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RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Gestão
Sara Fernanda Sá Cerquido Pimenta
outubro 1 2014
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Sara Fernanda Sá Cerquido Pimenta
Licenciatura em Gestão
Outubro 2014
Relatório de Estágio 2013/2014
I | P á g i n a
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E GESTÃO
INSTITUTO POLITÉCNICO DA GUARDA
Sara Fernanda Sá Cerquido Pimenta
Licenciatura em Gestão
Outubro 2014
Relatório de Estágio 2013/2014
II | P á g i n a
Dedicatória
Aos meus pais e avós, que com muito sacrifício e compreensão, com todo o seu
amor, carinho, força e apoio, me proporcionaram tirar esta licenciatura. À minha amiga
Patrícia Rodrigues, que esteve sempre lá, que me ajudou e apoiou.
A todos eles uma enorme palavra de gratidão e de consideração para o resto da
minha vida.
Relatório de Estágio 2013/2014
III | P á g i n a
Agradecimentos
Agradeço desde já a todas as pessoas que me ajudaram e acreditaram que eu era
capaz de tirar esta licenciatura.
Quero agradecer em especial aos meus pais, avós e irmã por toda a ajuda, apoio
e compreensão que tiveram comigo. À minha grande amiga Patrícia Rodrigues que
sempre me apoiou, nos bons e maus momentos, acreditando sempre que eu era capaz.
À professora Maria Manuela Natário, minha orientadora de estágio, pelo
acompanhamento que me prestou, pela disponibilidade, compreensão, simplicidade e
paciência que teve comigo na elaboração deste relatório.
À Amtrol-Alfa por me ter proporcionado a realização do estágio. Agradeço à
Drª. Isabel Maria por todo o carinho, amizade, disponibilidade, ajuda, apoio e simpatia.
À Drª. Olga Machado por ter sido a minha orientadora de estágio na empresa e pela sua
simpatia, ajuda e apoio.
À Drª. Elisabete Silva e à Drª. Andreia por toda a ajuda, simpatia,
disponibilidade e conhecimentos que me transmitiram.
Agradeço também à Susana Costa, à Rosa Maria e à Adelina por toda a alegria,
simpatia, acolhimento, carinho e companheirismo.
O meu muito obrigado também à Sandrina, à Beatriz, à Paula, à Sara, à
Agostinha, ao Sr. Delfim, ao Sr. Joaquim, ao Sr. Paulo Sardinha, ao Sr. Fernando, ao Sr.
Serafim, à Lurdes, à Paula e ao Sr. Machado pela forma como me acolheram, pela
simpatia e alegria que sempre demonstraram e pela ajuda e apoio que me deram.
À Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda
pela forma como me acolheram e também a todos os funcionários, em especial os
docentes, que me permitiram adquirir conhecimentos que utilizarei na minha vida
futura.
Por último agradeço a todos os meus amigos e colegas que me acompanharam
neste percurso.
A todos eles, o meu muito obrigado.
Relatório de Estágio 2013/2014
IV | P á g i n a
Identificação
Aluna: Sara Fernanda Sá Cerquido Pimenta
Número de aluno: 1010134
Curso: Gestão
Orientador de Estágio no IPG: Professora Manuela Natário
Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do Instituto
Politécnico da Guarda
Empresa: Amtrol-Alfa Metalomecânica, S.A.
Morada da Empresa: Lugar dos Pontilhões Brito,
4801-909, Brito, Guimarães
Contacto da Empresa: Tel.: 253 540 200 / Fax: 253 540 274
Orientador de Estágio na Empresa: Dra. Olga Vale Machado
Duração do Estágio: 400 Horas
Início do Estágio: 10 de Março de 2014
Conclusão do Estágio: 6 de Junho de 2014
Relatório de Estágio 2013/2014
V | P á g i n a
Plano de Estágio
O estágio curricular, realizado na empresa Amtrol-Alfa, decorreu na área da
Direção Financeira a qual está dividida em:
Contabilidade, onde foram abordados temas como:
- Contas a pagar (registo, classificação e pagamento de faturas de fornecedores)
- Contas a receber (registo, classificação e recebimento de faturas de clientes)
- Processamento de salários
- Outras operações relevantes
Fiscalidade:
- Apuramento e registo de diferentes tipos de imposto
- Preparação de diferentes declarações fiscais e de segurança social
Controlo de Gestão:
- Tipo de custeio usado pela empresa
- Tipos de controlo de desvio e sua implementação
- Apuramento e contabilização dos desvios ao custo de standard.
Relatório de Estágio 2013/2014
VI | P á g i n a
1 Resumo
O estágio realizou-se na Amtrol-Alfa (AA) Metalomecânica, S.A., empresa que
se dedica à produção de garrafas de gases de baixa e alta pressão. A AA tem na sua
carteira de clientes as principais empresas petroquímicas distribuidoras de Gases de
Petróleo Liquefeitos (GPL), exportando os seus produtos para mais de 100 países.
O estágio teve como objetivos o conhecimento e funcionamento do
departamento da Direção Financeira e para isso, a estagiária realizou trabalhos nas áreas
de contabilidade, fiscalidade e controlo de gestão.
Neste relatório dá-se a conhecer a entidade onde a estagiária realizou o estágio e
os trabalhos desenvolvidos nas diferentes áreas, como foi referido anteriormente.
Palavras-Chave: Gestão, Gestão Financeira, Controlo
Relatório de Estágio 2013/2014
VII | P á g i n a
Índice
Dedicatória ..................................................................................................................... II
Agradecimentos ............................................................................................................ III
Identificação .................................................................................................................. IV
Plano de Estágio .............................................................................................................. V
Resumo .......................................................................................................................... VI
Índice ........................................................................................................................... VII
Índice de Figuras .......................................................................................................... IX
Índice de Anexos ........................................................................................................... XI
Glossário de Siglas ...................................................................................................... XII
Introdução ....................................................................................................................... 1
Capítulo I - Caracterização da Empresa .................................................. 2
1.1 Identificação da Empresa ................................................................................ 3
1.1.1 Historial da Amtrol-Alfa ............................................................................ 4
1.1.2 Estrutura Organizacional ............................................................................ 6
1.1.3 Produtos da Empresa .................................................................................. 7
1.1.4 Política de Qualidade ................................................................................ 10
1.1.5 Clientes ..................................................................................................... 11
1.1.6 Prémios de Design .................................................................................... 12
1.2 Caracterização da Atividade da Empresa ................................................... 13
1.2.1 Garrafa Tradicional em Aço ..................................................................... 13
1.2.1.1 Matéria-Prima ....................................................................................... 13
1.2.1.2 Constituição da Garrafa ........................................................................ 13
1.2.1.3 Processo de Fabrico ................................................................................. 14
1.2.2 Garrafa CoMet .......................................................................................... 34
1.2.2.1 Constituição da Garrafa ........................................................................ 34
1.2.2.2 Processo de Fabrico .............................................................................. 35
Relatório de Estágio 2013/2014
VIII | P á g i n a
Capítulo II - Atividades Desenvolvidas Durante o Estágio ................... 40
2.1 Contabilidade ................................................................................................. 41
2.1.1 Imobilizados (POC) ou Ativos Fixos Tangíveis (SNC) ........................... 42
2.1.2 Reconciliação Bancária ............................................................................ 43
2.1.3 Projetos de Investimento .......................................................................... 44
2.1.4 Custeio ...................................................................................................... 45
2.1.5 Transportes ............................................................................................... 46
2.2 Fiscalidade ...................................................................................................... 47
2.2.1 Validação do Número de IVA de Clientes ............................................... 47
2.2.2 Organização e Arquivo de Documentos ................................................... 47
2.3 Controlo de Gestão ........................................................................................ 49
2.3.1 Análise dos Rejeitados ............................................................................. 49
2.3.2 Mapas das OF´s ........................................................................................ 50
2.4 Outros ............................................................................................................. 52
2.4.1 Formação sobre o Software Primavera ..................................................... 52
2.4.2 Reunião/Quadro Kaizen ............................................................................ 53
2.4.3 Controlo da Sucata de Aço ....................................................................... 54
Conclusão ...................................................................................................................... 55
Bibliografia .................................................................................................................... 56
Anexos ............................................................................................................................ 57
Relatório de Estágio 2013/2014
IX | P á g i n a
Índice de Figuras
Figura 1 - Localização da Amtrol-Alfa Guimarães .......................................................... 3
Figura 2 - Instalações da Amtrol-Alfa .............................................................................. 5
Figura 3 - Organigrama Geral da Amtrol-Alfa ................................................................. 6
Figura 4 – Diferentes Tipos de Garrafas .......................................................................... 8
Figura 5 - A Máquina do Balão ........................................................................................ 9
Figura 6 - Certificação .................................................................................................... 10
Figura 7 - Alguns Clientes da Amtrol-Alfa .................................................................... 11
Figura 8 - Prémios de Design adquiridos pela Amtrol-Alfa ........................................... 12
Figura 9 - Bobines de Aço .............................................................................................. 13
