Post on 07-Oct-2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SAUDE DA FAMILIA
MIRTHA PENA OJEDA
INTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE PARASITISMO INTESTINAL EM
PACIENTES DA UNIDADE BASICA DE SAÚDE MUNGUBA, ALMEIRIM
SANTAREM / PARÁ
2018
MIRTHA PENA OJEDA
INTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE PARASITISMO INTESTINAL EM
PACIENTES DA UNIDADE BASICA DE SAÚDE MUNGUBA, ALMEIRIM
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização em Saúde da Família, Universidade Federal do Pará, para obtenção do Certificado de Especialista.
Orientador: Professora Grace Fernanda Severino Nunes
SANTAREM / PARÁ
2018
MIRTHA PENA OJEDA
INTERVENÇÃO EDUCATIVA SOBRE PARASITISMO INTESTINAL EM
PACIENTES DA UNIDADE BASICA DE SAÚDE MUNGUBA, ALMEIRIM
Banca examinadora
Examinador 1: Grace Fernanda Severino Nunes
Examinador 2: Roberto Chaves Castro
Aprovado em Belém, em____de______________2018
RESUMO
A doença parasitaria é um grave problema na saúde pública do Brasil e no mundo e repercute principalmente na saúde das crianças. O presente estudo foi realizado na unidade básica de saúde de Munguba localizada na zona rural, do município de Almeirim que apresenta inadequadas condições higiênicas sanitária no tratamento da água e contaminação dos rios. Dados na literatura ratificam a forte relação entre estes fatores de riscos e a incidência e prevalência das parasitoses. Este estudo objetivou propor um projeto de intervenção educativa com ênfase nos processos de prevenção (ações educativas em escolas) das infecções parasitaria e promoção da saúde. Para execução do objetivo, foram realizadas reuniões com os gestores de saúde do município e com a equipe, atividades em grupo, palestras educativas além de uma revisão bibliográfica sobre o tema pretendendo aumentar o nível de conhecimento desta doença, modificar, reduzir e eliminar fatores de risco nos pacientes, e promover a informação sobre a importância de um estilo de vida saudável. Com esta intervenção pretendemos ter uma ferramenta de ajuda para o melhor acompanhamento dos pacientes da comunidade.
Palavras-chave: Estratégia Saúde da Família. Parasitismo Intestinal. Epidemiologia. Enteroparasitose. Almeirim
ABSTRACT
The Parasitic diseases is a serious public health problem in Brazil and in the world and have a major impact on the health of children. The present study was carried out in the basic health unit of Munguba located in the rural area of the municipality of Almeirim, which presents poor conditions in the treatment of water and contamination of the rivers. Data in the literature confirm the strong relationship between these factors and the incidence and prevalence of parasitic diseases. This study aimed to propose an intervention project with emphasis on the prevention processes (educational actions in schools and health posts) of parasitic infections in children and adults (educational actions in schools and health posts) for the territory covered by the Health Program Munguba family. In order to achieve the objective, meetings were held with the municipal health managers and with the team, group activities, educational lectures and a bibliographic review on the subject aiming at increasing the knowledge level of this disease, modifying, reducing and eliminating factors of risk in patients, and promote information about the importance of a healthy lifestyle. With this intervention we intend to have a help tool to better accompany patients in the community. Palavras-chave: Family health strategy. Intestinal parasitism. Epidemiology. Enteroparasitoses. Almeirim.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLIAS
COSAMPA- Companhia de Saneamento Municipal de Pará
UAPS-Unidades de Atenção Primaria
ESF-Estratégia da Saúde da Família
UPA-Unidade De repente Atendimento
ACS- Agente comunitário em Saúde
HSA-Hipertensão Arterial Sistêmica
PSF-Programa de Saúde da Família
HC-hemograma completo
EFS- exame de fezes
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO: ....................................................................................................... 8
1.1Aspectos Gerais do Município: ........................................................................... 8
1.2Aspectos Gerais da Comunidade:....................................................................... 9
1.3 Sistema Municipal de saúde: ............................................................................. 9
1.4 Unidade Básica de Saúde de Munguba: .......................................................... 10
1.5 Equipe de Saúde da Família: ........................................................................... 11
1.6 Funcionamento da Unidade: ............................................................................ 11
1.7 O trabalho da Equipe de Saúde da Família: .................................................... 11
1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade: ........... 12
1.9 Priorização dos Problemas: ............................................................................. 13
2. JUSTIFICATIVA: ................................................................................................... 15
3. OBJETIVOS: ......................................................................................................... 16
Objetivo Geral: ....................................................................................................... 16
Objetivos Específicos: ............................................................................................ 16
4. METODOLOGIA .................................................................................................... 17
5. REFERENCIAS TEORICAS: ................................................................................. 18
5.1 O que são as doenças parasitarias. ................................................................. 18
5.2 Comportamento das parasitoses no Brasil ...................................................... 18
5.3 Principais Parasitoses Humanas ...................................................................... 19
5.4 Principais sintomatologias ............................................................................... 20
5.5 Principais Complicações .................................................................................. 20
5.6 Principais Medidas de Prevenção ................................................................ 21
6. PLANO DE INTERVENÇÃO: ................................................................................ 22
6.1 Descrição do problema selecionado: ............................................................... 22
6.2 Explicação do problema ................................................................................... 22
6.3 Nós críticos e suas justificativas:...................................................................... 23
6.4 Desenho das operações .................................................................................. 24
7.CONSIDERAÇÕES FINAIS: .................................................................................. 29
8.REFERÊNCIAS: ..................................................................................................... 31
ANEXOS ................................................................................................................... 32
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1. INTRODUÇÃO:
1.1Aspectos Gerais do Município:
Almeirim é um município que se encontra localizado no estado do Pará, a
origem do nome do município advém da cidade de nome idêntico em Portugal. O
mesmo pertencente à Mesorregião do Baixo Amazonas. Localiza-se a
uma latitude 01º31'24" sul e a uma longitude 52º34'54" oeste, estando a uma altitude
de 65 metros. Sua população estimada em 2010 era de 33.614 habitantes,
densidade demográfica de 0,46 hab/km², sendo o terceiro maior em extensão
territorial do estado. Possui uma área de 72.954,798 km², no extremo norte de sua
fronteira faz limite com o Distrito de Sipaliwini (Jurisdição Tapahony), no Suriname.
