Post on 16-Apr-2015
Magnetoterapia em Fraturas Ósseas.
AUTOR: Julieta Garcia Prado Lic.
Lic. Terapia Física e de Reabilitação
Instituto de Ciências Médicas de Havana.
INTRODUÇÃO
O uso de campos magnéticos para fins terapêuticos é o que chamamos de
magnetoterapia.
Actualmente, o campo eletromagnético é um outro agente em nosso arsenal terapêutico
e complementar as terapias existentes, podemos influenciar o processo evolutivo de uma
doença, às vezes, antes que seja revelado.
O magnetismo é considerada um agente físico não-térmico e os seus efeitos biológicos
não dependem de outros agentes, como o aumento da temperatura, mas tem efeitos
muito subtis em vários níveis, que são amplificados e têm um efeito sistêmico é,
portanto, indicada em fases muito agudas do processo da doença devido a isso, não é
contra-indicado na presença de material de osteossíntese ou fixador externo de
substituição da articulação. Tem grande penetração e um efeito significativo sobre o
estímulo trófico de osso e colágeno, um efeito que está ligado à produção local de
microcorrente acelerando a osteogênese. Também tem um efeito significativo no nível
do aparelho circulatório, age como anti-inflamatório, analgésico e estimulante dos
mecanismos de imunidade. Desempenha um papel fundamental através de fenômenos
piezoelétricos com seu efeito mecânico de compactação das fibras colágenas, é um
estimulante da gênese de fibroblastos e osteoblastos, induzindo a produção de micro-
correntes ao nível da matriz óssea. ( 1)
Com base em toda esta experiência acumulada, considerando o impacto que as fraturas
têm nas consultas de reabilitação de cuidados primários e por causa de existir a
possibilidade de usar novos equipamentos de magnetoterapia na comunidade, decidimos
avaliar o valor da magnetoterapia no tratamento de fratura óssea, no âmbito de um
programa de reabilitação.
OBJETIVOS:
Analisar a influência da magnetoterapia na gestão de fraturas ósseas.
Avaliar o potencial de interação com outros procedimentos associados à fisioterapia.
Caracterizar a influência sobre a resposta inflamatória.
Medir a influência sobre o curso da dor.
Esclarecer a influência da recuperação funcional e a incorporação do paciente nas
atividades da vida diária (AVD)
MATERIAL E MÉTODOS:
Trabalho realizado no Departamento de Medicina Física e Reabilitação Médica e
Pesquisa do Centro Cirúrgico (Cimeq). Foi revisto o banco de dados informatizado do
Departamento, e obteve-se uma amostra de 86 pacientes com fraturas no ano passado, a
quem foram aplicados campos eletromagnéticos de baixa intensidade e freqüência,
enquanto a uma parte da amostra foram aplicado outros agentes físicos.
O programa de recuperação foi semelhante para todos os pacientes de acordo com sua
fase de desenvolvimento.
Os dados foram coletados de prontuários médicos que mostram a idade, sexo, os
procedimentos utilizados, o número de sessões em áreas que foram utilizadas e
avaliação do tratamento. As sessões foram aplicadas diariamente.
A fase aguda foi considerada o período de imobilização do paciente, e a fase crônica
quando a contenção é removida e a inflamação desaparece.
Todas as informações estão resumidas na tabela e gráficos para a análise da mesma.
Os equipamentos utilizados foram, EMF Alemão (Biomagnetics), italiano (Plurimo) e
Italiano-cubana (Biomax) através de aplicações solenóides locais e através de eletrodos
cilíndricos, dependendo do tipo de fratura foi utilizada em trans de execução no local da
fratura, com baixa intensidade (20 a 30 de Gauss) e baixa freqüência (10 e 15 Hz).
Nós usamos um equipamento de fabricação holandesa ondas curtas (Enraf-Nonius)
Com a aplicação de eletrodos em posição longitudinal, envolvendo as articulações
implicadas no processo.
Usamos protocolos de corrente interferencial de estimulação elétrica e de equipamentos
de eletroterapia, da Série Classic ítalo-cubana.
A avaliação da dor foi realizada através da escala analógica visual de 0-10.
Foram utilizados para a reabilitação muscular, exercícios utilizando ferramentas e
mecanoterapia, uma mesa de fisioterapia, pesos para os membros e um banco de
quadríceps convencional.
CONCLUSÕES:
Os casos onde se aplicou a magnetoterapia não apresentou complicações no primeiro
ciclo de tratamento, e o resultado foi satisfatório.
Amagnetoterapia é uma estratégia terapêutica útil no tratamento de fratura, tendo em
conta a eficácia global.
Os objetivos terapêuticos de reduzir a inflamação e a dor foram obtidos de forma
relativamente rápida, com um conjunto de sessões reduzido .
Para os casos mais complexos foi preciso mais tempo de tratamento e este deve
continuar.
Nos casos onde não foi aplicada magnetoterapia, foram os casos que não estavam na
fase aguda da fratura.
Os elevados custos socioeconômicos da fratura predominantemente afetam pessoas em
idade ativa de trabalho.
Nos casos que foram aplicadas menos de cinco sessões de tratamento para ambos os
tipos, verificou-se um resultado negativo.
Este trabalho é muito importante nesta fase, deveram ser distribuídos equipamentos de
terapia magnética nos cuidados primários do país, para que assim os pacientes possam
ser atendidos nas suas comunidades.
Recomendamos generalizar este tipo de abordagem clinica, pois este tipo de terapia tem
sido pouco utilizado por nossos serviços, apesar de ser reconhecida mundialmente a sua
eficácia, com especial importância para o facto de existir novos serviços de reabilitação
de magnetoterapia nas unidades de cuidados primários em Cuba e a que todos os
pacientes tem acesso, sem custos de tratamento.
Quadro n º 1 Distribuição por Idade e Sexo
Idade
Sexo
M F Total %
10-20 2 7 9 10.4
21-30 11 8 19 22
31-40 15 6 21 24.4
41-50 9 5 14 16.2
51-60 11 3 14 16.2
61-70 4 1 5 6
71-80 2 0 2 2.3
Mais de 80 2 0 2 2.3
Total 56 30 86 100
Quadro n º 1: Diagnóstico Evolução Segundo
Gráfico n º 2 Evolução como procedimento terapêutico.
REFERÊNCIAS
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magnetoterapia, ed: Editorial Cimeq 2002, pp: 19-26.
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