Figura 10 - Garrafa Tradicional em Aço para Fluído de Baixa Pressão ......................... 14
Figura 11 - Processo de Fabrico de uma Garrafa de Gás Convencional ........................ 15
Figura 12 - Funcionamento da Ferramenta de Corte ...................................................... 17
Figura 13 - Saída dos Discos de Chapa da Prensa .......................................................... 18
Figura 14 - Prensa de Embutir Discos de Chapa ............................................................ 19
Figura 15 - Funcionamento da Prensa de Embutir ......................................................... 19
Figura 16 - Máquina de Rebaixar Coquilhas .................................................................. 20
Figura 17 - Funcionamento da Soldadura MAG ............................................................ 21
Figura 18 - Soldadura MAG na Amtrol-Alfa ................................................................. 21
Figura 19 - Soldadura Circunferencial por Arco Submerso ........................................... 22
Figura 20 - Funcionamento da Soldadura por Arco Submerso ...................................... 22
Figura 21 - Soldadura por Arco Submerso ..................................................................... 23
Figura 22 - Garrafas no Forno em Recozimento de Normalização ................................ 24
Figura 23 - Banco de Ensaio Hidráulico ........................................................................ 25
Figura 24 - Exemplos de Granalha ................................................................................. 25
Figura 25 - Turbina Mecânica ........................................................................................ 26
Figura 26 - Cabine de Pintura a Pó ................................................................................. 27
Figura 27 - Colocação e Aperto da Válvula ................................................................... 28
Figura 28 - Colocação das Garrafas nas Paletes ............................................................. 28
Figura 29 - Equipamento de Raio-X e Ecrã de Visualização de Filmes Radiográficos . 29
Figura 30 - Máquina de Ensaios de Tração e Provetes para Ensaio ............................... 30
Figura 31 - Máquina de Ensaios de Dobragem e Provetes após o Ensaio...................... 31
Relatório de Estágio 2013/2014
X | P á g i n a
Figura 32 - Máquina de Ensaios de Rotura e Garrafas após Ensaio de Rotura .............. 31
Figura 33 - Máquina de Ensaios de Fadiga e Amostrador da Pressão de Ensaio ........... 32
Figura 34 - Imagem de uma Macrografia ....................................................................... 32
Figura 35 - Imagem de uma Micrografia........................................................................ 33
Figura 36 – Constituição da Garrafa CoMet .................................................................. 34
Figura 37 - Linha de Fabrico da Garrafa CoMet ............................................................ 35
Figura 38 - Enrolamento do Liner com Twintex ............................................................ 36
Figura 39 - Máquina de Soldar as Jaquetas .................................................................... 36
Figura 40 - Aperto das Válvulas ..................................................................................... 37
Figura 41 - Colocação das Garrafas nas Paletes de Metal .............................................. 37
Figura 42 - Ensaio Pneumático ....................................................................................... 38
Figura 43 - Ensaio de Fogo ............................................................................................ 39
Figura 44 - Períodos de Vida Útil Esperada dos Bens ................................................... 42
Figura 45 - Etiqueta do Programa Operacional Fatores de Competitividade ................. 45
Figura 46 - Software Oracle ........................................................................................... 50
Figura 47 - Software Primavera ...................................................................................... 52
Relatório de Estágio 2013/2014
XI | P á g i n a
Índice de Anexos
Anexo 1 - Organigrama da Amtrol-Alfa ........................................................................ 58
Anexo 2 - Informação dos Ativos Fixos Tangíveis ........................................................ 60
Anexo 3 - Mapa Fiscal do Software Primavera .............................................................. 62
Anexo 4 - Mapa Fiscal ................................................................................................... 65
Anexo 5 - Centros de Custo ............................................................................................ 67
Anexo 6 - Projeto de Investimento ................................................................................. 69
Anexo 7 - Novos Custos ................................................................................................. 76
Anexo 8 - Processo de Atualização de Custos (Custeio)................................................ 78
Anexo 9 - Documentos de Transporte Terrestre (Europa) ............................................. 81
Anexo 10 - Documentos de Transporte Terrestre e Marítimo (Europa) ........................ 84
Anexo 11 - Documentos de Transporte Terrestre e Marítimo........................................ 88
Anexo 12 - Processo de Validação do Número de IVA de Clientes (VIES).................. 94
Anexo 13 - Tabela dos Rejeitados do Mês de Janeiro de 2014 ...................................... 97
Anexo 14 - Tabela Dinâmica sobre os Rejeitados .......................................................... 99
Anexo 15 - Tabela com Custos Unitários de cada Peça ............................................... 101
Anexo 16 - Processo de Busca do Custo Unitário de cada Peça no Software Oracle .. 103
Anexo 17 - Custo dos Rejeitados por Garrafa e Peça................................................... 106
Anexo 18 - Tabela dos Custos Totais dos Rejeitados por Fábrica e por Peça ............. 108
Anexo 19 - Análise dos Rejeitados do Ano 2014 ......................................................... 110
Anexo 20 - Mapa das Garrafas Montadas do Ano 2014 .............................................. 114
Anexo 21 - Mapa das Garrafas Acabadas do Ano 2014 .............................................. 116
Anexo 22 - Programa de Produção ............................................................................... 118
Anexo 23 - Mapa de Produção da Fábrica ................................................................... 120
Anexo 24 - Mapas das OF´s ......................................................................................... 122
Anexo 25 - Guias de Remessa de Sucata ..................................................................... 126
Relatório de Estágio 2013/2014
XII | P á g i n a
Glossário de Siglas
AA - Amtrol-Alfa
CIVA - Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado
CoMet - Compósito + Metal
FIFO - First In, First Out (o primeiro a entrar, é o primeiro a sair)
FLT - Forklifts (Empilhadores)
GPL - Gases de Petróleo Liquefeitos
I&DT - Investigação e Desenvolvimento Tecnológico
ISO - International Standart Organization (Organização Internacional de
Padronização)
IVA - Imposto sobre o Valor Acrescentado
MAG - Metal Active Gás (Metal Ativo Gás)
OE - Ordem de Encomenda
OF - Ordem de Fabrico
POC - Plano Oficial de Contas
POFC - Programa Operacional Fatores de Competitividade
P&DT - Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico
SNC - Sistema de Normalização Contabilística
VIES - VAT Information Exchange System (Sistema de Intercâmbio de Informações
sobre o IVA)
Relatório de Estágio 2013/2014
1 | P á g i n a
Introdução
O estágio curricular tem por finalidade complementar o estudo teórico realizado
no curso de Gestão na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico
da Guarda (ESTG-IPG). Assim, a realização do estágio tem como objetivo oferecer aos
alunos o conhecimento prático das funções profissionais, proporcionando a utilização
prática da teoria aprendida durante as aulas. Porque a teoria sem a prática é incompleta e
prejudica o acesso imediato ao mercado de trabalho, o estágio supera este problema.
Este relatório tem como objetivo descrever, de uma maneira geral, a empresa
onde decorreu o estágio e as atividades desenvolvidas na Amtrol-Alfa Metalomecânica,
S.A.. O estágio teve a duração de 400 horas e decorreu no Departamento Financeiro e
de Controlo.
Este relatório encontra-se dividido em dois capítulos. No capítulo I é feita uma
caracterização da empresa, onde são abordados aspetos como a identificação da
empresa, história da empresa, estrutura organizacional, produtos, caraterização da
atividade, entre outros. No capítulo II é descrito o trabalho que foi realizado na Amtrol-
Alfa ao longo do período de estágio, nas áreas de Contabilidade, Fiscalidade e Controlo
de Gestão. Na área de Contabilidade a estagiária realizou reconciliações bancárias,
custeio, preparou projetos de investimento, tratou da informação dos transportes e dos
ativos fixos tangíveis. Em fiscalidade organizou e arquivou documentos e fez a
verificação da validação dos números de IVA de clientes. Realizou a análise de
rejeitados dos anos 2011, 2012, 2013 e dos primeiros meses do ano 2014 e fez os mapas
das OF’s na área de controlo de gestão. A estagiária participou ainda na formação sobre
o software primavera, nas Reuniões de Kaizen e no controlo de sucata de aço.
Por último, uma breve conclusão sobre toda a experiência e conhecimentos
adquiridos durante o estágio.
Relatório de Estágio 2013/2014
2 | P á g i n a
1 Capítulo I - Caracterização da
Empresa
Relatório de Estágio 2013/2014
3 | P á g i n a
No Capitulo 1 é apresentada a empresa Amtrol-Alfa, empresa onde a estagiária
realizou o estágio, para um melhor conhecimento desta organização. A identificação da
empresa, o historial da Amtrol-Alfa, a estrutura organizacional, os produtos da empresa,
a política de qualidade, os clientes, os prémios de Design e a caraterização da atividade
da empresa estão aqui presentes.
1.1 Identificação da Empresa
Nome: Amtrol-Alfa Metalomecânica, S.A.
Morada: Lugar dos Pontilhões Brito,
4801-909, Brito, Guimarães
Telefone: 253 540 200
Fax: 253 540 274
Página web: www.amtrol-alfa.com
Ramo de Atividade: Produção de garrafas para gases de baixa e alta pressão
Número de Contribuinte: 500216738
Capital Social: 1.500.000€
Figura 1 - Localização da Amtrol-Alfa Guimarães
Fonte: www.google.pt/maps
Relatório de Estágio 2013/2014
4 | P á g i n a
1.1.1 Historial da Amtrol-Alfa1
A Amtrol-Alfa (AA) é uma sociedade anónima, situada na freguesia de Brito,
concelho de Guimarães e que se dedica à produção de garrafas para gases técnicos e
refrigerantes. Esta empresa surge da união, em 1990, de duas das maiores produtoras de
cilindros de gás, a Comanor com a Petróleo Mecânica Alfa e passa a chamar-se Alfa
Comanor.
Em Julho de 1997, a Alfa Comanor foi adquirida na sua totalidade pelo grupo
americano AmtrolInc, passando a designar-se Amtrol-Alfa Metalomecânica, S.A.. A
AmtrolInc, com unidades fabris nos Estados Unidos e Polónia, passou a possuir mais
uma unidade em Portugal, em 1997.