No seu território há parte da reserva indígena da tribo dos Waiãpi.
A sede de Almeirim é dívida em "cidade baixa" e "cidade alta". Município da
região do Rio Amazonas que tem seu nome exibido em estilo "hollywoodiano" em
um morro visível para o rio. Um trecho hidroviário muito frequentado por balsas de
carga, barcos e navios de madeira e ferro, além de cruzeiros turísticos.
O município presenta um clima muito peculiar segundo dados do Instituto
Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura mínima registrada em Almeirim foi
de 16,4 °C, ocorrida no ano de 1970. Já a máxima foi de 39,2 °C, observada em
1963. O maior acumulado de chuva registrado na cidade em 24 horas foi de
183,4 mm, em 2005.
Almeirim possui a maior produção de leite de búfala do estado do Pará, com
1,2 milhões de litros de leite produzidos em 2006, além da segunda maior do Brasil,
atrás apenas de Autazes, no Amazonas.
Acompanhando a produção de leite, Almeirim também é conhecida na região
pela qualidade de seus queijos, de variados tipos e sabores.
Os principais pontos turísticos do município são: a Serra da Velha Pobre com sua
faixa de praia de areia branca, visitada pelos munícipes; a cachoeira do Panamá,
no Rio Paru; e a cachoeira de Santo Antônio, no Rio Jari.
Em Almeirim, o fornecimento de água tratada à população está a encargo da
COSAMPA (Companhia de Saneamento Municipal de Pará). O sistema de captação
superficial localiza-se à margem esquerda do Rio Amazona. Depois de captada a
água é tratada em um laboratório situado no prédio central da estação de tratamento
de água, onde depois é distribuída à população.
9
A água é armazenada em reservatórios estrategicamente localizados. O
sistema de captação da água conta ainda, com estações elevatórias de água tratada
para abastecer os reservatórios localizados nas partes altas.
O município em o sistema de saúde do dispõe de 30 Unidades de Atenção
Primaria (UAPS), sendo 2 Centros de Saúde Convencionais e 30 equipes de ESF.
Para a atenção especializada o município conta com 2 hospitales onde se realizam,
em algumas especialidades que não contam se realizam gestões em outros
municípios próximos e na capital do estado. Para as urgências tem a Unidade De
repente Atendimento (UPA) 24 horas do dia.
Os principais problemas que conta a rede de serviços de saúde é a falta de
contratos para especialidades como ortopedia, cardiologista, oftalmologista o que faz
que os pacientes tenham que ir a outros municípios, a cobertura para os meios
diagnósticos como a tomografia axial computadorizada e a ressonância magnética
nuclear.
1.2Aspectos Gerais da Comunidade:
Vila munguba é uma comunidade rural localizada a 18 km do distrito Monte
Dourado que foi fundada ao começo dos anos 1970, devido ao avanço do projeto da
fábrica Jari celulosa e a empresa de mineiros, tem aproximadamente habitantes e se
encontra dividida em sub-barios: “vila de encima” e “vila de embaixo. ”
Esta comunidade foi criada no intuito de acomodar os trabalhadores das
respectivas empresas, pôr o que a população empregada vive basicamente do
trabalho das empresas. Como consequência da parada em a fábrica Jari em o ano
2014 o número de habitantes que morava em a vila diminui-o consideravelmente a
causa de as grandes demissões.
As condições do meio ambiente da comunidade são ruins devido à eliminação
de fumaça expelidas pelas fabricas as quais acabam contaminando o ar e o rio Jari
principal fonte de água e alimentação da comunidade onde também vai parar os
desagues dos esgotos da comunidade.
1.3 Sistema Municipal de saúde:
O sistema local de saúde possui um Conselho Municipal de Saúde constituído
com 50% usuários; 25% trabalhadores de saúde; 25% prestadores de serviço. As
reuniões são mensais e sempre na penúltima sexta-feira do mês. O Fundo
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Municipal de Saúde tem seus recursos provenientes da União (41%), do Estado
(14%) e do município (45%). Sendo o orçamento destinado à saúde distribuídos da
seguinte forma: 18% dos recursos são gastos com atenção primária; 64% gastos
com a média e alta complexidade.
O Programa Saúde da Família foi implantado em 1996, a primeira equipe foi
na zona rural. Equipe atípica com médico, enfermeira, técnica de enfermagem,
assistente social, psicóloga, dentista e ACD, sem ACS. Em 1998 ampliou para mais
três equipes, sendo uma de zona rural e duas de zona urbana na periferia do
município, composta por equipe mínima (médico, enfermeiro, técnico de
enfermagem, 4 ACS, dentista e ACD). Os profissionais médicos, enfermeiros e
dentistas foram selecionados por concurso público, os demais foram contratados.
Este processo de implantação foi realizado em parceria com a comunidade
através de reuniões com os conselhos de saúde distrital, local e municipal com o
objetivo de explicar a nova forma de atendimento centrada na prevenção de
doenças, promoção da saúde sem prejuízo da resolução dos problemas já
existentes.
1.4 Unidade Básica de Saúde de Munguba:
A equipe de saúde da família munguba situado no bairro do mesmo nome foi
inaugurado por os anos 1984 e está situada a 500 metros da rua principal, é uma
unidade de saúde com local próprio. A área destinada à recepção é grande o que
faz um atendimento adequado e é motivo de satisfação dos usuários. As reuniões
com a comunidade (os grupos operativos) são realizadas no salão da mesma
unidade.
