Post on 27-Nov-2018
Aula 3.1Conteúdo
• Linguagem poética: conceitos e características dos elementos literários
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CONTEÚDOS E HABILIDADES
Funções da linguagemReferencial (denotativa): informarEmotiva (expressiva): sentimentosApelativa (conativa): influenciar
autoajuda bilhete carta
diário discurso notícia publicidade relatório tabela
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REVISÃO
FanatismoMinh’alma, de sonhar-te, anda perdida. Meus olhos andam cegos de te ver! Não és sequer razão do meu viver, Pois que tu és já toda a minha vida! Não vejo nada assim enlouquecida... Passo no mundo, meu Amor, a ler No misterioso livro do teu ser A mesma história tantas vezes lida!
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AULA
EuEu sou a que no mundo anda perdida, Eu sou a que na vida não tem norte, Sou a irmã do sonho, e desta sorte Sou a crucificada... a dolorida...Sou aquela que passa e ninguém vê... Sou a que chamam triste sem o ser... Sou a que chora sem saber porquê...
Florbela Espanca
Linguagem poéticaMuito da força, da beleza de um poema, está nas imagens que o poeta cria. Usando as palavras, na construção dos versos e estrofes, vai se mostrando a capacidade do poeta de traduzir, transformar em imagens suas ideias e sentimentos.
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AULA
A Valsa (Casimiro de Abreu)Tu, ontem,Na dançaQue cansa,VoavasCo’as facesEm rosasFormosasDe vivo,
LascivoCarmim;Na valsaTão falsa,Corrias,Fugias,Ardente,Contente,
Tranquila,Serena,Sem penaDe mim!
Quem deraQue sintasAs dores
De amoresQue loucoSenti!Quem deraQue sintas!...— Não negues,Não mintas...— Eu vi!...
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AULA
Linguagem poéticaA poesia não é mais do que uma brincadeira com as palavras. Nessa brincadeira, cada palavra pode e deve significar mais de uma coisa ao mesmo tempo: isso aí é também isso ali. Toda poesia tem que ter uma surpresa se não tiver, não é poesia: é papo furado.
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AULA
Soneto Sai a passeio, mal o dia nasce, Bela, nas simples roupas vaporosas; E mostra às rosas do jardim as rosas Frescas e puras que possui na face. Passa. E todo o jardim, por que ela passe, Atavia-se. Há falas misteriosas Pelas moitas, saudando-a respeitosas... É como se uma sílfide passasse!
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AULA
Soneto E a luz cerca-a, beijando-a. O vento é um choro... Curvam-se as flores trêmulas... O bando Das aves todas vem saudá-la em coro… E ela vai, dando ao sol o rosto brando, Às aves dando o olhar, ao vento o louro Cabelo, e às flores os sorrisos dando...
Olavo Bilac
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AULA
Linguagem poética Portanto, para se fazer a leitura de um poema é necessário aguçar a sensibilidade para o “estranhamento” provocado na leitura do poema, além de ser preciso o incentivo para que o leitor consiga absorver a singularidade da linguagem inserida no poema. O poeta pode se apropriar de palavras, formas, elementos do cotidiano e utilizá-los de maneira poética.
Fernanda Rafaela dos Santos e Maria Analiete de Sá.
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AULA
No meio do caminho tinha uma pedraNo meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra. 16
DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
Gastei uma hora pensando um verso
Gastei uma hora pensando um verso que a pena não quer escrever. No entanto ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está cá dentro e não quer sair. Mas a poesia deste momento inunda minha vida inteira.
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DINÂMICA LOCAL INTERATIVA
Carlos Drummond de Andrade
O poeta ainda trata da questão da existência, do individualismo e do fazer poético. Em uma fase mais social, apresenta versos que mostram solidariedade e desejo de transformação. Drummond viveu em um período marcado pela Guerra Fria. A incerteza da época pode ser percebida em sua obra, o eu lírico se mostra sem esperança e impotente diante de certas situações.
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INTERATIVIDADE