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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca 1
LOGÍSTICA e GESTÃO DE OPERAÇÕES
Docente : Maria da Conceição Fonseca
mdfonseca@fc.ul.pt Gabinete 6.4.18
Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
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Programa de Logística 1. Introdução aos sistemas logísticos. Funcionamento de um sistema logístico.
Decisões logísticas. Modelação de um sistema logístico. Estratégias logísticas. 2. Contratos de Aquisição. 3. Desenho de uma rede Logística Introdução. Classificação dos modelos de localização. Apresentação de
problemas de localização no setor público: p-centro e cobertura. Problema de localização simples. Problemas de localização com restrições de capacidade. Problemas de localização hierárquicos. Heurísticas.
4. Gestão de aprovisionamentos Introdução. Conceitos básicos. Custos relevantes. Políticas de aprovisionamento.
Modelos determinísticos de horizonte infinito: modelo determinístico básico (EOQ); variante com descontos de aquisição por quantidade; variante com rotura permitida e/ou reposição não instantânea. Modelos estocásticos de horizonte infinito - política de revisão contínua. Modelo estocástico de período único.
5. Planeamento e gestão das rotas de distribuição. Introdução. Formulação do problema de definição de rotas ótimas. Rotas para
um único veículo. Rotas para múltiplos veículos. Apresentação de algumas variantes: veículos com capacidades; múltipos depósitos;entrega em certos dias; problemas com pickup and delivery; problemas com time windows. Heurísticas.
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Programa de Gestão de Operações I. Planeamento de Produção. • Introdução. Características de um bom plano de produção. Estratégias para as
flutuações da procura. Apresentação de dois exemplos simples. • Modelos em programação linear.
Modelo simples. Modelos em que a procura em cada período não é completamente satisfeita. Modelos em que a procura é satisfeita em períodos posteriores. Modelos com funções de custo lineares por partes. Modelos com planeamento dos recursos usados. Modelos com produção em várias fábricas. Modelos com procura dependente.
• Modelos em programação inteira mista (modelos de lot-sizing) . Modelos de lot-sizing sem capacidades. Modelos de lot-sizing com capacidades e vários items (modelos MPS). Modelos de lot-sizing com capacidades, vários items e níveis de produção (modelos MRP).
II. Sequenciamento de tarefas/operações. • Introdução.Aplicações. Hipóteses principais. Notação. Caracterização/classificação dos
problemas de sequenciamento. Medidas de performance. • Sequenciamento numa única máquina. • Sequenciamento em várias máquinas.
Problemas em máquinas paralelas. Problemas de shop-sheduling: Generalidades. Flow-shop scheduling. Job-shop scheduling.
• Sistemas flexíveis. Sistema flexível de flow-shop, Sistemas Just-in-Time (JIT).
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Bibliografia Ghiani, G., Laporte, G., Musmanno, R.;” Introduction to Logistics Systems Planning and Control”. Wiley 2004. Graves, S. C., Rinnooy Kan, A. H. G., Zipkin, P. H. (eds.), “Logistics of Prodution and Inventory”, Vol. 4 of Handbooks in Operations Research and Management Science, North-Holland, 1993 Pinedo, M. L., “Planning and Scheduling in Manufacturing and Services”, 2nd Edition, Springer, 2009 Pochet, Y., Wolsey, L. A., “Production Planning by Mixed Integer Programming”, Springer Series in Operations Research and Financial Engineering, Springer, 2006 Simchi-Levi, D., Kaminsky, P., Simchi-Levi, E., “Designing & Managing the Supply Chain: Concepts, Strategies & Case Studies”, 2nd Edition, McGraw-Hill, 2003 Simchi-Levi, D., Chen, X., Bramel, J., “The Logic of Logistics: Theory, Algorithms, and Applications for Logistics and Supply Chain Management”, 2nd Edition, Springer Series in Operations Research, Springer, 2005 Taha, H.A. “Operations Research : An Introduction”, (6th edition), Macmillan & Collier, New York, 1997.
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O que é a Logística ?
O termo Logística começou por ser um termo militar designando algumas atividades de planeamento de operações militares.
