Madeira de Floresta Plantada na Construção...

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Madeira de Floresta Plantada na Construção Civil

Reinaldo H. Ponce

FUNÇÕES DA FLORESTA

Proteção do solo

Proteção e regularização dos recursos hídricos

Absorção de CO2

Produção frutos, cogumelos, mel, resinas, fibras,

Abrigo de flora e fauna naturais

Geração de benefícios sociais

Produção de madeira

PRODUTUVIDADE

Manejo da floresta amazônica

Colheita média aproximadamente 0,7 m³ por hectare por ano

Floresta plantada de eucalipto

30 a 50 m³ por hectare por ano

Segundo Fenning & Gershenzon do Instituto Max Planck, Alemanha:

A produção resultante do manejo das florestas nativas não tem condições para suprir a crescente demanda de madeira do presente e do futuro, sendo que o grosso do suprimento deverá ter participação crescente das plantações que por sua vez deverão ser cada vez mais produtivas.

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PRODUÇÃO E CONSUMO NACIONAIS DE PRODUTOS DE MADEIRA

7.411 t7.354 tPapel e Papelão

5.233 t7.390 tCelulose para papel

4.676 m³6.283 m³Painéis com base em madeira

19.300 m³21.200 m³Madeira serrada

102.100 m³103.000 m³Madeira roliça industrial

134.700 m³134.700 m³Combustível

Consumo x 1.000Produção x 1.000

PRINCIPAIS USOS DO SOLO NO ESTADO DE SÃO PAULO

(ha x 1.000) (%)Pastagens 10.348 49,32Vegetação natural 3.158 15,05Cana de Açúcar 3.098 14,73Milho 1.122 5,35Eucalyptus 744 3,56Cítricos 662 3,10Soja 520 2,48Café 250 1,14Pinus 151 0,72

Fonte: IEA/APTA e CATI da SAA-SP - 2001

VANTAGENS DO ESTADO DE SÃO PAULO NO SETOR FLORESTAL

Alta produtividade – condições solo/clima

Rotações mais curtas

Disponibilidade de terras adequadas

Disponibilidade de mão-de-obra

Grande mercado para produtos e subprodutos

Infra estrutura de transportes e comunicações

Conhecimento técnico e científico

CICLO DE PLANTAÇÃO FLORESTAL

COMPETITIVIDADE PRODUÇÃO DE MADEIRA SÓLIDA

PLANTAÇÃO X MATA NATIVA

Matas Nativas

Baixa produtividadeVárias espécies Grandes distâncias até mercadoTecnologia pouco conhecidaDifícil aproveitamento de resíduosInfra-estrutura deficiente

Plantações

Alta produtividadeUniformidade ( espécie ou clone)Uso energético de resíduos (mercado local crescente)Escala industrialGrandes volumes/haRotações relativamente curtasMelhor infra-estruturaTecnologia conhecida

COMPETITIVIDADE FLORESTAL DO BRASIL

Incremento Médio Anual (m3/ha/ano)

Para produzir 500 m3/ha

Brasil 17 anos (plantado)

Canadá 300 anos (regenerado)

Fonte: FRI - NZ

0

5

10

15

20

25

30

35

Canada

CIS SueciaUSA

Australia

Africa do Sul

MexicoChile/Argentina/Uruguai

Nova Zelandia

Brasil

30 m3/ha/ano

1,6 m3/ha/ano

Necessidade de seleção e melhoramento genético

MADEIRA SERRADA CONSUMO

PAÍS Total m³/hab.ano(milhões de m³)

EUA 148 0,57

Suécia 4,9 0,55

Finlândia 3,4 0,66

Alemanha 18 0,22

Canadá 17,9 0,58

Brasil 23 0,12

BRASIL - Consumo de Madeira em Toras

Fonte: Bracelpa, Abracave, Abimci, STCP, Abipa.

DEMANDA DE TORAS PARA INDÚSTRIA MADEIREIRA DO BRASIL

Consumo médio madeira serrada 0,12 m³/hab.ano

População 170 milhões

Consumo anual 20,4 milhões de m³

Rendimento no processamento 45% = 45,3 milhões de m³

Laminados e compensados +- 10 % da mad. Serrada = 49,86 milhões de m³

Produtividade Florestal 40 m³/ha.ano, rend. 50% toras = 20 m³/ha.ano

49,86 milhões de m³ /20 = 2,5 milhões de hectares = 0,3% da área

DEMANDA DE TORAS PARA INDÚSTRIA MADEIREIRA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Consumo médio madeira serrada 0,12 m³/hab.ano

População 40 milhões

Consumo anual 4,8 milhões de m³

Rendimento no processamento 45% = 10,66 milhões de m³

Laminados e compensados +- 10 % da mad. Serrada = 11,73 milhões de m³

Produtividade Florestal 40 m³/ha.ano, rend. 50% toras = 20 m³/ha.ano

11,73 milhões de m³ /20 = 587 mil hectares = 2,3% da área

EUCALIPTO

VANTAGENS

Maio produtividade

Rotações mais curtas

Múltiplos usos p/madeira

Mais facilidade para colocação de subprodutos desbastes

Possibilidade de maior valor agregado

Concorrência internacional fraca

DESVANTAGENS

Mercado internacional menor

Mercado menos conhecido

Madeira bastante variável, dependendo da espécie (>500)

Exigente quanto a solos

Modelos Mais Comuns de MANEJO FLORESTAL

Pinus - Manejo “alto fuste” com realização de desbastes periódicos e exploração de resina; rotação 20 a 30 anos.

