Post on 03-Dec-2021
MINISTÉRIO DO TURISMO, GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO,
POR MEIO DA SECRETARIA DE CULTURA E ECONOMIA CRIATIVA,
E FUNDAÇÃO OSESP APRESENTAM
JUN
3, 4 e 5
1 O título original do movimento é Szene am Bach, traduzido para o português
como Cena junto ao Riacho. Bach, neste caso, pode ser entendido também
uma referência a Johann Sebastian Bach, mestre da fuga e do contraponto.
FUNDAÇÃO OSESP
PRESIDENTE DE HONRA
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE
PEDRO PULLEN PARENTE
VICE-PRESIDENTE
STEFANO BRIDELLI
CONSELHEIROS
ANA CARLA ABRÃOCÉLIA PARNESENEIDA MONACOHELIO MATTARJAYME GARFINKELLUIZ LARA MARCELO KAYATHMARIO ENGLERMÔNICA WALDVOGELPAULO CEZAR ARAGÃOPÉRSIO ARIDASERGIO SUCHODOLSKITATYANA VASCONCELOS
ARAUJO DE FREITAS
DIRETOR EXECUTIVO
MARCELO LOPES
DIRETOR ARTÍSTICO
ARTHUR NESTROVSKI
SUPERINTENDENTE
FAUSTO A. MARCUCCI ARRUDA
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO
GOVERNADOR
JOÃO DORIA
VICE-GOVERNADOR
RODRIGO GARCIA
SECRETARIA DE CULTURAE ECONOMIA CRIATIVA DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETÁRIO
SERGIO SÁ LEITÃO SECRETÁRIA EXECUTIVA
CLÁUDIA PEDROZO
osesp.art.br
salasaopaulo.art.br
fundacao-osesp.art.br
/osesp
/osesp
Secretaria deCultura e Economia Criativa
REALIZAÇÃO
TEMPORADA OSESP 2021CONCERTOS SINFÔNICOS
3.6 quinta 20H
4.6 sexta 20H
5.6 sábado 16H30
ORQUESTRA JOVEM DO ESTADO DE SÃO PAULO CLÁUDIO CRUZ regente
BANDA MANTIQUEIRA
LUDWIG VAN BEETHOVEN [1770-1827]
Sinfonia nº 6 em Fá Maior, Op. 68 - Pastoral [1804-08]
1. DESPERTAR DE SENTIMENTOS FELIZES NA CHEGADA
AO CAMPO (ALLEGRO MA NON TROPPO)
2. CENA JUNTO AO RIACHO (ANDANTE MOLTO MOTO)
3. ALEGRE REUNIÃO DE CAMPONESES (ALLEGRO)
4. TEMPESTADE (ALLEGRO)
5. CANÇÃO DO PASTOR: SENTIMENTOS ALEGRES
E GRATOS APÓS A TEMPESTADE (ALLEGRETTO)
39 MIN
NAILOR PROVETA [1961]
Sinfonieta Pastoral Terra Brasilis [2019-20] [ENCOMENDA]
[ESTREIA MUNDIAL]
I. DESPERTAR DE SENTIMENTOS PACÍFICOS DAS MATAS
II. NOSSOS RIOS
III. DANÇAS
IV. TEMPESTADE
V. NOSSOS CANTOS
24 MIN
Sinfonia nº 6, Op. 68 – Pastoral
por Cláudio Cruz em entrevista exclusiva
Este programa reunindo a Orquestra Jovem do Estado e a Banda Mantiqueira foi pensado em um mundo pré-pandemia, para a celebração dos 250 anos de Beethoven em 2020. De que forma vocês se adaptaram para tocá-la? Como tem sido os ensaios e abordagem da obra com os jovens músicos da Ojesp?
O convite para a Orquestra Jovem participar da
Temporada oficial da Osesp aconteceu há bastante tempo
— na verdade, era para esses concertos terem acontecido
ano passado, dentro das homenagens a Beethoven. Esse
convite nos honra muito, não só pela grandiosidade e
importância da Osesp, do seu público na cidade de São
Paulo, mas porque eu também fui spalla da Orquestra por
24 anos. Então é uma história muito grande, de respeito,
admiração e também de carinho, pois a considero parte da
minha vida.