“Logistics is the management of the flow of goods between the point of origin and the point of destination in order to meet the requirements of customers or corporations. “ (in, Wikipédia 2011)
“Logistics management is the process of planning, implementing, and controlling the efficient, effective flow and storage of goods, services, and related information from point of origin to point of consumption for the purpose of conforming the customers requirements” (Council of Logistics Management)
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O domínio das atividades logísticas é fornecer aos clientes do sistema o produto certo, no local certo e no tempo certo.
Fornecer subcomponentes para fabricar peças; Ter as quantidades certas nas prateleiras dos retalhistas; Ter as quantidades e os tipos de sangue adequados para as cirurgias num hospital.
Investimento por parte das empresas nos sistemas logísticos e evolução na gestão dos sistemas logísticos.
Grande Competição nos mercados internacionais
O aumento da expetativa dos
clientes
A introdução de produtos com ciclos de vida
curtos
Avanço na área das comunicações e
transportes
Característica fundamental da Logística é a visão integrada de todas as atividades que engloba
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Fornecedores Fábricas Centros de distribuição
Armazéns Clientes
Rede ou Cadeia (Logística) de abastecimento
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Rede ou Cadeia (Logística) de abastecimento
Fornecedores Fábricas Centros de distribuição
Armazéns Clientes
Logística Inversa (com arcos indirectos)
Centro de reciclagem
Centros de recolha
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Gestão Logística:
Processo de planear, implementar e controlar o fluxo efectivo (eficiente) de bens, serviços e informações associadas desde o ponto origem da cadeia até ao ponto de consumo final de forma a satisfazer os requerimentos do consumidor ou cliente final.
Tem em consideração tudo o que tenha impacto na eficiência do sistema;
Influencia todo o desenvolvimento e produção do produto de acordo com os requerimentos do consumidor final, desde os fornecedores e fábricas até aos retalhistas e armazéns finais.
Objetivo: Eficiência de todo o sistema
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Ao delinear uma estratégia logística tenta obter-se um compromisso entre 3 objetivos principais:
Redução do capital investido; Redução nos custos, Melhoria no nível de serviço.
A maioria das decisões no desenho e gestão de um sistema logístico envolvem 5 características fundamentais:
Afetam várias funções económicas;
Existem tradeoffs entre objetivos conflituosos;
É difícil prever o impacto de um sistema logístico;
Cada sistema logístico tem características únicas;
Uma Análise Quantitativa é essencial para a tomada de decisões
inteligentes.
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Novas tendências em Logística
Nos últimos anos algumas alterações estratégicas e inovações tecnológicas tiveram um grande impacto na evolução dos sistemas logísticos, nomeadamente: Globalização Novas tecnologias de informação
E-comércio
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Decisões Logísticas
Questões que surgem no desenho e implementação de um sistema logístico
Que mercados servir? Qual o nível de serviço?
Onde produzir e montar os produtos? Quanto produzir? Quando produzir?
Onde adquirir materiais e componentes?
Onde armazenar os produtos finais?
Onde armazenar os produtos intermédios ?
Quanto armazenar? Quanto ir buscar ao
armazém?
Quanto expedir? Quando expedir? Qual o meio de transporte?
Qual o tamanho da frota ? Que rotas para os veículos/ navios?
Onde instalar as fábricas? Onde instalar os centros de distribuição? Onde instalar os armazéns?
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Decisões Logísticas
Nível táctico
Têm efeito a longo prazo (habitualmente ao longo de vários anos) Incluem o desenho dos sistemas logísticos e a aquisição de recursos dispendiosos (Por ex: decisões sobre o número, o local de instalação e a capacidade das fábricas e armazéns, dimensionamento e tipo de frota, etc.)
Nível estratégico
Têm efeito a médio prazo (habitualmente mensais ou quinzenais) Incluem o planeamento de produção e distribuição bem como a alocação de recursos (políticas de armazenamento, seleção do meio de transporte , número de vezes que o cliente é visitado, etc.)
Nível operacional
Decisões feitas no dia a dia ou em tempo real Incluem o escalonamento de pessoal, desenho de rotas, carregamento de camiões, etc.
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No nível estratégico (o nível mais alto da tomada de decisão devem ser
selecionadas as políticas logísticas adequadas, ou seja, devem ser
escolhidas as estratégias que suportam as finanças, serviço, ou outros
objetivos da empresa ou companhia em questão.
