Mapeamento das casas de religiões de matriz africana no Rio de Janeiro

Post on 04-Jun-2015

1.295 views 3 download

description

A historiadora e coordenadora da pesquisa de Mapeamento das Casas de Religiões Africanas do Rio de Janeiro, Denise Pini, afirmou que, desde o ano de 2000, foram abertas 256 novas instituições em todo o estado do Rio, o que corresponde a 30,2% das casas mapeadas no estudo. O anúncio foi feito durante a apresentação pública da pesquisa, realizada na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), nesta terça-feira (05/06). Segundo Denise, a intolerância religiosa não impede que as religiões de matrizes africanas cresçam no estado. “Durante quatro anos, mapeamos 847 casas religiosas, localizadas nos 30 municípios mais populosos do estado, com o objetivo de auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas para as comunidades de terreiros e de ações efetivas pela liberdade religiosa”, ressaltou. LEIA A MATÉRIA COMPLETA EM http://j.mp/NGgciQ

Transcript of Mapeamento das casas de religiões de matriz africana no Rio de Janeiro

Mapeamento das casas de religiões de matriz africana no Rio de Janeiro

Visibilidade e intolerância religiosa

Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Orientação: Sonia Maria Giacomini

Alunas: Isabella Menezes

Namíbia Rodrigues

A intolerância religiosa é um conjunto de

ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de

intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a

liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até

mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças.

Definição de intolerância

Cruzamentos no SPSS;

Tabelas em Excel;

Elaboração de mapas;

Meios de análise:

1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 49 52 55 58 61 64 67 70 730

5

10

15

20

25

Sofre discriminação

Idade das casas X Número de queixas

Não foi identificado diferença significativa na

discriminação entre lideranças masculinas e lideranças femininas;

Não há diferença entre as matrizes (Candomblé,

Umbanda e Outras pertenças) quanto ao nível de discriminação;

A localização geográfica das casas parece interferir pouco no nível de discriminação.

Primeiras Conclusões:

Número de adeptos X Discriminação

10,0

0

15,0

0

20,0

0

25,0

0

30,0

0

40,0

0

50,0

0

70,0

0

85,0

0

92,0

0

97,0

0

105,

00

120,

00

140,

00

160,

00

200,

00

250,

00

350,

00

500,

00

600,

00

900,

00

1200

,00

2000

,00

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Sofre discriminação

Agressões verbais;

Agressões físicas;

Agressões contra a casa;

Denúncias policiais;

Outros.

Relatos mais frequentes:

Locais públicos (escola, trabalho, hospitais,

transportes, mercados);

Cachoeiras, encruzilhadas, cemitérios;

Próximo à casa e na própria casa;

Lugares mais frequentes:

Sofreram Discriminação

49%51%

NãoSim

“Um senhor Evangélico que mora ao lado do

terreiro derrubou o centro, deixando só as vigas. Alegando ser um local de prática de bruxarias e

sacrifícios de animais; Mãe Kenia teve que sair do trabalho por ser insultada tempo integral pela

patroa com um CD do grupo Evangélico ‘Fogo no Pé’; Filha de santo deixou de usar blusas de alça, por ter no braço as marcas das curas, os outros

funcionários discriminam. Para não criar polêmica prefere deixar de usar. Trecho da música: ‘Chuta essa macumba, não tem orixá nem Iemanjá’. “

Alguns relatos:

“Um vizinho costuma implicar com os membros quando eles arreiam oferendas na rua. Os membros de

igreja evangélica nas proximidades colocam hinos muito alto nos

aparelhos de som e ofereceram panfletos da igreja na porta da casa

de candomblé.”

“Sua filha biológica foi discriminada na escola em razão de usar paramentos da religião após sua iniciação. Evangélicos

costumam jogar ovos podres em sua casa religiosa e também sacos plásticos com água e ainda um pastor invadiu sua casa

para fazer “pregação” e expulsar a “mulher do demônio” dali. Informou ainda que não pode deixar os ornamentos típicos

da religião em seu portão porque os evangélicos os quebram.”

FIM