A população tem muito apreço pela unidade de saúde. Em os inicios o posto
médico brindava serviços de laboratório clinico, radiografia, consulta de odontologia,
sala de emergência e uma pequena sala de internação. A unidade, atualmente, está
pouco equipada mais conta com os recursos adequados para o trabalho da equipe,
presta serviços de clínico geral, consulta de enfermagem, vacina, coleta para exame
cito patológico, se fazem cirurgias menores já que se conta com uma central de
esterilização em o posto.
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1.5 Equipe de Saúde da Família:
A equipe é integrado por uma enfermeira, uma auxiliar de enfermagem, um
auxiliar administrativo, além dos agentes comunitários, uma auxiliar de serviços geral
e uma clínica geral cubana participante do programa mais medico para o Brasil.
1.6 Funcionamento da Unidade:
A unidade de saúde funciona das 7 até 12 horas e das 14 até 18 horas, com
atendimento das consultas agendadas, atendimento no dia e de urgência. Existe a
solicitação da comunidade de que o posto funcione 24 horas pelo fato de que o
hospital do distrito fica um pouco distante. Essa questão está sendo objeto de várias
reuniões entre o representante de a comunidade e os representantes do governo do
município mais pôr o momento não existe proposta de solução.
1.7 O trabalho da Equipe de Saúde da Família:
No dia da equipe se faz as atividades de atendimento agendado e da
demanda espontânea e com o atendimento de alguns programas como puericultura,
controle de câncer de mama e ginecológico, atendimento a hipertensos e diabéticos,
atendimento pré-natal. A equipe já tentou desenvolver ações de saúde, como por
exemplo, grupos de hipertensos e diabéticos, que, com o tempo, se mostraram
pouco frutíferas pelo fato que os habitantes da comunidade são trabalhadores que
contam de pouco tempo livre e acabam com pouca participação em as atividades
programadas por a equipe. Em relação aos grupos de hipertensos e diabéticos, a
equipe resolveu condicionar o cheque-o periódico pelo médico e a participação nas
reuniões.
Todos os membros da equipe participam na visita domiciliar, atividade que
permite um atendimento, mas direcionado ao paciente e suas condições de vida.
COBERTURAS
VACINAÇÃO
Contamos com a câmara de refrigeração e cumprimos com a vacinação,
assim evitamos que nossa população tenha que ir receber as vacinas a outro posto.
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PRÉ-NATAL
As consultas pré-natal são agendadas e o atendimento é feito pelo clinico
geral, a enfermeira e se faz encaminhamento para o ginecologista de distrito. Temos
um grupo de gestantes que comparecem uma vez ao mês para consulta de
seguimento ou esclarecer dúvidas e questões que apresentam sobre a gravidez, o
momento do parto e cuidados do recém-nascido.
PUERICULTURA
A consulta de captação do recém-nascido e puérpera é realizada nos
primeiros dias pós-parto, preferivelmente no quinto dia de vida, para as ações ao
recém-nascido, sempre e quando for possível se realiza no domicílio pela equipe de
enfermagem e clinico geral. As crianças são acompanhadas com frequência pela
consulta de puericultura até os 2 anos de idade, a partir dos 2 anos as consultas se
tornam anuais.
OUTRAS ATIVIDADES:
GRUPOS
Realizamos no posto vários grupos, sendo assim os realizados para os
adolescentes que funcionam uma vez ao mês, o grupo de saúde que é para
pacientes com doenças crônicas. Neles se desenvolvem atividades educativas
participativas para o melhoramento do modo estilo de vida do paciente, obter um
controle e evitar complicações de suas doenças.
REUNIÕES
Realizamos uma reunião de equipe ao mês onde analisamos o trabalho do
mês finalizado, atividades pendentes a realizar, programamo-nos o trabalho do mês
próximo, as visitas a realizar e avaliamos os casos preocupantes.
1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade:
PSF tem o objetivo de desenvolver ações de promoção e proteção à saúde do
indivíduo, da família e da comunidade, prestando assistência integral, na unidade de
saúde e no domicilio de forma contínua, com resolutividade e boa qualidade ás
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necessidades de saúde da população, intervindo sobre os fatores de risco no qual a
população está exposta.
Em nossa área de atuação, no município Almeirim, PA, se realiza um trabalho
onde foram identificados vários problemas, para a obtenção dos mesmos minha
equipe básica de saúde e eu nos baseamos nos bancos de dados e na observação
direta, se realiza uma reunião com a equipe onde foram bem identificados e
debatidos os problemas que foram identificados como:
1.Alta incidência de parasitoses intestinal.
2.Alta incidência de doenças agudas do aparelho respiratório.
3.Alta incidência de hipertensão arterial sistêmica (HAS).
4.Alta prevalência de hipertensão arterial sistêmica (HAS).
5.Alta incidência de diabetes mellitus (DM).
6.Falta de profissionais especializados (pediatras e ginecologista obstetras).
7.Obesidade
1.9 Priorização dos Problemas:
Depois da identificação dos problemas foi necessário fazer uma priorização
dos problemas detectados por minha equipe temendo em conta a importância do
problema, sua urgência, a própria capacidade da equipe para enfrenta-los.
Priorização de problemas
Quadro 1 Classificação de prioridade para os problemas identificados no
diagnóstico da comunidade adstrita à equipe de Munguba, município de
Almeirim, estado de Para.
Problemas Importância
*
Urgência*
*
Capacidade de
enfrentamento
***
Seleção/
Priorização*
***
Alta incidência de
parasitoses
Alta 8 Parcial 1
14
intestinal.
Alta incidência de
doenças agudas
do aparelho
respiratório.
Alta 7 Parcial 1
Alta incidência de
hipertensão
arterial.
Alta 5 Parcial 3
Alta prevalência de
hipertensão
arterial
Meia 3 Parcial 3
Alta incidência de
diabetes mellitus
Meia 2 Parcial 3
Falta de
profissionais
especializados
(pediatras e ginec.
Obstetra).