Em geral, do ponto de vista financeiro ou do serviço prestado ao consumidor final, é mais significativo escolher a estratégia adequada do que otimizar decisões respeitantes a níveis inferiores.
Especificar a estratégia
Expedição para os clientes a partir de um
único armazém?
Expedição para os clientes a partir de
múltiplos armazéns?
Decisões Logísticas
Qual armazém deve abastecer um
dado cliente? Responder a questões específicas
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Configuração da cadeia de abastecimento • Escolher um conjunto de localizações para as fábricas e respectivas
capacidades. • Determinar os níveis de produção para cada produto em cada umas das
fábricas. • Estabelecer o fluxo de materiais e produtos entre as várias entidades (seja de
fábrica para armazém/ centro de distribuição, seja de centro de distribuição para retalhista/consumidor final)
Objetivo Minimizar os custos totais de produção, armazenamento e transporte e satisfazer os vários níveis de serviço requeridos
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Planeamento da produção Uma fábrica ou centro de produção tem que produzir para satisfazer a procura num determinado horizonte temporal (finito, eventualmente dividido em períodos). Em muitas aplicações reais é apropriado assumir que a procura é conhecida ao longo do referido horizonte temporal ( as encomendas são feitas com antecedência ou devido a contratos assinados estipulando entregas das encomendas para os próximos meses). Objetivo Satisfazer a procura do(s) produtos(s) em cada período do horizonte temporal minimizando o custo total de produção e armazenamento (ao longo de todo o horizonte).
Custo produção = custo fixo + custo variável (por unidade produzida)
Tópicos da gestão Logística
Exemplos
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Gestão de stocks Um retalhista que tem em armazenamento um determinado produto. Como a procura dos clientes é em geral aleatória, o retalhista apenas tem informação sobre a distribuição probabilística da procura. Objetivo
Decidir quando deve encomendar novo lote do produto e quanto deve encomendar de modo a minimizar o custo total esperado.
Custo total = custo de encomenda + custo de armazenamento Custo encomenda = custo fixo + custo variável (por unidade encomendada) Custo armazenamento linear : taxa constante por unidade armazenada de produto e por unidade de tempo.
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Estratégia de distribuição Uma possível estratégia de distribuição, designada por Cross-docking, usa centros de distribuição que coordenam o processo de abastecimento, fornecendo os armazéns ou locais de venda ao público e funcionando como pontos de passagem, onde se gerem as encomendas que chegam para serem expedidas e onde não se faz armazenamento. Questões:
• Quantos centros de distribuição se devem usar? • Quais os ‘ganhos’ de optar por uma política de crossdocking? • Como implementar na prática uma estratégia de crossdocking ?
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Abordagem integrada do transporte e armazenamento de produtos
Objetivo:
Reduzir os custos operacionais, determinando o equilíbrio adequado entre
custos de armazenamento e custos de transporte.
tradeoff :
viagens frequentes entre armazém e retalhistas
cada carregamento é menor
menor custo de armazenamento + elevado custo transporte
cada carregamento é maior
elevado custo de armazenamento + menor custo transporte
viagens mais espaçadas entre armazém e retalhistas
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Gestão da frota
Os armazéns fornecem produtos aos retalhistas usando uma frota
limitada de camiões. É necessário definir qual a carga e qual a rota de
cada camião.
Uma possível estratégia poderá ser resumida em dois passos:
1º) Particionar os retalhistas em grupos que podem ser servidos por
um único camião (capacidade do camião é suficiente)
Objetivo: minimizar o número de camiões utilizados.
2º) para cada camião definir qual a sequência por que visita os
retalhistas seleccionados
Objetivo: minimizar distância total percorrida.
(TSP, CVRP)
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Distribuição com janelas Temporais Em muitos casos é necessário distribuir os produtos aos retalhistas ou aos consumidores finais durante janelas temporais específicas. Por exemplo, as entregas num restaurante deverão ser efectuadas entre as 8 e as 11h da manhã. O problema da definição das rotas para os camiões que fazem as entregas é neste caso mais complexo.
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Sistemas de recolha e entrega (pick-up and delivery) Em alguns sistemas de distribuição cada cliente especifica o local de recolha e o local de entrega da(s) sua(s) encomenda(s).
