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MARAÍSA MACHADO MAIA
FAUNA ATROPELADA NA RODOVIA ESTADUAL MG 132 AO
LONGO DA REBIO PINHEIRO GROSSO, BARBACENA, MG
.
Trabalho de Conclusão apresentado ao Campus
Barbacena, do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais,
como parte das exigências do curso de Pós-
graduação Lato Sensu em Planejamento e Gestão
de Áreas Naturais Protegidas para a obtenção do
título de Especialista
BARBACENA
MINAS GERAIS – BRASIL
2016
MARAÍSA MACHADO MAIA
FAUNA ATROPELADA NA RODOVIA ESTADUAL MG 132 AO
LONGO DA REBIO PINHEIRO GROSSO, BARBACENA, MG
.
Trabalho de Conclusão apresentado ao Campus
Barbacena, do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais,
como parte das exigências do curso de Pós-
graduação Lato Sensu em Planejamento e Gestão
de Áreas Naturais Protegidas para a obtenção do
título de Especialista
Orientador: Prof. Fernando Martins Costa
BARBACENA
MINAS GERAIS – BRASIL
2016
M217f
Maia, Maraísa Machado, 2016
Fauna atropelada na rodovia estadual MG 132 ao longo da Rebio Pinheiro
Grosso, Barbacena/MG/Maraísa Machado Maia – Barbacena, 2015.
IX, 42 f.,29,7 cm.
Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização) – Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais – Campus
Barbacena, 2015.
1. Atropelamento 2. Hotspots 3. Ecologia de Estradas. I. Título.
CDD580
MARAÍSA MACHADO MAIA
FAUNA ATROPELADA NA RODOVIA ESTADUAL MG 132 AO
LONGO DA REBIO PINHEIRO GROSSO, BARBACENA, MG
Trabalho de Conclusão apresentado ao Campus Barbacena, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais, como parte das exigências do curso de Pós-graduação Lato Sensu em Planejamento e Gestão de Áreas Naturais Protegidas para a obtenção do título de Especialista
APROVADA: 08 de dezembro de 2014
____________________________ ___________________________
Prof. Geraldo Majela Moraes Salvio Prof. Ricardo Tayarol Marques
_________________________
Prof. Fernando Martins Costa. Orientador
BARBACENA
MINAS GERAIS – BRASIL
2016
iii
Programa de Especialização em Planejamento e Gestão de Áreas
Naturais Protegidas
FAUNA ATROPELADA NA RODOVIA ESTADUAL MG 132 AO
LONGO DA REBIO PINHEIRO GROSSO, BARBACENA, MG
RESUMO
Maraísa Machado Maia
Janeiro, 2016
Orientador: Prof. Fernando Martins Costa
As estradas constituem um dos principais vetores de desenvolvimento
socioeconômico. No Brasil é o principal meio de transporte de passageiros e cargas.
Porém, sua implantação e operação geram impactos físicos, sociais e biológicos, os
quais são objeto de estudo da ecologia de estradas. No Brasil somente a vertente
biológica vem sendo desenvolvida, embora ainda de forma tímida, pois está
centrada no atropelamento, que é a parte mais visível dos impactos à fauna. O
presente trabalho avaliou o atropelamento de vertebrados no trecho da Rodovia MG
132 ao longo da Reserva Biológica de Pinheiro Grosso por 18 campanhas com início
entre 05:30h e 08:00h. Para verificar a presença de agregações foi utilizado o teste
2D Ripley K-Statistics no programa SIRIEMA. Os animais foram divididos em grupos
de interesse: mamíferos silvestres, mamíferos domésticos e aves. O teste 2D
HotSpot Identification foi utilizado para identificar os locais específicos onde existe
uma maior quantidade de atropelamentos (hotspots) ao longo da rodovia
monitorada. Foram registrados 22 espécimes, sendo 11 animais domésticos. Os 11
espécimes silvestres estão distribuídos entre 8 espécies. O teste 2D Ripley K-
Statistics indicou um ponto de agregação a partir de um raio de tamanho de 700 m
até 1,8 km para os mamíferos silvestres (gambá-de-orelhas-pretas). Apresentando,
portanto, um hotspot de atropelamento. Neste caso é sugerida como medida
mitigatória passagens no estrato arbóreo.
Palavras-chave: Atropelamento, hotspots, ecologia de estradas.
iv
Program of Specialization in Planning and Management of
Protected Areas
RUN OVER FAUNA IN STATE HIGHWAY MG 132 ALONG REBIO
PINHEIRO GROSSO, BARBACENA, MG
ABSTRACT
Maraísa Machado Maia
January, 2016
Adviser: Professor Fernando Martins Costa
The roads constitute one of main vectors of socioeconomic development. In Brazil is
the major means of transportation to passengers and loads. However, their
implantation and operation generate physic, biologic and social’s impacts, which are
road ecology’s object of study. In our country only the biological vein are in growing,
though until so that shy mode. Therefore, it is very concentrated in the run over,
which is the more perceptible of the fauna’s impacts. The present work evaluates the
collisions of vertebrates in the stretch of Road MG 132 along the Reserva Biológica
de Pinheiro Grosso for 18 campaigns between 05h30min e 08h00min a.m. To verify
the presence of aggregations was used the test 2D Ripley K-Statistics in the program
SIRIEMA v.1.1. The animals were divided interest groups: wild mammals, domestic
mammals and birds. The test 2D HotSpot Identification was used to identify the
specific places where exist the biggest of animal’s collisions (hotspot) along the
monitored road. Were recorded 22 specimens, which 11 were domestic. The 11
specimens are divided between 8 species. The test 2D Ripley K-Statistics indicate
one point of aggregation begin of a radius of 700 m until 1,8 km for the wild mammals
(opossum). Showing, thus, one hotspot of run over. In this case is suggested the
treetop overpasses passages as mitigation measure.
Keywords: Run over, hotspots, road ecology.
