Post on 10-Jul-2015
O Modelo de Auto-Avaliação no Contexto das Bibliotecas Escolares
Formanda: Maria do Rosário Cristóvão
O papel e as mais valias da Auto-Avaliação da BE
«O Modelo de auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares enquadra-se naestratégia global de desenvolvimento das bibliotecas escolaresportuguesas:
Facultar um instrumento pedagógico e de melhoria contínua que permitaaos órgãos directivos e aos coordenadores avaliar o trabalho da bibliotecaescolar e o impacto desse trabalho no funcionamento global da escola enas aprendizagens dos alunos e identificar as áreas de sucesso e aquelasque, por apresentarem resultados menores, requerem maiorinvestimento, determinando, nalguns casos, uma inflexão das práticas.»
Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares (p.3)
Que relação entre BE e Escola?
Sucesso Insucesso
oportunidades ameaças
BE Escola
Criação/ResoluçãoNo Modelo de Auto-
Avaliação
«O projecto de Rede de Bibliotecas Escolares, iniciado em 1996 com apublicação do relatório Lançar a Rede, conta no momento presente comcerca de 1800 escolas integradas, sendo este número sempre em evolução. Éreconhecido o investimento que tem suportado esse crescimento – (…) – e énecessário assegurar que esse investimento continuará a ser feito, sobretudoatravés da consolidação de um conceito fundamental: o de que a bibliotecaescolar constitui um contributo essencial para o sucesso educativo, sendoum recurso fundamental para o ensino e para a aprendizagem.
(…) É neste contexto»
Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de BibliotecasEscolares, p.3.
Saber Gerir a Mudança - Grande Desafio da BE
Mudança Modelo de Auto-Avaliação das BEs
Saber Gerir a Mudança - Grande Desafio da BE
« (…) Vários estudos internacionais têm identificado os factores que sepodem considerar decisivos para o sucesso da missão que tanto oManifesto da Unesco/IFLA, como a declaração da IASL apontam para abiblioteca escolar: (…). Esses estudos mostram ainda, de formainequívoca, que as Bibliotecas Escolares podem contribuir positivamentepara o ensino e aprendizagem, podendo-se estabelecer uma relaçãoentre a qualidade do trabalho da e com a Biblioteca Escolar e osresultados escolares dos alunos.» (MAA)
Documentos estruturantes da Mudança
Documentos Internacionais Estruturantes para concepção das Bes:
UNESCO: Promover a Educação como direito fundamental, estabelecido naDeclaração Universal dos Direitos Humanos
IASL: A BE tem as seguintes funções: informativa; educativa; cultural;recreativa.
IFLA:Promover níveis elevados de fornecimento e entrega debibliotecas e serviços de informação; estimular a compreensãogeneralizada do valor da boa biblioteca e serviços de informação
Documentos Estruturantes para concepção das BEs em Portugal:
Programa da RBE:
Proporcionar às escolas um conjunto de recursos, orientações eapoios para o desenvolvimento das suas bibliotecas
Portaria 756/2009 de 14 de Julho :
Artigo 3.º - Conteúdo funcional para o Professor Bibliotecário
Modelo de Auto-Avaliação :
O Modelo Português baseia-se no Modelo de Auto-Avaliação dasBibliotecas Escolares Inglesas e aplica-se, com adaptações, àsespecificidades das bibliotecas escolares e do sistemas de ensinoportuguês
Saber Gerir a Mudança - Grande Desafio da BE
O Modelo de Auto-Avaliação
«Pretende-se que a aplicação do modelo de auto-avaliação seja exequível efacilmente integrável nas práticas de gestão da equipa da biblioteca.»