A AA destaca-se não só pela qualidade, pela grande capacidade de produção e
pelos curtos prazos de entrega, mas também pela inovação, pois estuda e implementa
novas tecnologias e materiais, com o fim de atingir maior desempenho das garrafas e
satisfazer o cliente. Além disso, oferece suporte técnico e atendimento ao cliente, desde
as garrafas tradicionais de aço de baixa pressão, às garrafas de fibra de carbono de alta
pressão.
Foi em 1950 que a AA, começou a produzir as garrafas tradicionais de aço, mas
só em 1990 é que são produzidos os primeiros híbridos. Em 2005 são lançadas no
mercado as garrafas CoMet e passados três anos as garrafas XLite.
A empresa Amtrol-Alfa exporta para mais de 100 países, sendo o maior produtor
mundial de garrafas de gás.
A unidade fabril da AA situa-se em Brito, no concelho de Guimarães, abrange
uma área total de 79 000 m2 e divide-se nos seguintes polos (Figura 2): Fábrica 1,
1 A informação sobre a empresa em parte foi retirada do site www.amtrol-alfa.com e outra parte foi
fornecida pela própria empresa.
Relatório de Estágio 2013/2014
5 | P á g i n a
Fábrica 2, Fábrica 3, Fábrica 4, Fábrica 5, Serviços de Serralharia, Manutenção
Mecânica e Elétrica, Armazéns Gerais e Área Técnica e Administrativa.
Figura 2 - Instalações da Amtrol-Alfa
Fonte: www.amtrol-alfa.com
Relatório de Estágio 2013/2014
6 | P á g i n a
1.1.2 Estrutura Organizacional
A Amtrol-Alfa é constituída por um Conselho de Administração, um Presidente
Executivo, uma Assistente Executiva, um Departamento Jurídico e ainda pelos
departamentos: Finanças e Controlo, Marketing e Vendas, Inovação Pesquisa e
Desenvolvimento Tecnológico (P&DT), Operações e Tecnologia e Recursos Humanos
(Figura 3). Por sua vez, estes departamentos estão subdivididos por áreas, como se pode
verificar no anexo 1.
A gestão passa por um bom trabalho em equipa e uma boa articulação entre
todos os departamentos, pois só assim a Amtrol-Alfa não perde a sua qualidade, os seus
clientes para a concorrência, mantém a sua grande capacidade de produção e os curtos
prazos de entrega.
Figura 3 - Organigrama Geral da Amtrol-Alfa
Fonte: Amtrol-Alfa
Relatório de Estágio 2013/2014
7 | P á g i n a
1.1.3 Produtos da Empresa
A Amtrol-Alfa apresenta uma grande variedade de garrafas e também de
capacidade das mesmas.
Os produtos produzidos pela Amtrol-Alfa dividem-se em dois grupos, GPL e
gases técnicos. Por sua vez, o grupo GPL é subdividido em doméstica e industrial, FLT
e lazer (Figura 4). Os gases técnicos encontram-se divididos em refrigerantes, hélio,
adesivo, NH3/SO2/CL2 e supressão de Fogo.
GPL:
- Doméstica e industrial (Tradicional, Híbrido, CoMet e XLite)
A AA além de produzir as tradicionais garrafas de aço, incluindo as de maior
capacidade, produz também cilindros mais inovadores, como o XLite e o CoMet que
são mais leves e que trazem conforto e segurança para o uso doméstico no dia-a-dia.
As garrafas de aço tradicionais e as de maior capacidade, tem um revestimento
de longa duração e são anti-corrosivas para os ambientes mais rigorosos.
- FLT (Tradicional, CoMet e XLite)
As garrafas FLT armazenam propano e são utilizadas em empilhadores. Cada
vez mais substitui-se os cilindros de aço tradicionais, cilindros de alumínio, pelos XLite
devido às características que estes apresentam (leves, seguros e ergonómicos).
- Lazer (Tradicional, CoMet e XLite)
A Amtrol-Alfa destaca-se nas garrafas de lazer, por poderem ser utilizadas ao ar
livre e pela variedade de aplicações como: churrasco, aquecedores, caravanas,
campismo, entre outros.
Relatório de Estágio 2013/2014
8 | P á g i n a
Figura 4 – Diferentes Tipos de Garrafas
Fonte: Elaboração própria
Gases Técnicos:
- Refrigerantes (Tradicional, Híbrido, Não Recarregáveis, CoMet e XLite)
Na indústria de refrigeração e ar condicionado a alta qualidade e limpeza da
garrafa são vitais, sendo assegurado por rigorosos processos de controlo.
- Hélio (Não Recarregáveis)
A máquina do balão é um kit de balões de hélio, é produzido pela Amtrol-Alfa e
inclui balões, fio e garrafa de hélio não recarregável (Figura 5).
Relatório de Estágio 2013/2014
9 | P á g i n a
Figura 5 - A Máquina do Balão
Fonte: www.google.pt
- Adesivo (Tradicional, Não Recarregáveis, CoMet)
São garrafas equipadas com válvulas de alta qualidade, para um melhor
desempenho e fácil manuseio.
- NH3/SO2/CL2 (Tradicional)
A Amtrol-Alfa fabrica cilindros de aço para gases mais exigentes como o
amoníaco, dióxido de enxofre e cloro, oferecendo diferentes dimensões e cores.
- Supressão de Fogo (Tradicional)
A AA desenvolveu também diferentes modelos de garrafas para sistemas de
supressão de fogo para atender à necessidade dos clientes.
Relatório de Estágio 2013/2014
10 | P á g i n a
1.1.4 Política de Qualidade
A política de qualidade da Amtrol-Alfa passa pelo correto planeamento e
utilização dos recursos técnicos e humanos. Assim, a política de qualidade da AA tem
como objetivo colocar no mercado produtos que satisfaçam e correspondam às
expectativas dos clientes, de acordo com as normas de qualidade, prazos de entrega
curtos e preços em conformidade com as normas industriais, especificações técnicas e
aprovados na encomenda. A AA aposta ainda na inovação, na grande capacidade de
produção e num bom suporte técnico e serviço ao cliente.
Desde 1994 que a AA é certificada e auditada periodicamente, de acordo com o
imposto pela norma ISO 9001 (Figura 6) e também é credenciada pelos principais
órgãos de fiscalização de todo o mundo, como: DOT - Department of Transportation –
EUA, TC – Transport Canada, TUV – Alemanha, Bureau Veritas –
França, SGS; Apragaz – Bélgica, Standard Institute de Israel, entre outros.
Também foram implementadas, mas ainda não certificadas a norma de Sistema
de Gestão Ambiental ISO 14001:2004 e a norma de Sistema de Gestão de Segurança
OHSAS 18001:2007.
Figura 6 - Certificação
Fonte: www.google.pt
Relatório de Estágio 2013/2014
11 | P á g i n a
1.1.5 Clientes
A Amtrol-Alfa é o maior produtor mundial de garrafas de gás, tendo como
principais clientes as principais empresas petroquímicas distribuidoras de GPL e
exporta para mais de 100 países.
Entre os clientes da AA encontram-se as empresas Galp, BP, Repsol, Prio
Energy, Cepsa, entre outras (Figura 7).
Figura 7 - Alguns Clientes da Amtrol-Alfa
Fonte: Elaboração Própria (www.google.pt)
Relatório de Estágio 2013/2014
12 | P á g i n a
1.1.6 Prémios de Design
No mundo dos negócios é preciso saber diferenciar e inovar. Pintar a garrafa de
uma cor diferente, torna o produto diferente, mas não diferenciado. Para se diferenciar
da concorrência, a AA trouxe atributos, ao seu produto, valorizados pelo cliente, tais
como leveza, estética, ergonomia, 100% reciclável, entre outros.
A aposta na diferenciação e inovação valeu à Amtrol-Alfa vários prémios de
design, como se pode verificar na Figura 8.
Figura 8 - Prémios de Design adquiridos pela Amtrol-Alfa
Fonte: Amtrol-Alfa
Relatório de Estágio 2013/2014
13 | P á g i n a
1.2 Caracterização da Atividade da Empresa
1.2.1 Garrafa Tradicional em Aço
1.2.1.1 Matéria-Prima
A principal matéria-prima da AA é a chapa, que chega à empresa em formato de
bobines que podem chegar até às 20 toneladas (Figura 9).
Figura 9 - Bobines de Aço
Fonte: www.google.pt
1.2.1.2 Constituição da Garrafa
A constituição da garrafa é importante para se compreender melhor o processo
de fabrico de uma garrafa de gás de aço, pelo que em seguida será apresentada a sua
constituição.
As garrafas em aço (para fluídos de baixa pressão) são constituídas por duas
partes, encaixadas uma na outra, que se denominam coquilhas, pela gola, pé, bolacha e
válvula. As coquilhas são embutidas a partir de discos de chapa com dimensões iguais,
após o seu encaixe formam o corpo da garrafa que é o local onde o gás é armazenado. A
diferença entre as coquilhas é que a coquilha inferior é aparada e a coquilha superior é
rebaixada (rebordo) e furada. O rebordo efetuado serve não só para o encaixe das
coquilhas, mas também de junta para a soldadura. O furo realizado na coquilha serve
Relatório de Estágio 2013/2014
14 | P á g i n a
para colocar a bolacha que é o local onde é colocada a válvula, por roscagem. Como se
verifica na Figura 10 a gola é soldada na coquilha superior e o pé na coquilha inferior.
