LÍNGUA EJA PROF.ª SHEILA RODRIGUES PORTUGUESA...1. Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um...

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PROF.ª SHEILA RODRIGUES

PROF.ª RISONILDE ARAÚJO5.ªEJA FASE

LÍNGUAPORTUGUESA

Unidade IVCiências - O homem na construção do conhecimento

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Aula 38.1ConteúdoVariação fonética-fonológica, sintática, semântica e lexical.

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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HabilidadeIdentificar os tipos de variação fonética-fonológica que ocorrem em função dos falantes ou dos usos da linguagem.

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Tipo textual dissertativo

Estrutura do texto dissertativo

• Introdução (Tópico frasal)

• Desenvolvimento (argumentos 1, 2, 3,...)

• Conclusão (Síntese, fechamento das ideias).

REVISÃO

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Gênero textual: Texto de opiniãoCidadania, direito de ter direitos

Cidadania é o direito de ter uma ideia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. [...] Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento está o respeito à coisa pública.

DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de papel. São Paulo: Ed. Ática, 1998.

REVISÃO

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Desafio do dia

DESAFIO DO DIA

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De acordo com o vídeo, o que você notou de diferente na linguagem falada pelos personagens?

DESAFIO DO DIA

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Variação fonético-fonológica

A variação é um fenômeno característico das línguas. A língua está sujeita à ocorrência de formas diferentes consoante a época, o lugar, o grupo social ou o contexto situacional. Essas variações podem ser de natureza:

AULA

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• Fonético-fonológico (Troca de letras) Exemplos: Telha = teia;Blusa = brusa;Você = ocê, cê; Olha = oia;Problema = poblema, pobrema.

AULA

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Variação fonético-fonológica

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• Lexical (variante regional)Exemplos:Guri = menino; Curumim = menino;

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Abóbora = jerimum;

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Mina = menina;

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Dindim = sacolé, sacolito.

AraraquaraAmazonas

SacoléDindim

Parintins

Sacolito

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• Morfológico (pronúncias trocadas) Exemplo: Mainha = mãezinha; Calorzão = calorão;Molequinho = molecote; Saudade = sodade.

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• Sintático (erro de concordância) Exemplo:A gente vai, a gente vamos = nós vamos; Eu a vi = eu vi ela; A situação não vareia = A situação não varia.

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Observe outros exemplos:1. Casos de nasalização e desnasalização

I = I(n)legal / I(n)greja / (In)lusão / (In)lustre. E = (in)logio / (in)leição / (ins)treito. EM = (im)prego / (im)baraço / (in)sinar / (in)cubação.

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ÃOBênça = bênç(ão) Sóto = sot(ão) Órfa = (ão)/ Órgo = órg(ão) Estêvo = Estev(ão).

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Processos fonológicos consonantais

R / L ficam subtraídos no final da palavra: R/L = lugá(r) / corrê(r) / alugué(l) / papé(l) / cantá (r) / vê(r)

L trocado por R: armoço / discurpe / sordado / frô / pranta / prano.

AULA

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Leia o texto abaixo. Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do que se imagina.Têm uns tês doces, quase um the; já nós, ásperos

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sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os terminais em al ou el – carnavau, Raqueu… Já os paraibanos trocam o l pelo r. José Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer.

Queiroz, R. O Estado de São Paulo. 9 maio 1998 (fragmento adaptado).

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1. Raquel de Queiroz comenta, em seu texto, um tipo de variação linguística que se percebe no falar de pessoas de diferentes regiões. As características regionais exploradas no texto manifestam-se

a) na fonologia.b) no uso do léxico.c) no grau de formalidade.d) na organização sintática.e) na estruturação morfológica.

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Variação fonético-fonológica

A variação é um fenômeno característico das línguas. A língua está sujeita à ocorrência de formas diferentes consoante a época, o lugar, o grupo social ou o contexto situacional. Essas variações podem ser de natureza fonética, morfológica, sintática ou outra. As formas diferentes utilizadas para designar a mesma realidade estão em oposição.

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Existe uma relação de oposição entre dois fonemas ou duas palavras usadas em alternativa num local ou noutro, por uma pessoa ou outra, etc.

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Link Interativo: Sotaques Brasileiros

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Supressão de letras

PropLiedade

supeRtição jorná / só (em vez de jornal e sol) tamém(b) correno (d) / quano (d)

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S internamente soa X =

ceXto / caXta / eXtar B em vez de V bassôra / berruga / barrer Na língua do povo, todas as palavras terminam em vogal(exceto no plural de determinantes) = os home / duas cadêra / aquelas coisa.

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Processos fonológicos vocálicos

Ditongo AI torna-se EI = rEIva / REImundo / trEIção Supressão de semivogal (I): caxa / paxão / mantêga / bêjo / quêjo / fêjão / pôco; Au e Eu = Ó: Orora / Ómentá (r) / Oropa / Osebo (Eusebio)

EM no final = I átono = vágI / corágI / virgI / hômI / ontI

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Átonos, monotongação: cai a semivogal = paciença / negoço / puliça

IO e IA átonos finais palatalizam-se = mobiLHa / AntoNHo / famiLHa.

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Dissimilação do LH = mio/ fio/ atrapaiá(r)/ teia Ditongação – (S) ou (Z) finais = rapa(I)z / pa(I)z / está(I)s;

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O reduz-se a U no final = fechadU / riU (o) / pombU (E) átono pré-tônico = (I): p(i)dir / sinhô / tisora.

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Exemplo: Asa Branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira -1949) Quando "oiei" a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu "preguntei" a Deus do céu, ai, Por que tamanha judiação Que braseiro, que “fornaia” Nem um pé de "prantação" Por “farta” d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão “Inté” mesmo a asa branca Bateu asas do sertão "Entonce" eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu coração Hoje longe “muitas légua” Numa triste solidão Espero a chuva "caí” de novo “Pra mim vortá pro” meu sertão Quando

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o verde “dos teus oio" Se "espaiá" na "prantação" Eu te asseguro não chore não, viu Que eu "vortarei", viu, Meu coração.

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Faça a leitura do texto. Seu dotô me conhece?

(Patativa de Assaré*)

Seu dotô, só me parece Que o sinhô não me conhece Nunca sôbe quem sou eu Nunca viu minha paioça, Minha muié, minha roça, E os fio que Deus me deu.Se não sabe, escute agora, Que eu vô contá minha história, Tenha a bondade de ouvi: Eu sou da crasse matuta, Da crasse que não desfruta Das riqueza do Brasil.

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1. Nesse texto, o emprego das expressões “dotô”, “sinhô e sôbe” contribui para

a) marcar a classe social das personagens.b) caracterizar usos linguísticos de uma região.c) enfatizar a relação familiar entre as personagens.d) sinalizar a influência do gênero nas escolhas

vocabulares.

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2. Escolha alguns dos processos fonológicos estudados e produza um texto. Pode ser narrativo, poema ou um diálogo...

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