Post on 16-Mar-2016
description
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Para fazer um nu jazz brasileiro, o grupo paulistano Lavoura utiliza linguagens contemporâneas e
da cultura popular, da música tribal e indígena. No caldeirão do quarteto en-tram referências da cultura eletrônica, brasilidades, latinidades e da herança negra, rural e urbana.
Em Photosynthesis, quarto disco de estúdio, o quarteto traz a combustão de todas essas referências sob o prisma da arte, da tecnologia e do faça você mes-mo do século 21. O LP de sete músicas, produzido pelo quarteto formado por Paulo Pires (bateria, programações), Fernando “TRZ” Falcoski (piano elétrico, teclado, synths), Caleb Mascarenhas (synths, programações) e Fabiano Al-cântara (baixo), foi concebido e gravado no ateliê La Tintota, na Barra Funda.
O nome Photosynthesis é uma men-ção ao uso dos sintetizadores para explorar sonoridades “luminosas” e também uma metáfora para a trans-formação da vida.
O disco foi mixado por Pipo Pegoraro, com participação de Thiago Duar (gui-tarra), Caetano Malta (guitarra), Mar-celo Monteiro (flauta), Anderson Queve-do (sax barítono) e Junião (percussão). Todos estes seis músicos pertencem à explosiva cena paulistana de nova músi-ca e esquentaram o laboratório lavou-rístico de raízes interplanetárias.
As faixas de Photosynthesis foram compostas em um período de dois anos, sendo que a mais antiga é a fai-xa homônima do disco, um broken beat ambient que evolui para um deep hou-se progressivo.
As demais músicas surgiram em jam sessions entre 2012 e 2013. Viva Ber-trami!, música de maior brasilidade do disco, é uma homenagem ao tecladista José Roberto Bertrami (1946-2012), do trio Azymuth. Abhay é um dub que parte em direção à música oriental, com manadas de elefantes emergindo do sax de Anderson Quevedo. La Mom-posina, uma cúmbia digital com escala no Pará, com a guitarrada de Caetano Malta, e a percussão cheia de balanço do Junião.
Malakitah é um downtempo com pe-gada eletrojazz, mas com um chorus de improviso que remete ao blaxploita-
tion, com as flautas de Monteiro dando contraponto às batidas sintéticas. Ca-maragibe, por fim, é uma faixa seten-tista old school, em que Thiago Duar faz uma participação que deixa a faixa ainda mais ácida. A música faz uma ponte com o primeiro embrião do La-voura, um projeto instrumental em que o groove reinava, o Muzikalikida.
Criado em Bauru, em 2003, e con-solidado com a atual formação em 2007, hoje os integrantes do grupo estão radicados na capital paulista. Em Photosynthesis, o Lavoura encer-ra um ciclo iniciado com Kosmophonia (2008) e Nu Steps (2011), pesquisan-do novas mutações no DNA da música brasileira.
contato
sites
ExpoEntE do nu-jazz brasilEiro, lavoura lança photosynthEsis
novo disco do quarteto paulista explora sonoridades sintéticas e soa como trilha para cosmonautas interiores
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Capa do novo álbum do Lavoura, assinada pelo baterista Paulo Pires
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live
Alguns momentos do processo de gravação do álbum Photosynthesis, que teve colaboração e participação de diversos músicos da cena independente paulistana, e que passou por diferentes estúdios da capital, La Tintota, Parquinho, Samacô Records e Estudio 185
o EspEtáculo hipErsEnsorial photosynthEsis
Em sua trajetória de 11 anos, o La-voura sempre estabeleceu diálogos com artistas de outros segmentos.
Atualmente, desenvolve parcerias com os cenógrafos do La Tintota, o argentino Leo-nardo Ceolin e o mineiro de Conceição do Mato Dentro Flávio Lima. Os VJs da turnê Photosynthesis são o artista visual vene-zuelano Carlos Pedreañez, que realizou trabalhos com Pitty e Marcelo Jeneci e o diretor e videomaker Daniel Todeschi, de Pitty, Jeneci, Erasmo Carlos e Rita Lee.
Neste espetáculo, desenvolvido por meio de pesquisas no campo da arte, tec-nologia, música, artes visuais, projeções de video mapping e instalações site speci-fic, o Lavoura e seus parceiros pretendem provocar uma experiência hipersensorial para a plateia. O ponto central é levantar
a discussão e contribuir para a constru-ção de realidade digital com característi-cas brasileiras e latino-americanas.