A bolacha e a válvula são fornecidas à Amtrol-Alfa por empresas produtoras das
mesmas. A gola serve de pega para o transporte da garrafa, mas também para proteger a
válvula no caso de a garrafa sofrer algum impacto. O pé, por sua vez, serve para manter
a garrafa na sua posição de funcionamento com estabilidade. A válvula é o dispositivo
por onde sai o gás e é apertada à bolacha, como já foi referido anteriormente (Figura
10).
Figura 10 - Garrafa Tradicional em Aço para Fluído de Baixa Pressão
Fonte: Amtrol-Alfa
1.2.1.3 Processo de Fabrico
A AA opera segundo o conceito de linha integrada, isto é, as operações de
construção da garrafa são realizadas de uma forma sequencial e numa só linha para um
produto.
Ao contrário do que uma garrafa de gás aparenta, o seu processo de fabrico é
muito complexo e elaborado. Assim, para se perceber o processo de fabrico, é
apresentado na figura 11 o processo de fabrico (linha integrada) de uma forma
esquemática.
Relatório de Estágio 2013/2014
15 | P á g i n a
Figura 11 - Processo de Fabrico de uma Garrafa de Gás Convencional
Relatório de Estágio 2013/2014
16 | P á g i n a
Fonte: Amtrol-Alfa
Posteriormente serão explicadas todas as etapas constantes nesse processo
nomeadamente: Corte de Chapa, Embutir, Rebaixar e Aparar, Desengordurar,
Soldadura, Tratamento Térmico, Ensaio Hidráulico, Granalhagem, Proteção Corrosiva,
Pintura, Retificar Rosca, Inspeção e Aspiração, Marcação de Tara e Aperto de Válvula,
Teste de Fugacidade, Ensaios Não Destrutivos e Ensaios Destrutivos.
Relatório de Estágio 2013/2014
17 | P á g i n a
a) Corte de Chapa
O processo de produção de uma garrafa de gás inicia-se com o corte de chapa
numa prensa mecânica ou hidráulica, a chapa é cortada em discos, para as coquilhas, e
em retângulos, para o pé e a gola.
A chapa vem das bobines, umas mais largas para os discos e as mais estreitas
para os retângulos, estas são carregadas num suporte próprio e a ponta da chapa é
colocada num mecanismo de tração de comando numérico. O corte é efetuado por um
punção móvel e uma matriz com a forma do disco que se pretende obter que está fixa. O
punção ao descer vai deformar a chapa até à rotura, originando assim a superfície de
corte. O funcionamento das ferramentas de corte encontra-se ilustrado na figura 12.
Figura 12 - Funcionamento da Ferramenta de Corte
Fonte: www.google.pt
O Processo de corte de chapa segue três fases:
Esmagamento – Antes do corte, o punção encosta à chapa que se encontra sobre
a matriz e esmaga o material forçando-o a sair pelo furo da matriz.
Corte – Seguindo a descida do punção, o material anteriormente esmagado sofre
uma elevada pressão de corte.
Rotura – Chegando a um certo ponto, dá-se o fenómeno de rotura que faz com
que uma parte da chapa se separe da outra.
Relatório de Estágio 2013/2014
18 | P á g i n a
Figura 13 - Saída dos Discos de Chapa da Prensa
Fonte: Amtrol-Alfa
As prensas mecânicas e hidráulicas, além de se utilizarem para se fazer discos de
Chapa (Figura 13), também servem para furar as coquilhas superiores, para mais tarde
se proceder à soldadura da bolacha.
b) Embutir
Após o processo de corte de chapa passa-se para o processo de embutir os discos
de chapa, para os transformar em coquilhas. Utiliza-se uma prensa hidráulica, pois só
assim é possível regular a velocidade do punção.
Os discos sofrem um processo de embutissagem de modo a se tornarem peças
arredondadas e ocas, ou seja, as coquilhas. Embutir é o processo de obter peças ocas
através da deformação plástica de chapas planas, que utiliza uma ferramenta fixa que
tem o diâmetro exterior da peça (matriz) e o cerra chapas que comprime a chapa para a
matriz para que o punção desça e forme o embutido (Figura 14).
As ferramentas utilizadas para a realização de uma coquilha são (Figura 15):
Punção - É a ferramenta com movimento que tem a forma pretendida do interior
do embutido.
Matriz - É a ferramenta fixa que tem o diâmetro do exterior da peça que se
pretende realizar.
Relatório de Estágio 2013/2014
19 | P á g i n a
Cerra Chapas - É a ferramenta que comprime a chapa de encontro à matriz, para
evitar que esta enrugue.
Figura 14 - Prensa de Embutir Discos de Chapa
Fonte: Amtrol-Alfa
Figura 15 - Funcionamento da Prensa de Embutir
Fonte: www.google.pt
c) Rebaixar e Aparar
Seguem-se as operações de aparo e rebaixo. Depois da coquilha superior ser
embutida e furada tem de ser rebaixada para o encaixe com a coquilha inferior (Figura
Relatório de Estágio 2013/2014
20 | P á g i n a
16). Por sua vez, a coquilha inferior é aparada num mecanismo semelhante a um torno
mecânico vertical.
Figura 16 - Máquina de Rebaixar Coquilhas
Fonte: Amtrol-Alfa
d) Desengordurar
As coquilhas e os acessórios (golas e pés) seguem pela linha, passando por uma
máquina de lavagem, onde são lavadas com água quente e detergente de modo a tirar a
gordura do óleo para que fiquem prontas para as soldaduras. A este processo dá-se o
nome de desengordurar.
e) Soldadura
Segue-se a soldadura, os pés e as golas são soldados às respetivas coquilhas por
soldadura MAG. A soldadura MAG utiliza um elétrodo e é estabelecido um arco
elétrico entre o material de base e o de adição no interior de uma corrente gasosa. O
calor desenvolvido no arco é suficiente para fundir o fio elétrodo, sendo as partículas
transferidas através do arco (Figura 17).
Relatório de Estágio 2013/2014
21 | P á g i n a
Figura 17 - Funcionamento da Soldadura MAG
Fonte: www.google.pt
O processo de soldadura MAG é automático, pelo que o operador só tem que
carregar a máquina com a coquilha superior e a gola, ou com a coquilha inferior e o pé e
após a soldadura descarregar a máquina (Figura 18).
Figura 18 - Soldadura MAG na Amtrol-Alfa
Fonte: Amtrol-Alfa
O encaixe das coquilhas é feito através de uma prensa pneumática.
A soldadura circunferencial é efetuada por arco submerso, assim como a
soldadura da bolacha (Figura 19). Dá-se o nome de arco submerso a este processo,
Relatório de Estágio 2013/2014
22 | P á g i n a
porque o arco elétrico permanece sob uma camada de fluxo, que protege a soldadura de
contaminações.
Durante a soldadura o calor funde o material de adição com parte do fluxo e o
material de base. A soldadura é protegida pelo fluxo não fundido que sai em forma de
escória. O fluxo é um granulado feito para suportar a elevada intensidade de corrente
usada na soldadura (Figura 20).
Figura 19 - Soldadura Circunferencial por Arco Submerso
Fonte: Amtrol-Alfa
Figura 20 - Funcionamento da Soldadura por Arco Submerso
Fonte: www.google.pt
Relatório de Estágio 2013/2014
23 | P á g i n a
O que destaca a soldadura por arco submerso dos restantes processos de
soldadura são as amplas faixas de intensidade da corrente, tensão do arco e velocidade
de avanço utilizados. Cada um destes fatores influencia o formato do cordão e as
propriedades do metal de solda, bem como a limpeza e o tipo de junta. Outra
característica importante desta soldadura é a sua eficiência, pois não há perdas de metal
por projeção, a taxa de deposição é cerca de 100% (Figura 21).
As soldaduras realizadas por arco submerso apresentam boa ductilidade2, boa
uniformidade e uma excelente aparência do cordão de soldadura.
Figura 21 - Soldadura por Arco Submerso
Fonte: Amtrol-Alfa
f) Tratamento Térmico
A soldadura circunferencial influencia termicamente a garrafa, alterando assim
as tensões do material.
O tratamento térmico tem como finalidade eliminar tensões internas e
homogeneizar o grão resultantes da soldadura e da embutissagem. Se as garrafas forem
para gases refrigerantes devido às suas características é injetado azoto ou querosene.
Para se normalizar as tensões do material, as garrafas sofrem um tratamento
térmico, passando pelo forno a 900ºC, este processo denomina-se por recozimento de
normalização (Figura 22).
2 Ductilidade é a propriedade de deformação que um material suporta até ao momento da sua rotura.
Relatório de Estágio 2013/2014
24 | P á g i n a
Figura 22 - Garrafas no Forno em Recozimento de Normalização
Fonte: Amtrol-Alfa
O recozimento dos aços é um tratamento térmico que consiste no aquecimento
das garrafas até 900ºC, permanência das mesmas no forno a essa temperatura e por
último arrefecimento lento.
g) Ensaio Hidráulico
Após o tratamento térmico as garrafas passam a 100% no ensaio hidráulico, para
garantir a máxima qualidade, onde são pressurizadas com água a 30bar3 de modo a
verificar se existe fuga pela soldadura circunferencial.
O ensaio de fugacidade é uma forma de se avaliar a existência de fugas na
garrafa e se suporta as pressões exigidas. No banco de ensaios hidráulico, as garrafas
que vêm do forno são pressurizadas com água até à pressão de ensaio. Se aparecer uma
mancha de humidade no corpo da garrafa é sinal que esta tem fuga e é logo rejeitada. O
banco de ensaio de fugacidade automaticamente enche com água e mais tarde esvazia a
água da garrafa (Figura 23).
