1,53
Tabela 25 - La, Li, Mg, Mn, Mo, Na, Nd, Ni, P,e Pb em solução, medidos em amostras de água coletadas nas
baterias de piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012.
Local Data La Li Mg Mn Mo Na Nd Ni P Pb
PPB PPB PPM PPB PPB PPM PPB PPB PPB PPB
BP1-P01 23/12/2010 0,01 2,3 0,64 47,97 0,4 0,85 0,02 4,6 <20 1,5
BP1-P13 22/12/2010 <0.01 2,9 0,81 3,97 0,9 3,32 <0.01 5,7 <20 <0.1
BP2-P01 22/12/2010 <0.01 5,9 1,17 181,05 0,7 1,76 <0.01 2,8 <20 <0.1
BP2-P13 23/12/2010 <0.01 5,4 2,52 740,64 1,1 6,13 <0.01 4,2 <20 <0.1
BP1-P01 24/02/2011 0,01 2,9 0,63 62,55 0,1 0,80 <0.01 3,5 147 10,2
BP1-P13 24/02/2011 0,01 10,4 0,82 13,95 0,1 3,38 0,02 1,3 24 2,3
BP2-P01 23/02/2011 0,03 3,9 0,74 300,67 <0.1 1,06 0,02 4,5 <20 2,1
BP2-P13 23/02/2011 0,02 4,2 1,88 566,68 <0.1 5,10 0,02 2,8 <20 6,8
BP1-P01 16/05/2011 0,04 2,8 0,61 38,98 <0.1 0,65 0,05 2,9 <20 16,4
BP1-P13 16/05/2011 0,03 10,4 0,79 4,49 <0.1 3,16 0,03 0,8 27 7,5
BP2-P01 17/05/2011 0,07 5,0 0,64 312,07 <0.1 1,40 0,07 4,3 <20 33,1
BP2-P13 17/05/2011 0,06 4,5 1,61 472,92 <0.1 4,57 0,04 2,8 <20 7,8
BP1-P01 19/07/2011 0,03 2,9 0,94 47,12 1,6 1,75 0,02 3,2 184 22,4
BP1-P05 19/07/2011 0,02 7,6 6,78 53,84 1,4 14,40 0,02 0,3 63 1,9
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Local Data La Li Mg Mn Mo Na Nd Ni P Pb
PPB PPB PPM PPB PPB PPM PPB PPB PPB PPB
BP1-P13 19/07/2011 <0.01 6,2 0,86 5,29 1,1 3,24 <0.01 0,7 30 4,5
BP2-P01 19/07/2011 <0.01 5,6 0,87 250,98 0,8 1,66 <0.01 2,8 21 11,6
BP2-P10 19/07/2011 0,02 20,4 13,00 810,20 0,6 25,93 0,02 1,5 <20 1,5
BP2-P13 19/07/2011 0,01 4,3 1,93 408,55 1,2 4,68 <0.01 2,5 32 7,1
BP1-P01 22/11/2011 0,05 2,8 0,70 33,94 <0.1 0,64 0,04 3,6 17 16,6
BP1-P13 22/11/2011 0,05 17,1 0,95 5,76 0,1 3,42 0,05 0,9 31 15,7
BP2-P01 21/11/2011 0,06 4,4 0,98 199,66 <0.1 1,35 0,07 3,0 15 28,4
BP2-P13 21/11/2011 0,05 4,6 1,81 269,38 <0.1 4,60 0,05 2,5 16 3,9
BP1-P01 24/01/2012 - - 0,61 <50 <70 0,82 - <20 - 40
BP1-P13 24/01/2012 - - 0,72 <50 <70 3,37 - <20 - 20
BP2-P01 24/01/2012 - - 0,79 <50 <70 1,87 - <20 - 60
BP2-P13 24/01/2012 - - 1,68 <50 <70 4,84 - <20 - 10
BP1-P01 19/03/2012 0,02 2,7 3,40 24,55 1,0 1,19 0,03 4,0 126 9,2
BP1-P13 19/03/2012 0,03 4,3 3,40 13,18 1,0 3,80 0,04 1,3 40 5,5
BP2-P01 20/03/2012 0,02 5,9 3,40 98,97 1,1 1,94 0,02 3,3 32 3,5
BP2-P13 20/03/2012 0,02 4,0 3,40 212,79 0,7 4,71 0,02 2,3 103 5,9
Tabela 26 - Pd, Pt, Rb, Ru, S, Sb, Sc, Si e Sn em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de
piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012.