v
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Página
Figura 1 Número de animais atropelados registrados pelo sistema Urubu por
classe...........................................................................................................................8
Figura 2 Número de animais por classe em cada unidade federativa(Parte
1)..................................................................................................................................9
Figura 3 Número de animais por classe em cada unidade federativa (Parte
2..................................................................................................................................10
Figura 4 Número de animais atropelados por
bioma..........................................................................................................................11
Figura 5 Animais atropelados em Unidades de Conservação (Parte
1)................................................................................................................................12
Figura 6 Animais atropelados em Unidades de Conservação (Parte
2)................................................................................................................................13
Figura 7 Mapa da localização da REBIO de Pinheiro Grosso em Barbacena e sua
representação dentro do
Estado........................................................................................................................15
Figura 8 Mapa da Reserva Biológica de Pinheiro Grosso e os usos do
solo.............................................................................................................................16
Figura 9 Ordem das fotografias a serem tiradas em
campo.........................................................................................................................17
Figura 10 Exemplo da 1ª fotografia (Basileuterus culicivorus culicivorus encontrado
no dia
02/08/2014)................................................................................................................18
Figura 11 Exemplo da 2ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014)...............................................18
Figura 12 Exemplo da 3ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014)...............................................19
Figura 13 Exemplo da 4ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014)...............................................19
Figura 14 Exemplo da 5ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014)...............................................20
vi
Figura 15 Espécimes encontrados durante o monitoramento de animais atropelados
ao longo da REBIO Pinheiro Grosso entre maio e setembro de 2014.......................21
Figura 16 Espécimes atropelados por grupo de interesse........................................22
Figura 17 Hotspot de atropelamento de mamíferos silvestres..................................23
Figura 18 Fotografia aérea da Rebio Pinheiro Grosso com os espécimes
atropelados encontrados durante o monitoramento...................................................24
vii
LISTA DE TABELAS
Página
Tabela 1 Áreas Protegidas criadas anteriores ao Sistema Nacional de Unidades de
conservação e seus respectivos instrumentos de criação.........................................4
Tabela 2 Áreas protegidas criadas após o SNUC e seus instrumentos de
criação........................................................................................................................5
Tabela 3 Levantamentos desenvolvidos dentro e/ou no entorno de Unidades de
Conservação e sua taxa de atropelamento................................................................6
viii
LISTA DE SIGLAS
CBEE Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas
CNPq Centro Desenvolvimento Científico e Tecnológico
CNT Conferência Nacional de Transportes
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
CRECESP Clube dos Servidores Civis da Escola Preparatória de Cadetes do Ar
DNEF Departamento de Estradas de Ferro
DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem
DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
GAP Grupo de Pesquisas em Planejamento e Gestão de Áreas Naturais
Protegidas
GEIPOT Grupo Executivo para Integração da Política de Transportes
IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis
ICOET International Conference of Ecology and Transport
IEF Instituto Estadual de Florestas
IFE Inspetoria Federal de Estradas
IF Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
IUCN International Union for Conservation of Nature
NEPA National Environmental Policy Act
PNAP Plano Estratégico Nacional de Áreas Protegidas
PROFAS Programa de Rodovias Federais Ambientalmente Sustentáveis
Rebio Reserva Biológica
SIRIEMA Spatial Evaluation of Road Mortality Software
SIG Sistema de Informação Geográfica
SNUC Sistema de Nacional de Unidades de Conservação
UC Unidade de Conservação
UFV Universidade Federal de Viçosa
UTM Universal Transversa de Mercator
ix
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................... 1
REVISÃO DE LITERATURA .............................................................................................................. 3
Áreas Naturais Protegidas e Unidades de Conservação ............................................... 3
Ecologia de Estradas ....................................................................................................... 5
OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 13
MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................................. 14
Área de estudo ............................................................................................................... 14
Metodologia .................................................................................................................... 16
RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................................... 21
ANEXOS .............................................................................................................................................. 35
ANEXO A - Espécies de aves registradas na Área da REBIO Pinheiro Grosso ......... 35
ANEXO B - Espécies de mamíferos registradas na Área ............................................ 42
1
INTRODUÇÃO
Com a globalização da economia, o setor de transportes ganha a cada dia
mais importância, tornando-se essencial ao crescimento consistente de qualquer
modelo de desenvolvimento. As estradas constituem neste contexto um dos
principais vetores do avanço socioeconômico. Atualmente compõem o principal meio
de transporte de passageiros e cargas no Brasil, representam 61,1% da matriz de
transporte (CNT, 2012). Entretanto, acarretam impactos ambientais, cuja dimensão
ainda não pode ser quantificada adequadamente. A ecologia de estradas está
saindo da fase embrionária para se tornar uma importante linha de pesquisa
aplicada (BAGER e FONTOURA, 2012).
Os impactos são provenientes da implantação física de rodovias: perda direta
e criação de novos habitats, refúgios e corredores de dispersão na faixa de domínio,
e a fragmentação. Um impacto proveniente do tráfego em estradas é a morte de
indivíduos. São impactos da implantação física e tráfego: perda de conectividade
(rotas de movimentação entre os habitats); redução ou perda da permeabilidade
(fluxo entre os habitats); efeitos de borda que é a alteração nas características de
habitats, incluindo temperatura, umidade, radiação solar e vento (ATTADEMO et al.
2011); dispersão de espécies nativas e exóticas. Outros impactos são: abertura de
frentes de colonização e expansão agropecuária; aumento das bordas dos habitats;
geração de material particulado; emissão de ruídos; impermeabilização do solo e
redefinição das drenagens; emissões de motores e liberação de substâncias dos
pneus e pavimento; iluminação artificial; vibração dos veículos; descarte de lixo e por
fim a contaminação acidental por produtos químicos perigosos (LAUXEN e KINDEL,
2012).
Segundo SEILER e HELLDIN (2006) nenhum impacto de transporte é tão
visível quanto os atropelamentos de animais. Afirmam ainda que nos dias atuais, é
corriqueiro as pessoas verem mais animais atropelados ao longo de estradas e
rodovias do que indivíduos coespecíficos em zoológicos ou em seu habitat natural.
Segundo o Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas – CBEE (2014) mais de 15
animais morrem nas estradas brasileiras a cada segundo. Diariamente morrem cerca
de 1,3 milhões de animais e ao final de um ano estima-se que mais de 475 milhões
de animais silvestres são atropelados no Brasil.
Estes impactos se tornam ainda mais graves quando presentes em unidades
de conservação (UC), uma vez que têm sido a principal estratégia de conservação
2
da biodiversidade. BAGER (2012) diagnosticou os impactos ambientais de
empreendimentos lineares em UCs brasileiras. Participaram deste estudo 243
unidades de diferentes esferas administrativas. Destas, 22% apresentavam malha
viária maior que 90 km no interior ou no entorno das unidades e 23% apresentam
mais de cinco estradas em sua área, o que intensifica o efeito de borda. Neste
mesmo estudo foi relatado ainda pelos gestores que 74% das unidades já
verificaram atropelamento da fauna silvestre e dos 18% que afirmaram não possuir
registros de atropelamento, 92% afirmam não possuir estradas no seu interior ou
entorno. Ainda que muitas unidades afirmem ter impactos de atropelamento de
fauna na sua área, segundo o CBEE (2012), foram realizados baixíssimos esforços
em avaliar esses efeitos.
3
REVISÃO DE LITERATURA
Áreas Naturais Protegidas e Unidades de Conservação
Área Protegida segundo IUCN (1994) apud Dudley (2008) é uma área
terrestre ou marítima especialmente dedicada à proteção e manutenção da
diversidade biológica, e dos recursos naturais e culturais associados, manejados
através de instrumentos legais ou outros instrumentos efetivos.