3 Bar é a unidade pressão utilizada pela empresa.
Relatório de Estágio 2013/2014
25 | P á g i n a
Figura 23 - Banco de Ensaio Hidráulico
Fonte: Amtrol-Alfa
h) Granalhagem
A próxima etapa do acabamento é o tratamento da superfície da garrafa, que se
inicia com a Granalhagem. Sendo assim, após o ensaio hidráulico um operário enrosca
um pendural na bolacha da garrafa, para ser mais fácil o transporte ao longo da linha.
A Granalhagem é um processo de limpeza por abrasão que consiste na projeção
de granalha de aço angular. A granalha é constituída por partículas metálicas de forma
angular com um elevado poder de corte e é feita de pedaços de ferro provenientes das
fundições, esmagados e endurecidos (Figura 24). Este processo é efetuado numa cabine
por intermédio de turbinas mecânicas e, prepara a garrafa para as operações de pintura
(Figura 25).
Figura 24 - Exemplos de Granalha
Fonte: www.google.pt
Relatório de Estágio 2013/2014
26 | P á g i n a
Figura 25 - Turbina Mecânica
Fonte: www.google.pt
i) Proteção Corrosiva
Após a Granalhagem é executada a proteção corrosiva, para proteger as garrafas
da corrosão. Para isso são utilizados dois processos, a pintura com primário que se
utiliza quando se vai utilizar a pintura a pó, e a metalização com zinco a quente que é
aplicada quando se utiliza tinta líquida.
O primário é uma tinta que tem como objetivo preparar a superfície da garrafa
para uma maior aderência formando uma camada de ligação para receber a tinta final e
proteger a garrafa da corrosão. A pintura com primário é aplicada sob a forma de spray.
Na metalização, o aquecimento e fusão do zinco ocorre através da junção de dois
eléctrodos de cargas opostas que faz com que o zinco que se encontra no meio deles
funda, sendo projetado por sopro de ar comprimido para a superfície da garrafa.
j) Pintura
Depois da proteção corrosiva as garrafas estão prontas para adquirir o seu aspeto
final. Como já foi referido anteriormente são efetuados dois processos de pintura, a
pintura a pó (pintura electroestática com pó) e a pintura líquida (pintura por spray com
tinta líquida).
Relatório de Estágio 2013/2014
27 | P á g i n a
A pintura líquida é realizada por robots semelhantes aqueles que são utilizados
na indústria automóvel.
A pintura a pó é feita através de um sopro de ar comprimido que projeta as
partículas (partículas de um polímero termoendurecível) contra a garrafa, e assim
carrega-as eletricamente, ficando assim coladas à superfície da garrafa (Figura 26).
Após isto, as garrafas entram numa estufa que faz com que o pó solidifique e adira à
superfície, transformando-o numa película brilhante e com boa resistência ao choque.
Figura 26 - Cabine de Pintura a Pó
Fonte: Amtrol-Alfa
O processo mais vantajoso é a pintura a pó, pois há uma pequena perda de tinta,
sendo que a maioria adere à garrafa, e a tinta que cai é reaproveitada. Por sua vez na
pintura com tinta líquida há perdas na ordem dos 60% pois a tinta que não atinge a
garrafa não é recuperável.
k) Retificar Rosca, Inspeção e Aspiração
Após os processos de pintura, as garrafas são retiradas dos pendurais por um
operário e são pousadas novamente num tapete de correntes, para entrarem na máquina
de passar macho, que aperfeiçoa e limpa a rosca. Esta máquina utiliza um escovilhão ou
Relatório de Estágio 2013/2014
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um macho e à saída um operário aspira os resíduos e faz um controlo visual do interior
da garrafa.
l) Marcação de Tara e Aperto da Válvula
Segue-se a pesagem e gravação das taras nas garrafas, tendo que se somar ao
peso atual o peso da válvula que será colocada posteriormente.
A colocação e o aperto da válvula são realizados por um operário, sendo que o
aperto da válvula é feito com a ajuda de uma máquina específica (Figura 27).
Figura 27 - Colocação e Aperto da Válvula
Fonte: Amtrol-Alfa
No final as garrafas são colocadas em paletes, para ser mais fácil o seu
transporte, armazenadas e depois seguem para a expedição (Figura 28).
Figura 28 - Colocação das Garrafas nas Paletes
Fonte: Amtrol-Alfa
Relatório de Estágio 2013/2014
29 | P á g i n a
m) Teste de Fugacidade
Após a colocação das válvulas, submetem-se as garrafas ao teste de fugacidade.
O teste de fugacidade é mais uma maneira de se detetar fugas, e consiste na imersão da
garrafa em tanques de água. Este ensaio utiliza-se para as garrafas que já estão prontas
para seguir para o cliente, e todas elas são submetidas ao teste. A garrafa é cheia com ar
e é mergulhada no tanque, se aparecerem bolhas de ar é sinal que existe uma fuga e a
garrafa é automaticamente rejeitada.
n) Ensaios Não Destrutivos
Os ensaios não destrutivos não têm efeito algum no bom desempenho e na
qualidade da garrafa. Existem três tipos de ensaios não destrutivos: a radiografia, o
ensaio hidráulico e o ensaio pneumático.
A radiografia é utilizada na soldadura para se detetar defeitos, na qualificação de
soldadores e no controlo de qualidade de peças acabadas.
Figura 29 - Equipamento de Raio-X e Ecrã de Visualização de Filmes Radiográficos
Fonte: Amtrol-Alfa
Com a inspeção radiográfica (Figura 29) é possível detetar defeitos como: poros,
fissuras, falta de fusão, inclusões, bordos queimados e descentramento do cordão
relativamente à junta.
Relatório de Estágio 2013/2014
30 | P á g i n a
No ensaio hidráulico as garrafas são todas testadas a uma pressão de 30bar.
O ensaio pneumático passa por encher as garrafas com ar, mergulhá-las em água
durante cerca de 30 segundos para se verificar eventuais fugas.
o) Ensaios Destrutivos
Os ensaios destrutivos utilizados são: tração, dobragem, rotura, fadiga,
macrografia, micrografia e queda. Após os ensaios destrutivos a garrafa fica inutilizável.
O ensaio de tração é aplicado ao material e à soldadura. Para a sua execução são
retirados dois provetes da garrafa, um no sentido circunferencial para ensaiar o material
e outro perpendicular à soldadura. Estes ensaios servem para determinar características
mecânicas do aço como: limite elástico (até onde perde a cedência), plástico (força
máxima suportada antes da rotura) e alongamento definidos na norma/projeto (Figura
30).
Figura 30 - Máquina de Ensaios de Tração e Provetes para Ensaio
Fonte: Amtrol-Alfa
Dobragem é um ensaio efetuado à soldadura com a dobragem da face e da raiz da
mesma, de modo a assegurar que não parte (Figura 31).
Relatório de Estágio 2013/2014
31 | P á g i n a
Figura 31 - Máquina de Ensaios de Dobragem e Provetes após o Ensaio
Fonte: Amtrol-Alfa
O ensaio de rotura passa por encher a garrafa até a mesma rebentar. Pretende-se
com este ensaio avaliar a relação pressão/dilatação, calcular o aumento de volume até á
rotura, analisar se a rotura não se dá pelas soldaduras e verificar se não há fragmentação
do material (Figura 32).
Figura 32 - Máquina de Ensaios de Rotura e Garrafas após Ensaio de Rotura
Fonte: Amtrol-Alfa
O ensaio de fadiga compreende a aplicação de n ciclos de enchimento a uma
pressão definida pelas normas e verificar se o tempo de vida antes da rotura está dentro
do que é exigido. Serve também para se avaliar o tipo e localização da fissura que surge
com a fadiga (Figura 33).
Relatório de Estágio 2013/2014
32 | P á g i n a
Figura 33 - Máquina de Ensaios de Fadiga e Amostrador da Pressão de Ensaio
Fonte: Amtrol-Alfa
As macrografias são fotografias ampliadas (Figura 34), da zona da garrafa que se
quer analisar. Efetua-se um corte transversal na zona da soldadura seguindo-se um
polimento e um ataque químico da peça e tem como objetivo verificar se houve uma
fusão e penetração completa dos materiais e a não existência de poros e outras inclusões
na soldadura.
Figura 34 - Imagem de uma Macrografia
Fonte: Amtrol-Alfa
As micrografias (Figura 35) são imagens da estrutura do grão do aço e são
usadas para verificar a homogeneização do grão do aço, a não existência de poros e
outras inclusões na soldadura e se houve uma fusão e penetração completa dos
Relatório de Estágio 2013/2014
33 | P á g i n a
materiais. Para isso, efetua-se um corte transversal na zona da soldadura, normalmente
da bolacha, dá-se um polimento e um ataque químico mais cuidado da peça para se
conseguir distinguir o material de adição e o material de base.
Figura 35 - Imagem de uma Micrografia
Fonte: Amtrol-Alfa
Relatório de Estágio 2013/2014
34 | P á g i n a
1.2.2 Garrafa CoMet
1.2.2.1 Constituição da Garrafa
Esta garrafa é constituída por um interior em aço fino (1mm), enrolado num pré-
impregnado de fibra de vidro ou fibra de carbono, denominado de Twintex,
acondicionadas dentro de uma jaqueta.
Esta é uma garrafa leve, ergonómica e amiga do ambiente. A Figura 36 mostra a
constituição da garrafa CoMet.