Meia 3 Parcial 3
Obesidade Meia 2 Parcial 3
Os problemas que se priorizaram foram três, mas, somente para um de eles se fez
um plano de ações. Os problemas priorizados são:
1.Alta incidência de parasitoses intestinais.
2.Alta incidência de doenças agudas do aparelho respiratório.
3.Alta incidência de hipertensão arterial sistêmica (HAS).
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2. JUSTIFICATIVA:
A doença parasitaria é um grave problema de saúde pública no Brasil e no
mundo e repercutem principalmente na saúde das crianças. Segundo pesquisas
feitas em cada posto a verminoses é realmente o problema prioritário para todos
devido ao elevado número de incidência.
Ao medir os indicadores de as consultas percebemos que a maioria dos
pacientes que compareciam ao posto apresentando infecções gasto intestinais,
doenças diarreicas agudas, vômitos, desnutrição, anemias e hepatites estavam com
alguma doença parasitária. Foi necessário para minha equipe iniciar um trabalho de
reeducação à população (palestras em posto de saúde, escolas, visitas ao posto de
tratamento de água, etc.) dando a conhecer a importância medidas higiênicas que
podem evitar a infecção e reinfecção com esta doença.
Justificasse a realização desta intervenção educativa sobre a parasitose
intestinal em pacientes da unidade básica de saúde de Munguba, do município
Almeirim, com o objetivo de reduzir o número de pacientes com parasitismo
intestinal e diminuir ou evitar possíveis complicações da doença, assim como
diminuir o número de casos que podem aparecer.
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3. OBJETIVOS:
Objetivo Geral:
Reduzir a incidência de pacientes com parasitismo intestinal em a unidade
básica de saúde de Munguba.
Objetivos Específicos:
1-Determinar principais fatores de risco presentes na população para adquirir a
doença.
2-Prover ações de educação em saúde sobre os fatores de risco para adquirir a
doença.
3-Incrementar o nível de conhecimento da população sobre as principais
manifestações clinicas forma de transmissão e como evitar as parasitoses intestinal.
4-Realizar ações educativas em escolas e postos de saúde.
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4. METODOLOGIA
A pesquisa de campo foi realizada em a comunidade de Munguba, no
município de Almeirim. O estúdio teve como ponto de apoio a unidade básica de
saúde da comunidade, localizada na zona rural.
Para a elaboração desse projeto de intervenção se utilizado o método de
diagnóstico situacional, seguido do planejamento estratégico situacional. Através de
dados obtidos do site do sistema de informação da atenção básica, do site do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estadística, dados do sistema da Secretaria
Municipal de Saúde e principalmente da estimativa rápida realizada pela equipe do
ESF. Identificamos os problemas mais relevantes da nossa população e elegemos a
parasitose intestinal por sua importância, recorrência, e capacidade de
enfrentamento.
Os critérios de inclusão foram pacientes que desejarem participar em a
pesquisa, pacientes que se encontraram na localidade nesse período. Os critérios
de exclusão foram os pacientes com doenças mentais ou aqueles que não
desejaram participar, crianças menores de 7 anos.
Para realizar a educação em pacientes sobre a parasitose foi necessário
priorizar consultas educativas, mais longas e focadas na educação em saúde-
doença além de palestra em escolas e empresas da comunidade criando, assim,
um espaço favorável para discussão das dúvidas e o real entendimento do
tratamento embasado na ciência (medicina baseada em evidências) e na
concepção idiossincrática do indivíduo.
Avaliaremos as melhoras da qualidade de vida dos pacientes atuantes no
projeto por meio de examines de laboratório cada três meses {hemograma completo
(HC), exame de fezes (EFS) e dos índices antropométricos (circunferência
abdominal, estatura e peso) além da avaliação subjetiva da melhora na qualidade
de vida, obtida através da interpretação pessoal do usuário que será escalada em 5
(cinco) níveis: m elhora considerável, melhora parcial, indiferente, piora parcial
e piora considerável. Estipulamos prazos de 03 (três) meses para a análise parcial
e 06(seis) meses para a análise final dos resultados.
18
5. REFERENCIAS TEORICAS:
5.1 O que é a doença parasitaria?
As parasitoses são doenças causadas por organismos parasitas. Após entrar
e se instalar no corpo humano ou de outro animal, estes parasitas desenvolvem
doenças, podendo provocar uma série de danos ao organismo e até mesmo a
morte, caso não haja o tratamento devido. Estes parasitas podem ser vermes,
bactérias, vírus ou protozoários. (CASTROS,2006)
É uma associação entre seres vivos de diferentes espécies na qual a
sobrevivência de uma das partes é assegurada pela retirada de subsídios, como
alimento ou lugar para desenvolvimento e reprodução, da outra parte.
(NEVES,2005)
A verminose é uma infecção intestinal provocada por agentes específicos,
maiormente conhecidos como parasitas, especialmente endoparasitas (parasitas
que habitam o interior do organismo do hospedeiro). Esta é uma doença com uma
alta incidência que tem um difícil controle por parte dos diferentes órgãos públicos,
que afetam tanto humanos como animais.
Afeta adultos e crianças, de todas as idades, ambos os sexos e todas as
classes sociais. Suas consequências podem resultar em prejuízos à saúde do
paciente, podendo levar a óbito. (CARVALHO,2006)
5.2 Comportamento das parasitoses no Brasil
As parasitoses intestinais constituem um dos principais problemas de saúde
pública, principalmente nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. São
frequentemente tratadas na atenção primaria à saúde. Acaríases, trichuriases,
infecções por ancilostomídeos e algumas helmintíases intestinais estão listadas
entre as doenças negligenciadas ou doenças tropicais negligenciadas, embora
algumas não sejam restritas às regiões tropicais e subtropical. São concentradas
nas populações mais pobres e muitas delas não apresentam altas taxas de
mortalidade. Estimasse que 20 a 30 % da população das Américas estejam
infectadas por Ascaris lumbricoides, trichuris trichura, ou ancilostomídeos e
schistoma mansoni. (ANDRADE,2010)
19
No Brasil, mesmo áreas com índices privilegiados de desenvolvimento, ainda
apresentam taxas de infecção próximas a 30% quando se considera a ocorrência de
pelo menos uma espécie de enteroparasitose. (LOPES,2006)
Os estudos brasileiros mais recentes sobre a prevalência de enteroparasitose
são escassos e dispersos. A maioria deles utiliza amostra de bases populacionais
mal definidas, como usuários de bases populacionais mal definidas, como usuários
de serviços de saúde, alunos de escolas públicas e comunidades urbanas carentes.