Tocar a Sinfonia Pastoral é importantíssimo para os jovens,
assim, nossa expectativa para esse concerto, em condições
normais, sem o contexto da pandemia, era participar
praticamente com a Orquestra completa. Mesmo quando
tocamos peças do período Clássico, quando geralmente
se reduz o grupo, na Ojesp, eu nem sempre o faço, para
que todos os músicos possam usufruir e aprender com
o programa. Agora, no entanto, tivemos que reduzir
praticamente pela metade, para que pudéssemos ter
o distanciamento necessário no palco. O que consta na
partitura precisa ser respeitado: no que está em madeiras,
metais, todos os sopros..., mas nas cordas nós fizemos
uma grande redução.
De qualquer forma, é uma Sinfonia maravilhosa, e nós nos
preparamos muito antes. Os jovens recebem as partituras
com todas as arcadas marcadas, todas as articulações
definidas. Além disso, a Orquestra é muito coesa, e este
grupo que vai tocar hoje é o nosso grupo principal, com
todos os seus chefes de naipe.
Poderia contar para o nosso público um pouco sobre a Pastoral? O que ela significa dentro do projeto sinfônico de Beethoven? Onde “mora” a beleza dessa obra?
A Pastoral é realmente muito única quando se pensa
nas Sinfonias de Beethoven — e ele trouxe uma força
impressionante, um grande poder para todas elas. Sempre
tem um impacto inicial, e, às vezes, até nas Sinfonias que
se iniciam com uma introdução, é uma introdução que
antecede algo impactante e que causa grande expectativa.
No caso da Pastoral, ela já começa com uma canção, uma
linha melódica que nos traz muita paz, tranquilidade –
apesar de não ser em um andamento necessariamente
lento –, e já começa cheio de beleza, nos remetendo a uma
paisagem. Trata-se de algo conectado com a natureza.
No Andante que segue, ele coloca um movimento contínuo
de águas nas cordas. Com certeza se trata de uma
referência a Bach1: um riacho que se contrapõe a uma
canção lindíssima e extensa, que nos dá essa sensação
de estarmos visitando uma paisagem com belo riacho.
Beethoven incluiu também na partitura a menção a três
pássaros: a flauta representa o rouxinol; o oboé simboliza
a cordoniz; os dois clarinetes remetem ao cuco.
O terceiro movimento é um scherzo, que traz para o
centro da Sinfonia um sentimento mais inquieto, sem a
tranquilidade de antes. Ele fica se intercalando entre esse
scherzo, que é algo divertido, uma espécie de brincadeira,
com algo muito mais sério, um motivo bastante forte,
dramático. É um contraponto muito interessante.
No quarto movimento vem a tempestade! Um momento
quando os trombones se juntam à orquestra e, inclusive, os
violoncelos e os contrabaixos têm muitas notas para tocar.
A sensação que nos dá é a de realmente estarmos em meio
a uma tempestade. Como manda a lei da natureza, ela
é seguida pela calmaria. É nessa hora que vem um tema
de caráter pastoril, sendo possível visualizar mentalmente
essa paisagem desenhada por Beethoven: de campos, do
pastor e suas ovelhas...
É uma Sinfonia que não termina de maneira grandiosa. Ela
se encerra ainda dentro desse ambiente pastoril e deixa
uma espécie de interrogação no final. Após toda essa
viagem escutando a Sinfonia inteira, nós provavelmente
sairemos do concerto com uma sensação de leveza. Então,
é uma Sinfonia quase que transformadora, ela consegue
realmente nos deixar em um estado de espírito elevado.
Essa não é uma Sinfonia exatamente simples, tecnicamente,
mas a principal dificuldade dela reside na interpretação,
na compreensão desse texto e dessa fantasia musical. Em
geral, eu sou bastante objetivo nas minhas colocações,
mas na Pastoral as questões são, realmente, subjetivas.
Cláudio Cruz, regente
Sinfonieta Pastoral Terra Brasilis por Proveta
A composição da Sinfonieta Pastoral Terra Brasilis levou um
ano e meio, e, por conta da pandemia, a estreia mundial
precisou ser adiada – ela aconteceria em março de 2020.
A vontade de expressar o melhor em meio a essa situação
nos desafiou a encontrarmos novos caminhos para a
Mantiqueira. Assim, junto à história dos 30 anos de banda
que completaremos em 2021, contaremos e tocaremos
nossas contribuições com nossa Terra da Cruz de Estrelas.