Figura 36 – Constituição da Garrafa CoMet
Fonte: Elaboração própria (Amtrol-Alfa)
Relatório de Estágio 2013/2014
35 | P á g i n a
1.2.2.2 Processo de Fabrico
A garrafa CoMet passa por um processo de fabrico um pouco diferente da
garrafa tradicional.
O processo de fabrico da garrafa CoMet é apresentado na figura 37 para uma
melhor compreensão.
Figura 37 - Linha de Fabrico da Garrafa CoMet
Fonte: Amtrol-Alfa
Os processos de corte de chapa, embutir, rebaixar e aparar, soldadura, pintura a
pó, ensaio pneumático e aperto de válvula são iguais aos da garrafa tradicional, estando
explicados anteriormente.
A garrafa CoMet difere no pé e na gola, pois nesta garrafa não existem, sendo
substituídos por pega e fundo que não são soldados às coquilhas. A garrafa sofre um
enrolamento e é-lhe colocada uma jaqueta.
Passa-se de seguida a explicar os processos de enrolamento, colocação e
soldadura da jaqueta.
Relatório de Estágio 2013/2014
36 | P á g i n a
a) Enrolamento
A garrafa CoMet sofre os processos de corte de chapa, embutir, rebaixar e aparar
tal como a garrafa tradicional.
As coquilhas depois de soldadas, sem pé e gola, e pintadas formam o liner. O
liner para uma maior resistência e proteção sofre um enrolamento com twintex (fibra de
vidro ou de carbono), como se verifica na figura 38.
Figura 38 - Enrolamento do Liner com Twintex
Fonte: Amtrol-Alfa
b) Colocação e Soldadura das Jaquetas
Após o enrolamento é colocada a jaqueta no liner, assim como as pegas e o
fundo. A jaqueta sofre uma soldadura por fricção, para suportar o liner no seu interior.
Figura 39 - Máquina de Soldar as Jaquetas
Fonte: Amtrol-Alfa
Relatório de Estágio 2013/2014
37 | P á g i n a
c) Aperto da Válvula
Soldadas as jaquetas, coloca-se e aperta-se a válvula (Figura 40). Seguindo-se a
pesagem e a marcação das inscrições necessárias.
Figura 40 - Aperto das Válvulas
Fonte: Amtrol-Alfa
Finalizados todos os processos, as garrafas são colocadas em paletes de metal
para ser mais fácil e seguro o seu transporte (Figura 41).
Figura 41 - Colocação das Garrafas nas Paletes de Metal
Fonte: Amtrol-Alfa
Relatório de Estágio 2013/2014
38 | P á g i n a
Os ensaios aplicados nas garrafas CoMet são semelhantes aos aplicados nas
garrafas tradicionais de aço. As diferenças que se verificam nos ensaios não destrutivos
são que na garrafa CoMet não se aplicam os ensaios de dobragem e micrografia. Nos
ensaios destrutivos a garrafa CoMet sofre mais um ensaio que é o ensaio de fogo.
d) Ensaios Não Destrutivos
Os ensaios não destrutivos são constituídos por: radiografia, ensaio hidráulico e
ensaio pneumático (Figura 42).
Figura 42 - Ensaio Pneumático
Fonte:Amtrol-Alfa
e) Ensaios Destrutivos
Nos ensaios destrutivos realiza-se o ensaio de tração, a macrografia, a rotura, a
fadiga, a queda e o fogo.
O ensaio de fogo (Figura 43) é realizado para testar o correto funcionamento da
válvula de segurança. Isto é, quando a garrafa é exposta a temperaturas elevadas este
dispositivo só pode abrir após 2 minutos de modo a garantir a segurança das pessoas no
local. Após 2 minutos vai libertando o gás contido no interior da garrafa para que esta
não deflagre.
Relatório de Estágio 2013/2014
39 | P á g i n a
Figura 43 - Ensaio de Fogo
Fonte: Amtrol-Alfa
Relatório de Estágio 2013/2014
40 | P á g i n a
2 Capítulo II - Atividades
Desenvolvidas Durante o Estágio
Relatório de Estágio 2013/2014
41 | P á g i n a
Neste capítulo serão apresentadas, de forma pormenorizada, as áreas onde a
estagiária desenvolveu as suas atividades e as respetivas funções realizadas. O estágio
decorreu no departamento financeiro, como referido anteriormente, nas áreas de
contabilidade, fiscalidade, controlo de gestão e outros.
2.1 Contabilidade
Para uma melhor compreensão das áreas contempladas durante o período de
estágio e como estas são desenvolvidas na empresa, torna-se importante antes de mais
definir o conceito de contabilidade.
“A Contabilidade é a ciência que tem como objetivo o estudo das modificações
do património, evidenciando em qualquer momento a sua composição quantitativa e
qualitativa tornando-se, assim, um precioso auxiliar da gestão.” (Estevão, 2010)
As demonstrações financeiras da Amtrol-Alfa são realizadas de acordo com o
Sistema de Normalização Contabilística (SNC), e tem como principais políticas
contabilísticas as bases de mensuração, princípio do custo histórico, os ativos fixos
tangíveis e os ativos intangíveis com vida útil registando-se ao custo de aquisição. Os
contratos de locação operacional são registados nos gastos/rendimentos dos períodos a
que dizem respeito, o imposto sobre o rendimento de período é calculado com base no
resultado tributável, os inventários são valorizados pelo menor valor entre o seu custo
de aquisição e o seu valor realizável líquido. A fórmula de custeio das saídas de
armazém (consumos) é o FIFO4 (o primeiro a entrar é o primeiro a sair). As contas a
receber são inicialmente reconhecidas ao seu justo valor, sendo subsequentemente
valorizadas ao custo amortizado. A caixa e seus equivalentes englobam o dinheiro em
caixa, os depósitos à ordem e investimentos financeiros a curto prazo.
4 First In, First Out, na terminologia Inglesa
Relatório de Estágio 2013/2014
42 | P á g i n a
2.1.1 Imobilizados (POC) ou Ativos Fixos Tangíveis (SNC)
Como foi referido anteriormente, os ativos fixos tangíveis na Amtrol-Alfa
registam-se ao custo de aquisição que compreende o seu preço de compra, incluindo os
direitos de importação e os impostos de compra não reembolsáveis.
Os terrenos não são depreciados. As depreciações dos ativos fixos tangíveis são
calculadas conforme o método da linha reta, depois da dedução do seu valor residual de
acordo com os períodos de vida útil esperada (Figura 44).
Figura 44 - Períodos de Vida Útil Esperada dos Bens
Número de anos
Edifícios e outras construções 10 a 50
Equipamento básico 2 a 40
Equipamento de transporte 3 a 12
Equipamento administrativo 3 a 29
Outros ativos fixos tangíveis 3 a 16
Fonte: Amtrol-Alfa
Os ativos fixos tangíveis podem sofrer de beneficiações, que é uma nova
avaliação da vida útil do ativo fixo tangível.
Durante o estágio realizado na AA, a estagiária procedeu ao tratamento da
informação dos ativos fixos tangíveis, para mais tarde se proceder à exportação desta
informação para o software Primavera, pois foi este o software escolhido para satisfazer
as necessidades exigidas. Nesta fase, procedeu-se à separação da matrícula (código de
identificação de cada ativo fixo tangível) do descritivo do ativo fixo tangível em
ficheiro Excel, criando duas novas colunas para estas informações (Anexo 2). Procedeu-
se ainda à alteração das descrições dos ativos fixos tangíveis, retirando acentos e
cedilhas e abreviando as palavras ferramenta e máquina, para Fer. e Maq.. Esta
Relatório de Estágio 2013/2014
43 | P á g i n a
alteração nos descritivos foi realizada para, posteriormente, ser mais fácil a pesquisa de
ativos fixos tangíveis no software Primavera.
Após a exportação dos dados procedeu-se à comparação dos mapas fiscais do
software Primavera (Anexo 3) com os mapas fiscais já existentes (Anexo 4) para
verificar se a exportação dos dados estava correta.
Nos Mapas de Reintegrações, de Amortizações e Depreciações é preciso ter em
atenção:
Amortização Acumulada = Amortização do Exercício + Amortizações
Anteriores
Imobilizado Líquido = Valor Bruto – Amortização Acumulada
Amortizações do Exercício = Reintegrações Atualizadas dos Exercícios
Anteriores
As amortizações são realizadas pelo centro de custo (Anexo 5) no início
de cada ano.
2.1.2 Reconciliação Bancária
“A Reconciliação Bancária consiste numa conferência periódica dos saldos
existentes nos bancos com que as empresas trabalham e cruzar essa informação com a
contabilidade das respetivas empresas.” (Gonçalves, 2011 : 113)
Sendo assim, a reconciliação bancária é fundamental para qualquer empresa,
pois é uma forma de controlo interno.
A reconciliação bancária é efetuada para detetar possíveis diferenças nas contas
ou eventuais erros, na comparação e conferência entre as entradas e saídas do banco
com as entradas e saídas do extrato da contabilidade.
Na Amtrol-Alfa as reconciliações bancárias são realizadas todos os meses e para
todas as entidades bancárias com que a empresa trabalha.
A reconciliação bancária é efetuada através do extrato bancário onde se vão
comparando os valores aí existentes com os valores registados na contabilidade e
“picam-se” os movimentos em comum, ficando em aberto valores que não se encontram
registados na contabilidade mas que não constam no extrato bancário, ou vice-versa.