Local Data Pd Pr Rb Rh Ru S Sb Sc Si Sn
PPB PPB PPB PPB PPB PPM PPB PPB PPM PPB
BP1-P13 22/12/2010 <0.2 <0.01 3,52 <0.01 <0.05 <1 0,05 5
<0.05
BP1-P01 23/12/2010 <0.2 <0.01 1,66 <0.01 <0.05 <1 0,10 2
<0.05
BP2-P01 22/12/2010 <0.2 <0.01 1,48 <0.01 <0.05 <1 <0.05 3
<0.05
BP2-P13 23/12/2010 <0.2 <0.01 2,63 <0.01 <0.05 <1 0,06 6
<0.05
BP1-P01 24/02/2011 <0.2 <0.01 2,68 <0.01 <0.05 <1 <0.05 1
0,09
BP1-P13 24/02/2011 <0.2 <0.01 3,35 <0.01 <0.05 <1 <0.05 2
0,05
BP2-P01 23/02/2011 <0.2 <0.01 1,35 <0.01 <0.05 <1 <0.05 1
0,06
BP2-P13 23/02/2011 <0.2 <0.01 1,88 <0.01 <0.05 <1 <0.05 3
<0.05
BP1-P01 16/05/2011 <0.2 0,01 3,38 <0.01 <0.05 <1 <0.05 <1 5,41 <0.05
BP1-P13 16/05/2011 <0.2 <0.01 3,95 <0.01 <0.05 <1 <0.05 <1 12,86 <0.05
BP2-P01 17/05/2011 <0.2 0,02 2,37 <0.01 <0.05 <1 <0.05 <1 6,84 0,07
BP2-P13 17/05/2011 <0.2 0,01 1,72 <0.01 <0.05 <1 <0.05 <1 13,98 <0.05
BP1-P01 19/07/2011 <0.2 <0.01 3,58 <0.01 0,09 <1 <0.05 2 5,27 0,10
BP1-P05 19/07/2011 <0.2 <0.01 1,23 <0.01 <0.05 2 <0.05 4 12,65 <0.05
BP1-P13 19/07/2011 <0.2 <0.01 3,61 <0.01 <0.05 <1 <0.05 4 12,27 <0.05
BP2-P01 19/07/2011 <0.2 <0.01 1,64 <0.01 <0.05 <1 <0.05 2 5,95 <0.05
BP2-P10 19/07/2011 <0.2 <0.01 3,69 0,01 0,09 2 <0.05 6 16,14 <0.05
BP2-P13 19/07/2011 <0.2 <0.01 1,61 <0.01 <0.05 <1 <0.05 5 13,38 0,08
BP1-P01 22/11/2011 <0.2 0,01 4,04 <0.01 <0.05 <1 <0.05 <1 4,86 0,06
BP1-P13 22/11/2011 <0.2 0,01 4,16 <0.01 <0.05 <1 <0.05 2 11,08 <0.05
BP2-P01 21/11/2011 <0.2 0,02 1,92 <0.01 <0.05 <1 <0.05 <1 5,06 <0.05
BP2-P13 21/11/2011 <0.2 0,01 1,99 <0.01 <0.05 <1 <0.05 2 12,33 <0.05
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Local Data Pd Pr Rb Rh Ru S Sb Sc Si Sn
PPB PPB PPB PPB PPB PPM PPB PPB PPM PPB
BP1-P01 24/01/2012 - - - - - - - - - <100
BP1-P13 24/01/2012 - - - - - - - - - <100
BP2-P01 24/01/2012 - - - - - - - - - <100
BP2-P13 24/01/2012 - - - - - - - - - <100
BP1-P01 19/03/2012 <0.2 <0.01 3,92 <0.01 <0.05 2 <0.05 <1 5,38 0,07
BP1-P13 19/03/2012 <0.2 <0.01 4,81 <0.01 <0.05 1 <0.05 2 12,59 0,08
BP2-P01 20/03/2012 <0.2 <0.01 2,48 <0.01 <0.05 2 <0.05 1 6,25 0,09
BP2-P13 20/03/2012 <0.2 <0.01 2,12 <0.01 <0.05 2 <0.05 2 13,07 <0.05
Tabela 27 - Sr, Ti, Tl, U, V, W, Y e Zn em solução, medidos em amostras de água coletadas nas baterias de
piezômetros entre 12/ 2010 e 03/2012.