Davenport e Rao (2002) destacam algumas diretrizes sobre conservação de
vida silvestre, desde as primeiras culturas pré-agrárias na Ásia e Oriente Próximo:
Na índia 400 a.C. todas as formas de uso e atividade extrativista foram proibidas nas florestas sagradas; 700 a.C. nobres assírios estabeleceram reservas de caça do Império Persa na Ásia Menor, estabelecidas entre 550 e 350 a.C.; na China foram estabelecidas leis de proteção para planícies úmidas durante o século VI d.C.; Veneza criou reservas de veados e javalis no início do século VII; na Bretanha foram promulgadas leis florestais no
século XI (Davenport e Rao, 2002, p. 518).
Outras motivações recorrentes eram a preservação de sítios de espetacular
beleza cênica e/ou animais e árvores de grande porte. Como exemplo deste
conceito pode-se citar a criação do Parque Nacional de Yellowstone, em 1872 nos
EUA. Ele é considerado o marco fundador da moderna política de UCs. Havia
também preocupação com a manutenção dos mananciais e com o controle da
qualidade da água servida as populações urbanas. Podemos citar como exemplo
brasileiro o replantio de uma parte da Floresta da Tijuca, praticamente dentro da
cidade do Rio de Janeiro, entre 1861 e 1889. A preocupação com a oferta de água
para uma grande população urbana gerou a gestão especial de uma área que,
muitos anos mais tarde, transformou-se num parque nacional (DRUMMOND et al.,
2010).
A constituição brasileira de 1934 (segunda constituição republicana) foi a
primeira a abordar a proteção da natureza como um princípio básico. E definiu que
era responsabilidade da União “proteger belezas naturais e monumentos de valor
histórico e artístico” (BRASIL, 1934a).
Como consequência, ainda em 1934, foi criado o primeiro Código Florestal
que definiu, em bases sólidas e concretas, um projeto brasileiro de proteção
ambiental (BRASIL,1934b). Nele foram estabelecidos, pela primeira vez, os critérios
para a proteção dos principais ecossistemas florestais e demais formas de
4
vegetação naturais do país além de introduzir a ideia de categorias de manejo em
função dos objetivos e finalidades da área criada, que foi mantida nos instrumentos
de proteção posteriores (MEDEIROS, 2003 apud MEDEIROS et al., 2004).
A partir deste código houve então a criação do Parque Nacional do Itatiaia em
1937. A partir de então foi surgindo um sistema complexo e desarticulado de áreas
protegidas, conforme é possível ver na Tabela 1.
Tabela 1 – Áreas Protegidas criadas anteriores ao Sistema Nacional de Unidades de
conservação e seus respectivos instrumentos de criação.
CATEGORIA INSTRUMENTO DE CRIAÇÃO
Parque Nacional Código Florestal de 1934 (Decreto nº 23.793 de 23/01/1934)
Floresta Nacional Código Florestal de 1934 (Decreto nº 23.793 de 23/01/1934)
Áreas de Preservação Permanentes Código Florestal de 1965 (Lei nº 4.771 de 15/09/1965)
Reserva Legal Código Florestal de 1965 (Lei nº 4.771 de 15/09/1965)
Reserva Biológica Lei de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197 de 03/01/1967)
Parque de Caça Federal Lei de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197 de 03/01/1967)
Estações Ecológicas Lei nº 6.902 de 27/04/1981
Área de Proteção Ambiental Lei nº 6.902 de 27/04/1981
Reservas Ecológicas Decreto nº 89.336, de 31/01/1984
Áreas de Relevante Interesse Ecológico Decreto nº 89.336, de 31/01/1984
Terras indígenas Lei de terras indígenas (Decreto nº 1775 de 08/01/1996)
Fonte: Medeiros (2004)
Após longas discussões em 2000 foi instituído o Sistema Nacional de
Unidades de Conservação - SNUC, o qual redefiniu algumas categorias e criou
outras (Tabela 2). Segundo o SNUC, unidades de conservação são definidas como:
Espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção (BRASIL, 2000, p.7).
As unidades de conservação são divididas em dois grupos, o de Proteção
Integral e o de Uso Sustentável. As UCs de Proteção Integral têm como objetivo
básico preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus
recursos naturais. Já as UCs de Uso Sustentável possuem como objetivo básico
compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos
seus recursos naturais (BRASIL, 2000).
5
A Reserva Biológica - REBIO faz parte do grupo de proteção integral. Tem
como objetivo preservar a biota e demais atributos naturais existentes em seus
limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais, excetuando-se
as medidas de recuperação e de manejo necessárias para recuperar e preservar o
equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos naturais
(BRASIL, 2000).
Tabela 2 - Áreas protegidas criadas após o SNUC e seus instrumentos de criação.
CATEGORIA INSTRUMENTO DE CRIAÇÃO
Monumento Natural Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9985 de 18/07/2000)
Refúgio de Vida Silvestre Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9985 de 18/07/2000)
Reserva Extrativista Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9985 de 18/07/2000)
Reserva de Fauna Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9985 de 18/07/2000)
Reserva de Desenvolvimento Sustentável Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9985 de 18/07/2000)
Reserva Particular do Patrimônio Natural Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Lei nº 9985 de 18/07/2000)
Áreas de Servidão Florestal Medida Provisória nº 2166-67/2001
Terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos
Decreto n° 4887, de 20/11/2003
Áreas de servidão ambiental Lei 11.284/2006
Fonte: (BRASIL, 2000; BRASIL, 2001; BRASIL, 2003; BRASIL, 2006)
Apesar do SNUC o sistema de áreas protegidas permanecia desarticulado, pois as
terras indígenas, áreas quilombolas e Áreas de Preservação Permanente
apresentavam gestões de órgãos diferentes, respectivamente FUNAI, IPHAN e
ICMBio. Assim, em 2006, foi instituído o Plano Estratégico Nacional de Áreas
Protegidas (PNAP) com a finalidade de cumprir os compromissos assumidos na
Convenção sobre a Diversidade, em 1992, durante Conferência das Nações Unidas
sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD). O PNAP visa tornar a gestão
destas importantes áreas coerente com a manutenção mais efetiva da
biodiversidade, tornando possível inclusive a mudança de categoria em Unidades de
Conservação (BRASIL, 2006).
Ecologia de Estradas
Os primeiros estudos do que vem sendo denominado hoje como ecologia de
estradas abordaram mais a geologia do que o aspecto biológico. No final do século
6
XIX e início do século XX, as questões ambientais levantadas referentes a estradas
eram a erosão, a hidrologia e a drenagem. No início do século passado houve
pesquisas relacionadas a atropelamentos de grandes mamíferos, normalmente mais
influenciadas pelos elevados custos econômicos e sociais da reparação dos danos
gerados pelo acidente (LAY, 1992 apud FORMAN, 2003). Porém a ecologia de
estradas somente nasceu como ciência em 1994 durante uma conferência da
Ecological Society of America (FORMAN, 2003). No Brasil, o início deste campo de
estudo se deu com a publicação do artigo escrito por NOVELLI et al. (1988), no qual
os autores descrevem a mortalidade de aves em decorrência de atropelamentos.