A brasilidade da Mantiqueira, com nossa ancestralidade
– da África, que traz um forro verde para a sonoridade,
mais o encontro do índio com o europeu – nos apontou o
embrião dessa música, que traz uma memória brasileira
de nossa diversidade,e guiando esse diálogo da Sinfonia
Pastoral do mestre Ludwig van Beethoven com a nossa
Sinfonieta Pastoral Terra Brasilis. É uma Sinfonieta
buscando suas origens, seu sagrado, que também traz as
nossas festas, danças e a linguagem brasileira, que nos
levou à questão musical de como melhorar essa consciência
da importância dessa relação sagrada, pois somos parte
dessa ancestralidade.
Na Pastoral de Beethoven, quando ouvimos o primeiro
movimento (Despertar de Sentimentos Felizes na
Chegada ao Campo), você não tem dúvidas do quanto
somos importantes para apreciar essa natureza, mas,
também, o quanto infelizmente deixamos de fazer parte
dela. Essa é uma questão atual e, para mim, a pandemia
desafiou nossa humanidade. Musicalizando essa temática,
sugeri o quanto, como músicos, somos ligados à natureza
brasileira, e não mais importantes que ela. Todos esses
sentimentos se tornaram diálogos musicais que entraram
em pauta, buscando o equilíbrio entre as melodias e os
solistas da Banda. Um desafio enorme. A música é um
lugar onde podemos exercitar essa consciência. A música é
um estado dessa consciência, e todos os diálogos musicais
buscaram ressonância entre os músicos, que nos desafiam
a entrar em harmonia com uma composição viva.
Para mim é muito importante termos essa experiência
neste momento, quando a Banda Mantiqueira comemora
30 anos de atividades. Não poderia comemorar de uma
forma mais brilhante ou importante. A celebração dos 250
anos de Beethoven chega atrasada, mas ainda há tempo
– sempre é tempo – de fazer essa comemoração ao gênio.
Temos muito orgulho de fazer parte desse tributo. É a
Banda da Mantiqueira que está ganhando esse presente
do Beethoven.
Penso nesta obra como se estivéssemos levando o nosso
prato especial para essa festa. Levamos sabores, cores,
perfumes, danças... Levamos uma história de amigos
[a Banda Mantiqueira] que lutam para que consigam se
manter em amizade, em harmonia. (Inclusive, em uma das
viagens da Banda estivemos na casa de Beethoven, em
Bonn, é impressionante você visitar a casa em que viveu
um fenômeno, ficamos muito felizes. E agora estamos
aqui unindo Beethoven com Mantiqueira!)
Nailor Proveta, compositor
CLÁUDIO CRUZ regente
—
Spalla da Osesp entre 1990 e 2014, Cláudio Cruz atualmente é Regente Titular e
Diretor Musical da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e recentemente foi
também Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de
Janeiro. Já foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e pelos
prêmios Carlos Gomes, Bravo! e Grammy, entre outros. É regente convidado em
diversas orquestras no Brasil, América do Sul, Europa e Japão.
ORQUESTRA JOVEM DO ESTADO DE SÃO PAULO
—
Referência tanto por seu bem-sucedido plano pedagógico, quanto por sua
cuidadosa curadoria artística, a Orquestra Jovem do Estado é sinônimo de
excelência musical no Brasil. Há mais de 40 anos contribui para o aprimoramento
técnico e artístico dos bolsistas que a integram, ajudando-os a se prepararem
para a vida profissional. Sob a direção musical do maestro Cláudio Cruz, o grupo já
tocou nos principais palcos e festivais do Brasil e do mundo, com a participação de
renomados solistas, gravou CDs e recebeu prêmios. Em parceria com a Machado
Mayer Advogados, realiza o Prêmio Ernani de Almeida Machado desde 2012.
BANDA MANTIQUEIRA
—
Formada em 1991 por iniciativa do saxofonista e clarinetista Nailor “Proveta”,
dedica-se prioritariamente à música brasileira. Com arranjos de “Proveta” e Edson
Alves, o grupo já gravou 4 álbuns solo: Aldeia (Pau Brasil, 1996), Bixiga (Pau Brasil,
2000), Terra Amantiquira (Maritaca, 2004) e Com Alma (Selo SESC, 2017), além
de 3 CDs com a Osesp. A Banda Mantiqueira já se apresentou em quase todos os
estados brasileiros e também em Portugal, Estados Unidos, Alemanha, Argentina,
Holanda, Colômbia e Uruguai.