Local Data Sr Ti Tl U V W Y Zn
PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB PPB
BP1-P13 22/12/2010 9,35 <10 0,01 <0.02 0,5 <0.02 <0.01 9,6
BP1-P01 23/12/2010 6,24 <10 0,01 <0.02 0,2 <0.02 0,01 28,6
BP2-P01 22/12/2010 19,92 <10 0,02 <0.02 <0.2 <0.02 <0.01 31,6
BP2-P13 23/12/2010 62,26 <10 0,05 <0.02 0,3 <0.02 <0.01 15,5
BP1-P01 24/02/2011 6,08 <10 0,03 <0.02 <0.2 <0.02 0,02 40,5
BP1-P13 24/02/2011 10,03 <10 <0.01 <0.02 0,5 <0.02 0,02 19,8
BP2-P01 23/02/2011 15,23 <10 0,03 <0.02 <0.2 <0.02 0,03 26,8
BP2-P13 23/02/2011 44,41 <10 0,04 <0.02 0,4 <0.02 0,02 17,3
BP1-P01 16/05/2011 5,80 <10 0,03 <0.02 <0.2 <0.02 0,05 40,4
BP1-P13 16/05/2011 9,89 <10 0,01 <0.02 0,4 <0.02 0,03 21,5
BP2-P01 17/05/2011 14,52 <10 0,06 <0.02 0,3 <0.02 0,08 57,5
BP2-P13 17/05/2011 40,66 <10 0,06 <0.02 0,4 <0.02 0,05 18,0
BP1-P01 19/07/2011 11,38 <10 0,02 <0.02 0,2 <0.02 0,03 94,2
BP1-P05 19/07/2011 112,41 <10 <0.01 0,04 <0.2 0,04 0,03 21,7
BP1-P13 19/07/2011 10,07 <10 <0.01 <0.02 0,3 <0.02 <0.01 23,9
BP2-P01 19/07/2011 17,13 <10 0,03 <0.02 <0.2 <0.02 <0.01 40,7
BP2-P10 19/07/2011 288,28 <10 0,03 0,09 <0.2 <0.02 0,01 18,7
BP2-P13 19/07/2011 44,90 <10 0,05 0,02 0,4 <0.02 0,02 25,0
BP1-P01 22/11/2011 7,90 <10 0,03 <0.02 <0.2 <0.02 0,05 52,9
BP1-P13 22/11/2011 10,04 <10 <0.01 <0.02 <0.2 <0.02 0,05 48,8
BP2-P01 21/11/2011 15,18 <10 0,05 <0.02 <0.2 <0.02 0,06 73,8
BP2-P13 21/11/2011 39,95 <10 0,04 <0.02 <0.2 <0.02 0,06 29,9
BP1-P01 24/01/2012 <100 - <100 - <10 - - <100
BP1-P13 24/01/2012 <100 - <100 - <10 - - <100
BP2-P01 24/01/2012 <100 - <100 - <10 - - <100
BP2-P13 24/01/2012 <100 - <100 - <10 - - <100
BP1-P01 19/03/2012 6,40 <10 0,02 <0.02 <0.2 <0.02 0,04 77,2
BP1-P13 19/03/2012 10,13 <10 <0.01 <0.02 0,3 <0.02 0,02 63,8
BP2-P01 20/03/2012 15,76 <10 0,03 <0.02 <0.2 <0.02 0,03 57,2
BP2-P13 20/03/2012 31,14 <10 0,03 <0.02 <0.2 <0.02 0,04 32,7
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Além dos elementos químicos especificados nas tabelas acima, foram analisados mais os
seguintes elementos, cujas concentrações estiveram abaixo dos limites de detecção em todas as
amostras: Ag (0,05), As (0,5), Au (0,05), Er (0,01), Eu (0,01), Ge (0,05), Hf (0,02), Ho (0,01), In (0,01), Lu
(0,01), Nb (0,01), Pd (0,2), Re (0,01), Sb (0,05), Sm (0,02), Tb (0,01), Th (0,05), Yb (0,01).Os valores
entre parênteses correspondem aos respectivos limites de detecção em PPB.
4.4 Medições automáticas do nível do freático e da temperatura
As medições automáticas do nível do freático e da temperatura foram realizadas por
equipamentos medidores da coluna de água pela pressão exercida sobre uma célula baro-sensível,
marca Solinst modelo Levelogger gold 3001. Os equipamentos foram instalados nos poços BP1- P01,
BP1- P13, BP2 – P01 e BP2 – P13, a 15 metros de profundidade.
As altitudes do nível da água anotadas nos piezômetros podem ser observadas na Figura 17.
