Introdução Certos programas de treinamento são implementados com a utilização de equipamentos...

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IntroduçãoCertos programas de treinamento são implementados com a utilização de equipamentos auxiliares como caminhadores ou esteiras rolantes. Porém acerca desta última existe determinada polêmica quanto ao calor gerado pela manta de rolamento e o potencial para o mesmo provocar o aumento nas estruturas do casco desferrado.

Objetivos Avaliou-se a influência do exercício em esteira rolante sobre a temperatura de regiões distintas do casco de equinos submetidos ao exercício progressivo do teste de limiar de lactato.

Material e MétodosUtilizaram-se cinco equinos Puro-Sangue Árabes, desferrados, com idade média de 8 ± 0,7 anos, 2 fêmeas e 3 machos, e peso corpóreo médio 420 ± 19,0 Kg. Aferiram-se as temperaturas com termógrafo (FLIR I50®) ao final de cada etapa do exercício teste no ambiente com temperatura de 20,4 ± 0,35°C e umidade do ar 73,17 ± 2,48%. Avaliou-se a temperatura da coroa, parede e sola do casco e da manta de rolamento da esteira rolante.

Análise EstatísticaAplicou-se teste t de student para amostras pareadas sendo p0,05.

ResultadosA temperatura da sola tendeu à estabilização sem outras alterações até

o final do exercício. A temperatura antes do esforço da parede do casco (32,24 ± 0,63°C)

apresentou redução até atingir a mínima em T7 com 27,52 ± 0,83°C. A temperatura da coroa do casco se manteve estável, sofrendo

diminuição apenas no desaquecimento (T6 até T8) atingindo a mínima em T7 com 29,84 ± 0,93°C.

¹DCCMV/FCAV/UNESP – Jaboticabal. ²Laboratório de Fisiologia do Exercício Equino “LAFEQ” – FCAV/UNESP – Jaboticabal. e-mail: carol_berkman@yahoo.com.br

Palavras chave: equino, termografia, lacmin, incremental, esteira-rolante.

MomentosAQC INCREMENTAL DSQ

T0 T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8

Velocidade(m.s-1)

1,7 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 3,5 1,7 Repouso

Tempo (min) 2 5’24’’ 4’48’’ 4’10’’ 3’42’’ 3’18’’ 5’ 5’ 20’

Inclinação - 6% 6% 6% 6% 6% - - -

Tabela 1. Protocolo da fase incremental do teste de lactato mínimo.

Durante todo o teste a manta apresentou tendência à elevação da temperatura quando em velocidades baixas e diminuição da mesma quando em velocidades altas.

A temperatura da sola do casco foi menor na primeira fase do teste incremental estabilizando-se até o final do teste.

A parede do casco sofreu declínio mais prolongado, enquanto que a coroa do casco só decaiu no início do desaquecimento.

Discussão e Conclusão

Os dados permitem afirmar que a dinâmica do fluxo sanguíneo das estruturas estudadas permaneceu normal durante o teste, com o desvio sanguíneo da periferia para o sistema muscular.

Nenhuma das intensidades impostas durante todo o exercício realizado pelos animais foi capaz de alterar o calor gerado pela manta de rolamento da esteira rolante que não influenciou nas temperaturas das estruturas estudadas do casco.

Tem

pera

tura

(°C)

Figura 1. Termografia da manta de rolamento em movimento, calor localizado na área utilizada pelo cavalo (A); Termografia da sola do casco

(B), coroa e parede do casco (C) em T5.

A B C

ESTUDO TERMOGRÁFICO DE DIFERENTES REGIÕES ANATÔMICAS DE EQUINOS SUBMETIDOS À FASE INCREMENTAL DO TESTE DE LIMIAR DE LACTATO.

Agradecimentos: Prof. Dr. Antonio de Queiroz Neto Prof. Dr. José Corrêa de Lacerda Neto Protocolo CEBEA n° 016801/09

Gráfico 1. Termografia das distintas estruturas do casco e da manta de rolamento.

CAROLINA BERKMAN1; GUILHERME DE CAMARGO FERRAZ2; ANTONIO DE QUEIRÓZ NETO2; RAQUEL ALBERNAZ1; ROBERTA CARVALHO BASILE2; KAMILA GRAVENA1; JOSÉ CORRÊA DE LACERDA-NETO1

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA

CAMPUS JABOTICABALFACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO EQUINO E LABORATÓRIO DE FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO EQUINO E

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