Jornalismo cultural

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Jornalismo Cultural

Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes

Jornalismo Cultural

Crises de identidade frequentes a partir da metade

do Século XX.

O Cinema foi o principal veículo de arte de massa,

influente nos anos 20, 30 e 40.

Democratização da TV a partir dos anos 50.

Produção de obras culturais em escala influenciou

os hábitos e valores de todas as classes.

Jornalismo Cultural

As revistas culturais se multiplicaram a partir dos

anos 20.

Seções culturais se tornaram obrigatórias na

grande imprensa diárias e semanal a partir dos

anos 50.

Ampliação da Indústria cultural.

Indústria Cultural

Complexo de produções de entretenimento e lazer

feitas para o consumo em larga escala.

Fruto do sistema capitalista e, como tal, porta-voz da

ideologia burguesa, serviria para inculcar nos

trabalhadores os valores da classe dominante

(Horkheimer/Adorno).

Indústria Cultural

Arte de consumo:

A arte em tempos industriais perdeu sua

“aura”, tornando-se produto para

consumo, consolo instantâneo, não mais

para reflexão (Walter Benjamin).

Há obras de arte feitas para o grande

público que têm qualidades.

Papel do Jornalismo Cultural

Observar o mercado cultural sem preconceitos

ideológicos, sem parcialidade política.

Selecionar, editar, hierarquizar, comentar e analisar.

Influir sobre os critérios de escolha dos leitores e

fornecer elementos e argumentos para sua opinião.

Dever do senso crítico, da avaliação de cada obra

cultural e das tendências que o mercado valoriza

por seus interesses.

Elitismo x Populismo

Cultura: signo e valores.

Cada publicação de imprensa tem um público-alvo e

deve se concentrar em falar com ele, sem abrir mão

de tentar contribuir com sua formação, com a melhora

de seu repertório.

Risco de banalização – perda de público qualificado.

Formadores de opinião.

Elitismo x Populismo

Argumentação do sucesso: “se uma coisa faz sucesso, é

porque é boa”.

O que é boa? Qualidade intrínsecas, que não dependem

de modismo?

Filtro jornalístico – condescendência crítica.

Critério de seleção termina baseando-se em motivos

extra-artísticos (emoção, gosto, simpatia, amizade, opção

política, etc.).

Elitismo x Populismo

Cinema hollywoodiano – qualidade artística.

“Cabeça aberta” – sem preconceito.

Submissão ao cronograma de eventos

(lançamentos).

Há pouca repercussão sobre a aceitação do

público.

Jornalismo Cultural

Esnobes X populistas.

Cadernos diários X suplementos semanais.

Diferença de tom e abordagem entre os dois tipos

de caderno.

Aprofundamento X superficialidade.

Jornalismo Cultural

Tratamento diferenciado de temas (personalidades).

Temas ditos eruditos podem ser tratados com leveza,

sem populismo.

Temas ditos de entretenimento podem ser tratados

com sutileza, sem elitismo.

Suplementos semanais podem manter a densidade

crítica, cadernos diários o inverso.

Jornalismo Cultural

Cadernos culturais tem acompanhado a segmentação

do mercado, tribalização ou guetização.

A diversidade é um fator cultural e socialmente

positivo.

Erudito e popular.

Espaço para outros temas (moda, gastronomia, design

etc.)

Jornalismo Cultural

Nacional X internacional:

Critério de proximidade

Formação

Informação

Depende do público-alvo

Crítica ao serviço de roteiro.

Jornalismo Cultural

Três males:

Excessivo atrelamento à agenda.

Tamanho e qualidade dos textos.

Marginalização da crítica e baseada no achismo, no palpite.

Ampliar repertório cultural.

Seção Cultural

Pesquisas: Depois da primeira página é a primeira ou

a segunda mais lida.

Espaço de sedução do leitor.

Espaço de diversidade e pluralidade.

Jornalistas com recursos literários e preparo intelectual.

Convidar e provocar o leitor.

Referências

PIZA, Daniel. Jornalismo Cultural.

São Paulo: Contexto, 2008.