Post on 02-Jan-2019
Mediunidade e Sobrevivência -Um Século de Investigações-
A contribuição de Alan Gauld para o
estudo da imortalidade
Leandro Santos Franco
Éric V. Ávila Pires
Associação Médico Espírita
de Minas Gerais
“Alguns autores de tendência cética
negarão não só o que temos em mãos,
mas até o que poderíamos vir a ter”.
GAULD,
1995, p. 21
“Crê-se geralmente que para convencer basta
mostrar os fatos; esse parece, com efeito, o caminho
mais lógico, e, todavia, a experiência mostra que
não é sempre o melhor, porque se vê,
frequentemente, pessoas as quais os fatos mais
patentes não convencem de modo algum” .
KARDEC, 2010, p. 29
“É o conteúdo do que está sendo
comunicado, mais que os meios pelos quais
isso é feito, que fornece evidência da
sobrevivência da personalidade”
GAULD, 1995, p.33
“Enquanto um efeito não for inteligente por
si mesmo e independente da inteligência
dos homens, devemos examiná-lo duas
vezes antes de atribuí-lo aos Espíritos”.
KARDEC, 1860, p.75
“O médium escreve muitas das falas e garante a
continuidade da trama, mas algumas das linhas
(talvez as mais importantes) são completadas por
autores de fora”.
SIDGWICK apud GAULD, 1995, p. 121
“[...] não se deveria rejeitar estas afirmações – as fornecidas
pelos espíritos- só por causa desta possibilidade – de serem
simples produções da mente mediúnica -, mas seria
desejável testá-las da mesma maneira que se testariam
quaisquer outras afirmações de fundo científico – por
observação e experiência. Desgraçadamente, ainda não ouvi
nenhuma dessas afirmações que tenha sido suficientemente
explícita e, de acordo com as tendências da ciência moderna,
que as tornem verificáveis”.
GAULD, 1995, p.221
“A super-PES é uma teoria peculiarmente indefinível [...] O
problema é que ela não é tanto uma teoria, mas uma atitude
mental – atitude que simplesmente se recusa a admitir que
há ou que poderia haver qualquer evidência de imortalidade
que não possa ser explicada em termos das faculdades psi,
especialmente PES, entre receptores vivos e médiuns”.
GAULD, 1995, p. 131
“No que concerne à evidência da imortalidade, já devo ter dito
repetidamente quase tudo o que tenho a dizer. Não posso
descartar esta evidência em bloco como má, como sendo
totalmente o produto de fraude, mau registro, má observação,
pensamento positivo ou pura coincidência. Não consigo achar
razões decisivas para rejeitá-la. Argumentei separadamente em
conexão com os fenômenos da mediunidade, com aparições e
com certos casos de aparente reencarnação, que a hipótese da
super-PES não basta para explicar a quantidade de informação
correta e apropriada que por vezes é fornecida nessas
comunicações...
[...] Também apontei que alguns casos apresentam características
que sugerem não só memórias sobreviventes (a esfera em que a
explicação da super-PES parece ser mais forte), mas também
características de personalidade mais positivas – propósitos
distintos, habilidades, capacidades, hábitos, modo de falar,
esforços para se comunicar, anseios, pontos de vista. De minha
parte, só posso dizer que me parece haver, em cada uma das áreas
que considerei, uma amostra de casos que sugerem, com alguma
força, alguma forma de imortalidade [...]. Mas nesta área, e em
áreas correlatas importantes, o que sabemos está em proporção ao
que não sabemos como um balde d’água em relação ao oceano”.
(GAULD, 1995, p.258)
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2018.
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KARDEC, A. (2010a). O Livro dos Espíritos. Tradução de Evandro Noleto Bezerra. 2ª ed. Rio de
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