Para se conhecer os impactos de atropelamento, uma das técnicas utilizadas
é o MI (Mortality Index) que permite estimar o número de animais atropelados por
classe/grupo ao logo do tempo, podendo se extrair dados de sazonalidade, grupo
mais afetado, entre outros. Na Tabela 3, estão dispostos estudos desenvolvidos em
estradas que estão dentro e/ou no entorno de unidades de conservação.
Tabela 3 – Levantamentos desenvolvidos dentro e/ou no entorno de Unidades de
Conservação e sua taxa de atropelamento.
Trabalhos sobre atropelamento Taxa de atropelamento [(N/Km)/d] Scoss (2002) 0,034
Bagatini (2006) 0,007 Magina et al. (2007) 0,109
Oliveira e Silva (2012) 0,088 Printes et al. (2012) 0,240 Bager e Rosa (2012) 0,250
Figueiredo et al. (2013) 0,080 Autor: Maraísa Machado Maia
O primeiro programa documentado de minimização de impactos ambientais
de rodovias foi realizado pelo Ministério dos Transportes, pela extinta Empresa
Brasileira de Planejamento de Transportes. O Programa Estrada Viva foi realizado
na BR 262, entre os municípios de Campo Grande e Corumbá. Apesar dos
expressivos resultados e da importância ecológica da região, somente em 2010 os
órgãos responsáveis oficializaram a implantação das propostas apresentadas na
conclusão do estudo em 2000. Porém é sabido que outros estudos concomitantes a
este, e mesmo posteriores, tiveram maior agilidade na implantação das medidas de
mitigação (BAGER e FONTOURA, 2012).
Ainda com relação à mitigação, as primeiras experiências ocorreram na
década de 1990, com diferentes propostas e foram instalados na Bahia (Linha Verde
7
– BA 099), São Paulo (Parque Estadual do Morro do Diabo) e Rio Grande do Sul
(Estação Ecológica do Taim - BR 471). Destes, os melhores registros ecológicos
estão na Estação Ecológica do Taim, instalado em 1998 e constituído por três
setores sendo dois com tela em toda a sua extensão e 19 túneis. Este sistema foi
instalado visando minimizar a mortalidade das espécies Myocastor coypus (ratão do
banhado) e Hydrochaeris hydrochaeris (capivara) (BAGER e FONTOURA, 2012).
O estudo de avaliação da medida mitigatória denominada passagem inferior,
para mamíferos de médio e grande porte, no estado de São Paulo, demonstrou que
as espécies usavam, porém apresentavam alguns padrões de utilização, que devem
ser melhor estudados em uma pesquisa mais longa (ABRA, 2012). Já o estudo de
BAGATINI (2006) apontou que, de fato, em relação ao estudo anteriormente
realizado (antes da colocação de placas de advertência) houve diminuição nas taxas
de atropelamento, contudo não foi possível apontar esta como sua causa principal.
Como foi dito por BAGER e FONTOURA (2012), as avaliações das medidas
mitigatórias ainda são muito incipientes, fazendo com que as propostas de mitigação
sejam baseadas em experiências internacionais, desenvolvidas e validadas para
espécies de clima temperado e com especificidades contrastantes à brasileira.
Tais resultados refletem o número de pessoas que efetivamente trabalham
nesta área. Em pesquisa no diretório de grupos de pesquisa do Centro
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) foram apontados apenas nove
grupos que trabalham com o tema, sendo que somente em dois o seu tema é
central.
Os trabalhos de BAGER et al.(2007) e DORNAS et al. (2012) avaliaram como
se distribuía o conhecimento brasileiro a respeito de Ecologia de Estradas durante
1995 e 2006, e 2000 e 2009, respectivamente. Ambos apontaram que a maior parte
da produção científica brasileira está baseada em listagens de fauna atropelada e
em resumos de congressos. Entretanto DORNAS et al. (2012) demonstra uma
tendência de alteração neste padrão, migrando para revistas, embora ainda sejam
de baixo impacto e/ou regionais.
O problema dessa centralização dos estudos em atropelamentos é que os
mesmos não abordam todos os problemas da fauna, uma vez que não representam
a densidade de indivíduos no entorno da rodovia. Existem inúmeros fatores
condicionando a mortalidade, como afugentamento, atração, capacidade ou
velocidade de travessia e tráfego de veículos que influenciam a relação
atropelamento / densidade de indivíduos no entorno (FORMAN et al., 2003). Valores
8
semelhantes de taxa de atropelamento nem sempre implicam num mesmo
resultado. Ás vezes a taxa de atropelamento é baixa, mas a densidade da espécie
também é. Logo, o impacto será significativo.
A ecologia de estradas deve estar centrada na pesquisa científica para que
seja possível aprimorar as técnicas de mitigação, discutir métodos de amostragem e
análise de dados, entre outros, sobretudo para a aplicação destes conceitos em
nossas rodovias. Esta nova ciência teve crescimento de importância nos últimos
anos a exemplo a criação do Centro Brasileiro de Ecologia de Estradas (CBEE) e o
desenvolvimento do Sistema Urubu que permite que pessoas registrem
atropelamentos de fauna através do celular. Todavia a ausência de fontes de
capacitação é uma barreira à sua efetivação, sobretudo a profissionais de outras
áreas necessárias a efetivação de rodovias ambientalmente adequadas (BAGER,
2012).
Na figura 1 são apresentados alguns resultados captados pelos usuários do
sistema Urubu. Os animais registrados até 24 de março de 2015 por classe foram
500 indivíduos da classe Amphibia, 1460 para a classe Aves, 3178 para a classe
Mammalia, 1967 para a classe Reptilia e 26 indivíduos sem classe definida.
Figura 1 – Número de animais atropelados registrados pelo sistema Urubu por classe. Fonte: CBEE (2015)
Foram registradas ainda as classes de animais mais atropelados por estado
brasileiro (Figura 2 e 3) e por bioma (Figura 4). Os estados que apresentaram maior
7%
20%
45%
28%
0%
Número de animais atropelados registrados pelo sistema Urubu por classe
Amphibia
Ave
Mammalia
Reptilia
Indefinido
9
número de registros foram Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Com relação ao
bioma, o que apresentou maior número de atropelamentos foi o Pantanal e a Mata
Atlântica. Os registros de animais atropelados por classes em unidades de
conservação (Figura 5 e 6) indicaram que a APA Planalto Central foi quem
apresentou o maior número de atropelamentos. Contrariando a tendência da Figura
1, a classe predominante foi Aves. Porém os dados seguiram uma tendência
internacional, pois, Erritzoe e Mazgajski (2003) afirmam que mortalidade de aves
atinge valores da ordem de centenas de milhões de indivíduos anualmente,
destacando-se os passeriformes como o grupo mais atingido.