Objectivo: Coordenar a recolha e a entrega dos produtos de modo a minimizar a distância total percorrida garantindo que cada par (recolha, entrega) associado a um cliente seja atribuído ao mesmo camião. O problema da definição das rotas para os camiões que fazem as entregas é neste caso mais complexo porque não só é necessário respeitar as capacidades dos camiões, as janelas temporais para cada recolha e cada entrega e ainda que cada recolha é realizada antes da respectiva entrega.
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Problemas de Empacotamento Em muitas aplicações logísticas, um conjunto de itens tem que ser empacotado em caixas, paletes ou camiões de capacidade limitada. Objectivo: Empacotar os itens de forma a que o número de caixas/ paletes / camiões seja mínimo. (Bin_Packing _Problem, CVRP)
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Tópicos da gestão Logística
Exemplos
Problemas de Escalonamento de pessoal Os horários para o pessoal (fabril, tripulante, etc) devem obedecer a uma série de regras definidas àpriori que podem ser classificadas: - regras operacionais ; - regras específicas ditadas pela companhia ; - regras laborais.
Objetivo: Obtenção da escala para o pessoal que minimiza o custo total
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Modelação de um Sistema Logístico
• Modelo computacional;
• O modelo deve ser uma representação simplificada do sistema atual;
• A procura futura deve ser estimada com base na informação obtida no passado;
• Validação e monitorização do modelo.
Gerar e avaliar alternativas!
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A complexidade das questões logísticas e correspondentes decisões sugere a não existência de: • Melhor abordagem; • Melhor representação; • Melhor modelo; • Melhor algoritmo •... Cada caso tem as suas especificações, cada cadeia logística tem as suas características únicas
Um modelo ideal será um modelo composto
• Racionalização; • Modelos de dados; • Estratégia logística; • Algoritmos de PLI • Folhas de cálculo; • Software de bases de dados; • Arquitetura cliente/fornecedor; • Senso comum
• Heurísticas;
• Linguagens de modelação; • Avaliação e ‘benchmarking’; • Interface gráfica do utilizador; • Dados sobre os ativos relacionados com o transporte e mercadoria ; • Simulação;
•Dados das infra-estruturas da cadeia de abastecimento • Sistema de informação geográfica; • Modelos hierárquicos e dados agregados; • Análise de custos (baseada nas atividades)
Modelação de um Sistema Logístico
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Modelação de um Sistema Logístico
Modelo Logístico
Estratégia
logística
Arquitetura de
apoio à decisão
Avaliação de
alternativas
Geração de
alternativas
Objetos
logísticos
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Estratégia
logística
(Consolidação da) mercadoria Movimentos (just-in-time) Rotas (Consolidação dos) armazéns Integração do inbound com o outbound …
Arquitetura de
apoio à decisão
Sistemas de informação geográfica (SIG) Linguagens de modelação Folhas de cálculo Arquitetura cliente/fornecedor
Avaliação de
alternativas
Racionalização e benchmarking Análise de custos Modelos hierárquicos e agregados Simulação
Geração de
alternativas
Otimização interactiva Heurísticas Problemas de Fluxo/ PL MIP
Objetos
logísticos
Infra-estrutura da cadeia de abastecimento Movimentos requeridos Infra-estrutura de transporte Modelos de dados
Modelação de um Sistema Logístico
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Na definição de um sistema logístico tem que se ter em conta :
1. Infra-estrutura da cadeia de abastecimento
2. Movimentos requeridos
3. Rede de transporte
Entidades (fábricas, fornecedores, centros de distribuição, armazéns e clientes) Ligações entre entidades, canais de expedição, afectações entre entidades, zonas de clientes
Toda a informação referente a expedições, incluindo que mercadoria mover, quando as mercadorias são precisas, instruções especiais ou requisitos para um dado movimento
Componentes físicas da infra-estrutura de transporte (rede de estradas, rede ferroviária, portos, depósitos, etc) activos que ou estão disponíveis ou podem ser alugados (motoristas, camiões, reboques, contentores, aviões, navios, carruagens, paletes, etc) locais disponíveis e características de transporte ( cargas máximas, velocidade em trânsito)
Modelação de um Sistema Logístico
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Cadeia logística de
abastecimento
Rede de
transporte
Movimentos
requeridos
Infra-estrutura da
cadeia de
abastecimento
Rede (inbound) Ativos de
transporte
Infra-estrutura
de transporte Rede de
distribuição
fornecedores fábricas Centros de
distribuição clientes produtos equipamento motoristas estradas depósitos
Modelação de um Sistema Logístico
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As entidades (fornecedores, fábricas ,armazéns, centros de distribuição, clientes, etc) são os pilares da cadeia de abastecimento. Na construção de um modelo logístico é necessário recolher uma série de dados referentes a essas entidades.
