Matéria - Somos os filhos da geração Coca-Cola, por Natália Abreu.

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4 SÁBADO,29DEJUNHODE20134 www.ovale.com.br viver &

Tirandode letra -1CompassagensporEsporte Inte-rativo,BandeSporTV,FernandaGentil, hojenaGlobo, foi umdosdestaquesnaCopadasConfede-rações. Sesaiumuitobememtodas,especialmentenoaovivo,comcarismaedesenvoltura.

Tirandode letra -2Fernandasabeochãoqueaindatempela frenteediz se inspirarna irreverênciaenaturalidadedoTiagoLeifert eGlendaKozlo-wski. Sobrea indicaçãode“Mu-sadaCopa”,agradeceocarinho,masdizqueestámaispara“Gen-til”mesmo.

ZezédevoltaZezéPolessa tevepouco tempodedescansodepoisdanovela“SalveJorge”.Desdeocomeçodasemana,ela já foi envolvidapelosprimeiros trabalhosde“JoiaRara”,deDucaRachideThelmaGuedes.ÉapróximadaGlobo,na faixadas6.

Está láOdiretor-geralViníciusCoimbraestáemMiamigravandoexter-nasde“MalhaçãoCasaCheia”,escritaporAnaePatríciaMoretz-sohn.ExternasqueenvolvemospersonagensdeFernandaSou-za,Gabriel Falcão,BiancaSal-gueiroeHannaRommanazzi.

FutebolOSporTVvai transmitirhoje, às19h,oamistosoentreFlamengoeSãoPaulo.Éaestreiadoex-trei-nadordaseleçãobrasileira,Ma-noMenezes,naequipecarioca.DiretodeUberlândia.

VaivoltarJanineBorba,antecipandoofimda licença-maternidade,vai reas-sumirassuas funçõesnaapre-sentaçãodo“DomingoEspetacu-lar”,daRecord, comFabianaSca-

ranziePauloHenriqueAmorim.CarlaCecato ficasóatéamanhã.

Podedarbarulho- 1Aestreiado“GabiQuaseProibi-da”,quarta-feira, comNeyMato-grosso,nãodeuobarulhoqueoSBTesperava.Fechoucom3pon-tos.OpróximoentrevistadoseráoexcomungadopadreBeto, deBauru,acusadodecometerhere-siaede ferirosdogmasdafé reli-giosa,por considerara igrejaretrógradasobrea relaçãoentreparceirosbissexuaisedomes-mosexo.

Podedarbarulho-2Naentrevista jágravada,prontapara iraoarnapróximasemana,oex-padredissecoisascomo: “Asexualidadeéumpoderque te-mosdentrodenós”; “Opedófilodeveserpunidoetratado.A Igre-ja tinhaque tratar issocomamaiornaturalidadepossível”; “Ahomossexualidadenãogeraconsequênciamentalou físicaparaoserhumano.Logo,nãoédoença”.

FestaO“AltaHoras”, nestesábado,temoaniversáriodoSerginhoGroisman,numaatmosferakits-ch -- sofazãoazulnomeio, lumi-náriase floresdeplástico. Tudoparareceberseusconvidados,comoIngridGuimarães,Alexan-dreBorgeseatéarecém-casadaGretchen,pela Internet,diretodeParis.

SegurandoelaAospoucos, liberadapara isso,DaniCalabresapassouaapare-cernasvinhetascomerciaisdo“CQC”.Eassimserádaquiemdiante, semprecomcertaparcimônia,eemumajustadivi-sãode trabalhoscomosdemaiscompanheiros.Paranãodaren-crencaentreeles.

OriscodepassarvergonhanoMundialaindaégrande

Amanhã é o último dia da Copa das Confederações e como“apronto final” para o Mundial que vem aí as emissoras envolvi-das sentiram de perto, nestas duas semanas, muito pouco do queirão encontrar no próximo ano.

As dificuldades operacionais, que agora não foram poucas,serão ainda maiores, porque em vez de apenas seis sedes,teremos exatamente o dobro, 12 diferentes cidades -- Rio deJaneiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba,Brasília, Cuiabá, Manaus, Fortaleza, Salvador, Recife e Natal --com uma boa parte delas sem se submeter a qualquer tipo deteste, como competição internacional.

Temos um ano pela frente, mas ainda há o que fazer paraatender convenientemente a imprensa do mundo inteiro. E sedeve começar pelo mínimo, dotando as cabines ao menos emcondições de funcionamento, diferentemente do que vimos emalgumas situações, como a falta de tomadas de luz -- simplesmen-te porque alguém esqueceu de colocar.

É bom começar, desde já, a olhar para tudo isso, sob o risco depassar uma vergonha universal.

NATÁLIAABREU

COLABORAÇÃOPARAOVALE

“Somos os filhos da revolu-ção/Somos burgueses sem reli-gião/Somos o futuro da nação/GeraçãoCoca-Cola”. Esses ver-sos são aclamados em um doshinos da Legião Urbana, se tor-nando um clássico da músicade protesto brasileira e que ser-ve como trilha sonora nestestempos de intensas passeatase manifestações.

Essa “geração Coca-Cola”de anos atrás, descrita na letrada música, desafiava um paísque ainda vivia às sombras doregime político e desejava oembate pelas causas sociais.Com a crítica encabeçada porRenato Russo, vemos a gera-ção Coca-Cola como a geraçãodo deboche inteligente, que lialivros de grandes pensadores,da consciência política, das Di-retas Já, Caras Pintadas, gera-ção que chegou a provocar umimpeachmenteque representa-va o futuro da nação mesmoque o confronto fosse literal.