Figura 2 - Número de animais por classe em cada unidade federativa (Parte 1). Fonte: CBEE (2015)
Reptilia
Mammalia
0
500
1000
1500
2000
Número de animais atropelados por classe por unidade da federação (Parte 1)
Reptilia Amphibia Aves Mammalia Indefinido
10
Figura 3 - Número de animais por classe em cada unidade federativa (Parte 2). Fonte: CBEE (2015)
Figura 4 - Número de animais atropelados por bioma. Fonte: CBEE (2015)
Reptilia
Mammalia
0
50
100
150
200
250
300
Número de animais atropelados por classe por unidade da federação (Parte 2)
Reptilia Amphibia Aves Mammalia Indefinido
Amphibia Aves Mammalia Reptilia Indefinido Total
Caatinga 6 6 52 15 0 79
Pantanal 0 8 61 13 0 82
Amazônia 30 69 161 83 0 343
Cerrado 14 220 635 99 1 969
Mata Atlântica 396 381 687 435 5 1904
Pampa 54 776 1575 1322 20 3747
Número de animais atropelados por bioma
11
Figura 5 - Animais atropelados em Unidades de Conservação (Parte 1). Fonte: CBEE (2015)
0
50
100
150
200
250
300
AP
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Cim
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Classes de animais atropelados por unidade de conservação (Parte 1)
total
indefinido
reptilia
mammalia
aves
amphibia
12
Figura 6 - Animais atropelados em Unidades de Conservação (Parte 2). Fonte: CBEE (2015)
0
2
4
6
8
10
12
14
16
Classes de animais atropelados por unidade de conservação (Parte 2)
Total
Indefinido
Reptilia
Mammalia
Aves
Amphibia
13
OBJETIVOS
O presente trabalho teve por objetivos verificar se a área estudada apresenta
taxas significativas de atropelamento, registrar a riqueza de vertebrados
atropelados na Rodovia Estadual MG 132 ao longo da REBIO Pinheiro Grosso,
Barbacena-MG entre os meses de maio e setembro de 2014 e localizar possíveis
hotspots de atropelamento de fauna neste mesmo período.
14
MATERIAL E MÉTODOS
Área de estudo
A REBIO de Pinheiro Grosso está situada no Distrito de Pinheiro Grosso,
município de Barbacena, estado de Minas Gerais (Figura 6). Foi criada pela Lei
Municipal Nº 2.250 de 30/11/87 com uma área de 467,16 ha. Está inserida na
transição entre os climas tropical e temperado com médias anuais entre 14ºC e 20ºC
(INSTITUTO RIO LIMPO, 2007 apud CRUZ et al., 2013).
Figura 7 - Mapa da localização da REBIO de Pinheiro Grosso em Barbacena e sua
representação dentro do Estado. Autor: Frederico Martins. Fonte: SILVEIRA Jr. et al.(2013)
O regime pluviométrico é caracterizado por verão chuvoso e inverno seco. O
relevo dominante na bacia (Rio das Mortes) é constituído por colinas com vertentes
convexo-côncavas. Com altitudes, em geral, entre 1000 m e 1100 m. Sua cobertura
vegetal é caracterizada como Floresta Estacional Semidecidual (INSTITUTO RIO
LIMPO, 2007 apud CRUZ et al., 2013; GHEOSFERA, 2006 apud CRUZ et al., 2013).
Em levantamentos anteriores (INSTITUTO RIO LIMPO, 2007 apud CRUZ et al.,
2013; GHEOSFERA, 2006 apud CRUZ et al., 2013) foram identificados somente
15
animais terrestres, com enfoque para a avifauna e mastofauna (Anexos A e B). Entre
os mamíferos foi registrado o sauá (Callicebus personatus) que está ameaçado de
extinção em Minas Gerais (DRUMMOND et al., 2008). Apesar da área ter sido criada
como categoria mais restritiva dentre as unidades de conservação, há impactos
negativos com a presença da rodovia MG 132 que secciona a UC separando-a em
dois fragmentos (Figura 2). Além de vários usos conflitantes, sobretudo pelo fato de
que após a sua criação não foram tomadas as medidas para sua implantação, como
o plano de manejo. Não cumpre a função social e não há o reconhecimento pela
comunidade desta área como UC. Assim, o patrimônio genético ali existente está
ameaçado (SILVEIRA Jr. et al., 2013).
Figura 8 – Mapa da Reserva Biológica de Pinheiro Grosso e os usos do solo. Autor: Dhiego
Almeida Pinto e Rejane de Fátima Coelho (2014).
16
Metodologia
Os impactos foram registrados e avaliados a partir do monitoramento de
fauna de vertebrados atropelada entre maio e setembro de 2014, totalizando 18
campanhas. Seguiu-se a metodologia proposta por BAGER (2013), com
monitoramentos realizados por duas pessoas a pé, uma vez por semana, iniciados
entre 05h30min e 08h00min, nos trechos entre as coordenadas UTM 633598 /
7655655 e 635718 / 7656467. De cada animal detectado foram anotadas/tomadas
as coordenadas geográficas, imagens fotográficas do espécime e ambiente ao redor
e número do indivíduo. A primeira fotografia foi tirada em vista superior do animal
com a placa de identificação numa folha A4 contendo o número do indivíduo,
espécie e data junto a uma régua. As demais fotografias registraram a paisagem de
entorno, seguindo o sentido horário em relação ao sentido do monitoramento (Figura
8). As fotografias da paisagem foram tiradas perpendicularmente a altura do
observador, seguindo a seguinte sequência: (2ª) à direita, (3ª) sentido contrário ao
monitoramento, (4ª) à esquerda e (5ª) mesmo sentido do monitoramento. Estas
fotografias permitiram a obtenção de informações da paisagem de entorno e das
características da rodovia no ponto de amostragem para realização da análise da
paisagem (Figuras 9-13).
Figura 9 – Ordem das fotografias tiradas em campo do animal atropelado, da paisagem, do
entorno e da rodovia. Fonte: BAGER, 2013.
17
Figura 10 – Exemplo da 1ª fotografia (Basileuterus culicivorus culicivorus encontrado no dia
02/08/2014). Autor: Maraísa Machado Maia
Figura 11 – Exemplo da 2ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014). Autor: Maraísa Machado Maia.
18
Figura 12 – Exemplo da 3ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014). Autor: Maraísa Machado Maia.
Figura 13 – Exemplo da 4ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014). Autor: Maraísa Machado Maia.
19
Figura 14 – Exemplo da 5ª fotografia (paisagem ao redor do espécime de Basileuterus
culicivorus culicivorus encontrado no dia 02/08/2014). Autor: Maraísa Machado Maia.
Para verificar a presença ou não de agregações e em qual escala essas
agregações ocorrem, foi utilizado o teste 2D Ripley K-Statistics do programa
SIRIEMA (Spatial Evaluation of Road Mortality Software) v1.1 (COELHO et al.,
2011).