ORQUESTRA JOVEM DO ESTADO DE SÃO PAULO
VIOLINOS
FELIPE BUENO SPALLA DO PROGRAMA
LUCAS ALVARES SPALLA
ALVARO CORDOVA
BARBARA DOMINGOS
CAMILA ZANETTI
CAUÊ RÉGIO
DANIEL RIBEIRO RODR
DAVI COSTA
PHELLIPE ISCUISSATI
FERNANDO SANTIAGO
GABRIEL MECA
GUILHERME MACEDO
GUILHERME PERES*
GUSTAVO PERES
IURY SANTOS
JAIME FEITOSA
LIVIA TATARI
LUCAS SANTOS
LUCAS B. GONCALVES
MATHEUS FERNANDES
MATHEUS CALÓRIO DE MAGALHAES
PATRICIA TEIXEIRA
PEDRO BARROS
POLLYANA SANTANA
RAFAEL SANCHES
RODRIGO MOZART
VERONICA LOPES
VINICIUS ABAD*
VINICIUS L. SANTOS
WELLINGTON SALUSTIAN*
VIOLAS
DAVIDSON NASCIMENTO
FLORENCE SUANA
GIOVANNI MELO
GILVAN CALSOLARI*
LEONARDO MARCHIOLLI
LETICIA CAMARGO
LUAN COSTA SIMPLICIO*
MOISES GABRIEL DIAS
PAULO JUSTINO
VICTORIA LIZ
WASHINGTON COUTO
VIOLONCELOS
AUREA DIOVANA CARLOS*
BIANCA DE SOUZA
BRENO FERREIRA BARONE
GABRIEL RODRIGUES SILVA
JUAN ROGERS*
JHONATA SANTOS
MATEUS MOREIRA
MATHEUS SILVA
RAFA DO CELLI
TAYNA SANTOS
CONTRABAIXOS
ANTONIO CARLOS DOMICANO
ISÁC LIMA
ISRAEL NICOLAS
JOANA IZABELLE
MARCELO RODRIGUES
SAULO ROBERTO DA SILVA MARTINS*
TONY MAGALHAES
FLAUTAS
GRAZIELLA ARAÚJO
LUCAS ANDRADE LACERDA DINIZ
YAGO MARCON
OBOÉS
DERECKSON FELICIANO
KAIO SANTOS
NICOLAS NEMITZ
CLARINETES
RAFAEL CLAUDIO
JOSUÉ RODRIGUES
RAFAEL ESPARRELL
FAGOTES
LEON MANTOVANI
SÉRGIA ROSELY
LIRIS MACHADO
TROMPAS
GUILHERME MERIQUE
EDSON ALVES
GUILHERME CATÃO
WINICIUS W.S.PATRICIO
TROMPETES
KALEBE REQUENA
ALISSON ARAGÃO
LUCAS ESPIRITO SANTO
TROMBONES
KETHIN IASMIN DA SILVA
JOÃO MARCOS
TROMBONE BAIXO
LUÍS VICTOR DE OLIVEIRA
TUBA
MATHEUS SALIDO
TÍMPANO
ANDRESSA DANIELLA
PERCUSSÃO
ANA PAOLA MACHICADO
PAMELA SIMÕES
RENAN LADISLAU
RODRIGO MENDES
PIANO
CARLOS VOGT
HARPA
LUCAS GONZAGA DA SILVA
*CHEFIA DE NAIPE DO PROGRAMA
BANDA MANTIQUEIRA
NAILOR PROVETA SAX ALTO E CLARINETE
UBALDO SAX BARÍTONO E FLAUTA
JOSUÉ DOS SANTOS SAX TENOR E FLAUTA
CÁSSIO FERREIRA SAX TENOR, SOPRANO E FLAUTA
FRANÇOIS DE LIMA TROMBONE DE VÁLVULAS
VALDIR FERREIRA TROMBONE DE VARA
VALBER SANTOS TROMBONE DE VARA
WALMIR GIL TROMPETE E FLUGELHORN
OTÁVIO NESTARES TROMPETE E FLUGELHORN
JOÃO LENHARI TROMPETE E FLUGELHORN
ODÉSIO JERICÓ TROMPETE E FLUGELHORN
NINO NASCIMENTO CONTRABAIXO ACÚSTICO
JARBAS BARBOSA GUITARRA
CELSO DE ALMEIDA BATERIA
CLEBER ALMEIDA PERCUSSÃO
FRED PRINCE PERCUSSÃO