Fornecedor Produção Armazenagem Cliente
Tipos de material Preços de aquisição Quantidades disponíveis
Tipos de produto Custos de produção Capacidades de produção Taxa de produção Custos de expansão
Tipos de produto Taxa de transferência Custos de armazenamento Capacidade de transferência Capacidade dos armazéns Custos de expansão
Tipos de produto Quantidades requeridas Preço de venda Requerimentos de serviço
Modelação de um Sistema Logístico
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Definição de zonas
As zonas definem o território geográfico das entidades e podem estar pré definidas ou ser criadas automaticamente por aplicação de regras ou algoritmos.
A definição de zonas para as entidades permite simplificar muito o modelo logístico uma vez que uma única zona pode agregar centenas ou mesmo milhares de clientes. Em geral as zonas definem clusters lógicos em termos geográficos que podem ser ajustadas de forma a equilibrar outros atributos como a procura total, transporte de mercadorias dentro da zona, etc
Ferramenta configuração de zonas
Zona 1
Zona 3
Zona 2
Zona 4
clientes
Modelação de um Sistema Logístico
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Canais de distribuição
Canais de distribuição são as ligações entre as diferentes entidades que permitem o movimento dos bens ou produtos. Num modelo logístico, quando se desenham ou projectam estes canais, é necessário tomar em consideração alguma informação e dados como os a seguir exemplificados:
Entidade origem
Entidade destino
Canal de distribuição
Custos unitários de expedição Tempo de transição Distância percorrida Capacidade do canal
Meio de transporte Histórico dos volumes expedidos Previsão do volume a expedir Tipos de produto
Modelação de um Sistema Logístico
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Canais de distribuição Os canais de distribuição podem ser pré determinados ou gerados por regras ou algoritmos (por exemplo: considerar todos os canais entre entidades que correspondam a uma distância inferior a 200 km ou considerar um critério que atenda à compatibilidade dos produtos, etc). Na geração de canais de distribuição definem-se ligações candidatas para o fluxo de produtos entre entidades. De entre as ligações candidatas são depois seleccionados os canais efectivos de distribuição.
Ferramenta de geração de canais
Fábricas Centros de distribuição clientes
Modelação de um Sistema Logístico
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Representação de movimentos requeridos
Os movimentos requeridos representam a procura ou uma remessa de um determinado produto. A representação desses movimentos é muitas vezes feita de forma agregada, indicando-se a oferta agregada e a procura agregada nas entidades ou zonas.
Modelos em que a procura e a oferta são agregadas são apropriados quando não se sabe a origem e/ou o destino dos movimentos. Estes modelos são também úteis para obter resposta a questões estratégicas de desenho da cadeia de abastecimento.
Fábricas (unidades disponíveis) Clientes (unidade requeridas)
25
25
75
25 100
50
Outra forma de representar movimentos requeridos de produtos é feita indicando explicitamente as expedições, incluindo origem, destino, produto, volume, data de vencimento, data de recolha, etc.
Modelos em que os movimentos são representados explicitando origem e destino são úteis na resposta a questões que surgem quando da definição de rotas ou de escalonamento de camiões.
Fábricas quantidade expedida Clientes
25 50
25
25
25
Modelação de um Sistema Logístico
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Definição de Custos Num sistema logístico há que definir quanto custa entregar uma unidade de produto final ao cliente. Tal custo é definido a partir da especificação do custo de várias componentes da cadeia de abastecimento.