(ANDRADE,2010)
Sua ocorrência na população reflete as desigualdades no padrão de
desenvolvimento socioeconômico e as diferenças nas condições de vida. Predomina
em zonas rurais e periferias das grandes cidades, onde habitam populações de
baixa renda. A ausência de saneamento básico e as precárias condições de
habitação dificultam as boas condições de higiene e a conservação adequada de
alimentos, viabilizando a ocorrência das parasitoses. (SUCUPIRA, 2002)
O grupo de idade mais vulnerável a contrair infecções parasitarias são as
crianças, pois, não têm estabelecidos hábitos de higiene pessoal de forma adequada
e, ainda desconhecem as principais fontes contaminantes, comumente, se expõem
ao solo e à água, importantes focos de contaminação. No que tange à morbidade
associada, pode-se destacar, dentre outras consequências, o déficit pôndero-
estatural e a anemia por déficit de ferro. (ARAÚJO FILHO, 2011)
5.3 Principais Parasitoses Humanas (doenças provocadas por parasitas) e
agentes causadores:
- Amebíase (parasita causador: protozoário Entamoeba histolytica)
- Leishmaniose (parasita causador: protozoário Leishmania brasiliensis)
- Giardíase (parasita causador: Giárdia lambeia)
- Tricomoníase (parasita causador: protozoário Trichomonas vaginalis)
- Malária - também conhecida como impaludismo ou maleita (parasita causador:
Plasmodium falciparum)
- Toxoplasmose (parasita causador: protozoário Toxoplasma gondii)
- Esquistossomose (parasita causador: verme Schistosoma mansoni)
- Teníase (parasita causador: vermes Taenia saginata e Taenia solium)
- Cisticercose (parasita causador: verme Taenia solium)
- Enterobiose ou Oxiurose (parasita causador: verme Enterobius vermicularis)
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- Filariose - também conhecida como Elefantíase (parasita causador: verme
Wuchereria bancrofti)
- Ancilostomose (parasita causador: verme Necator americanus)
- Ascaridíase (parasita causador: verme Ascaris lumbricoides)
- Tripanossomíase Americana - Doença de Chagas (parasita causador: protozoário
Trypanosoma cruzi) (CASTROS,2006)
O parasitismo intestinal encontra-se associado a interferências no estado
nutricional. As pessoas podem estar infectadas de forma assintomática durante
períodos largos de tempo que pode levar anos provocando problemas graves para o
organismo. Nas crianças a evolução da infecção pode variar desde quadros
assintomáticos da doença até falta de apetite, emagrecimento, diarreias que podem
legar a ser crônicas. (UCHOA, 2009)
5.4 Principais sintomatologias
As parasitoses provocadas por helmintos e as protozoários são doenças de
manifestação amplias, muito variando desde casos assintomáticos a leves. Os
sintomas são inespecíficos, tais como anorexia, irritabilidade, distúrbios do sono,
náuseas, vômitos ocasionais, dor abdominal e diarreia. Os quadros graves ocorrem
em doentes com maior carga parasitária, imunodeprimidos e desnutridos.
O aparecimento ou agravamento da desnutrição ocorre através de vários
mecanismos, tais como lesão de mucosa (giárdia intestinais, necator americanos,
strongyloides stercoralis, coccidios), alteração do metabolismo de sais biliares
(giárdia intestinais), competição alimentar (áscaris lumbricoides), exsudação
intestinal (giárdia intestinais, strongyloides stercoralis, necator americanos, trichuris
trichiura),favorecimento de proliferação bacteriana (entamoeba histolytica) e
hemorragias ( necator americanos, trichuris trichiura).(ANDRADE,2010)
5.5 Principais Complicações
Estima-se que infecções intestinais causadas por helmintos e protozoários
afetem cerca de 3,5 bilhões de pessoas, causando enfermidades em cerca de 450
milhões ao redor do mundo, sendo a maior parte em crianças. As principais
complicações agudas são a desnutrição, anemia, diminuição no crescimento, retardo
cognitivo, irritabilidade, aumento de suscetibilidade e outras infecções as quais
aumentam o indexe de mobilidade.
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As infecções por parasitoses intestinais constituem um dos maiores
indicadores do status socioeconômico de uma população (é dizer aparece com
maior frequência em a população pobre ou de baixos recursos) e pode estar
associada a diversos fatores como instalações sanitárias inadequadas, poluição
fecal da água e de alimentos consumidos, fatores socioculturais, contato com
animais e ausência de saneamento básico. (BELO, 2012).