Geração que aparentava,até então, ser bem diferente daatual que foi enrolada por ummarasmo de CPI’s, medidasprovisórias, ‘Lalaus’ e taxas dejuros, nos tornando sem espe-rança e até nos fazendo ques-tionar: para que aquele baru-lho todo nos anos 80? Afinal,foi mais de uma década tentan-do construir uma sociedade in-formada e inconformada.

Pensávamos que não tinhadado certo. Fazia 21 anos que ajuventude não dava um tapa nacara da sociedade, que a pres-são popular não era espelho dasua repressão e que o governonão temia o clamor do povo. Aimagem dominante era de jo-vens manipulados, desunidos,passivos e sem expectativas.

Até que em junho de 2013 omundo apreciou uma identida-de contestadora: muitos saí-ram da zona de conforto, usa-ram a herança dessa geraçãopassada e foram todos para asruas e, independentementedos pesares, é importante queo grito continue sendo dadojunto à insônia que tomou con-ta do país.

Música. Antes, essa insôniaprotestante também refletiu

no que se projetava na cultura.A música é uma das grandes

formas de protesto contra acensura e a responsável porgrandes mudanças culturais ede comportamento. Os músi-cos e artistas da geração Coca-Cola não hesitaram em pregara revolução por detrás da suaarte, convocando as pessoaspara que não deixassem de seenvolver com a causa por ummundo melhor e não tenha aconvicção ilusória de que, nes-sa democracia, todas as pes-soas estão felizes.

Com os recentes aconteci-mentos, vemos que temos umageração que se mostra próxi-ma do debate político e socialporque é vítima da opressãosocial, mas parece que a classe

artística ainda não ressurgiudesse abismo, não temos umageração de artistas que trilheme representem este momentoque estamos vivendo.

Parece que, no hiato que asociedade brasileira estevenos últimos tempos, a músicabrasileira também esteve.

Não somos a geração Coca-Cola, mas temos orgulho emser seus filhos e, na música ena cultura, aguardamos ansio-samente para que um giganteacorde e seja um novo RenatoRusso, e não um latino. l

SÃOJOSÉDOSCAMPOS

“Desculpe o transtorno. Es-tamos reformando o Brasil.”Emmeioaos cantosem unís-

sono das manifestações, quetrazem transtorno para uns eao mesmo tempo são totalmen-te compreensíveis para a maio-ria desses incomodados, a cria-tividade vem do mesmo tama-nho da multidão de engajadosna revolução.

Também não poderia ser di-ferente. Jovens já são criativospor natureza e, acompanhadosda insatisfação com a políticabrasileira,a imaginação vai ain-da mais longe.

Situações reais, vividas poreles no dia a dia, são resumidasem cartazes que expões os pro-blemas da cidade e do país.

“Carlinhos, vem pegar o Co-lonial às 18 hs (sic) comigo”,diz um dos cartazes elaboradopor um manifestante de SãoJosé dos Campos que foi àsruasda cidade na última quinta-feira, insatisfeito com o valorda passagem do transporte co-letivo dacidade diante do servi-ço que é oferecido.

Mensagens. Outro cartaz quechamou a atenção foi um quepede mudanças na área da saú-de de São José. “O postinhonão deve ser UPA. Deve serUFA, fui atendido”, escreveu.

Outros jovens também le-vantaram a bandeira contra acura gay, dando recados como“Consideramos justa toda for-ma de amor”.

Alguns, acreditam mesmo éque é preciso “reiniciar o Bra-sil, ok”. Mas a verdade é que“Tem tanta coisa errada quenem cabe em um cartaz”. l

FL

ÁV

IOR

ICC

O

DOPINIÃO

OSFILHOSDAGERAÇÃOCOCA-COLA

SÃOPAULO/FOLHAPRESS

Uma das mulheres mais de-sejadas do país, Ellen Ro-

che poderia aproveitar, aindaaos 33 anos, propostas parafazer campanhas como mode-lo ou para expor o corpo escul-tural. Mas ela decidiu que era

hora de ir além.Hoje, tem um papel fixo na

trama global das sete, “SangueBom”, na qual interpreta a cô-mica Brunetty, funkeira quetambém atende pelo título deMulher Mangaba. “Só no finaldo ano passado me disseramque era uma mulher-fruta”, diz.

Distante do universo dofunk, Ellen teve dois mesespara se preparar e encontrar otom da personagem. “Por maisque ela seja gostosona, é muitodiferente de mim. Mas não te-nhocomo fugirdo meu estereó-tipo”, diz, em relação às curvasgenerosas distribuídas em 1,76m de altura. Para dar vida aBrunetty, o funk teve de passara fazer parte de seu repertório.“Ouço antes de gravar e dáuma elevada no humor. Incons-cientemente, passei a usar sal-to15. Até então,só usavamode-los mais baixos”. l

Renato Russo falava da ‘geração Coca-Cola dos anos 80’ e ninguém mais discursou como ele

COLABORAÇÃO: JOSÉCARLOSNERY

Jovem na manifestação da última quinta-feira, em São José

REPERCUSSÃOEllendizqueasmúsicasdesuapersonagemjátocamnasbaladaseatéjá foiconvidadaparaumshowcomoMangaba

EMFALTAParaNatália, faltamrepresentantesparafazerumatrilhasonoraaoatualmomentoderevoluçãodopaís

DTV

ASENSUALELLEN

DCAPA

CRIATIVIDADENASMÃOSDOSJOVENS

DIVULGAÇÃO

Natália Abreu é gestora do Mo-vimento Bonanza (facebook.com/movimentobonanza)

Cartazesparachamaraatençãoquantoaosproblemasdopaís

PEDROIVOPRATES