Custeio com base nas actividades
Modelação de um Sistema Logístico
Produção
Produção
montagem
armazém
armazém
Matérias primas
Cliente
Cliente
Cliente
Cliente
€ Aquisição + € Transporte + € Produção + € Montagem + € Transporte + € Armazenagem + € Transporte = € custo € Armazenagem € Armazenagem € Armazenagem € Armazenagem € Manuseamento € Armazenagem € Manuseamento € Manuseamento
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Um modelo Logístico é em geral um modelo muito complexo. Essa complexidade leva a que muitas vezes se considerem modelos hierárquicos cuja resolução é faseada. No entanto os trabalhos mais recentes apostam cada vez mais em abordagens integradas quer do ponto de vista do próprio modelo quer do ponto de vista da sua resolução.
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As Estratégias logísticas incluem os objectivos empresariais, requerimentos,
decisões praticáveis, táctica e visão para o desenho e operação de um sistema
logístico.
Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Planeamento do Sistema de
Transporte
Planeamento da expedição
Armazenagem Planeamento da cadeia de
abastecimento
Estratégias Logísticas
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Inclui a localização, dimensionamento e configuração das fábricas e centros de distribuição, a configuração dos canais de distribuição, a afetação de fornecedores, a afectação agregada de recursos de produção e rentabilidade dos clientes e questões de serviço.
Planeamento da cadeia de
abastecimento
Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Planeamento do Sistema de
Transporte
Planeamento da expedição
Armazenagem Planeamento da cadeia de
abastecimento
Estratégias Logísticas
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Planeamento da expedição
Diz respeito ao escalonamento e desenho das rotas de distribuição ao longo da cadeia de abastecimento, incluindo a consolidação de mercadorias e selecção do modo de transporte.
Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Planeamento do Sistema de
Transporte
Planeamento da expedição
Armazenagem Planeamento da cadeia de
abastecimento
Estratégias Logísticas
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Armazenagem Inclui configuração do armazenamento e definição das operações de armazenamento e recolha nos centros de distribuição
Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Planeamento do Sistema de
Transporte
Planeamento da expedição
Armazenagem Planeamento da cadeia de
abastecimento
Estratégias Logísticas
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Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Planeamento do Sistema de
Transporte
Planeamento da expedição
Armazenagem Planeamento da cadeia de
abastecimento
Planeamento do Sistema de
Transporte
Inclui a localização, dimensionamento e configuração da infra-estrutura de transporte, incluindo a dimensão da frota e definição da rede de transporte.
Estratégias Logísticas
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Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Escalonamento e desenho de rotas para a
frota
Planeamento do Sistema de
Transporte
Planeamento da expedição
Armazenagem Planeamento da cadeia de
abastecimento
Inclui o escalonamento de motoristas, camiões, reboques, etc. Pode incluir ainda a expedição dinâmica das encomendas, divisão de clientes por zonas e frequência das entregas, etc.
Estratégias Logísticas
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Planeamento da
cadeia de
abastecimento
Planeamento do
transporte
Planeamento da
expedição
Definição
das rotas
armazenagem
Estratégico
Localização ,
configuração e
dimensionamento
das entidades
Abastecimento
Localização das
entidades
Dimensionamento
da frota
Outsourcing
Análise das
ofertas
Dimensionamento
da frota
Dimensionamento
da frota
Layout dos
armazéns
Manejamento
do material
Táctico
Planeamento de
produção
Abastecimento
Estratégia na
definição das rotas
Definição da rede
Estratégia de
consolidação
Modo estratégico
de distribuição
Estratégia na
definição das
rotas
Definição das
zonas
Afectação dos
stocks
Estratégias
para lidar com
os pedidos de
recolha
Operacional
MRP, DRP, ERP
Correspondência
de carga
Expedição Expedição dos
camiões
Gestão dos
pedidos de
recolha
Estratégias Logísticas
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Just-in-time
Prevendo exactamente quando e quanta mercadoria é necessária em cada fase da cadeia de abastecimento, é possível movimentar esta mercadoria ao longo da cadeia de abastecimento na altura certa em que é necessária. O objectivo desta estratégia é diminuir os custos de armazenamento por diminuição dos níveis armazenados. Para tal é necessário integrar e monitorizar computacionalmente todas as operações da cadeia de abastecimento. Neste tipo de estratégia tem que se medir os tradeoffs entre custos e serviço:
Custos de armazenamento custos de transporte e serviço
Cadeia de abastecimento mais leve Entregas mais pequenas e frequentes Redução dos níveis de armazenagem Aumento dos custos de transporte Redução dos custos de armazenagem Maior serviço requerido por parte dos fornecedores e do sistema de transporte
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Estratégias de consolidação da carga
Estratégias de consolidação da carga são fundamentais para o planeamento da expedição de mercadorias. Existem vários níveis de consolidação da carga, como por exemplo: • unir várias remessas para gerar soluções de transporte mais económicas tirando partido da economia de escala (pooling); • pedidos individuais podem ser combinadas de modo a partilharem o mesmo transporte (vehicle routing); • alteração da data/hora de entrega de um ou mais pedidos de modo a ser possível combiná-lo(s) com outros pedidos
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Estratégias de consolidação da carga
Exemplo de uma estratégia de consolidação pooling:
remessas individuais podem ser concentradas num centro de distribuição constituíndo uma carga de dimensão adequada para ser expedida.