Os valores foram obtidos a partir dos registros automáticos dos dataloggers, corrigidos pelos valores
de pressão obtidos na Estação meteorológica operada pelo Simepar em Telêmaco Borba. As medidas
de pluviosidade também foram obtidas na mesma estação e estão apresentadas na Figura 18.
Figura 17 - Altitudes do freático na fase rio, obtida por medidor automático nos piezômetros BP1-P1, BP1-P13, BP2-P1 e BP2-P13 entre 17/10/2011 e 23/01/2012.
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Figura 18 - Pluviosidade de referência (mm) obtida na Estação de Telêmaco Borba. Fonte: Copel/Simepar
As temperaturas do freático na fase rio obtidas por medidor automático nos pizômetros BP1-
P1, BP1-P13, BP2-P1 e BP2-P13 entre outubro/11 e janeiro/12 são apresentadas na Figura 19.
Figura 19 - Temperatura do freático na fase rio, obtida por medidor automático nos piezômetros BP1-P1, BP1-P13, BP2-P1 e BP2-P13 entre 17/10/2011 e 23/01/2012.
4.5 Interpretação preliminar dos resultados obtidos
Diferentemente dos corpos de água superficiais cujos pontos de monitoramento normalmente
são alterados quando do enchimento dos reservatórios, via de regra, os pontos de monitoramento
dos aquíferos permanecem no mesmo lugar. As alterações nas características hidráulicas e,
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principalmente químicas são mais graduais no meio subterrâneo, não havendo uma quebra brusca de
continuidade nas variáveis. Visto isso, uma análise mais profunda e detalhada das alterações impostas
pelo barramento do rio Tibagi nas características do freático será procedida após a obtenção de dados
posteriores a tal evento.
As baterias de poços de monitoramento, BP1 e BP2, apresentaram perfis litológicos distintos.
Em BP1 o substrato, que é um siltito cinza claro a cinza escuro, é atingido em alguns poços na faixa
dos 12 m de profundidade, e em outros na faixa dos 18m. Em BP2, por sua vez, quase todos os poços
atingiram um siltito semelhante já aos 6 m. Apenas no P13, antes de atingir o siltito fresco, ocorre
uma camada de argila esbranquiçada.
O monitoramento dos perfis piezométricos através de dados obtidos em oito campanhas
indicou comportamentos distintos entre os sítios das duas baterias de piezômetros. Enquanto a
bateria BP1, apresentou uma boa homogeneidade no perfil piezométrico (Figura 20), a bateria BP2
apresentou um comportamento bem mais heterogêneo (Figura 21). A Figura 20 foi construída com os
dados constantes da Tabela 17 e a Figura 21 com os dados da Tabela 18.
Figura 20 - Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP1, situada na margem direita do rio Tibagi, no município de Telêmaco Borba.
Na bateria BP1, houve um aumento suave no nível do freático entre P1 e P4, com um
gradiente mais acentuado entre P4 e P8, e, uma certa estabilização do nível em P8, P9 e P10 a cerca
de 641 m. Na região de P11 e P12, o nível abaixou de 1 m a 2 m em todas as medições, denotando
melhor facilidade de fluxo lateral da água devido a uma permeabilidade, primária ou secundária,
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maior. Em P12, o nível do freático retomou a tendência de se manter mais elevado, a pouco mais de
643 m, concordando com nível topográfico superior do local.
A bateria BP2 indica uma maior anisotropia nas condições de fluxo de água subterrânea. O
padrão de fluxo indica, como seria de se esperar, a tendência geral de uma elevação no nível do
freático entre P1 e P13, no entanto ocorrem no mínimo três importantes descontinuidades,
caracterizando um padrão de fluxo transversal à linha da bateria de piezômetros.
Figura 21 - Perfis piezométricos medidos em oito campanhas na BP2, situada na margem esquerda do rio Tibagi no município de Ortigueira.
O comportamento da condutividade em BP1 denota uma grande semelhança em todas as
medições (Figura 22). As condutividades mais baixas foram observadas nos piezômetros extremos P1
e P13.
Figura 22 - Variação na condutividade da água medida em oito campanhas em amostras coletadas na BP1, nos piezômetros P1 a P13.
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Em P1, a condutividade tomou valores inferiores a 50 µS.cm-1, subindo em P2, estando
próxima de 200 µS.cm-1, para descer a pouco mais de 50 µS.cm-1 em P4. Em P5, voltou a subir até
mais de 200 µS.cm-1, vindo a decrescer a menos de 50 µS.cm-1 em P10, mantendo valores nesta
ordem até P13. Os dados apresentados na Figura 22 constam da Tabela 19. Este comportamento
denota a heterogeneidade composicional da água do freático e que o sentido do fluxo se dá
transversalmente à linha dos piezômetros.