Relatório de Estágio 2013/2014
44 | P á g i n a
A diferença que existe entre o saldo da empresa e o do banco pode resultar:
- Na empresa, da troca de documentos entre as diversas contas das entidades
bancárias;
- Na falta de movimento de transferência bancária por a empresa não ter
recebido os documentos comprovativos;
- Os valores estarem presentes no extrato do banco do mês anterior;
- Entre outras.
Nas correções a realizar tem que se ter em conta que:
- Um crédito no extrato da empresa representa um débito no extrato bancário;
- Um débito no extrato da empresa equivale a um crédito no extrato do banco;
- Se estiverem valores divergentes num lançamento comum a ambos os extratos
deve-se confirmar o valor através dos documentos do banco e/ou titular da conta;
- Se estiverem valores apenas num dos extratos deve fazer-se a respetiva
correção no extrato em que falta. No caso do banco, espera-se que este o faça.
Depois de efetuadas as correções na reconciliação bancária, anexa-se esta ao
extrato bancário.
2.1.3 Projetos de Investimento
O sistema de incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico (I&DT)
nas empresas, tem como objetivo aumentar a introdução de novos produtos, serviços ou
processos, economicamente viáveis, que respondam aos desafios dos próximos anos,
isto é, investir em inovação e desenvolvimento tecnológico.
Na fase inicial do projeto preparam-se as faturas com os respetivos
comprovativos de pagamento e extratos bancários, ou seja, é preparado um dossier com
uma fotocópia de cada documento referido anteriormente, para ser enviado para a
entidade de investimento.
Após a aprovação do projeto são colocadas etiquetas do Programa Operacional
Fatores de Competitividade (POFC) (Figura 45) nas faturas originais. Estas faturas são
arquivadas com o respetivo programa estratégico, pedido e comprovativos de
Relatório de Estágio 2013/2014
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pagamento, como se verifica no Anexo 6. Uma fotocópia da fatura original com a
etiqueta é colocada no dossier das faturas de fornecedores.
Figura 45 - Etiqueta do Programa Operacional Fatores de Competitividade
Fonte: Amtrol-Alfa
As etiquetas têm uma classificação por Eixos Prioritários do POFC, onde:
Eixo prioritário I – Competitividade, inovação e conhecimento
Eixo prioritário II – Valorização económica de recursos específicos
Eixo prioritário III – Valorização do espaço regional
Eixo prioritário IV – Coesão local e urbana
Eixo prioritário V – Assistência técnica
O valor imputado é o montante dessa fatura que vai ser pago e a taxa de
imputação é a percentagem de cada fatura que é imputada ao projeto.
O projeto está concluído quando todas as atividades se encontram finalizadas e
todas as despesas realizadas totalmente justificadas.
2.1.4 Custeio
Custo standard ou custo padrão é o custo planeado para a produção de um bem e
é o custo realizado pela empresa.
Todos os anos se procede à atualização de custos dos artigos, para mais tarde se
obter o custo standard.
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O custeio é realizado no software Oracle e são alterados o custo de engenharia e
o custo pendente de cada artigo, pelos novos custos apresentados (Anexo 7). Pode
verificar-se o processo de atualização de custos no Anexo 8.
2.1.5 Transportes
O valor dos transportes é calculado todos os meses, para isso procede-se ao
registo dos valores dos transportes no mapa correspondente. Os transportes entre
armazéns da Amtrol-Alfa não entram na contabilização e o IVA também não, ou seja é
contabilizado o valor sem IVA.
Para se realizar o cálculo do valor dos transportes são necessários os documentos
que regulamentam o transporte para assim se saber o tipo de transporte.
Através de uma lista dos transportes realizados nesse mês, retirada dos
lançamentos, nas faturas de transporte retiram-se os documentos que regulamentam o
transporte (CMR5, Borchard Lines
6, Guia da alfândega,…) e aponta-se nestes mesmos o
verbete (número atribuído a cada fatura) da fatura correspondente, o número da fatura
do cliente e o valor do transporte, para mais tarde se proceder ao registo dos dados no
mapa de transportes.
Após o registo dos dados no mapa de transportes, anexam-se os documentos que
regulamentam o transporte à fatura do cliente correspondente, confirmando o número da
guia de remessa, a carga, o peso bruto, o número de contentores e o número de paletes.
Dependendo do tipo de transporte e do país, os documentos que regulamentam o
transporte são diferentes, como se pode verificar nos Anexos 9, 10 e 11.
5 Documento que regulamenta o transporte de bens de todos os tipos por veículos pesados de mercadoria.
6 Documento que regulamenta o transporte de bens de todos os tipos por via marítima.
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2.2 Fiscalidade
“Fiscalidade é o conjunto de disposições legais destinadas a assegurar a
possibilidade de, através dos impostos, o tesouro público assumir a responsabilidade
do pagamento das despesas a seu cargo.” (Castro et al., 2013 : 733)
2.2.1 Validação do Número de IVA de Clientes
A Amtrol-Alfa como trabalha com muitos clientes, faz um controlo dos números
de IVA dos clientes, para ter a certeza que os clientes são reais e o seu negócio é legal.
Para se fazer este controlo, procede-se à validação dos números de IVA no site da
Comissão Europeia VIES (Sistema de Intercâmbio de Informações sobre o IVA).
O VIES é um meio eletrónico de transmissão de informações relativas ao registo
do IVA das empresas registadas na União Europeia.
Para a sua validação, procede-se à introdução dos dados no site e faz-se a
verificação, como é possível visualizar no Anexo 12.
2.2.2 Organização e Arquivo de Documentos
Além da organização dos documentos de transportes e das faturas guias de
remessa da sucata, foram também organizadas as faturas de fornecedores e de clientes.
As faturas de fornecedores são organizadas por ordem crescente de verbete
(número atribuído a cada fatura).
As faturas de clientes são organizadas também por ordem crescente, mas pelo
número de fatura.
Apesar de todos os documentos contabilísticos da empresa serem lançados em
sistema informático, são também organizados em dossiers. O dossier deverá conter o
ano e o período a que dizem respeito. Estes dossiers são guardados durante 10 anos,
Relatório de Estágio 2013/2014
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pois é exigido fiscalmente. Quando é necessário algum documento recorre-se ao
arquivo, que devido à identificação dos dossiers consegue-se fazer de uma forma rápida.
Segundo o nº1 do artigo 52º do código do IVA (Rocha e Rocha, 2011/2012 :
375):
“Os sujeitos passivos são obrigados a arquivar e conservar em boa ordem
durante os 10 anos civis subsequentes todos os livros, registos e respetivos documentos
de suporte, incluindo, quando a contabilidade é estabelecida por meios informáticos, os
relativos à análise, programação e execução dos tratamentos.”
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2.3 Controlo de Gestão
Quanto ao controlo de Gestão, este pode ser definido, segundo Jordan et al.
(2005 : 21), como: “Um conjunto de instrumentos que motivem os responsáveis
descentralizados a atingirem os objetivos estratégicos da empresa, privilegiando a ação
e a tomada de decisão em tempo útil e favorecendo a delegação de autoridade e
responsabilização.”
2.3.1 Análise dos Rejeitados
Para um melhor controlo da produção e das perdas que a empresa sofre todos os
anos, procedeu-se a uma análise dos rejeitados dos últimos três anos (2011, 2012, 2013)
e também dos primeiros meses de 2014.
Rejeitados são todas as garrafas ou peças que não satisfaçam o nível de
qualidade que é exigido, ou seja, todas as garrafas ou peças que apresentam defeito e
não são utilizadas. As garrafas de gás têm de ter um elevado nível de qualidade devido
aos gases que armazenam, pois uma fuga pode gerar uma explosão.
No estágio foi realizado o agrupamento e tratamento da informação dos
rejeitados por anos, em ficheiro Excel, e mais tarde procedeu-se a uma breve análise dos
resultados.
Para cada ano inclui-se os dados dos rejeitados de todos os meses e de cada
fábrica ou linha (Anexo 13) em ficheiro Excel e depois construiu-se tabelas dinâmicas
(Anexo 14), onde são incluídos os campos que interessam à empresa para mais tarde se
efetuar a análise. Os campos de interesse são: o código, a localização e a quantidade de
rejeitados.
O valor das perdas tem de ser calculado, e para isso é preciso saber o custo
unitário de cada peça (Anexo 15). Custos estes que são retirados do software Oracle
(Figura 46) através do código de cada garrafa (Anexo 16). Depois faz-se a multiplicação
da quantidade de cada rejeitado pelo seu custo, em Excel, para se saber o custo dos
rejeitados por garrafa e por peça (Anexo 17) através da fórmula:
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Custo dos Rejeitados por Garrafa e por Peça = Quantidade de cada Rejeitado
(por garrafa e por peça) x Custo de cada Rejeitado (por garrafa e por peça)
Após o cálculo do valor das perdas efetua-se uma tabela em Excel com os totais
de rejeitados por fábrica e por peça (Anexo 18).
Por último procede-se a uma análise para se perceber o porquê dos valores
elevados de rejeitados (Anexo 19). Para essa análise, realiza-se um breve estudo do
mapa de garrafas montadas (Anexo 20) e do mapa de garrafas acabadas (Anexo 21)
desse ano, para analisar se o grande número de rejeitados de determinada garrafa se
deve ao elevado número de produção (garrafas montadas e acabadas) dessas garrafas.
Figura 46 - Software Oracle
Fonte: Amtrol-Alfa
2.3.2 Mapas das OF´s
A ordem de fabrico (OF) é o elemento chave da produção, pois transporta
consigo toda a informação sobre a produção daquele produto, nomeadamente a
definição dos produtos, materiais, ferramentas, centros de custo, quantidades, data de
início da produção, data de entrega, entre outros.