Primeiramente os animais foram divididos em grupos de interesse1
(mamíferos silvestres, mamíferos domésticos/sinantrópicos e aves), pois, grupos
1 Segundo Brasil (1998) são espécimes da fauna silvestre todos aqueles
pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou
terrestres, que tenham todo ou parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos
limites do território brasileiro, ou em águas jurisdicionais brasileiras. Segundo Brasil
(2006) entende-se por espécies domésticas: espécies que, por meio de processos
tradicionais e sistematizados de manejo ou melhoramento zootécnico, tornaram-se
dependentes do homem apresentando características biológicas e comportamentais
em estreita relação com ele, podendo apresentar fenótipo variável, diferente da
espécie silvestre que as originaram; E por fauna sinantrópica: populações animais
de espécies silvestres nativas ou exóticas, que utilizam recursos de áreas
antrópicas, de forma transitória em seu deslocamento, como via de passagem ou
local de descanso; ou permanente, utilizando-as como área de vida.
20
diferentes podem apresentar agregações diferentes. Nesse teste, foi utilizado um
raio inicial de 300 metros, com um incremento de raio de 400 metros, 100
simulações e o limite de confiança de 95%. A função L(r) usada para a interpretação
dos resultados do teste permite avaliar a intensidade de agregação de
atropelamentos em diferentes escalas. Os valores de L(r) acima dos limites de
confiança indicam escalas com agrupamentos significativos e os valores abaixo
desses limiares indicam escalas com dispersão significativa (COELHO et al., 2011).
O teste 2D HotSpot Identification do programa SIRIEMA v1.1 (COELHO et al.,
2011) foi utilizado para identificar os locais específicos onde existe uma maior
quantidade de atropelamentos (hotspots) ao longo da rodovia monitorada. A função
Nevents - Nsimulated, número de eventos subtraído do número de eventos simulados, foi
usada na interpretação dos resultados do teste, pois permite avaliar em que locais
da rodovia existem agregações de atropelamento (COELHO et al., 2011). A rodovia
foi dividida em trechos de 500 metros.
Adicionalmente foi estimada a magnitude dos atropelamentos, calculada pelo
índice de mortalidade (MI) proposto pela Internacional Conference of Ecology and
Transport (ICOET), sendo MI = n/d/t, onde n = número total de indivíduos, d =
distância do trecho monitorado em km, t = tempo de monitoramento que pode ser
dia, mês ou ano. Este índice demonstra a frequência de registros gerais por dia e
por grupo faunístico.
21
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram encontrados 22 espécimes, sendo 11 animais domésticos/
sinantrópicos (cães, gatos e ratos) representando 50% dos atropelamentos (Tabela
3). Os 11 espécimes silvestres representaram 8 espécies. A maior parte, dos
silvestres, foram aves (63.64% dos indivíduos) e os todos mamíferos foram
representados por uma única espécie: Didelphis aurita (36.36%). Os animais mais
atropelados foram: Canis lupus familiaris (Linnaeus, 1758), com 6 indivíduos; Mus
musculus (Linnaeus, 1758), 4 indivíduos; Didelphis aurita (Wied-Neuwied, 1826), 3
indivíduos; Basileuterus culicivorus culicivorus (Deppe, 1830), 2 indivíduos (Figura
15). As espécies encontradas durante o monitoramento ocorrem em áreas abertas,
urbanas, bordas e/ou que sofreram algum grau de desmatamento, reforçando pode
se notar nas Figuras 7 e 16 que os locais onde elas foram atropeladas são
impactados (ALEXANDRINO et. al, 2007; ALEXANDRINO et. al, 2013; BATISTA et.
al, 2014; CAMPOS, 2004; FLORES et. al, 2001; GIMENES & ANJOS, 2000;
KASPER et. al, 2007; MORAES et. al, 2015; PEREIRA, 2009; PRADO et. al, 2008;
SCHULENBERG et. al, 2010; WIKIAVES, 2016a, 2016b, 2016c, 2016d, 2016e,
2016f).
O teste 2D Ripley K-Statistics não apresentou padrões de agregação para
mamíferos domésticos nem para aves, ou seja, estes tem probabilidade de ser
atropelados em qualquer parte do trecho estudado. Já para os mamíferos silvestres
(D. aurita) foi detectado um ponto de agregação a partir de um raio com o tamanho
de 700 m até 1,8 km. Apresentando, portanto, um hotspot de atropelamento (Figura
17). Este ponto de agregação situa-se em uma curva e/ou próximo a ela, este pode
ser um fator que auxilia nos atropelamentos, pois o motorista/piloto tem dificuldade
de impedir a colisão. Outro fator que pode ter influenciado é a proximidade da área
residencial do distrito de Pinheiro Grosso.
22
Classe/ordem Família Espécie Nome popular Total Ambiente Relação
antrópica
Aves
Cathartiformes Cathartidae
Coragyps atratus
(Bechstein, 1793)
Urubu-de-cabeça-preta
1 Ae, At _______
Passeriformes
Emberizidae
Zonotrichia capensis
(Statius Muller, 1776)
Tico-tico 1
Ae, At Xer
Parulidae
Basileuterus
culicivorus
culicivorus
(Deppe, 1830)
Pula-pula 2 Fs _______
Parulidae
Basileuterus culicivorus hypoleucus
(Deppe, 1830)
Pula-pula 1
Fs _______
Thamnophilidae
Thamnophilus schistaceus
(d’Orbigny,1835)
Choca-de-olho-vermelho
1
Ae, Fs _______
Tyrannidae Leptopogon
amaurocephaluCabeçudo
1
Ae, Fs _______
23
s (Tshudi,1846)
Tyrannidae Lathrotriccus
euleri (Cabanis,1868)
Enferrujadinho 1
Fs _______
Mammalia
Didelphimorphia Didelphidae Didelphis aurita (Wied-Neuwied,
1826)
Gambá-de-orelhas-pretas
3 Fs, At Xe
Carnivora
Canidae
Canis lupus familiaris
(Linnaeus, 1758)
Cão 6 Fs, At Xe
Felidae Felis catus (Linnaeus,
1758) Gato
1
Fs, At Xe
Rodentia Muridae Mus musculus
(Linnaeus, 1758)
Rato doméstico
4 At Xe
Figura 15 – Espécimes encontrados durante o monitoramento de animais atropelados ao longo da REBIO Pinheiro Grosso entre maio e setembro de
2014. Autor: Maraísa Machado Maia.
24
Figura 16 - Espécimes atropelados por grupo de interesse. Autor: Maraísa Machado Maia
A taxa de atropelamento foi de 0,53 [(N/km)/dia], onde N é o número de
espécimes atropelados, para o trecho estudado. E para os grupos de interesse
foram: 0,25 [(N/km)/dia] para mamíferos domésticos/sinantrópicos, 0,07 [(N/km)/dia]
para mamíferos silvestres e 0,18 [(N/km)/dia] para aves Pode-se estimar que em um
ano aproximadamente 194 animais sejam mortos por atropelamento neste trecho,
dos quais 92 seriam animais domésticos.
36%
14%
50%
ESPÉCIMES ATROPELADOS POR GRUPOS DE INTERESSE
Aves Mamíferos silvestres Mamíferos domésticos/sinantrópicos
25
Figura 17 – Fotografia aérea da REBIO Pinheiro Grosso com os espécimes atropelados encontrados durante o monitoramento. Fonte: Google.