O comportamento do perfil de pH da bateria BP1 (Figura 23), em linhas gerais, é coerente com
a condutividade, sendo que as descontinuidades da seqüência de valores coincidem, estando os
valores inferiores de pH correspondentes às condutividades mais baixas.
Os valores de pH na faixa de 5,5 são coerentes com o valor da água de chuva, o que é normal
para água do freático percolando formações superficiais com minerais pouco reativos.
Os valores mais elevados de condutividade e pH, provavelmente, estão associados a níveis de
rochas sedimentares com cimento carbonático, o que seria coerente com pH na faixa de 8,0,
anotados em algumas campanhas.
Figura 23 - Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP1.
Na bateria BP2, que apresenta um substrato com padrões de fluxo mais heterogêneo, este
aspecto também é refletido nos perfis de condutividade e pH.
O perfil inicia em P1 com condutividades inferiores a 50 µS.cm-1, sobe suavemente até
próximo a este valor em P3 e P4, ascende até mais de 100 µS.cm-1 em P5 e P6 e atinge cerca de 400
µS.cm-1 em P7. Em P8, sobe a 200 ou 250 µS.cm-1 em P9 e atinge máximos entre 300 e 450 µS.cm-1 em
P10. Em P11, decresce até poço acima de 150 µS.cm-1, continuando a descer até 50 a 100 µS.cm-1 em
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P12 e P13. Na campanha de novembro/11, os valores anotados se afastaram um pouco do padrão
geral, não podendo ser descartada a possibilidade de desvios analíticos, uma vez que o padrão
continuou a ser mantido nas campanhas posteriores.
Figura 24 - Variação na condutividade da água medida em oito campanhas em amostras coletadas na BP2, nos piezômetros P1 a P13.
Na BP2, o perfil do pH (Figura 25), como o da condutividade, apresenta máximos em P7 e P10
e entre estes extremos superiores há um abaixamento no valor da variável em P8. A tendência geral
de P1 a P13 é de um aumento do pH.
Figura 25 - Valores de pH ao longo da secção do terreno coberta pelos pela bateria de piezômetros BP2.
Um panorama geral do quimismo das águas do freático nos dois sítios estudados pode ser
representado pela distribuição relativa dos macro-constituintes iônicos, por meio de um Diagrama de
Durov (DUROV, 1948) (Figura 26).
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No diagrama estão representadas as composições da água do freático coletada nos poços BP1-
P1, BP1-P13, bem como nos poços BP2-P1 e BP2-P13.
Figura 26 - Diagrama de Durov representando a água do freático nos pontos BP1 P1 e P13 e também em BP2 P1 e P13
A análise da distribuição dos pontos no diagrama evidencia as diferenças e semelhanças entre
os grupos de água. A água de BP1-P13 é bicarbonatada sódica, enquanto BP1-P1 é bicarbonatada
mista. A água de BP2 é praticamente toda bicarbonatada cálcica, tendendo a mista em BP1-P13.
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Dentre todos os poços, observa-se a menor variação na composição em BP2-P13, todavia, é
neste poço que ocorre a maior variação de sólidos totais dissolvidos. Esta situação sugere uma
dissolução simples por água pluvial. Nos outros piezômetros monitorados, a amplitude de variação
dos sólidos totais dissolvidos, representados pela condutividade, é menor (Figura 26).
No que diz respeito aos constituintes minoritários, incluindo metais e não metais, em face da
riqueza de dados que está sendo disponibilizada, sua interprestação é complexa e ainda está em
andamento. Até o momento se pode afirmar, todavia, que não foram determinados elementos
químicos com concentração violando o que preconiza a legislação brasileira (Resolução CONAMA
396/2008, que enquadra as águas subterrâneas) para água de consumo humano.
O programa de monitoramento em curso tem por objeto principal o rio Tibagi e sua alteração
provocada pela instalação do lago da UHE Mauá. Está em análise a relação composicional desta água
com a água subterrânea da região, visto isso, é pertinente avaliar esta relação nos pontos
monitorados nas condições atuais para comparar com as condições após a formação do lago.