(MAA)
• Domínios que são objecto de avaliação:A. Apoio ao Desenvolvimento Curricular
A.1. Articulação curricular da BE com as estruturas pedagógicas e os docentes
A.2. Desenvolvimento da literacia da informação
B. Leitura e Literacias
C. Projectos, parcerias e Actividades Livres e de Abertura à Comunidade
C.1. Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enriquecimento curricular
C.2. Projectos e parcerias
D. Gestão da Biblioteca Escolar
D.1. Articulação da BE com a Escola/Agrup. Acesso a serviços prestados pela BE
D.2. Condições humanas e materiais para a prestação dos serviços
D.3. Gestão da colecção
Implicações do Modelo
Integração da BE no plano estratégico da Escola
Cooperação: Colaboração na planificação/Trabalho
dos professores
Professor Bibliotecário:
interventor no percurso formativo/curricular
Professor Bibliotecário: responsável pelo
sucesso/resultados da escola
Professor bibliotecário: saber agir, ser
líder, saber inquirir, saber
mudar, saber mostrar o Valor da BE/Escola
O Processo e o Necessário Envolvimento da Escola
Auto-Avaliação e Qualidade • Factores Indispensáveis:• Existência de um learning specialist (Todd)• Relação directa com a missão de escola e trabalho contínuo com
professores e alunos• Adequação do trabalho da BE aos objectivos educativos da escola• Desenvolvimento sistemático de formação e apoio individual ou em
grupo no âmbito das literacias críticas• Disponibilização de uma colecção de Literatura rica e de programas
de leitura e uma estrutura tecnológica integrada de suporte ao ensino-aprendizagem
• Desenvolvimento de estratégias de cooperação com outras bibliotecas
• Papel de liderança interventiva, actuante e transformativa do professor bibliotecário (Todd)
Diferentes Estruturas da Escola
Contexto de Escola
Auto Avaliação
O Processo de Auto-Avaliação e o Contexto de Escola
«Avaliar para quê? Para melhorar resultados!»
Ross Todd
Auto – Avaliar permite planificar as estratégicas de acordo com osgrandes documentos estruturantes da escola (Projecto Educativo deEscola; Projecto Curricular de Escola …)
Rever o Plano de Actividades da BE em conformidade com as actividadesda escola
Rever a adequação do Plano de Acção às exigências da realidade escolar
Aferir a eficácia dos serviços prestados pela BE
Identificar os pontos fortes e pontos fracos das actividades/serviçosrealizados
Permite ajustar as práticas para melhorar os resultados
Identificar o grau de satisfação dos utilizadores
A Auto-Avaliação é Importante …
Compreender quais os factores de in/sucesso
Contribuir para a identidade/afirmação da BE na escola
Medir o impacto das práticas da BE no processo de ensino/aprendizagem
Permite informar a comunidade escolar/Orgão de gestão acerca dascapacidades da BE no processo de ensino/aprendizagem
Divulgação junto da Comunidade Escolar sobre o sentido da Avaliaçãoe seus Objectivos
Apresentação do Domínio escolhido sobre o qual incidirá a Avaliação
Adequação do Modelo à Escola em causa
Cronograma do processo de avaliação
Realização das actividades
Recolha das evidências
Tratamento dos dados obtidos
Transformação da informação em conhecimento
Redefinição da estratégia futura em reunião com a Equipa da BE
Reformulação de novas linhas de acção com os diferentes clusters
Apresentação do Relatório final ao Órgão de Gestão/Conselho Pedagógico
Publicação dos resultados a toda a Comunidade Escolar
A avaliação da BE irá fazer integrar a avaliação da Escola
As Estruturas envolvidas …
Todas as estruturas
(clusters) da escola estão envolvidas
Prof. Bibliotecário e Equipa da BE
Órgão de Gestão/Cons.
Pedag.
Professores;Alunos;
E.E.