Autor: Maraísa Machado Maia, 2015.
26
Figura 18 – Trecho estudado da Rodovia MG 132, com ênfase para o Hotspot de
atropelamento de mamíferos silvestres, apontado pelo teste estatístico 2D HotSpot
Identification. Autora: Maraísa Machado Maia
27
CONCLUSÃO
O estudo demonstrou que a rodovia apresenta significativas taxas de
atropelamento, sobretudo sobre animais domésticos, o que é de grande importância
porque a presença destes pode representar uma barreira à dispersão de animais
nativos. Porém para comprovar tal proposição é necessária uma pesquisa
específica. O levantamento apenas registrou espécies tolerantes aos ambientes
perturbados. Desta forma seriam necessários estudos complementares no interior
dos fragmentos a fim de verificar se esta presença de animais tolerantes é
recorrente em toda a Rebio ou somente em sua borda. Caso a primeira opção seja
verdadeira, modificações drásticas no ambiente serão necessárias para restaurar a
integridade da reserva. Outra questão é que não foram registrados animais
atropelados dos grupos taxonômicos répteis e anfíbios. Isto pode ter se dado pelo
período de realização do levantamento, que não abrangeu um ano todo, ou devido a
variações anuais nas populações da herpetofauna. Por isso é imprescindível que
sejam efetuados novos estudos para sanar esta lacuna da sazonalidade. Foi
identificado um ponto de agregação de atropelamento da espécie D. aurita, em um
trecho encurvado da rodovia. Assim uma medida preventiva possível é a instalação
de placas advertindo a presença de animais selvagens no início e fim do Hotspot.
28
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35
ANEXOS
ANEXO A - Espécies de aves registradas na Área da REBIO
Pinheiro Grosso
Taxa (Status) (1) Nome Popular Ambiente
(2)
Relação
Antrópica(3)
ORDEM TINAMIFORMES
FAMÍLIA TINAMIDAE
Crypturellus parvirostris Inhambu-chororó Fs Xer/Cin
Crypturellus tataupa Inhambu-xintã Fs Xer/Cin
ORDEM CICONIIFORMES
FAMÍLIA CATHARTIDAE
Coragyps atratus Urubu-de-cabeça-preta Ae ______
Cathartes aura Urubu-de-cabeça-ver
melha
Ae ______
ORDEM ANSERIFORMES
FAMÍLIA ANATIDAE
Amazonetta brasiliensis Marreca-asa-de-seda Aq ______
ORDEM FALCONIFORMES
FAMÍLIA ACCIPITRIDAE
Rupornis magnirostris Gavião-carijó Fs ______
Buteogallus meridionalis Gavião-caboclo At ______
FAMÍLIA FALCONIDAE
Milvago chimachima Carrapateiro Ae ______
Polyborus plancus Carcará Ae ______
ORDEM GALLIFORMES
FAMÍLIA CRACIDAE
Penelope obscura Jacu-açu Fs Xer/Cin
ORDEM GRUIFORMES
F AMÍLIA RALLIDAE
Aramides saracura Saracura-da-mata Aq ______
FAMÍLIA CARIAMIDAE
Cariama cristata Seriema At Xer
FAMÍLIA CHARADRIIDAE
Vanellus chilensis Quero-quero At ______
36
ORDEM COLUMBIFORMES
FAMÍLIA COLUMBIDAE
Columba picazuro Asa-branca Fs Xer/Cin
Columba cayennensis Pomba-galega Fs Xer/Cin
Columba plumbea – PA Pomba-amargosa Fs
Claravis petriosa Rola-azul Fs Cin
Columbina talpacoti Rolinha At
Scardafella squammata Fogo-pagô At Xer
Leptotila rufaxilla Juriti-gemedeira Fs Cin
ORDEM PSITTACIFORMES
FAMÍLIA PSITTACIDAE
Aratinga leucophthalmus Periquitão-maracanã At Xer
Aratinga aurea Periquito-rei At Xer
Propyrrhura maracanã Maracanã Fs Xer
Forpus xanthopterygius Tuim At Xer
Brotogeris chiriri Periquito-encontro-
amarelo
At Xer
Pionus maximiliani Maitaca-bronzeada ______ Xer
ORDEM CUCULIFORMES
FAMÍLIA CUCULIDAE
Piaya cayana Alma-de-gato Fs ______
Crotophaga ani Anu-preto At ______
Guira guira Anu-branco At ______
Tapera naevia Saci Fs ______
ORDEM APODIFORMES
FAMÍLIA APODIDAE
Streptoprocne zonaris Andorinhão-de-coleira Ae ______
ORDEM THROCHILIFORMES
FAMÍLIA TROCHILIDAE
Eupetomena macroura Tesourão Fs, At ______
Colibri serrirostris Beija- flor-de-orelha-
violeta
At ______
Chlorostilbon aureoventris Besourinho-bico-
vermelho
Fs, At ______
37
Phaetornis pretrei Beija- flor-de-rabo-
branco
Fs ______
Amazilia fimbriata Beija- flor-de-ventre-
branco
Fs, At ______
Thalurania furcata Beija- flor-teoura-
arroxeado
Fs ______
ORDEM TROGONIFORMES
FAMÍLIA TROGONIDAE
Trogon surrucura Surucuá Fs ______
ORDEM PICIFORMES
FAMÍLIA RAMPHASTIDAE
Ramphastus toco Tucanuçu Fs Xer
Ramphastus dicolorus - PA Tucano-de-bico-verde Fs Xer
FAMÍLIA PICIDAE
Picumnus cirratus Pica-pau-anão-barrado Fs ______
Colaptes campestres Pica-pau-do-campo At ______
Colaptes melanochloros Pica-pau-verde-barrado Fs, At ______
Melanerpes candidus Birro At ______
Campephilus robustus - AM Pica-pau-rei Fs ______
ORDEM PASSERIFORMES
SUBORDEM OSCINES
SUPERFAMÍLIA FURNARIOIDAE
FAMÍLIA CONOPOPHAGIDAE
Conopophaga lineata Chupa-dente Fs ______
FAMÍLIA THAMNOPHILIDAE
Tamnophilus punctatus Choca Fs ______
Myrmotherula axilaris Choquinha-de-flancos-
brancos
Fs ______
Taraba major Chorró-boi Fs ______
Formicivora melanogaster Formigueiro-ventre-
negro
Fs ______
Pyriglena leucoptera Papa-taoca-do-sul Fs ______
FAMÍLIA FURNARIIDAE
SUBFAMÍLIA FURNARIINAE
38
Furnarius rufus João-de-barro At ______
Furnarius leucopus João-de-barro-da-mata Fs, At ______
Xenops rutilans Bico-virado-carijó Fs ______