Mestiça por natureza, a música do La-voura nasceu da dialética entre cultura popular e do remix, avançou pelo caminho das fusões e mestiçagens do Atlântico Negro, na teoria do sociólogo inglês Paul Gilroy, em que a cultura negra, do samba ao tecno, são ramificações de uma mes-ma matriz, e também do filme Atlântico Negro, na Rota dos Orixás, de Pierre Ver-ger, até chegar em uma síntese propícia para constituir o que a banda classifica como fluxos cinemáticos e psicogeogra-fias sonoras. Dois conceitos chaves do grupo que sempre buscou produzir uma música que fosse trilha sonora para via-gens de cosmonautas interiores.
Imagens imersivas são projetadas em cenografia mapeadas durante o live do grupo, criadas por VJs
e cenógrafos do Atelier La Tintota
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bio
Desde o final dos anos 90, o produtor Fernando TRZ, o baixista Fabiano IB e o ba-
terista Paulo Pires tocam juntos na banda Mercado de Peixe. No período em que os três moraram em Bauru, criaram a banda de avant-groove Muzikalíkida. Em 2003, IB e TRZ co-meçaram a assinar suas produções como Lavoura Eletro, nome que já haviam usado para batizar uma fes-ta, em referência ao romance Lavou-ra Arcaica, de Raduan Nassar. Sam-pleando e mixando gêneros como samba, house, dub, hip hop, afrobeat, IDM, cultura popular e drum’n’bass, começaram a chamar atenção e foram convidados para apresenta-ções em raves e clubes do interior e da capital.
O outro integrante, Caleb Mascare-nhas, esteve envolvido em projetos de rock (Amnésia), surf-music (The Dead Rocks) e eletrônica experimental (Di-álogos Libertinos, Os Árvores e AE).
Com a entrada dele e de Paulo Pires, o grupo definiu sua sonoridade com re-ferências de funk setentista, hip hop, dub, eletrojazz e brokenbeats.
O grupo já passou por diversas uni-dades do SESC apresentando-se ao vivo e ministrando oficinas de músi-ca eletrônica. Em 2008, emplacou o Projeto PHUSION, um festival itine-rante, patrocinado pelo Centro Cul-tural Banco do Brasil e pelo MinC, e que teve sua primeira edição no Rio de Janeiro em 2008 e, em 2009, em São Paulo. O projeto contou com shows e jams de artistas como Mar-cos Valle, Cibelle, Azymuth, Pagode
Jazz Sardinha´s Club, DJ Tudo, DJ Tahira, SambaJazz Trio, Trio 3-63 e Trio Curupira.
Além de Photosynthesis, o quar-teto já lançou três álbuns, “Nu Steps”(2011), Kosmophonia (2008) e Raízes Aéreas(2004).
Os integrantes também produzem muita “e-music” com o suporte da in-ternet, com parcerias de artistas do mundo todo e também em suas ofici-nas de música digital que costumam ministrar. Diversas faixas estão dis-poníveis para download e são abertas para remix e outras colaborações, pela licença Creative Commons.
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da sEiva ao fruto
Caleb Mascarenhas, Fabiano Alcântara, Paulo Pires e Fernando TRZ; parceria que se iniciou no interior de SP, no início dos anos noventa
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Clipping
ANÚNCIO SESC / FOLHA ILUSTRADASETEMBRO / 2013
SITE INSTRUMENTAL SESC BRASILhttp://instrumentalsescbrasil.org.br/artistas/lavoura
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PROJETO DJ RESIDENTE / MAM-SPAGOSTO / 2012
PROJETO CEDO E SENTADO STUDIO SP VILA MADALENA AGOSTO / 2012
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CCBB - CENTRO CULTURAL BANCO DO BRASIL, SPFESTIVAL PHUSION SPMAIO/2009
TRAMA VIRTUALNOV/2008
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SESC ARARAQUARA, SPPROJETO CENA INDIELIVE + OFICINA CREATIVE COMMONS MIXTERDEZ/2008
SESC SÃO CARLOS, SP
LIVE + OFICINA CREATIVE COMMONS MIXTER
MARÇO/2008
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Clipping
FILE ( FESTIVAL INTERNACIONAL DE LINGUAGEM ELETRÔNICA ) MOSTRA HIPERSÔNICASÃO PAULO 2005
CCBBCENTRO CULTURAL BANCO DO BRASILRIO DE JANEIROJUL/2008
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P R O D U Ç Ã O
C a l e b M a s c a r e n h a s
c a l e b m l @ g m a i l . c o m
+ 5 5 1 1 9 9 7 7 6 0 0 1 7
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s k y p e : c a l e b . s a p r a
l a v o u r a . a r t . b rf a c e b o o k . c o m / l a v o u r a
t w i t t e r : @ l a v o u r a
I M P R E N S A
F a b i a n o A l c â n t a r a
f a b i a n o a l c a n t a r a f @ g m a i l . c o m
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