Auxiliares de AcçãoEducativa
As tarefas de cada cluster …
O Professor Bibliotecário deve apresentar:
Liderança;
Objectividade;
Capacidade de intervenção
Bom senso e sentido de oportunidade
Comunicar com todos os outros stakeholders
Visão estratégica global
«Strategic leadership is concerned with the development of a long-termimprovement plan.» (Ryan, 2002)
As tarefas de cada cluster
A Equipa deve apresentar:
Sentido e espírito de equipa
Saber ouvir e partilhar pontos de vista
Colaborar com todos os elementos
Colaborar com o Professor Bibliotecário
Ter responsabilidade na realização das actividades
Capacidade crítica para reflectir sobre as práticas e sobre a avaliação
Vontade para implementar o Modelo de Auto-Avaliação
As tarefas de cada cluster …
Os professores devem apresentar:
Uma outra visão da importância da BE e vontade em colaborara com a aplicação do Modelo de Auto-Avaliação
Uma outra disponibilidade para integrarem a BE nas planificações das suas aulas
Vontade em conhecerem e utilizar o fundo documental disponível na BE
Vontade de diálogo e colaboração com o professor bibliotecário para a utilização da BE na leccionação das matérias
Abertura de espírito para a realização de actividades extracurriculares com a equipa da BE
Capacidade crítica para a melhoria dos pontos fracos das actividades da BE
Atitude de exigência para com a BE no sentido de acompanhar as novas literacias
Os Alunos devem apresentar:
Uma nova visão da BE
Vontade em colaborar com a aplicação do Modelo de Auto-Avaliação
Colaborar na realização das actividades da BE
Avaliar com responsabilidade as actividades da BE
Ser exigente na utilização do fundo documental da BE e pediractualizações
Apresentar sugestões para a melhoria dos pontos fracos da BE
As tarefas de cada cluster …
Os Encarregados de Educação devem apresentar:
Interesse em conhecerem o espaço da BE
Capacidade de motivarem os seus filhos a utilizarem a BE comocomplemento das aulas
Divulgarem junto dos filhos as vantagens em utilizarem a BE nos tempos livres
Capacidade de relacionamento com o Professor bibliotecário/equipa nosentido de estabelecer um diálogo que visa o conhecimento das práticasda BE (seu Plano de Actividades, de modo a inserir o filho na suarealização)
Colaborar na avaliação da BE juntamente com o seu filho
Os Auxiliares de Acção educativa devem apresentar:
Espírito de colaboração com a BE
Intervenção pertinente e colaborativa
Capacidade crítica para melhorar os pontos fracos da BE na avaliação
O Modelo está directamente ligado ao processo de planeamento da BE e que deve corresponder a um timing, objectivos, propriedades e estratégias definidas pela escola.
O Modelo indica o caminho, a metodologia, a operacionalização
O processo de planeamento da aplicação do Modelo exige que o Professor Bibliotecário seja multifacetado: um comunicador efectivo proactivo e influente observador e investigativo ser capaz de ver o todo (the big picture) hierarquizar prioridades gerir recursos materiais e humanos ser promotor de serviços e de recursos ser verdadeiro na avaliação que aplica
A Integração dos Resultados
A BE é um recurso escolar, logo, os resultados da sua avaliação devem ser integrados quer na avaliação interna, quer na avaliação externa.
«(…) the future is about: - action, not position; - it is about evidence, notadvocacy; - and at the heart of this is inquiry-basec for knowledgeconstruction (…)» (Todd, 2001)
A avaliação da BE permite prestar contas do impacto dos seus serviços epermitir uma Reflexão Interna na escola sobre esses mesmosserviços/sectores/departamentos
É cada vez mais comum uma política de informação fundamentada emevidências, como suporte indispensável à decisão. É a chamada evidence-informed ou evidence-basesd policy.
“Everything in life that we really accept undergoes a change” – Katherine Mansfield
BIBLIOGRAFIA
Modelo de Auto-Avaliação (2008) Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares
Johnson, Doug (2005), “Getting the most from your schoollibrary media program”.
McNicol, Sarah (2004), “Incorporating library provision inschool self-evaluation”.
Scott, Elspeth (2002) “How good is your school libraryresource centr?”
Todos os textos das sessões até à data realizadas.