Automolus leuciphthalmus Barranqueiro-de-olho-
branco
Fs ______
Certhiaxis cinnamomea Curutié Aq, At ______
SUBFAMÍLIA SYNALLAXIINAE
Synallaxis albescens Uipí Fs ______
Synallaxis rufi capilla Pichororé Fs ______
Phacellodomus rufifrons João-graveto At ______
Anumbius annumbi Cochicho At ______
SUBFAMÍLIA PHILIDORINAE
Lochmyas nematura João-porca Fs ______
FAMÍLIA TYRANNIDAE
SUBFAMÍLIA ELAENINAE
Camptostoma obsoletum Risadinha Fs, At ______
Elaenia flavogaster Guaracava-barriga-
amarela
At ______
Todirostrum plumbeiceps Ferreirinho-de-
caracanela
Fs ______
Leptopogon
amaurocephalum
Cabeçudo Fs ______
Tomomyias sulphurecens Bico-chato-de-orelha-
preta
Fs ______
SUBFAMÍLIA FLUVICOLINAE
Platyrinchus mystaceus Patinho Fs ______
Colônia colonus Viuvinha Fs ______
Knipolegus lophotes Maria-preta-de-
penacho
At ______
Fluvicola nengeta Lavadeira-mascarada At ______
Machetornis rixosus Bentevi-cavaleiro At ______
Myiobus fasciatus Felipe Fs ______
Hirundinea ferrugínea Bilro, João-pires At ______
SUBFAMÍLIA TYRANNINAE
39
Pitangus sulphuratus Bentevi Fs, At Xer
Megarynchus pitanguá Bentevi-de-bico-chato Fs, At ______
Myiodynastes maculatus Bentevi-rajado Fs ______
Myiarchus ferox Maria-cavaleira Fs, At ______
Myiozetetes similis Bentevizinho Fs, At ______
Tyrannus savana Tesourinha At ______
Tyrannus melancholicus Suiriri Fs ______
FAMÍLIA PIPRIDAE
Chiroxiphia caudata Tangará-dançarino Fs ______
FAMÍLIA HIRUNDINIDAE
Tachycineta leucorrhoa Andorinha-de-sobre-
branco
Ae ______
Progne chalibea Andorinha-doméstica-
grande
Ae ______
Notiochelidon cyanoleuca Andorinha-pequenade-
casa
Ae ______
Stelgidopteryx rufi collis Andorinha-serrador Ae ______
FAMÍLIA CORVIDAE
Cyanocorax cristatellus Gralha-do-campo At Xer
FAMÍLIA TROGLODYTIDAE
Troglodytes aedon Corruíra Fs, At ______
FAMÍLIA MUSCICAPIDAE
SUBFAMÍLIA TURDIDAE
Turdus amaurochalinus Sabiá-poca Fs, At Xer
0Turdus rufiventris Sabiá-laranjeira Fs, At Xer
Turdus leucomelas Sabiá-barranqueiro Fs, At Xer
Turdus albicollis Sabiá-coleira Fs Xer
FAMÍLIA MIMIDAE
Mimus saturninus Sabiá-do-campo At ______
FAMÍLIA VIREONIDAE
Cyclarhis gujanensis Pitiguari Fs ______
Hylophilus poicilotis Verdinho-coroado Ae ______
SUBFAMÍLIA PARULINAE
Basileuterus culicivorus Pula-pula Fs ______
40
Basileuterus leucoblepharus Pula-pula-de-
sobrancelha
Fs ______
Geothlyps aequinotialis Pia-cobra Aq ______
SUBFAMÍLIA COEREBINAE
Coerebafl aveola Cambacica At ______
SUBFAMÍLIA THRAUPINAE
Thraupis sayaca Sanhaço-cinzento Fs, At Xer
Thraupis palmarum Sanhaçu-do-coqueiro Fs, At Xer
Trichothraupis melanops Tié-de-topete Fs ______
Stephanophorus diadematus Sanhaço-frade Fs Xer
Hemithraupis ruficapillus Saíra-da-mata Fs, At Xer
Tachyphonus rufus Pipira-preta Fs At
Euphonia chlorotica Vivi Fs, At Xer
Tangara cayana Saíra-amarelo Fs, At Xer
Tangara cyanoventris - EN Saíra-douradinha Fs, At Xer
Nemosia pileata Saíra-mascarada Fs, At Xer
Conirostrum speciosum Figuinha Fs, At Xer
Shistochlamys ruficapillus -
EN
Bico-de-veludo At Xer
Dacnis cayana Saí-azul Fs, At Xer
TRIBO TERSINI
Tersina viridis Saí-andorinha Fs, At Xer
SUBFAMÍLIA EMBEREZINAE
Zonotrichia capensis Tico-tico At Xer
Ammodramus humeralis Tico-tico-do-campo At ______
Haplospiza unicolor Cigarra-bambu Fs ______
Volatinia jacarina Tiziu At Xer
Sporophila lineola Bigodinho At Xer
Sporophila nigricollis Baiano At Xer
Coryphospingus pileatus Tico-tico-rei-cinza At Xer
Sicalisfl aveola – AM Canário-da-terra At Xer
SUBFAMÍLIA CARDINALINAE
Saltator similis Trinca-ferro-verdadeiro Fs Xer
SUBFAMÍLIA ICTERINAE
41
Gnorimopsar chopi Pássaro-preto At Xer
Molothrus bonariensis Gaudério At Xer
Agelaius ru fi capillus Garibaldi Aq Xer
Psarocolius decumanus Japu Fs, At Xer
FAMÍLIA FRINGILLIDAE
SUBFAMÍLIA CARDUELLINAE
Carduellis magellanicus –
PA
Pintassilgo At Xer
FAMÍLIA PASSERIDAE
Passer domesticus Pardal At ______
FAMÍLIA ESTRILDIDAE
Estrilda astrild Bico-de-lacre At Xer
LEGENDA:
(1) Após o nome científico:
EN = Endemismo: endêmico da região da Floresta Atlântica (conforme Sick, 1997);
AM = espécie ameaçada de extinção;
PA = espécie presumivelmente ameaçada de extinção;
(2) Ambiente:
Ae = ambiente aéreo (em vôo);
Aq = ambiente aquático (açude);
At = ambiente antropizado (arredores de cidade);
Fs = Floresta semidecidual
(3) Relação Antrópica:
Xer = xerimbabo (criação em cativeiro);
Cin = cinegético (usada como caça).
42
ANEXO B - Espécies de mamíferos registradas na Área
Taxa (Status) Nome Popular Forma de registro Ambiente
Preferencial
ORDEM PRIMATES
Família Callitrichidae
Callithrix penicillata – Xe Mico-estrela Vis Fs, At
Família Cebidae
Callicebus personatus -
AM
Sauá ou Guigó Au Fs
ORDEM CARNIVORA
Família Felidae
Herpaylurus
yagouaroundi
Gato-jagurundi Vis Fs
LEGENDA:
Quanto a relações antrópicas:
Xe = xerimbabo (relativo a animal de estimação).
Status de Conservação em Minas Gerais:
AM = ameaçada de extinção.
Forma de Registro:
Vis = visualização;
Au = audição.
Ambiente:
At = ambiente antropizado (arredores de núcleos urbanos);
Fs = Floresta semidecidua