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O armazém recorre às OF´s para saber qual o material necessário para a
produção de determinada garrafa. Assim, quando é necessário saber ou alterar algo na
linha de produção de determinada garrafa basta utilizar o código de OF.
Existem dois tipos de OF´s, as OF´s Montadas que dizem respeito à ordem de
fabrico das garrafas sem pintura e as OF´s Acabadas que são as ordens de fabrico das
garrafas já pintadas, ou seja, finalizadas.
Os mapas das OF´s são realizados para se fazer um controlo da mão-de-obra, ou
seja, para se saber as horas que são precisas para cada OF e se correspondem ao número
de horas previsto. Para isso são realizados mapas em Excel, onde se procede ao registo
da informação do programa de produção (Anexo 22) e a produção da respetiva fábrica
(Anexo 23). Nos mapas das OF´s (Anexo 24) a estagiária procedeu ao preenchimento
dos campos data, número de trabalhadores, cliente, código acabada, horas, OF acabada,
OF montada, as garrafas montadas e garrafas acabadas para cada turno e a ordem de
encomenda (OE), quando existiam, pois nem todas as garrafas têm OF montada.
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2.4 Outros
2.4.1 Formação sobre o Software Primavera
Durante o estágio, a estagiária obteve formação sobre o software Primavera
(Figura 47). Este foi um programa adquirido para responder às necessidades que outros
softwares não estavam a responder, nomeadamente para Ativos Fixos Tangíveis,
Recursos Humanos, entre outros.
Nessa formação a estagiária adquiriu vários conhecimentos na área de
equipamentos e ativos como por exemplo, a criar fichas, tabelas, alterar informação,
pesquisar informação, consulta de mapas de reintegrações, entre outros.
Figura 47 - Software Primavera
Fonte: www.google.pt
Relatório de Estágio 2013/2014
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2.4.2 Reunião/Quadro Kaizen
Kaizen7 é sinónimo de mudança para melhor e a aplicação deste método nas
empresas permite baixar os custos e melhorar a produtividade. O Kaizen é composto por
três elementos chave, que são:
- Trabalho em equipa eficaz e organizado;
- Direção e controlo;
- Capacidade Pessoal.
O Kaizen no departamento de finanças e controlo da AA tem como principal
objetivo realizar o fecho do mês até ao quinto dia útil, inclusive, do mês seguinte.
Às segundas-feiras realizam-se as reuniões de Kaizen, nas quais também a
estagiária participou. Nessas reuniões realiza-se um controlo para ver se os objetivos
estão a ser cumpridos, esse controlo é efetuado através da análise dos indicadores
presentes no quadro Kaizen (atualizados semanalmente) e faz-se o balanço do que está a
falhar para se melhorar.
O quadro Kaizen é composto pela agenda da reunião, indicadores, mapa de
férias e ausências, datas de fecho do armazém e fecho do mês e processo fecho do mês.
O fecho do armazém é feito ao terceiro dia útil do mês seguinte.
Para se alcançar o objetivo de fechar o mês ao quinto dia útil é necessário
cumprir o processo de fecho do mês.
Processo de fecho de mês:
1º Dia – Devolução de faturas conferidas
2º Dia – Informação de salários
3º Dia – Fecho OF´s; Aprovação de faturas; Acerto de armazém
4º Dia – Lançar bancos; Fecho de armazém; Accruals; Faturas de clientes
validadas
5º Dia – Lançar salários; Bancos conferidos; Balancete de clientes; Fornecedores
concluídos.
7 Informação retirada da Revista Vida Económica do Kaizen Institute, Novembro de 2008, número 12
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2.4.3 Controlo da Sucata de Aço
Os desperdícios de aço são colocados em contentores, que mais tarde são
recolhidos por uma empresa especializada em recuperação de metais. Os tipos de sucata
são: sucata de aço, sucata de limalha de aço, pó de zinco e sucata de granalha de aço.
Procede-se ao controlo da sucata, pois a política de ambiente assim o exige, e
para isso são emitidas guias de remessa da sucata e faturas à empresa que faz a recolha
da mesma. Mais tarde, procede-se à confirmação da sucata através das guias de remessa
(Anexo 25) presentes na fatura, procede-se à verificação das quantidades para ver se
correspondem e aponta-se o número da fatura na guia de remessa. Após a confirmação
anexam-se as guias de remessa da sucata às faturas correspondentes.
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Conclusão
Com a realização deste trabalho pretendi apresentar a Amtrol-Alfa, as atividades
que aí desenvolvem e o trabalho que realizei no período de estágio, nomeadamente entre
os meses de Março e Junho.
O tempo de estágio na Amtrol-Alfa foi essencial, não só por pôr em prática os
conhecimentos adquiridos no curso de Gestão, mas também para adquirir novos
conhecimentos e saber o que é o trabalho em equipa.
Durante o período de estágio tive oportunidade de aplicar os conhecimentos
obtidos no curso de Gestão, nomeadamente na área de Contabilidade, Fiscalidade e
Controlo e Tecnologias da Informação. Também nestas áreas tive oportunidade de
adquirir mais conhecimentos durante o estágio.
É de referir que a Amtrol-Alfa tem uma boa organização nos vários
departamentos e áreas, bom ambiente e trabalho de equipa, boas instalações, está atenta
à higiene e segurança no trabalho e tem cantina, onde servem refeições para todos os
trabalhadores.
Tive oportunidade de estagiar no departamento financeiro, nomeadamente nas
áreas de contabilidade, fiscalidade e controlo de gestão, tornando-se uma experiência
muito enriquecedora para mim.
Gostei de trabalhar nas diferentes áreas, mas a área que mais gostei foi a de
Controlo de Gestão, não só por ser uma área que me chama a atenção, mas também
pelos trabalhos que desenvolvi, nomeadamente na análise de rejeitados e na realização
dos mapas das OF’s. O Controlo de Gestão é uma área onde todas as variáveis são
importantes e têm influência, como por exemplo o número de trabalhadores, os clientes,
encomendas, fornecedores, etc.
No estágio procurei estar sempre recetiva a novos conhecimentos e desafios,
tentando sempre ultrapassar os “obstáculos” com que me ia deparando. Adotei uma
postura ativa, empenhada e interessada tirando assim o máximo proveito do estágio.
Em suma, as 400h de estágio foram ótimas, pois contribuíram para adquirir
conhecimentos, pôr em prática os ensinamentos, amadurecimento de ideias e incutir o
espírito de trabalho de equipa.
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Bibliografia
Obras consultadas:
Castro, Adalmiro / Teixeira, Carlos / Moreira, Joaquim et al., 2013, Dicionário
da Língua Portuguesa, Porto Editora
Gonçalves, Manuel, 2011, “Contabilidade Geral”, Plátano Editora
Institute, Kaizen, 2008, “Vida económica”, Novembro, número 12
Jordan, Hugues / Neves, João Carvalho das / Rodrigues, José Azevedo, 2005, “O
Controlo de Gestão”, Áreas Editora
Rocha, Isabel / Rocha, Joaquim Freitas, 2011/2012, “Código do Imposto sobre o
Valor Acrescentado (CIVA)”, Porto Editora, Página 375
Rodrigues, Pedro de Jesus / Ferreira, Rui Pinto, 2010, “Sistema de Normalização
Contabilística (SNC)”, Porto Editora
Endereços consultados:
http://www.amtrol-alfa.com
http://www.google.pt/
Documentos:
Estevão, Cristina, 2010, “Apontamentos de Contabilidade Financeira I”, IPG
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Anexos
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Anexo 1 - Organigrama da
Amtrol-Alfa
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Anexo 2 - Informação dos
Ativos Fixos Tangíveis
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Anexo 3 - Mapa Fiscal do
Software Primavera
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Anexo 4 - Mapa Fiscal
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Anexo 5 - Centros de Custo
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Anexo 6 - Projeto de
Investimento
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Anexo 7 - Novos Custos
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Anexo 8 - Processo de
Atualização de Custos
(Custeio)
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Anexo 9 - Documentos de
Transporte Terrestre
(Europa)
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Anexo 10 - Documentos de
Transporte Terrestre e
Marítimo (Europa)
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Anexo 11 - Documentos de
Transporte Terrestre e
Marítimo
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Anexo 12 - Processo de
Validação do Número de
IVA de Clientes (VIES)
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Anexo 13 - Tabela dos
Rejeitados do Mês de
Janeiro de 2014
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Anexo 14 - Tabela
Dinâmica sobre os
Rejeitados
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Anexo 15 - Tabela com
Custos Unitários de cada
Peça
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Anexo 16 - Processo de
Busca do Custo Unitário de
cada Peça no Software
Oracle
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Anexo 17 - Custo dos
Rejeitados por Garrafa e
Peça
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Anexo 18 - Tabela dos
Custos Totais dos Rejeitados
por Fábrica e por Peça
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Anexo 19 - Análise dos
Rejeitados do Ano 2014
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Anexo 20 - Mapa das
Garrafas Montadas do Ano
2014
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Anexo 21 - Mapa das
Garrafas Acabadas do Ano
2014
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Anexo 22 - Programa de
Produção
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Anexo 23 - Mapa de
Produção da Fábrica
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Anexo 24 - Mapas das OF´s
Relatório de Estágio 2013/2014
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Fábrica 1
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Fábrica 2
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Fábrica 3
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Anexo 25 - Guias de
Remessa de Sucata
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