As enteroparasitose podem interferir na absorção dos alimentos, podendo
provocar sangramento digestivo, diminuindo a ingestão alimentar podendo ocasionar
outras complicações como prolapso retal, obstrução intestinal, coleção de abcessos,
por isso é de muita importância prestar atenção a este tipo de doenças. (ABRAHAÕ,
2012)
5.6 Principais Medidas de Prevenção
A educação sanitária constitui uma prática educativa que permite ensinar a
população a adquirir na prática diária hábitos higiênicos saudáveis que permitem a
promoção de saúde e prevenção de doenças, com o objetivo de lograr um bem-estar
na saúde das pessoas. (JUNIOR,2009)
O tratamento das parasitoses é feito com fármacos antiparasitários
específicos para o parasita em questão e a prevenção ainda é a melhor forma de
proteger a saúde da população contra as verminoses, e pode ser feita através da
adoção de medidas preventivas, como lavar bem as mãos antes das refeições e
depois que usar o banheiro; tomar apenas água filtrada ou fervida; lavar bem os
alimentos antes do preparo, especialmente quando foram consumidos crus; andar
sempre calçado; comer apenas carne bem passada; comer apenas em locais
limpos; realizar exames parasitológicos e tomar vermífugos regularmente; evitar a
utilização de fezes humanas como adubos.( CARBALHO, 2006, p.1)
22
6. PLANO DE INTERVENÇÃO:
6.1 Descrição do problema selecionado:
As doenças parasitarias são um grave problema de saúde pública no Brasil e
no mundo e repercutem principalmente na saúde das crianças. Segundo pesquisas
feitas em cada posto a verminoses é realmente o problema prioritário para todos
devido ao elevado número de incidência.
Existe um grande número de pacientes com parasitose intestinal em nossa
área, motivo pelo qual foi o tema escolhido para ser abordado levando a uma
demanda significativa de consultas pela incidência dos pacientes com parasitismos
intestinais principalmente em crianças aproximadamente 46 % dos pacientes que
assistiam a consulta presentavam algum tipo de verme 89 % se encontram em
idades pediátricas.
Ao medir os indicadores das consultas percebemos que a maioria dos
pacientes que assistiam ao posto apresentando infecções gasto intestinais, doenças
diarreicas agudas, vômito, desnutrição, anemias e hepatites estavam com alguma
doença parasitária. Para tanto foi necessário um trabalho de reeducação à
população (palestras em posto de saúde, escolas, visitas ao posto de tratamento de
agua, etc.) dando a conhecer a importância medidas higiênica que podem evitar a
infecção e reinfecção com esta doença.
6.2 Explicação do problema
A alta incidência de parasitoses intestinal tem sido relacionada com a alta
existência de pacientes com fatores de risco que contribuem com sua aparição ou
porque não são cientes da doença e tudo o que ela representa para sua saúde. Os
principais fatores de risco presentes na população, que contribuem com a aparição
desta doença crônica são: falta de higiene com as mãos, consumo de frutas e
verduras mal lavadas e contaminadas com ovos de parasitas, hábito de andar
descalço, consumo de carne mal passada, falta de higiene nos tratos com animais
contaminados, consumo agua contaminada e mal tratadas, inadequada coleta do
lixo, banhos de rios em zonas contaminadas, mal destino final de residalhes líquidos
e sólidos o que nos orienta para onde dirigir com maior ênfases as ações de
prevenção e promoção de saúde com o objetivo de erradicar ou diminuir os fatores
de risco e as consequências que eles acareiam.
23
A maioria dos problemas levantados tem o caráter multisetorial o seja a
solução deles não tem uma responsabilidade direta do posto, infelizmente sua
solução depende de outros setores do município. Isso não quer dizer que eles vão
continuar sem solução, que a eliminação deles é mais a longo prazo e com a
participação conjunta de todos os envolvidos. Por isso são priorizados os problemas
que podem ser resolvidos pelo menos controlados no posto e que sua solução pode
ser executada pelos componentes da equipe.
Na minha opinião é muito importante avaliar este problema, porque de
maneira geral é uma doença com uma alta prevalência nessa faixa etária (1 a 13
anos) e dessa mesma forma acontece em minha área de abrangência. A parasitose
intestinal é uma doença a quais tem como consequências a deficiência de
crescimento. De fato, a parasitose intestinal afeta muito a qualidade de vida e
compromete o bem-estar das pessoas, debilitando o organismo e favorecendo o
desenvolvimento de outras doenças.
Um dos principais problemas é que pode ser uma doença assintomática em
seu início, que deve ser pesquisado e investigado. Isto justifica a necessidade
urgente de tomar medidas de diagnóstico, prevenção e tratamento para a doença e
suas complicações. A este respeito, a responsabilidade dos profissionais de saúde é
essencial.
E um problema prioritário e urgente em nossa área, onde as causas mais
frequentes para a ocorrência são:
- Falta de entendimento da doença por educação insuficiente sobre a parasitose
intestinal.
- Hábitos higiênico- dietéticos inadequados: falta de higiene com as mãos, consumo
de frutas e verduras mal lavadas e contaminadas com ovos de parasitas, consumo
agua contaminada e maltratadas, consumo de carne malpassada, etc.
- Ausência a consultas periódicas em idades pediátricas (puericultura).
-Processo de trabalho da ESF inadequado para a prevenção de complicações.
6.3 Nós críticos e suas justificativas:
Falta de entendimento da doença por educação insuficiente sobre o
parasitismo intestinal. Deve ser realizado acompanhamento pela equipe de saúde e
um trabalho educativo onde os pacientes aumentem seus conhecimentos de os
24
fatores de risco e manejo da doença para lograr uma mudança de os hábitos e
estilos de vida.
Hábitos higiênico- dietéticos inadequados: falta de higiene com as mãos,
consumo de frutas e verduras mal lavadas e contaminadas com ovos de parasitas,
consumo de agua contaminada e maltratada, etc.
Com grupos educativos a equipe consegue aos poucos uma boa
mudança nos hábitos alimentares e dos hábitos higiênicos, para melhorar a
qualidade de vida dos pacientes.
Ausência a consultas periódicas em idades pediátricas (puericultura). No
acompanhamento do paciente a equipe tem que muito ser gestor do problema, a
equipe tem a tarefa de mostrar para os pais a importância de um checape periódico
das crianças mediante a puericultura. Após estas consultas a equipe pede
diagnosticos esta doença e assim evitar as complicações da mesma.