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Estratégias de consolidação da carga
Exemplo de uma estratégia de consolidação: Pedidos individuais podem ser combinadas de modo a partilhar o mesmo transporte.
Este transporte realiza paragens em várias entidades (fabricas, clientes, centro de distribuição) para efectuar recolhas e/ou entregas.
pedidos Rotas de dois camiões
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Estratégias integradas de inbound e distribuição
Inbound (logística) : Entrada na cadeia de abastecimento de matéria-prima e componentes vindas dos fornecedores para os processos de produção e locais de armazenagem.
A coordenação da entrega de matérias primas com a distribuição das mercadorias permite racionalizar a utilização de recursos embora exija um maior controlo do sistema logístico. Esta estratégia tem um maior impacto no planeamento da distribuição bem como no escalonamento e definição de rotas para os camiões das entregas.
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Estratégias integradas de inbound e distribuição
Fornecedor (onde se vai fazer uma recolha)
Cliente (onde se vai fazer uma entrega)
Rotas separadas para recolha e entrega
Rotas integradas para recolha e entrega
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Estratégias usando rotas fixas vs rotas dinâmicas
As rotas fixas são desenhadas com base em previsões da procura média e ou são seguidas em cada período independentemente da procura ‘real’ ou podem sofrer pequenos ajustes ditados pela procura real. A vantagem deste tipo de estratégia deve-se ao facto de não só serem mais fácil de gerir como também permitirem aos motoristas dos camiões conhecerem melhor clientes e territórios. As rotas dinâmicas são ajustadas dinamicamente enquanto se desenrolam e ditadas pela procura actual dos clientes pelo que podem permitir uma utilização mais eficiente dos activos de transporte e conduzir a uma redução de custos.
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Consolidação dos centros de distribuição vs descentralização
No desenho da cadeia de abastecimento têm que ser tomadas decisões fundamentais que envolvem os centros de distribuição, nomeadamente decisões sobre o seu número, localização, dimensão e configuração dos produtos que por eles passam. Duas estratégias básicas e opostas são:
• distribuição consolidada menos mas maiores centros de distribuição • distribuição descentralizada mais mas menores centros de distribuição Com uma distribuição consolidada é possível reduzir custos de instalação e manutenção e possivelmente também reduzir custos de armazenamento mas por outro lado os custos de transporte e os custos de serviço tendem a aumentar quando comparada com uma estratégia de descentralização.
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Frota própria vs frota alugada
A existência de uma frota própria permite um maior controlo sobre o serviço e custo de transporte. No entanto este tipo de situação é cada vez menos usada. A crescente liberalização no sector leva que a competição feroz existente entre fornecedores de serviços de transporte resulte numa oferta de melhor serviço a custos menores e com a possibilidade de negociar descontos por contratos mais longos.
Frota alugada é um exemplo de outsourcing
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS A selecção do meio e modo de transporte usado é fundamental no planeamento da distribuição dos bens ao longo da cadeia logística. Podemos fazer a distribuição usando vários modos de transporte, como por exemplo: transporte rodoviário; transporte ferroviário; transporte marítimo; transporte aéreo; transporte por oleoduto.
O mais usado é o transporte rodoviário e a distribuição pode ser feita por camiões (reboques, caixa aberta, caixa de cortinas, basculantes, cisterna, frigoríficos, porta contentores, isotérmicos, …), veículos utilitários (caixa aberta, estrado, caixa de cortinas, furgão,…), empilhadoras, etc.