Tomando-se como referência a composição da água do rio Tibagi, coletada a jusante do sítio
da barragem da UHE Mauá em fevereiro/11, normalizou-se os valores das concentrações de um grupo
de elementos da Tabela 23 a Tabela 27. Os valores normalizados correspondem ao quociente da
divisão da concentração de cada elemento em cada amostra, pelo valor da concentração do
respectivo elemento na amostra tomada como referência. Os valores normalizados estão
representados graficamente na Figura 27 à Figura 30.
Figura 27 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e majoritários no piezômetro BP1-P01.
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A normalização dos valores permite que se observe os elementos que estão enriquecidos ou
depletados em relação à água do rio Tibagi. Assim sendo, se o elemento está mais concentrado na
água do freático do que a água de referência, sua concentração normalizada será inferior a um, e vice-
versa.
No BP1-P01 (Figura 27), chamam à atenção as concentrações de chumbo cerca de 100 vezes
mais elevadas no freático do que no Tibagi, assim como as concentrações de manganês, cobalto e
níquel mais de 10 vezes superiores à referência. Por outro lado, os elementos terras-raras cério e
neodímio, além do alumínio, ferro e ítrio e o cádmio em algumas amostras, estão concentrados mais
de dez vezes no rio Tibagi do que no freático local.
No BP1-P13 (Figura 28), destacam-se o manganês, o cobalto e o chumbo por estarem cerca de
100 vezes mais concentrados no freático do que no Tibagi. Na ordem de 10 vezes mais concentrados
na água subterrânea, se sobressaem o lítio, o níquel e o tálio.
Figura 28 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e majoritários no piezômetro BP1-P13.
No BP2-P01 (Figura 29), o manganês, chumbo e cobalto novamente se destacam por estarem
mais de cem vezes concentrados no freático local em relação ao Tibagi. Pela baixa concentração o
destaque fica novamente para os terras-raras cério e neodímio, além do cádmio e do ferro em
determinadas amostras.
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Figura 29 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e majoritários no piezômetro BP2-P01.
No BP2-P13 (Figura 30), o maior destaque foi para o manganês, cobalto, chumbo, níquel e lítio,
todos com concentrações mais de 10 vezes superiores no freático, sendo que o primeiro apresenta
valores superiores a 500 vezes ao anotado no rio Tibagi.
Figura 30 - Distribuição das concentrações normalizadas pela água do rio Tibagi, de elementos minoritários e majoritários no piezômetro BP2-P13.
Os estudos e interpretações do comportamento hidrogeoquímico do sistema freático-
reservatório estão tendo sequência.
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5 CONCLUSÕES
Com base nos resultados do presente monitoramento de águas superficiais, no que concerne
as suas características físico-químicas e bacteriológicas, destaca-se:
1) Desacordos que tangem à Resolução CONAMA 357/05, no trecho do rio Tibagi em
estudo com relação às variáveis monitoradas, foram registrados não conformidades
nas análises de coliformes termotolerantes (medidos em E. coli), fenóis totais e
clorofila-a.
2) Assim como durante a Fase Rio (LACTEC, 2011), também durante as Campanhas
Complementares, na estação E2 onde fenóis são monitorados, a concentração
desta variável esteve acima do limite máximo permitido pela Resolução CONAMA
357/05.
3) Coliformes termotolerantes foram registrados acima do limite máximo permitido
da Resolução CONAMA 357/05 nas estações E2 e E3 (rio Imbauzinho), nos meses de
março/11 (E2: 2.500 NMP.100mL-1), junho/11 (E2: 2.400 NMP.100mL-1) e abril/12
(E2: 2.600 NMP.100mL-1 e E3: 1.300 NMP.100mL-1).
4) No mês de abril/12 foram registrados valores expressivamente mais elevados (em
comparação com os demais meses de monitoramento) para a variável clorofila-a,
especialmente nas estações E6 e E9. Estes valores estiveram acima do limite da
Resolução CONAMA 357/05, indicando aumento da produtividade primária do
ecossistema em abril/12.
5) O Fósforo total, mesmo abaixo do limite máximo da referida resolução durante as
Campanhas Complementares, também apresentou concentrações elevadas
(> 0,06 mg.L-1) nas estações E1, E2, E6, E7 e E9, sendo mais recorrente nos meses
de março/11 e abril/12.
6) Segundo a metodologia do Índice de Qualidade de Água (IQA) proposto pela
CETESB, de forma geral, as águas do rio Tibagi e de seus afluentes, na região do
empreendimento UHE Mauá, apresentaram qualidade BOA a ÓTIMA, no período
monitorado entre março/11 e abril/12.