Processo de trabalho da ESF inadequado para a prevenção de complicações:
Deve organizar mais o trabalho em equipe e fazer ênfase em os principais
problemas de forma ordenada e continua. É preciso fazer o paciente entender que
quanto mais descuido tiver com a saúde mais complicação surge e que é obrigação
dele também fazer sua parte para melhorar sua qualidade assistencial
6.4 Desenho das operações
Tabela1 - Desenho de operações para os “nós” críticos do problema “ Alta
incidência das parasitoses intestinal”
No crítico Operação/
Projeto
Resultados
esperados
Produtos
esperados
Recursos
necessári
os
Hábitos
higiênico
dietético
Inadequad
os
+ Saúde
-Modificar
hábitos
e estilos de vida.
- Capacitação de
equipes de
saúde
Diminuir em
30% o número
de desnutrição,
bajo peso e
anemias.
População mais
informada sobre
os fatores de risco
-Programação
de palestras
educativas em
escolas.
- Campanha
educativa
na rádio local e
comunidade
Organizaci
onal ➔
organizar
as
Palestras ,
Cognitivo
➔
informaçã
25
das parasitoses.
.
o sobre o
tema e
estratégias
de
comunicaç
ão;
Político ➔
conseguir
o espaço
na rádio
local,
comunicaç
ão social e
participaçã
o
Inter
setorial
com a
rede de
ensino;
Financeiro
➔ para
aquisição
de
recursos
audiovisua
is, folhetos
educativos
, etc.
Falta de
entendime
nto da
doença
Saber +
Aumentar o nível
de conhecimento
dos pacientes e
-Incluir o grupo
familiar nas
palestras e no
acompanhamento
-Maior número
de familiares
participando e
acompanhando
Cognitivos
:
Conhecim
ento sobre
26
por
educação
insuficient
e sobre as
parasitose
s
intestinais
.
familiares sobre
a doença e seus
fatores de riscos
dos pacientes. o paciente. o tema.
Políticos:
parceria,
comunicaç
ão social,
disponibiliz
ação de
materiais.
Organizaci
onais:
auxiliar a
equipe nas
divulgaçõe
s dos
grupos
Saber +
Aumentar o nível
de informação
da população
sobre as
parasitoses
intestinais.
População mais
informada, mais
capacitado
manejo dos
riscos.
Avaliação do
nível de
informação da
população
sobre a
verminoses.
Campanha
educativa na
rádio local;
Programa de
Saúde Escolar;
capacitação
dos ACS e de
cuidadores,
principais
líderes
Cognitivo
➔
conhecime
nto sobre
o tema e
sobre
estratégias
de
comunicaç
ão e
pedagógic
as;
Organizaci
onal ➔
organizaçã
o da
27
comunitários agenda;
Político ➔
participaçã
o Inter
setorial
(parceria
com o
setor
educação)
e
comunicaç
ão social.
Ausência
a
consultas
periódicas
em idades
pediátrica
s
Viva com
prazer
-Aumentar o
nível de
conhecimento
dos pacientes e
familiares sobre
a importância de
acudir a
consultas
periódicas.
-Conscientizar o
paciente e
familiares
mostrando que
disciplina precisa
fazer parte de sua
vida.
-Acudir
periodicamente a
consulta.
-Aumento do
agendamento
das consultas
de puericultura
e as consultas
de cuidado
continuado
Cognitivos
:
Conhecim
ento sobre
o tema.
Políticos:
parceria
da equipe
de saúde,
comunicaç
ão social,
disponibiliz
ação de
materiais.
Organizaci
onais:
auxiliar a
equipe nas
divulgaçõe
s dos
28
grupos.
Processo
de
trabalho
da Equipe
de Saúde
da Família
inadequad
o.
Cuidar Melhor
Melhorar a
estrutura do
Serviço para o
Atendimento.
Cobertura da
totalidade de a
população com
riscos
fundamentalmente
em idades
pediátricas.
Capacitação
de
pessoal;
Contratação
de exames
e consultas
especializadas.
Políticos
➔
participaçã
o entre os
sectores
da saúde
e adesão
dos
profession
ais.
financeiros
➔
aumento
da oferta
de
exames,
consultas
e
medicame
ntos;
Cognitivo
➔
elaboraçã
o do
projeto de
adequaçã
o.
29
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
O tratamento de doenças parasitarias faz-se complexo e difícil em nosso
município, pois essa dificuldade se eleva consideravelmente devido as
contaminações dos rios e inadequado tratamentos da água que abastecem a
população. O desenvolvimento do presente estudo possibilitou identificar os
principais fatores de risco presentes na população, que contribuem com a aparição
destas doenças.
Com a preparação e os conhecimentos adquirido pela nossa equipe de saúde
e a população em geral, sobre o controle, cuidados, promoção, prevenção, do
parasitismo intestinal, esperamos que o nível de informação e conscientização
aumente, e assim ocorra uma diminuição da incidência de estas doenças, de suas
complicações e de os fatores de riscos que incidem em sua aparição e incremento
na comunidade. A identificação dos principais fatores de risco permitiu um melhor
envolvimento da equipe e uma adequada vinculação com a comunidade
possibilitando o desenvolvimento de ações educativas mediante palestras, consultas
planejadas, visitas domiciliares, a fim de otimizar um melhor acompanhamento das
famílias.
Para a promoção de estilo de vida saudável também contamos com o apoio
de uma nutricionista a qual foi de grande ajuda para elevar o nível de conhecimento
dos pacientes sobre os hábitos higiênicos inadequados existentes em a população
conseguindo mudanças no modo e estilo de vida da população. Além disso se
trabalho em parcerias com o setor da educação realizando-se ações educativas em
escolas e assim prevenir doenças e promover saúde.
Acredito que nosso trabalho sirva de exemplo para outras equipes com similar
situação de saúde podendo ser resolvidas ou minimizadas com as ações educativas
e promovam modificações sociais e ambientais das condições que predispõem a
aparição de doenças e incentivar para novas investigações.
Acreditamos que o nosso trabalho, garantira uma melhor qualidade de vida a
nossos pacientes, incluindo mudança em seus modos e estilos de vida.