Na escolha do modo de transporte deve-se equilibrar a rapidez de entrega e o custo de transporte. Modos de transporte mais lentos, como por exemplo o ferroviário, tendem a ser mais económicos do que modos de transporte mais rápidos como por exemplo o aéreo.
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
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Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
Selecção dos meios e modos de transporte
Grandes carregamentos dimensão da carga a expedir
Velocidade de expedição
Custo de transporte
Resposta do serviço
Custo de armazenagem
pequenos carregamentos
Lentidão Rapidez
Mais económico Mais dispendioso
Lentidão Rapidez
Mais dispendioso Mais económico
ferroviário aéreo marítimo
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Single sourcing vs split sourcing
Single sourcing: a procura de um cliente é satisfeita a partir de um único fornecedor (menores custos de gestão, operacionais e eventualmente de transporte) Split sourcing: a procura de um cliente é satisfeita a partir de vários fornecedores (menores custos em caso de fornecedores com capacidade limitada)
cliente cliente
Armazém 1
Armazém 2
Armazém 1
Armazém 2
Produto A
Produto A
Produto A
Produto B
Split sourcing- um único produto Split sourcing- múltiplos produtos
Estratégias Logísticas
EXEMPLOS
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Avaliação de Alternativas
Quando se opera um sistema logístico e se pretende modelar ou analisar as potencialidades de uma determinada configuração para a cadeia de abastecimento, deve-se simular a operacionalidade dessa alternativa: Avaliar a(s) alternativa(s)
Sistema logístico actual
Avaliar alternativa
Alternativa benchmark
Racionalizar alternativa
Gerar alternativa
Benchmarking: marcação do nível de excelência
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Simplificação do Modelo
As cadeias de abastecimento podem ser sistemas enormes compostos por centenas de entidades logísticas e movimentando milhares de produtos. Estes sistemas podem ter dimensões e complexidade tais que não permitam lidar com estes sistemas como um todo na avaliação de alternativas. Na prática a única forma possível de analisar e melhorar tais sistemas pode ser simplificando as decisões logísticas considerando componentes inter-relacionadas de menor dimensão mas manejáveis. Dois tipos de simplificação muito usados são: Modelos Agregados Modelos Particionados
Por exemplo: Agrupar os produtos individuais em famílias Definição de zonas de clientes Agrupar a produção de várias linhas numa mesma fábrica Agrupar a frota por tipos
Por exemplo: Dividir o sistema de distribuição por regiões...
Avaliação de Alternativas
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Num modelo ideal: - todos os dados estão correctos; - não existem erros de previsão (procura, disponibilidade de produto final para
entrega, disponibilidade de matéria prima)
- O modelo capta todos os aspectos importantes do sistema logístico Na realidade: os modelos logísticos são na melhor das hipóteses representações aproximadas do sistema logístico.
Como saber se um determinado modelo (representação aproximada) é uma representação adequada do sistema logístico ?
Avaliação da alternativa
Avaliação de Alternativas
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Avaliar alternativa
Alternativa benchmark
Racionalizar alternativa
Gerar alternativa Modelo
aproximado
Modelo preciso
nível de simplificação
Modelos mais simples podem ser mais atractivos quando se gera(m) ou racionaliza(m) alternativa(s). Para avaliar uma alternativa pode ser mais útil um modelo mais preciso
Avaliação de Alternativas
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Mestrado em Matemática Aplicada à Economia e Gestão - Logística e Gestão de Operações 1º Ano 2º Semestre
Módulo de Logística Docente : Maria da Conceição da Fonseca
Modelos Matemáticos
Os Modelos matemáticos são uma ferramenta muito útil na modelação e resolução de sistemas logísticos. Obviamente que existem modelos mais fáceis de resolver do que outros (por exemplo modelos lineares são fáceis de resolver) Os modelos mais importantes e mais usados na Logística são modelos difíceis de resolver, no sentido de que os algoritmos existentes fornecem soluções em tempo razoável apenas para instâncias de pequena dimensão.
Modelos de distribuição Modelos localização Modelos escalonamento de pessoal Modelos de escalonamento de veículos Modelos de gestão de stock
NP- hard
Nos capítulos seguintes estudaremos alguns destes modelos em detalhe assim como técnicas para os resolver.
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