Post on 06-Jul-2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
UNIDADECENTRO DE SAÚDE DE TECNOLOGIA RURAL
ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLOGICAS
DISCIPLINA: PARASITOLOGIA
PROFESSOR: EDNALDO QUEIROGA
ALUNAS: CLAUDENICE ARRUDA
BRUNA CARVALHO LEITE
Introdução
• A leishmaniose é uma doença de caráter crônico, muitas vezes
deformante;
• Pode ser classificada em dois principais tipos : Leishmaniose
Tegumentar Americana e a Leishmaniose Visceral Americana;
• Zoonose associada à degradação ambiental, encontra-se em
expansão no Brasil;
• Ocorre de forma endêmica no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e
Sudeste.
Classificação Biológica:
Reino: Animalia
Filo: Sarcomastigophora
Classe: Zoomastigophorea
Ordem: Kinetoplastida
Família: Trypanosomatidae
Gêneros: Leishmania
Subgênero: Viannia
• Leishmania (V) guyanensis (Floch, 1954): ocorre na parte da
América do Sul, restrita à Bacia Amazônica;
• Leishmania (V) panamensis (Lainson & Shaw, 1972): ocorre na
América Central e Costa Pacífica da América do Sul;
• Leishmania (V) lainsoni (Silveira e Cols, 1987): ocorre no norte do
Estado do Pará, na Região Amazônica do Brasil;
Leishmania ocorrentes no Brasil
Leishmania ocorrentes no Brasil
•Leishmania (L) amazonensis (Lainson & Shaw, 1972): ocorre desde
a América Central até o norte, nordeste e sudeste da América do Sul;
•Leishmania(L)chagasi (Cunha & Chagas, 1937): ocorre do México
ao norte da Argentina, com predomínio no nordeste brasileiro.
Formas evolutivas:
• Amastigota
Oval ou esférica, sem flagelo livre.
• Promastigota
Citossomo longo, presença de flagelo livre.
Amastigota
Promastigota
Leishmaniose Tegumentar Americana
– LTA (mucosa, pele e cartilagens)
• Agente causador: Sp. do gênero Leishmania (L. brasiliensis, L.
guyanensis, L. amazonensis e L. lainsoni, no Brasil)
• Período de incubação: Varia de 2 semanas a 3 meses.
Transmissão
A doença é transmitida por insetos
flebotomíneos (Phlebotomus sp.,
Lutzomyia sp.) que inoculam
promastigotas metacíclicos durante o
repasto sanguíneo.
No Brasil: gênero Lutzomya
(mosquito palha, cangalhinha ou
birigui) Phlebotomus sp.
Transmissão:
Os hospedeiros vertebrados são:
• Roedores (Edentados): tatu, tamanduá e preguiça;
• Marsupiais: gambá;
• Canídeos;
• Primatas;
Ciclo de vida do vetor de transmissão:
Ciclo evolutivo (heteroxênico):
Diagnóstico laboratorial:
• Exame parasitológico de sangue (gota-espessa ou esfregaço
delgado), inócuo em animais, cultura do parasita ou métodos
sorológicos.
Tratamento:
• Glucantine intramuscular, Anfotericina B e imunoterapia.
Profilaxia:
• Evitar as picadas de insetos: uso de repelentes e telas de
mosquiteiros;
• Combate ao vetor, moradias distantes da mata (pelo menos
500m)
• Vacina.
Leishmaniose Visceral Americana
• É doença infecto contagiosa que pode ser classificada como
zoonose, pelo fato de ser transmissível dos animais ao homem e
vice-versa. Uma zoonose caracterizada como doença de caráter
eminentemente rural.
Agente etiológico:
Protozoários
tripanosomatídeos do
gênero Leishmania, parasita
intracelular obrigatório.
• Reservatórios: cão (Canis familiaris), raposas (Dusicyon
vetulus e Cerdocyon thous) e os marsupiais (Didelphis
albiventris).
• Vetores: Lutzomyia longipalpis : espécie transmissora .
Lutzomyia longipalpis
Transmissão
• Picada dos vetores : L. longipalpis – infectado pela
Leishmania (L.) chagasi.
• A transmissão ocorre enquanto houver o parasitismo na pele
ou no sangue periférico do hospedeiro.
• Período de incubação
• No homem, é de 10 dias a 24 meses,com média entre 2 a 6
meses;
• No cão, varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7
meses.
Ciclo biológico
• Sintomas:
Febre de longa duração, perda
de peso, astenia, adinamia e anemia,
dentre outras manifestações. Quando
não tratada, pode evoluir para óbito
em mais de 90% dos casos.
Diagnóstico laboratorial:
• O diagnóstico laboratorial, na rede básica de saúde, baseia-se
principalmente em exames imunológicos e parasitológicos.
Tratamento:
• Antimonial pentavalente e a anfotericina B.
Profilaxia:
• Tratamento de todos os casos humanos;
• Eliminação dos cães infectados;
• Combate ao vetor;
• Uso de repelentes telas de mosquiteiros;
• Vacinação;
Quadros clínicos:
• Leishmaniose cutânea: úlceras
únicas e simples. A principal
forma é denominada “úlcera-de-
Bauru” (L. brasiliensis);
• Apresenta lesões primárias
únicas ou em pequeno número,
de grandes dimensões, com
úlceras em forma de cratera.
Leishmaniose cutâneo-mucosa:
• Conhecida como espúdia e nariz de tapir ou de anta (L.
brasiliensis):
• Apresenta lesões destrutivas secundárias envolvendo mucosas
e cartilagens. Acomete o nariz, faringe, boca e laringe. O
primeiro sinal de comprometimento é o eritema (vermelhidão),
seguido de coriza constante e posterior processo ulcerativo,
que pode atingir a boca e se propagar pela face.
• As complicações respiratórias podem levar a óbito.
Antes do tratamento Após o tratamento
Leishmaniose cutânea difusa:
• Lesões difusas não ulceradas por toda a pele, particularmente
extremidades e outras partes expostas com numerosas
erupções papulares e nodulares não ulceradas.
• Está muito relacionada com a deficiência imunológica do
paciente. cutânea. Depois do tratamento, ficam as cicatrizes
características, depressão tecidual e fibrose.
Obrigada!