Pretendemos que a proposta desse estilo de trabalho, seja exemplo, em nosso
posto de saúde para incrementar o melhor acompanhamento dos pacientes seja
qual for a face etária, ainda de proporcionar melhor acessibilidade aos serviços de
30
diagnóstico e de atendimento médico. Também assim organizar os serviços para
priorizar e dar um melhor atendimento a os pacientes, identificar precocemente a
doença, tratar e evitar possíveis complicações causadas por elas.
31
8- REFERENCIAS:
ABRAHAO, A.O. et al. Perfil enteroparasitologico dos habitantes de uma cidade do Nordeste do Brasil. Rev Bras Clin Med, São Paulo, p. 179-82, maio-jun. 2012 ARAÚJO FILHO, Humberto B. et al. Parasitoses intestinais se associam a menores índices de peso e estatura em escolares de baixo estrato socioeconômico. Rev. Paulista de Pediatria. São Paulo, v. 29, n. 4, dez. 2011. ANDRADE, E. C. et al; Parasitoses intestinais: uma revisão sobre os seus aspectos sociais, epidemiológicos, clínicos e terapêuticos. Rev. APS, Juiz de fora v.13, n.2, p.231-240, abr./jun. 2010 BELO, Vinícius Silva et al. Fatores associados à ocorrência de parasitoses intestinais em uma população de crianças e adolescentes. Rev. Paulista de Pediatria, São Paulo, v. 30, n.2, jun. 2012. CARBALHO, Devora. INFO ESCOLA. Verminose. 2006[internet] disponível em: <https://www.infoescola.com/doencas/verminose/> Acesso em: Setembro/2018
CASTRO, Anna Luiza de, Todo biologia.com. Parasitologia, Doenças. Editora Sesi. 2006-2018[Internet] disponível em:<https://www.todabiologia.com/doencas/parasitoses.htm)> Acesso em: Setembro/2018 JUNIOR, G.S.-Projeto Educação Sanitária na Escola -2009[internet] disponível em: http://www.recantodasletras.com.br Acesso em: Outubro/2018 LOPES, A. C. Diagnóstico e tratamento. Editora Manole, São Paulo, 2006. NEVES, D. P. et al; Parasitologia Humana. 11 Edição. Editora Atheneu, São Paulo, 2005. SUCUPIRA, A. et al; Pediatria em Consultório. 4ª Edição. Editora Sarvier, 2002. UCHOA, C. A.; et al. Parasitismo Intestinal em crianças e funcionários de creches comunitárias. Meteral- RT. Rev. Patol.Trop; out-dez. 2009. p. 267-278
32
ANEXOS
ANEXO1
QUESTIONARIO
1-Edade:
2-Sexo:
3-Escolaridade:
4-Qual é seu salário?
------mínimo
------encima de mínimo
------bolsa família
5-Vc apresenta alguma doença? --------------------------------
6-Alguma vez apresento algum tipo de parasitoses intestinal?
------SIM -------NÃO
7-MEDIDAS GERAIS
Tratamento de agua:
----Toma agua fervida -----Toma agua da torneira
----Toma agua mineral -----nenhum dos anteriores
Hábitos Higiênicos:
Lava-se as mãos após ir ao banheiro? ------SIM ---------NÂO
Lava-se as mãos antes das refrações? -------SIM ----------NÂO
Mantem o lixeiro de casa com tampa? --------SIM ---------NÂO
Com que frequência você recolhe o lixo doméstico? ---------
Usa inseticidas em casa? --------SIM ______NÂO
Casa:
Mora em: ___terra firme ___ encima de palafita
Mora em casa de:
___alvenaria ____madeira ____barro
Banheiro:
____interno ____externa ____ nenhum dos anteriores
33
ANEXO 2
MODELO DE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE
BASEADO NAS DIRETRIZES CONTIDAS NA RESOLUÇÃO CNS Nº466/2012, MS.
Prezado (a) Senhor (a)
Esta pesquisa é sobre uma intervenção educativa sobre parasitismo intestinal em
pacientes da unidade básica de saúde munguba no município de Almeirim, e está
sendo desenvolvida por a equipe básica de saúde de munguba, do Curso de
Estratégia da saúde da família da Universidade Federal De Minas Gerais. O objetivo
do estudo é reduzir a incidência de pacientes com parasitismo intestinal em a
unidade básica de saúde de munguba. A finalidade deste trabalho é contribuir para
conhecer os principais fatores de risco do parasitismo em a comunidade e quais
serão as medidas para evitá-lo. Solicitamos a sua colaboração para a participação
em palestras educativas, preenchimento de questionário, debates, entrevistas,
realização de examines em um período de 6 meses como também sua autorização
para apresentar os resultados deste estudo em eventos da área de saúde e publicar
em revista científica nacional e/ou internacional. Por ocasião da publicação dos
resultados, seu nome será mantido em sigilo absoluto. Esclarecemos que sua
participação ou de seu filho (a) no estudo é voluntária e, portanto, o(a) senhor(a)
não é obrigado(a) a fornecer as informações e/ou colaborar com as atividades
solicitadas pelo Pesquisador(a). Caso decida não participar do estudo, ou resolver a
qualquer momento desistir do mesmo, não sofrerá nenhum dano, nem haverá
modificação na assistência que vem recebendo no posto de saúde. Os
pesquisadores estarão a sua disposição para qualquer esclarecimento que
considere necessário em qualquer etapa da pesquisa.
______________________________________
Assinatura do (a) pesquisador (a) responsável
Considerando, que fui informado (a) dos objetivos e da relevância do estudo
proposto, de como será minha participação, dos procedimentos e riscos decorrentes
deste estudo, declaro o meu consentimento em participar da pesquisa, como
também concordo que os dados obtidos na investigação sejam utilizados para fins
científicos (divulgação em eventos e publicações). Estou ciente que receberei uma
via desse documento, ____de _________de _________
Impressão dactiloscópica
_____________________________________________
Assinatura do participante ou responsável legal
Contato com o Pesquisador (a). Responsável: Posto de Saúde Munguba