Livro fotográfico "Fernando, uma vida talhada em arte', autoria de Paula Freitas e Pedro Cotrim

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por paula freitas e pedro cotrim

Fernando, uma vida talhada em arteEste projeto participa do Programa de Apoio à Pesquisa Científica - PAPEC, do Unifae

ReitorProf. Valdemir Samonetto

Vice-ReitorProf. Luiz Antonio de Souza

Pró-reitor de Pós Graduação e PesquisaProf. Sérgio Venício Dragão

Pró-reitor de Extensão e Assuntos ComunitáriosProf. Danilo Vicentini

Pró-reitora de GraduaçãoProf.ª Carmen Beatriz Fabriani

Secretária GeralCélia Aparecida Motin

Coordenador do Curso de Comunicação Social - JornalismoProf. Camilo de Assis Barbosa

Coordenador do Curso de Comunicação Social - Propaganda e PublicidadeProf. Gleber Paula

Projeto Retratos de São João -OrientadorProf. Nilton Joaquim Queiroz

PesquisadoresPaula Conti de Oliveira Freitas

Pedro Quinto Cotrim

o projetoa ideia do trabalho é prestigiar a vivacidade presente nas obras de FernandoFurlanetto, contrapondo-as com o local de sua exposição: o Cemitério Municipal deSão João da Boa Vista. Aqui, referimo-nos apenas às obras deste local.

as obras de Furlanetto, embora tragam como tema indivíduos já falecidos, possuem,em sua composição, traços intensos de pessoas viventes. A exemplo disso, temos ointrigante olhar pertencente à escultura denominada 'Menino da Chupeta'.

podemos então afirmar que a genialidade e, extrema sensibilidade desse fabulosoartista sanjoanense, seja dar à morte a graça da vida, acrescentando assim, às suasobras, tom transcendentalista e de imortalidade.

ilustrado por versos do poeta Augusto dos Anjos, também é valorizada no trabalho, aquestão fatídica da decomposição física que aguarda a tudo o que é vivo. O que aquiaplica-se como diferencial é o olhar, tão peculiar, do artista em relação ao tema.

desta forma, pretendemos também elucidar a possibilidade da presença do 'belo' (oupelo menos de sua forma estética mais tradicional de expressão) e da 'vida' emqualquer local, situação ou momento.

adaptação biográfica baseada em artigo do historiador e professorAntônio Carlos Lorette.

o escultor Fernando Furlanetto nasceu no dia 5 de marçode 1897, um ano após seu pai, o italiano AntonioFurlanetto, instalar a primeira marmoraria em São Joãoda Boa Vista. Em 1911, com apenas 14 anos, partiu para aItália, a fim de estudar no Instituto de Belas Artes dePietrasanta. Durante oito anos, aprendeu a arte deesculpir com os mais famosos professores da época, elogo suplantou em técnica e arte os próprios italianosnatos, conquistando o prêmio máximo do Instituto - aMedalha de Prata.

considerava como sua obra prima o momumentofunerário de Dina e Angelina de Oliveira Bueno - 'Afilha chamando a mãe', subindo os degraus do céu;além das impressionantes obras 'Caridade', produzidapara o jazigo da família do Cel. Joaquim Cândido deOliveira, e 'Pietà', para o túmulo de José Pedro deOliveira, incluindo monumental capela funerária doCel. Christiano Osório de Oliveira.

agradecimentos

agradecemos aos que, de alguma forma, fizeram parte desteprojeto, destacando o grande artista, a quem prestamos

homenagem neste livro.agradecemos também ao orientador do trabalho, o professor

Nilton Joaquim Queiroz, por nos mostrar a importância dasimagens e principalmente, a mágica da fotografia.

finalmente, agradecemos ao Centro Universitário, que nospossibilitou a realização deste livro, através do Projeto de Extensão

'Retratos de São João'.

De onde ella vem?! De que materia brutaVem essa luz que sobre as nebulosasCae de incógnitas cryptas mysteriosasComo as estalactites duma gruta?!

Vem da psychogenética e alta lutaDo feixe de moléculas nervosas,Que, em desintegrações maravilhosas,Delibera, e, depois, quer e executa!

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!O amor na Humanidade é uma mentira.É. E é por isto que a minha lyraDe amores futeis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amal-o?!Quando, se o amor que a Humanidade inspiraÉ o amor do sybarita e da hetaïra,De Messalina e de Sardanapálo?!

Como ama o homemadúltero o adulterioE o ébrio a garrafatóxica de rhum,Amo o coveiro - esteladrão commum,Que arrasta a gentepara o cemiterio!

É o transcendentalissimomysterio!É o nous, é o pneuma, é oego sum qui sum,É a morte, é essedamnado numero UmQue matou Christo e quematou Tiberio!

Produção fotográfica realizada a partir das obras doescultor Fernando Furlanetto, localizadas no Cemitério

Municipal de São João da Boa Vista - SP

Versos extraídos do livro 'Eu e outras poesias', deAugusto dos Anjos.