Eucalyptus- Celulose, energia e painéis: regime de cortes rasos a cada 7 anos com rebrota, mais praticado em S. Paulo.

- Madeira para uso múltiplo: “alto fuste” com realização de desbastes e rotação de 15 a 20 anos, ainda muito pouco praticado.

AGREGAÇÃO DE VALOR NA FLORESTA

Seleção criteriosa do material genético de acordo com as perspectivas de mercado,.

Melhoramento genético, para maior crescimento melhor forma etc.

Preparo do solo, plantio, adubações, controle da competição

Desramas para evitar nós.

Desbastes para crescimento em diâmetro e descarte das árvores de qualidade inferior.

Desramas para evitar nós.

Proteção da floresta contra incêndios e pragas.

Resinagem (pinus).

EXEMPLO DE AGREGAÇÃO DE VALORmadeira de eucalipto

Madeira serrada para embalagens

R$ 260 - 350/m3 => toras R$ 40/st em pé

Madeira serrada para móveis, construção e esquadrias mercado interno

R$ 500 - 800/m3 => Toras R$ 60 – 120/st em pé

Madeira serrada , aplainada e colada para janelas “lamelare” exportação para Europa

US$ 650,00/m3 => Toras R$ 240/st em pé

DESBASTES

0300300013813816

14014028013813727512

1201202402752755508

80801605505501.1004

RestanteColhidoInicialFinalColhidasInicialIdade

Volume m³Número de árvores

EUCALIPTO – Manejo para uso múltiploRotação 16 anos, 1.100 árvores/ha

Produtos da Plantação de eucalipto manejada para uso múltiplo

Madeira para energia, celulose ou painéis 50%

Toras para serraria ou laminação 50%

Rendimento médio na transformação ind. madeireira 50%

Do total da floresta:

Energia, celulose ou painéis 75%madeira serrada ou lâminas 25 %

Principais usos de madeira na construção civil

Tábuas para marcação da obra

Tabuas e painéis para formas de concreto, pontaletes e escoras

Vigamento e ripas para telhado

Madeira serrada para fabricação de batentes, portas, janelas, forros, assoalhos e guarnições

Laminas para portas e pisos

O gênero Eucalyptus, com mais de 600 espécies, cerca de 20, adaptadas no Brasil, poderia suprir toda a necessidade da demanda de madeira da construção civil, desde que, sua área de plantio fosse aumentada e manejada adequadamente.

Atributos de qualidade da madeira das toras destinadas à conversão em serraria ou lâminas

Baixa retratibilidade

Facilidade de trabalhar, colar e dar acabamento

Alto rendimento na conversão (diâmetros 30-60cm, fuste reto e cilíndrico, sem tendência a rachas, poucos nós)

Densidade aparente entre 500 e 1.000 kg/m³

Facilidade para secar sem deformações

Resistência mecânica adequada ao uso

Árvore Alvo

Boa forma, (reta e cilíndrica)

Alto incremento em diâmetro

Grã linear

Baixa tendência a rachamento

Madeira com baixas contrações

Resistência mecânica adequada ao uso

CRIAÇÃO DE EMPREGOS

Para cada 100 hectares de floresta manejada para uso múltiplo:

5 empregos no campo (preparo do terreno, plantio, controle de vegetação e de formigas, fertilização, desrama, desbastes e colheita da madeira).

5 empregos na indústria madeireira primária (serraria, laminação,tratamento preservativo).

5 a 15 empregos diretos( indústria de móveis, caixilhos, embalagens, molduras, casas).

Novos produtos com base em florestas plantadas

viga

CONCLUSÕES

Há grande necessidade de novas moradias e melhoria das existentes

Há terras desmatadas, e sub-utilizadas, principalmente pastagens

Necessidade de criar empregos e gerar riquezas

Necessidade de se preservar florestas nativas

Alta produtividade florestal

Possibilidades de seqüestrar Carbono, madeira = 49% de C.

Grande demanda de madeira para energia

= OPORTUNIDADES PARA GERAR RIQUEZA E EMPREGOS NO ESTADO DE MANEIRA SUSTENTÁVEL

MUITO OBRIGADO

Reinaldo Herrero Ponce

rhponce@ig.com.br