7) Com relação ao grau de trofia do ecossistema, de acordo com o Índice de Estado
Trófico (IET) proposto pela CETESB, na média das Campanhas Complementares as
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estações localizadas no rio Tibagi foram caracterizadas como mesotróficas. As
estações localizadas em tributários (rio Imbauzinho, rio Barra Grande e ribeirão das
Antas), na média, caracterizaram-se como oligotróficas, ou seja, com menor grau
de trofia.
Com base nos resultados do presente monitoramento de sedimento, destaca-se:
1) Com relação aos limites da Resolução CONAMA 344/04, somente a variável carbon
orgânico total esteve acima valor de alerta, na estação E5, no mês de dezembro/12
(campanhas complementares).
2) Durante a Fase Rio (LACTEC, 2011), o carbono orgânico total esteve acima do nível
de alerta também na estação E5, rio Barra Grande, na coleta de fevereiro/10, com
concentração de 12,84 %w.w-1, além deste, também o zinco apresentou-se em
valores mais elevados no mês de maio/10, com concentração acima do Nível 1, e
inferior limite do Nível 2, com concentração máxima medida de 270 mg.kg-1. Tal
situação não foi observada durante as Coletas Complementares.
Com base nos resultados do presente monitoramento de águas subterrâneas, destaca-se:
1) O monitoramento do freático até o momento indicou que as águas subterrâneas
dos aquíferos rasos possuem boa qualidade química quanto aos parâmetros
levantados, não sendo ultrapassados valores limites legais vigentes.
2) Em termos de quimismo dos macro-constituintes iônicos, trata-se, em todos os
casos de águas bicarbonatadas com condutividade entre 10 µS.cm-1 e 90 µS.cm-1.
Na bateria da margem direita (BP1), em Telêmaco Borba, o poço de montante se
destaca dos outros por acessar água bicarbonatada sódica, enquanto o poço de
jusante desta bateria possui água de caráter bicarbonatado misto. Na bateria da
margem esquerda (BP2), no município de Ortigueira, as águas de ambos os poços
de monitoramento são bicarbonatadas cálcicas.
3) Na bateria da margem direita (BP1), o conjunto das análises dos macro-
constituintes iônicos evidencia águas contendo mais material em solução no poço
de jusante, o que seria um comportamento esperado. Na bateria da margem
esquerda (BP2), todavia, não foi o que se verificou pois, na maioria dos casos, o
poço de montante apresentou águas mais condutivas.
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4) A análise conjunta dos constituintes minoritários indica que as águas subterrâneas
do poço de montante da margem direita estão enriquecidas em mais de 10 vezes
em relação ao rio Tibagi em cobalto, manganês, níquel e chumbo. No poço de
montante também houve um enriquecimento em lítio na mesma razão, o que não
aconteceu no poço de jusante.
5) Na água dos dois piezômetros extremos da margem esquerda houve
enriquecimento em mais de 10 vezes em cobalto, lítio, manganês, níquel, chumbo.
Por outro lado, o Tibagi está enriquecido, em relação á água subterrânea dos
quatro pontos de amostragem, em cádmio, cério, ferro, neodímio e também em
ítrio.
6) Conclui-se que o quimismo indica que o fluxo subterrâneo tem direção diferente
das linhas dos piezômetros e que há uma heterogeneidade de fluxos em termos
composicionais, mesmo na escala abrangida pelas baterias de piezômetros. Este
aspecto se dá em função de descontinuidades do ambiente sub-superficial, sejam
elas estruturais ou faciológicas. Esta constatação se confirma pela análise dos
dados piezométricos.
7) Do ponto de vista da piezometria observada nos perfis levantados durante as
campanhas de medidas diretas nas duas baterias, fica evidenciado que o perfil da
margem direita do Tibagi é mais contínuo e regular, ao passo que na margem
esquerda são evidenciadas descontinuidades significativas, o que é corroborado
pelas diferenças no quimismo das águas.
8) Os dados de medições contínuas registradas nos quatro “datalogers” indicaram
amplitudes de variação, no nível da água de ambos os piezômetros da margem
direita, inferiores a um metro. Os dados obtidos nos piezômetros da margem
esquerda, por sua vez indicaram variações muito maiores, na ordem de dois
metros no ponto de montante e de dez metros no ponto de jusante.
9) De um modo geral, pode ser afirmado que os dados até o momento obtidos nas
baterias de piezômetros, serão uma base consistente para avaliações de mudanças
no ambiente subterrâneo de baixa profundidade durante e após a formação do
reservatório da UHE Mauá.
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Por fim, cabe ressaltar que os aspectos aqui relatados são preliminares, e deverão ser
avaliados à luz das coletas a serem realizadas na Fase Reservatório. Desta forma, se recomenda a
continuidade no monitoramento da água superficial e subterrânea do freático.
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ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. Diário Oficial da União, nº 053, de 18/03/2005, págs. 58-63. 2005.
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7 ANEXOS
ANEXO I Dados pluviométricos
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Jan Fev Mar Abr Maio Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
1 13,0 0,4 0,2 0,0 4,0 0,0 11,2 73,4 0,0 14,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0
2 0,6 2,0 1,4 11,2 0,0 0,2 30,4 0,2 0,0 5,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
3 0,0 36,8 0,0 7,4 0,2 0,0 2,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
4 0,0 0,8 0,0 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
5 4,4 17,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,8 1,2 0,0 0,0 1,0
6 0,0 20,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 3,0 0,0 0,0 2,0 10,8 0,0 0,0 0,0
7 2,6 35,6 0,0 0,0 0,0 27,8 0,0 0,0 0,6 0,0 0,0 0,2 28,0 0,0 0,0 0,6
8 0,0 1,6 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,4 1,2 0,0 18,2 0,2 5,8 0,0 6,6
9 2,6 24,6 1,2 0,0 0,0 78,6 0,2 24,0 10,6 SD 0,0 10,0 0,0 0,0 0,0 0,2
10 0,4 64,4 0,0 1,8 0,0 0,2 0,0 0,0 0,2 SD 0,0 0,0 0,0 2,0 0,0 0,0
11 11,0 7,0 0,0 0,2 0,2 0,0 0,6 0,0 0,0 SD 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0
12 47,6 1,6 SD 24,8 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 SD 61,4 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0
13 0,0 24,2 SD 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 SD 30,2 0,0 2,2 0,0 0,2 0,0
14 0,0 10,0 21,4 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 SD 8,4 5,4 88,4 5,6 1,4 25,0
15 49,6 3,8 0,0 0,0 7,4 0,0 0,0 0,0 0,0 SD 9,6 0,0 0,2 0,0 1,6 0,2
16 0,2 12,8 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 SD 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
17 37,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 9,2 0,0 0,0 0,0
18 17,8 3,6 23,4 0,0 0,0 2,6 45,0 1,2 0,0 0,0 0,0 0,0 18,4 0,0 0,0 0,0
19 15,8 0,4 3,6 0,0 0,0 0,0 0,2 67,4 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0
20 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 1,6 1,2 0,0 0,0 SD 0,0 0,0 0,0 28,8
21 21,0 0,0 0,0 17,0 0,0 0,0 29,6 0,0 0,0 0,0 30,0 SD 0,4 0,0 0,0 30,0
22 6,4 0,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,8 0,0 0,0 6,4 0,0 0,0 10,8 5,6 0,0
23 21,2 14,4 0,0 0,2 0,2 0,0 0,0 0,8 3,6 0,0 0,0 0,0 0,0 6,6 0,2 0,0
24 0,8 0,4 0,0 21,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 1,6 1,2 0,6 0,2 0,0
25 0,4 53,2 0,0 3,2 0,0 0,0 0,0 0,6 0,0 29,6 0,0 10,0 5,4 3,4 0,0 1,6
26 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 27,8 0,0 0,2 0,0 0,0 0,0 0,0 25,6 14,2 0,0 115,0
27 0,0 0,0 1,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 21,0 0,0 0,0 0,8 13,0 0,2
28 0,0 47,2 32,8 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 2,6 0,0 21,4
29 0,0 - 14,0 0,0 0,0 41,0 0,0 0,0 0,0 24,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6
30 32,8 - 3,4 4,6 0,2 31,0 33,0 13,2 0,0 1,4 0,0 35,0 0,0 - 0,0 0,0
31 12,0 - 8,4 - 0,0 - 74,4 3,6 - 0,0 - 55,6 0,0 - 0,0 -
Total 298,0 382,4 111,6 94,6 12,4 210,2 227,4 187,4 19,6 75,4 167,2 138,8 191,8 52,4 22,2 231,2
Máx 49,6 64,4 32,8 24,8 7,4 78,6 74,4 73,4 10,6 29,6 61,4 55,6 88,4 14,2 13,0 115,0
Dia da coleta
UHE MAUÁ - Estação: Telemaco Borba
Código ANA: 2450064
Alturas Pluviométricas Diárias (mm)
2011 2012
SD: Sem dados
Dia